29 fevereiro, 2012

O pega

Fernando Gurgel Filho
Feira de artesanato em cidade de beira de praia é um programão em fim de tarde.
Muito movimento e o pessoal passeando despreocupado da vida.
Uma lembrancinha aqui, um sorvete acolá, uma cervejinha olhando o movimento das ondas do mar no rebolar que passa indolente, apesar do mar distante, e o tempo passa sereno e tranquilo.
De repente, gritos ecoam:
- Pega, pega, pega, é minha...
Imaginem o corre corre.
Eu corri exatamente na direção contrária aos gritos.
Sabe-se lá se dou de cara com um ladrão tentando fugir? O que é que eu vou fazer com uma situação dessas?
Fugir dele, claro. Então, melhor fugir antes.
Mas a confusão se acalmou depressa e, quando voltamos ao lugar em que estávamos, descobrimos a origem da confusão.
Uma senhora deixou cair uma moeda e esta saiu rodando loja a fora, indo parar na calçada e continuou rodando.
Daí os gritos e a confusão.

Leaplings

Cada ano tem, aproximadamente, 365 dias e 6 horas. Para compensar essas horas excedentes, foi criado o ano bissexto, com um dia a mais, o qual ocorre a cada quatro anos.
Esses anos bissextos são necessário para ajustar o calendário às revoluções da Terra em torno do Sol.
2012 é um ano bissexto. E, por conta do dia de acréscimo, este mês (fevereiro) tem 29 dias.
As pessoas nascidas a 29/02 em inglês são chamadas de leaplings.


Isto explicado, apreciem a seguir alguns dos números e fatos relativos a eles que estão em um infográfico do site Cheap Sally.
Probabilidade de alguém ser um leapling:
1 : 1.461
Leaplings no mundo atualmente:
4 milhões
Mãe que teve mais filhos leaplings:
A Sra. Karin Henriksen, da Noruega, com três filhos nascidos em 29/02, nos anos de 1960, 1964 e 1968.
Mais gerações de leaplings:
Na família Keogh, da Irlanda e Grã-Bretanha, que apresenta um pai, um filho e um neto nascidos a 29/02, nos anos de 1940, 1964 e 1996, respectivamente.

Rodapost
Os anos e dias bissextos são comumente associados a imagens de sapos ou rãs saltando. O doodle do Google neste 29 de fevereiro vem com quatro sapos. Apresentando-se num palco em homenagem ao 220º aniversário de nascimento do ​​compositor italiano Gioachino Rossini , autor da ópera "O Barbeiro de Sevilha". PGCS

28 fevereiro, 2012

Comparações - 2

MAIS...
... remendado do que saia de cigana.
... fresco do que mês de julho.
... por fora do que arco de barril.
... poderoso do que um laxante. (Erma Bombeck)
... quebrado do que arroz de terceira.
... duro do que ovo de piquenique. (P. G. Wodehouse)
... quebrado do que rapariga na Sexta-Feira da Paixão.
... espalhafatoso do que amor de gato. (Eno Wanke)
... embolado do que angu de caroço.
... exibido do que carro de sorteio.
... suado do que tampa de chaleira.
... grosso do que dedo destroncado.
... surdo do que uma porta.
... tonto do que o índio amigo do Zorro.
... folgado do que charuto em boca de bêbado.

A comparação, segundo Hênio Tavares, é o confronto de dois ou mais objetos em que depreendemos algum ponto de contato. E, como tal, é um dos recursos básicos da linguagem humana.
Portanto, não subestimemos a importância da comparação; esta constitui o primeiro passo da metáfora (PGCS).


Comparações - 1

Pesquisa com o Rato

:-)
Itapiúna - CE

27 fevereiro, 2012

Hipátia de Alexandria

Hipátia por Rafael
Hipátia (ou Hipácia) de Alexandria foi uma matemática e filósofa neoplatônica, nascida aproximadamente em 355 e assassinada em 415.
Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, o filósofo e astrônomo Téon, o qual, além de conhecimentos, lhe transmitiu a forte paixão pela busca de respostas sobre o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.
Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam por que jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.
Haver sido uma filósofa pagã num meio predominantemente cristão levou a que fosse assassinada. Esse fato aconteceu no período em que Cirilo, conhecido pela intransigência em defesa da ortodoxia da Igreja, era o Patriarca de Alexandria.
O historiador Edward Gibbon descreve assim o trágico fim de Hipátia :
"Num dia fatal, na estação sagrada da Quaresma, Hipácia foi arrancada da carruagem, teve as roupas rasgadas e foi arrastada nua para a igreja. Lá foi desumanamente massacrada pelas mãos de Pedro, o Leitor (sic), e a horda de fanáticos selvagens. A carne foi esfolada dos ossos com ostras afiadas, e os membros, ainda palpitantes, foram atirados às chamas".
Fonte: Wikipédia

Rodapost
Vem sendo apontada como um novo gênio universal do sexo feminino a pré-adolescente inglesa Victoria Cowie. Com a atual idade de 11 anos, Victoria apresentou um QI de 162 pontos no teste que fez no Mensa, uma sociedade que foi fundada em 1946 na Inglaterra e que reúne pessoas de alto QI de mais de 100 países. PGCS

Tio Sam sobe no telhado (outra vez)

Pres'tenção a esta foto:
É de abril de 1975. Registra a cena do último helicóptero a abandonar a embaixada dos EUA em Saigon, Vietnã do Sul. E o desespero daqueles que não conseguem uma vaga no último voo de evacuação da embaixada. Naquele dia, os vietnamitas estavam tomando Saigon.


Agora, nem tudo anda azul em Cabul.
"Há dez anos, os norte-americanos invadiram o Afeganistão e celebraram a queda dos talibãs. Agora, nas ruas, a bandeira do Talibã reaparece, em várias manifestações de ódio aos invasores que urinam sobre os cadáveres do inimigo, colecionam dedos de rebeldes, lançam mísseis em festas de casamento, matam homens, mulheres e crianças. E o que funcionou como gota d’água: queimam o 'livro sagrado'. Foi assim que a revolta começou na semana passada: várias cópias do Corão foram encontradas, queimadas, no lixo da maior base militar norte-americana no país.
É apenas a confirmação da face tão conhecida do império. Depois de uma década em país alheio, a incapacidade de compreender a cultura e os costumes do outro mais uma vez traz problemas para a superpotência. A ideia de que apenas força militar bastaria para controlar outro país mais uma vez vai para o ralo, se juntar a tantas outras iniciativas historicamente desastradas."
Do artigo de Heloísa Villela, de Washington - www.viomundo.com.br

Subir no telhado
A expressão "subir no telhado" é bastante utilizada para referir-se (de forma irônica) a alguém que faleceu ou que deve falecer em breve ("Fulano subiu no telhado"). Também é utilizada, em menor escala, para falar sobre alguma outra coisa que provavelmente será destruída ou deixará de existir. Baseia-se na piada de um caseiro simplório que informa ao patrão em viagem que o gato de estimação da família morreu. Após censurar o empregado por sua falta de sensibilidade, o patrão lhe diz que notícias trágicas devem ser dadas de forma gradual, exemplificando, no caso do gato, de que o caseiro deveria ter começado por dizer que o gato subira no telhado. Ao terminar a advertência o patrão recebe de seu caseiro a notícia de que sua mãe acabara de subir no telhado.

26 fevereiro, 2012

Fundación Josep Carreras

Nota desmintiendo las informaciones relativas a la supuesta financiación por parte de la Fundación Hermosa y del Sr. Plácido Domingo al Sr. Josep Carreras
Dadas las informaciones publicadas en distintas páginas web referidas a la supuesta financiación por parte de la Fundación Hermosa y D. Plácido Domingo a D. José Carreras para su tratamiento contra la leucemia, la Fundació Internacional José Carreras para la lucha contra la leucemia y D. José Carreras se ven obligados a desmentir todas estas informaciones, negando, en particular, que exista o haya existido vínculo alguno entre la pretendida Fundación Hermosa y D. José Carreras, el cual desconoce la existencia de esta última. En efecto, D. José Carreras no ha recibido, en ningún caso, ayuda económica o de cualquier otra índole por parte de la referida Fundación ni de D. Plácido Domingo así como de ningún tercero. Asimismo, D. José Carreras tiene especial interés en desmentir que exista o haya existido enemistad alguna entre él y D. Plácido Domingo.
A la luz de lo anterior, D. José Carreras ha iniciado las oportunas acciones legales en defensa de sus intereses y, en concreto, en defensa de su derecho al honor. D. José Carreras, tiene la firme intención de actuar legalmente contra cualquier persona física o jurídica que difunda informaciones no contrastadas e inciertas sobre su persona.
Fundación Josep Carreras
(publicada em 04/04/2007, acessada em 26/02/2012)
N. do E.
Há tempos circulam na web, em sites (onde ler) e por e-mails, um texto e/ou um slideshow, que falam de uma anterior inimizade entre Josep Carreras (foto) e Placido Domingos. Acometido de leucemia e não podendo arcar com os custos do tratamento, Carreras teria se valido de uma tal "Fundación Hermosa", criada anonimamente por Domingos para ajudá-lo. Curado e depois a par do benefício que estaria devendo a Domingos, Carreras teria pedido desculpas públicas a seu "inimigo" e ambos, a partir de então, teriam se tornado grandes amigos. A nota acima da Fundación Josep Carreras (contra la leucemia) desmente essa fantasiosa história. PGCS

A banda de um homem só

A banda, digo, o homem chama-se Cile, 33, e faz suas performances pelas ruas de Rijeka, Croácia.
Guitarra, bateria, gaita, kazoo, buzina, apitos e um sino (que é acionado ao acontecer uma doação) são os instrumentos que ele toca. Além disso, canta.
E animação é o que não lhe falta.

25 fevereiro, 2012

Penso, logo cito - 29

Roger H. Lincoln

Há duas regras para o sucesso:
1. Nunca diga tudo o que você sabe.

Engolindo essa!

Hoje (25 de fevereiro), uma categoria comemora o seu dia fazendo aquilo que melhor sabe fazer: engolir espadas!
Dan Meyer, que preside a Sword Swallowers Association International (SSAI), explica os motivos por que agora os engolidores de espadas têm um dia mundial dedicado a eles.
"Nós, engolidores de espada, temos arriscado nossas vidas por mais de 4 mil anos. Muitas pessoas ou não acreditam que a nossa arte seja real ou pensam que ela acabou. Nós, então, estabelecemos o Dia Mundial do Engolidor de Espadas para promover esta antiga arte que ainda conta com algumas dezenas de praticantes em todo mundo. Com isso, aumentamos a conscientização sobre as nossas contribuições nos campos da medicina e da ciência, homenageamos os artistas veteranos e aumentamos os fundos para a pesquisa do câncer de esôfago e para o socorro aos engolidores de espadas feridos."

Curiosidades
  • Engolir espadas é uma arte que se originou na Índia por volta de 2.000 a.C.
  • Os engolidores de espada usam técnicas mentais para reprimir o reflexo do vômito desencadeado por essas lâminas de aço maciço, de 15-30 centímetros de comprimento.
  • Engolir espadas pode necessitar de 2 anos a 7 anos de aprendizado, mas há pessoas que, mesmo depois de muitos anos de prática, nunca aprendem a dominá-la.
  • No mundo, ocorrem anualmente 5 a 7 ferimentos relativos a essa prática que requerem hospitalização, além de dezenas de outros que não são notificados.
  • O tratamento das lesões relacionadas com o ato de engolir espadas pode custar de 50 a 80 mil dólares por lesão.
PGCS
Correspondência
Hans Rosling, um médico sueco cujas aulas no TED são sempre espetaculares. Digite lá " poverty" e encontrará a palestra em que, no final, ele engole uma espada.
Nelson Cunha
N. do E.
A palestra indicada por Nelson pode ser assistida clicando sobre: Hans Rosling's new insights on poverty.
"Tragam-me minha espada. Engolidores de espadas são da antiga Índia. São uma expressão cultural que, por milhares de anos, têm inspirado seres humanos a pensar além do óbvio. E eu vou provar para vocês que o aparentemente impossível é possível, pegando esse pedaço de aço - aço maciço - é uma baioneta do exército sueco, 1850, do último ano em que tivemos guerra. E é aço maciço - vocês podem ouvir aqui (percutindo-a com um martelo). E eu vou pegar essa lâmina de aço e empurrar para dentro de meu corpo, de carne e osso, e provar para vocês que o aparentemente impossível é possível. Posso pedir um minuto de silêncio absoluto?" (Aplausos)

Pery Ribeiro (1937–2012)

Luto na Música Popular Brasileira. O cantor Pery Ribeiro (foto) morreu na manhã de ontem, sexta-feira (24), no Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.
O artista era filho da cantora Dalva de Oliveira e do compositor Herivelto Martins. Iniciou sua carreira artística aos três anos de idade, participando da dublagem de filmes de Walt Disney. Em 1941, com quatro anos de idade, já se apresentava como cantor no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Foi o responsável pela primeira versão comercial da canção "Garota de Ipanema", sucesso em todo o mundo, além de haver lançado diversos discos dedicados à Bossa Nova. A partir da década de 1960, Pery gravou e desenvolveu trabalhos ao lado de Luís Bonfá, Menescal e Bôscoli, Leny Andrade, Sérgio Mendes, Baden Powell Johnny Alf e outros.Cantou também ao lado do Trio de Ouro, em 1992, na festa dos 80 anos de seu pai, Herivelto Martins.
Em 2006, publicou o livro "Minhas duas estrelas - Uma vida com meus pais", escrito em parceria com sua mulher, Ana Duarte. Este livro serviu de inspiração à minissérie "Dalva e Herivelto - Uma canção de amor" que a TV Globo exibiu em 2010.

AVE-MARIA NO MORRO
(apenas no YouTube)

24 fevereiro, 2012

Adieu, Mademoiselle


A França aboliu a palavra "mademoiselle" em todos os documentos oficiais porque o termo sugeria que a mulher estivesse "disponível". O primeiro-ministro François Fillon disse que essa palavra - o equivalente francês de "senhorita" - discriminava as mulheres, obrigando-as revelar que eram solteiras. O despacho também proibiu a expressão "nom de jeune fille", que significa "nome de solteira", na papelada oficial, pois ela é "arcaica" e tem "conotação de virgindade". No caso, a expressão deverá ser trocada por "nome de família".
Estas decisões de governo (que já haviam sido precedidas por leis municipais semelhantes na Bretanha e na Normandia) foram saudadas como vitórias pelas feministas francesas. "Mademoiselle", contendo "oiselle", que tem os significados de "virgem" e "simplório", ainda figurava nos documentos oficiais, enquanto "damoiseau", a palavra equivalente para homens, já fora abolida há décadas.
A partir de agora, portanto, a forma de tratamento "mademoiselle" deve ser substituída por "madame", que, como o equivalente masculino "monsieur", não indica o estado civil da pessoa.

News. MailOnline

Vídeo

Os dentes do mar

Esta foto foi tirada em 6 de fevereiro de 2011 por Nikos Golfis, em Kyklades, Notio Aigaio, Grécia.

Jaws, Flickr

A propósito do assunto
Fez me lembrar de um dos versos que Abel Silva colocou na música "Maresia", de Sueli Costa:
"A maresia são os dentes do mar."
Uma bela metáfora.

23 fevereiro, 2012

Guardiões do farol

Por Dulce Magalhães, da Work Educação Empresarial
Há muitas e boas oportunidades na vida, porém a principal delas é a de escolher o que fazer e como fazê-lo. A questão é que a maioria das pessoas não acredita nisso, pois tem a firme crença de que a vida é inteiramente definida por fatores externos, como o contexto, as circunstâncias e a variável da sorte.
Claro que todos esses fatores interferem e afetam nossa vida, mas não a definem – esta é uma prerrogativa que nos pertence. Como agir, o que aprender, de que forma mudar – tudo isso está sob nosso poder. Estamos no leme de nossa existência, e nossa trajetória é regida e gerida por nós mesmos.
E ainda podemos ir além. Podemos nos tornar guardiões do farol, habitar a torre de orientação e servir de guia para que outros não se percam nem passem por percalços evitáveis. Podemos nos tornar educadores, líderes, mentores, pais e mães que se empenham em desenvolver seres humanos de alto quilate e intenso brilho.
Contudo, é fundamental que possamos entender algumas premissas básicas, princípios que nos ajudarão a guiar outros com o facho luminoso do farol. Não cabe a nós decidir o destino dos outros, mas apenas apontar-lhes os possíveis caminhos e alertá-los quanto aos perigos.
Cada um tem o sagrado e inalienável direito de decidir por si mesmo, e aí se inclui o direito de errar.
É importante nos darmos conta disso para permitir que as pessoas ao nosso redor tenham a chance de aprender as lições apropriadas, seja na empresa, na família ou na comunidade.
Errar não é algo indesejável; aliás, é um resultado esperado na vida. Em algum momento, vamos errar, pois ninguém acerta 100% das vezes. A questão é como lidamos com nossos erros e o que aprendemos a partir deles.
Para nos tornarmos bons guardiões do farol, devemos nos aperfeiçoar com as lições da experiência. Assim, aprenderemos a orientar sem tentar controlar, ensinar sem julgar os outros apenas com base em nossa própria visão.
Maturidade não é algo que se transfere, é algo que se constrói. Ao captarmos esse princípio básico, aprenderemos a criar espaços para que o outro também amadureça, experimentando a vida, errando, acertando, corrigindo perspectivas. Como orientadores, cabe-nos a tarefa de sinalizar os perigos e iluminar os caminhos, respeitando a decisão alheia e honrando sua passagem como algo especial e precioso.
Um dos deveres do guardião do farol é estar sempre disponível, 24 horas por dia, e mesmo nas noites turbulentas e nebulosas da existência. Todos nós passamos, em algum momento, pela “noite escura da alma”, para usar a expressão do místico cristão São João da Cruz.
Períodos de dificuldades e de conflitos internos acarretam, simultaneamente, o medo e o desejo de mudança. Nesses momentos de sombras e de crise, a luz do farol se torna ainda mais importante – é no estertor da crisálida que nascem as borboletas de asas fortes.
O bom guia deve emprestar seu ombro ao caminhante, sustentando-o e ajudando-o a avançar, mas sem tentar caminhar no lugar dele. Por vezes, a tarefa mais difícil é a daquele que apoia, guia e ensina, pois o respeito ao passo e ao ritmo do outro é o fundamento que mantém a caminhada e possibilita o aprendizado.
O guardião do farol é aquele que observa ativamente o progresso alheio, orientando sem oprimir, iluminando sem cegar, indicando sem decidir. Todos já precisamos desse tipo de apoio em algum momento de nossas vidas – mas recebemos pouco ou nenhum treinamento para exercer essa tarefa, que exige a habilidade de iluminar opções e de permitir que o outro siga em direção de si mesmo, buscando o norte da própria trajetória.
A figura do guardião do farol talvez pareça um tanto passiva e até efêmera, pois mais cedo ou mais tarde será deixada para trás – um dia, o aprendiz saberá andar sozinho, e seguirá adiante. Mas o guardião é a garantia de que o caminho está sinalizado e pode ser percorrido.
Quem se dispõe a exercer essa tarefa cedo ou tarde vai notar que o topo do farol é o ponto mais elevado, embora traga consigo tantos desafios. Existirá posição melhor do que emanar luz sobre os caminhos?
(texto extraído da revista Amanhã, aqui postado por sugestão de Fernando Gurgel)

Leitura complementar

Mitose

É o processo pelo qual uma célula (eucariótica) divide seus cromossomos entre duas células filhas. Este processo é constituído por quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Para memorizar a sequência acima os estudantes apelavam para esta frase: PROMETA ANA TELEfonar.
Ainda recorrem a ela?
Atualização
O processo não é mais um atributo exclusivo dos seres vivos. Tanto que alguém já flagrou um biscoito em plena mitose.

My[Confined]Space

22 fevereiro, 2012

Assalto japonês

A polícia estava fazendo uma blitz por conta de um assalto a banco, nas imediações de Suzano.
Num certo momento, interceptaram uma kombi considerada suspeita, na qual estavam oito japoneses.
A polícia foi logo gritando:
- Desce todo mundo!!!!!!!!
Os "japas" obedeceram em silêncio.
- Agora, um por um, vai dizendo o nome.
E eles, obedientes, foram se apresentando, um a um:

- Sartamo Obanko
- Matamo Okasha
- Kontiro Nokoko
- Katamo Agrana
- Saimo Koreno
- Fugimo Nakombi
- Osguarda Pararo
- Tomamo Noku

Piada da internet repassada por Germano Gurgel.

Homenagem a Hertz


O Google, com seu doodle em forma de ondas, homenageia hoje o 155º aniversário de nascimento do físico Heinrich Hertz.
Nascido em Hamburgo, Alemanha, a 22 de fevereiro de 1857, Heinrich Hertz demonstrou em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas (imaginadas por Maxwell, anteriormente).
Seu trabalho pioneiro abriu caminho para o desenvolvimento do rádio, da televisão e do radar.

A Doutrina Monroe

Não se refere aqui à Doutrina de James Monroe. Como se deduz da capa do slideshow, é a que começou com o esvoaçar de uma saia sobre um respiradouro do metrô de Nova Iorque.

21 fevereiro, 2012

O bêbado e o instrumentista




Isto é o que eu costumo chamar 
de uma abordagem musical.

Capicuas

A capicua (palavra de origem catalã: "cap i cua", cabeça e cauda) é um conjunto de números cujo reverso é ele próprio. É um tipo de palíndromo numérico ou palíndromo da matemática. Alguns exemplos: 11, 121, 23432 e 3456543.
Uma técnica de obtenção de uma capicua é pegar-se um determinado número, inverter a ordem de seus dígitos e somar o número obtido ao número original, obtendo-se um novo número e repetindo-se este processo até chegar a um número capicua. Exemplo: tendo-se 84, invertendo-se, obtém-se 48; 84+48=132; e 132+231=363.
Os palíndromos numéricos com datas são mais interessantes. Em 11/02/2011, ocorreu um destes. E hoje, 21/02/2012, está ocorrendo outro.
No entanto, encontrar uma simetria que inclua horas e minutos numa data é bem mais difícil. No milênio passado, ocorreu uma às 11h11 de 11 de Novembro do ano 1111, formando a sequência 11h11 11/11/1111. Outra ocorreu às 20h02 no dia 20 de fevereiro de 2002, formando a sequência 20h02 20/02/2002. E a próxima vez será somente às 21h12 de 21 de dezembro de 2112, que formará a sequência 21h12 21/12/2112.
No dominó, a pedra que pode finalizar o jogo, de um lado ou de outro, é também chamada de capicua (segundo o Aurélio).


Poderá também gostar de ver...
Escrevendo com números, A Constante de Kaprekar e Testando a Constante

20 fevereiro, 2012

Estúpido Cupido

A cerveja aumenta a feminilidade do homem

Um cientista da University of Massachussetts sugeriu que os homens deveriam tomar mais cuidado com o consumo de cerveja. A análise dos resultados de uma recente pesquisa revelou a presença de hormônios femininos na bebida.
A teoria é de que "beber cerveja faz os homens tornarem-se mulheres".
Para provar a teoria foram dados a 100 homens 5 litros de cerveja para cada um.
Observou-se que...
100% dos homens:
  • Ganharam peso (coisa de mulher).
  • Começaram a falar excessivamente e sem sentido (coisa de mulher).
  • Tornaram-se altamente emocionais (coisa de mulher).
  • Não conseguiram dirigir... direito (coisa de mulher).
  • Não conseguiram pensar racionalmente (coisa de mulher).
  • Discutiram por qualquer besteira (coisa de mulher).
  • Recusaram-se a pedir desculpas, mesmo quando errados (coisa de mulher).
Assim sendo, não há mais testes programados, sendo que este foi considerado suficiente, assustador e definitivo. Enfim... terrível!

Propriedades de algumas cervejas brasileiras observadas no teste
BOHEMIA – é igual a nossa mãe – a melhor delas, a mais respeitada.
BRAHMA – é igual a mulher de casa... a número 1.
SKOL – é igual a mulher do vizinho... desce redonda.
KAISER – é igual a sogra... amarga e dá dor de cabeça.
ANTARCTICA – é igual a amante... vive brigando pra ser a número 1.
BAVARIA – é igual a mulher dos amigos... todos bebem.
ITAIPAVA – é igual a cunhada – vale a pena experimentar.
NOVA SCHIN – é igual a mulher feia... no desespero a gente encara.

Matéria de autor desconhecido publicada por diversos sites, inclusive sob a forma de slideshow.  Enviada por e-mail pelo colega Winston Graça.

19 fevereiro, 2012

Boi Voador

Este foi um espetáculo que marcou a história da cidade Maurícia, pouco tempo depois denominada de Recife.
Segundo os historiadores, no dia 28 de fevereiro de 1644, data da inauguração da ponte do Recife, hoje conhecida como ponte Maurício de Nassau, o conde holandês Maurício de Nassau, que estava de partida da cidade, desejando a presença de grande público para homenagear o evento, mobilizou a população espalhando a notícia que faria "um boi voar" sobre a ponte.
O conde utilizou-se de um couro de boi moldou-o em forma de um balão inflável, amarrado em cordas finas, sobre roldanas, controlado por marinheiros, que o fazia dar cambalhotas no ar.
O espetáculo aconteceu com a presença de um grande público, que assistiu de boca aberta e aplaudiu tamanha peripécia.
Maurício de Nassau cumpriu sua promessa, fez realmente o boi voar, ficou conhecido e admirado por todos por sua criatividade e astúcia.
E a inauguração da Ponte com boi voador e tudo foi um sucesso, tanto para a história dos holandeses em Pernambuco, quanto para os cofres da Coroa holandesa, que arrecadou cerca de 20.800 florins.

Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Boi Voador. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: basilio.fundaj.gov.br. Acesso em: 13  set 2011.


de Chico Buarque. Peça: Calabar, Elogio da traição

Quem foi, quem foi
Que falou no boi voador
Manda prender esse boi
Seja esse boi o que for
O boi ainda dá bode
Qual é a do boi que revoa
Boi realmente não pode
Voar à toa
É fora, é fora, é fora
É fora da lei, é fora do ar
É fora, é fora, é fora
Segura esse boi
Proibido voar

Cirandas

A minha prescrição para o carnaval é pegar leve, muito leve.
A ciranda é a mais bela, delicada e emocionante flor da rica cultura pernambucana. "Pernambucolismo" puro!
Pot-pourri de cirandas: Cirandas/ Luar de Prata/ Ciranda da Aliança - gravadas ao vivo no Marco Zero Recife en 2006.


A magnífica manifestação coletiva no Marco Zero, no Recife, com dezenas de rodas de ciranda em meio á multidão, sob a batuta de Alceu Valença, com direito ao maestro Spok no sax. Cenário perfeito. Tudo perfeito.
Alceu é o autor da Ciranda da Rosa Vermelha.

18 fevereiro, 2012

CARNAVAL. O segredo do tapa-sexo



Apesar da força da gravidade, do frenético movimentar do corpo, do gotejar do suor e do ardente suspirar da rapaziada, o danado do tapa-sexo é duro na queda.
O segredo disso está na forma como ele é fixado.
Nelson Cunha revela o que está por trás do tapa-sexo, mas não bem exatamente.

O SEGREDO

HOUSTON. Problemas

17 fevereiro, 2012

DRCG

"Discutindo a Relação Com a Gata"


Joel Bento Carvalho postou esta DRCG no Portal Luís Nassif. Nós, do EntreMentes, por considerá-la uma "fotopotoca" muito criativa aqui a reproduzimos. Que venham agora as "fotopotocas" da categoria DRCGV - "Discutindo a Relação com o Gato Véi". Humorista cearense que "vive todo arranhado mas não larga a sua gata" é o que não falta para nos enviar (as fotopotocas).

Lembrando Darcy

"Não me consolo de constatar todo dia que o Brasil não deu certo. Ainda não deu certo. Não por culpa da terra, que é boa, nem do povo, que é ótimo. Mas das nossas classes dirigentes, tão tenazmente tacanhas que só sabem gastar gente a fim de lucrar e enricar. Para isso, sujigaram e mataram milhões de índios, estancando sua alegria de viver e corrompendo sua admirável adaptação ecológica à nossa terra. Para isso, caçaram em África, transladaram para cá e aqui consumiram, queimados no trabalho escravo, dezenas de milhões de negros.
O duplo produto desse espantoso desfazimento de povos pelo genocídio e pelo etnocídio é nossa elite infecunda, construída, de um lado, pelos descendentes de senhores de escravos, calejados na alma pelo exercício da opressão sobre o povo trabalhador, e de outro, pelos agentes e testas-de-ferro dos interesses estrangeiros que nos sangram. Todos eles bonitos, todos educados, todos formados, mas todos mancomunados para que o Brasil continue tal e qual. O outro produto - o principal, ainda que desde sempre desprezado - somos nós: um povão mestiço  na carne e na alma em busca de seu destino.

N. do E.
Em 17 de fevereiro de 1997 (há 15 anos) morria Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor, cassado em 1964 e inventor da visão dos brasileiros como um "povo novo".

16 fevereiro, 2012

Sobre o nervo laríngeo

Este nervo é uma das ramificações de um nervo craniano que provém diretamente do cérebro, o vago. Em ambos os lados do pescoço, um dos ramos do nervo laríngeo dirige-se à laringe, seguindo um percurso direto tal como seria escolhido por um projetista. O outro, no entanto, dirige-se à laringe, mas realiza um desvio surpreendente. Mergulha no tórax, circunda uma das principais artérias que sai do coração (1) e depois regressa ao pescoço para terminar a viagem. (2)
Como resultado de um projeto este nervo (recorrente) seria um disparate. Do ponto de vista de evolutivo faz todo o sentido. Para compreender isto temos de recuar ao tempo em que os nossos antepassados eram peixes. Os embriões humanos com cinco semanas assemelham-se a peixes com brânquias.
Num embrião humano com vinte e seis dias veremos que o abastecimento sanguíneo às "brânquias" se assemelha fortemente ao abastecimento sanguíneo às brânquias de um peixe. Estas ramificações procuram os seus órgãos-alvo, as brânquias, pelo caminho mais direto e lógico. Durante a evolução dos mamíferos, contudo, o pescoço cresceu (os peixes não o têm) e as brânquias desapareceram, transformando-se em tiróide, paratiróide e laringe. Estes órgãos herdaram o abastecimento que outrora servia às brânquias.
Durante a evolução dos mamíferos os nervos e vasos sanguíneos foram puxados e esticados em direções diversas. No tubarão, esse nervo laríngeo não apresenta desvio, já na girafa (que melhor exemplo se poderia arranjar para esta situação?!), este nervo tem um desvio de 4,5 metros. (3) Em sua jornada descendente, o nervo passa perto da laringe, que é o seu destino final. Todavia continua para baixo, percorrendo todo o pescoço antes de inverter o sentido e fazer o caminho de volta até esta. Isto exemplifica à perfeição como os seres vivos estão longe de terem sido bem projetados e refuta consistentemente a ideia de um "projeto inteligente".

Fonte: "O espectáculo da vida", Richard Dawkins. Via Biogeonorte
Notas do Editor
(1) O laríngeo esquerdo passa por baixo da crossa da aorta; o direito circunda a subclávia direita.
(2) A lesão deste nervo por uma patologia endotorácica (tumor, aneurisma etc.) no ser humano, ou por uma cirurgia para removê-la, causa a paralisia da corda vocal correspondente. Se for bilateral, causa asfixia.
(3) Mais de quatro metros para chegar a um local a poucos centímetros da origem do nervo. Um engenheiro que projetasse algo assim seria despedido por justa causa!

Vídeo. Richard Dawkins na necropsia de uma girafa

Capsaicina

Supostamente, os seres humanos foram feitos para evitar a pimenta. A fruta contém uma substância irritante chamado capsaicina. É tão ativa que um miligrama da substância, colocada na palma de uma mão, queima como um cigarro aceso, causando uma dor que dura horas.

capsaicina
A planta evoluiu esse mecanismo de defesa porque as suas sementes são destruídas no aparelho digestivo dos mamíferos. E a capsaicina foi a forma que a planta encontrou para afastá-los.
No entanto, as sementes da pimenta Chili sobrevivem ao serem comidas pelas aves, que não têm receptores para sentir a capsaicina. É como se a planta "desejasse" que suas frutas fossem comidas pelas aves, as quais são excelentes veículos para sua propagação.
Diferentemente da maioria dos mamíferos, os seres humanos desfrutam da ardência da capsaicina em sua alimentação.
Agora, há outra razão para apreciá-la além de sua forte emoção culinária: a capsaicina consegue neutralizar localmente os neurônios que enviam sinais de dor ao cérebro.
Este princípio está sendo explorado na fabricação de patches (adesivos transdérmicos) para o tratamento da dor de origem neuropática (*).


(*) Exemplos: nevralgia pós-herpética, polineuropatia pelo HIV, neuropatia diabética, lesão traumática de nervo etc.

N. do E.
1 - No Brasil, a capsaicina é comercializada sob as formas de cremes e loção.
2 - Nenhum organismo rearquiteta a si próprio. Evolui através de alguma mutação AO ACASO que é passada a seus descendentes. Se esta mutação traz alguma vantagem, com relação aos demais da espécie, estes descendentes tenderão a predominar no meio competitivo em que vivem. Isso acontece em todo momento: no mundo dos microrganismos, por exemplo. Cepas resistentes de bactérias a antibióticos passam a ocupar cada vez mais o espaço das cepas sensíveis. Vírus aviários e suínos sofrem mutações, tornando-se infectantes ao hospedeiro humano a ponto de provocar pandemias. No presente caso: sementes destruídas em tudo digestivo de mamíferos "não interessam" a plantas que produzem capsaicina; sementes preservadas em tubo digestivo de aves (melhores veículos de propagação, por sinal) "interessam". "Interessam" e "não interessam" - aqui escritos entre aspas - por serem modelos que não dependem da volição das plantas.

A aposta

por Fernando Gurgel Filho
Tem turista que beira o ridículo ao explorar as habilidades dos moradores do lugar. Estes querem apenas um pouco de atenção e, óbvio, ganhar uns trocados. Sabedores disso, alguns turistas chegam a ser muito cruéis e os exploram ao máximo.
Em uma barraca de praia, em Ilhéus, um dos atendentes era o Chicão, que gostava de exibir seu conhecimento de TODAS as capitais de TODOS os países do mundo.
Mas a sua maior habilidade era a de quebrar cocos com a mão. Sua habilidade era tanta que, segundo ele, se exibiu até no Fantástico.
Hoje está adoentado e abandonado à própria sorte.
Quando estava no auge, um belo dia, um grupo de turistas resolveu se divertir com o Chicão, dando-lhe um dos cocos mais duros que encontraram:
- Duas cervejas se você conseguir quebrar este!
Chicão topou, quebrou o coco com alguma dificuldade, nós dos dedos sangrando e as máquinas fotográficas dos turistas explodindo de alegria.
Um cliente antigo do Chicão, sentado numa mesa ao lado, ficou incomodado com a cena e chamou o Chicão:
- Aposta com esses idiotas que eu, Zeildo, negão baiano, jogo um coco para o alto e pego no dente.
Chicão, mesmo contra a vontade porque não queria que seu protetor se ferisse, fez a aposta e, claro, os turistas toparam imediatamente.
Zeildo chegou e acertou os detalhes, repetindo:
- Vou jogar um coco para o alto e pegar no dente. Todos de acordo?
Todos concordaram.
- Outra coisa, a aposta é com o Chicão, eu não quero nada.
Apenas uma senhora mais bem intencionada pediu para o Zeildo desistir, pois "tinha uns dentes tão bonitos" e falou que não queria ver aquilo.
Os outros não deram bola, queriam ver sangue e o Zeildo pediu para escolherem o coco. Deram-lhe um dos maiores e mais pesado. Zeildo tomou-o na mão direita e os turistas apontaram suas máquinas fotográficas. Fez que procurava a direção do vento com o indicador da mão esquerda, virou para o outro lado e os turistas todos se posicionaram em sua frente. Juntou mais turistas de outras mesas. Balançou o coco para cima e para baixo, observou novamente a direção do vento e, vagarosamente, virou para o lado da praia, com os turistas correndo para pegarem o melhor ângulo. Pediu para o pessoal se afastar um pouco, abrindo uma roda na sua frente. Sob intenso pipocar de flashes e gritos de alegria Zeildo, por fim, jogou o coco o mais alto que podia.
Colocou a mão direita nas costas e, com a mão esquerda, pegou no dente da frente.
Quando o coco desceu, numa velocidade vertiginosa, mais flashes e mais gritos.
O coco caiu no chão.
Silêncio total, as máquinas fotográficas paralisadas sob o olhar abobalhado dos turistas.
- Cadê?, falou alguém, entre acanhado e perplexo.
Ante a gargalhada do Chicão, que entendeu a brincadeira, Zeildo mostrou a todos que ainda estava pegando no dente.
Os dois quase foram linchados, os turistas deram queixa ao dono da barraca, pois "estavam sendo feitos de bobos", mas Zeildo exigiu o pagamento da aposta para o Chicão.
Um dos turistas mais exxxpertos gritou:
- Deixa de onda, cê falou que ia agarrar o coco com os dentes e não fez nada disso!
Zeildo pediu gentilmente para não mudarem o que foi combinado:
- Todos aqui devem se lembrar que falei apenas que ia jogar um coco para o alto e pegar no dente, certo? Então? Joguei o coco bem alto e ainda fiquei um tempão pegando no dente para dar tempo de todos fotografarem, não fiquei? Portanto, meus caros, trato cumprido, favor pagarem a aposta para o Chicão.
A confusão aumentou, mas, no fim, os turistas, quase fora de si, se descabelando e desmoralizados, foram obrigados a pagar a aposta para os nativos.
Que se divertiram com as cervejas grátis e se divertem até hoje com a história.

15 fevereiro, 2012

Aula de fotografia - 6

COMO A FOTOGRAFIA PODE MANIPULAR O NOSSO PONTO DE VISTA
MELHOR DIZENDO: COMO A EDIÇÃO DA FOTOGRAFIA...

Cat Breading

A longa marcha do progresso humano finalmente acabou, chegamos a nosso destino. Descansemos e nos deliciemos com as manifestações estéticas de nossos criativos artistas, principalmente com suas novas formas de fazer arte. É para isso que existe a Internet.


+ CATS
O piano de gatos, Um gênio pode ser ingênuo, Gatos em queda, A galeria dos gatos molhados, Fisioterapia (por) animal, Um gato de guarda e Gato de Botas

14 fevereiro, 2012

Um novo uso para as inservíveis listas telefônicas


Sou do tempo em que as listas telefônicas tinham serventia. Pesquisando-se nelas a gente encontrava o que procurava: o telefone ou o endereço do assinante. Isso está longe de ser possível, atualmente.
Por isso, substituí-as pelo Google.
Mas permaneceu um problema: que destinação posso dar a essas listas telefônicas?
Pois não é que o pessoal do garten kultur encontrou a solução?!
A gente recorta uma circunferência, põe terra e planta no centro uma mudinha.

THE SIMPSONS. Tema musical de abertura

O tema musical de abertura do programa The Simpsons apresenta uma complexidade melódica e harmônica pouco encontrada nas músicas do gênero.
Pesquisando no YouTube, deparei-me com um grande número de versões instrumentais para o tema. Dentre as mais interessantes:
  1. no piano
  2. no violão
  3. com duas guitarras
  4. a capela

13 fevereiro, 2012

Comemorar o medo

Mia Couto
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinaram a temer os desconhecidos.
Na realidade a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do meu território.
O medo foi afinal o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional. Os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram restaurantes à nossa porta, os ditos terroristas são hoje governantes respeitáveis e Carl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência.
O preço dessa construção de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo cometeram-se as mais indizíveis barbaridades. Em nome da segurança mundial foram colocados e conservados no poder alguns dos ditadores mais sanguinários de toda a história e, a mais grave dessa longa herança de intervenção externa, é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
A guerra fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo a oriente e a ocidente e, por que se trata de entidades demoníacas, não bastam os seculares meios de governação, precisamos de intervenção com legitimidade divina. O que era ideologia passou a ser crença. O que era política tornou-se religião. O que era religião passou a ser estratégia de poder.
Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: Para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentarmos as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania.
Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho poderia começar, por exemplo, pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e de outro lado, aprendemos a chamar de “eles”. Aos adversários políticos e militares juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade, imprevisível. Vivemos como cidadãos e como espécie em permanente situação de emergência.
Como em qualquer outro estado de sítio as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa. Todas essas restrições servem para que não sejam feitas perguntas, como por exemplo, estas:
Por que motivo a crise financeira não atingiu a indústria do armamento?
Por que motivo se gastou, apenas no ano passado, um trilhão e meio de dólares em armamento militar?
Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadafi?
Por que motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça?
Se queremos resolver e não apenas discutir a segurança mundial, teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes. Há uma arma de destruição maciça que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra, essa arma chama-se fome! Em pleno século XXI, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fração muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo. Mencionarei ainda uma outra silenciada violência. Em todo o mundo uma em cada três mulheres, foi ou será, vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida. É verdade que sobre uma grande parte do nosso planeta pesa uma condenação antecipada pelo fato simples de serem mulheres.
A nossa indignação, porém é bem menor que o medo! Sem darmos conta fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões de ética são esquecidas, porque está provada a barbaridade dos outros e, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade. É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha, a Grande Muralha, que foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente morreram mais chineses construindo a muralha do que vítimas das invasões que realmente aconteceram. Diz-se que alguns trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção.
Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora do quanto o medo nos pode aprisionar. Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje no mundo um muro que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente. Citarei Eduardo Galeano acerca disto, que é o medo global, e dizer: Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras e, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.
Muito obrigado!
Mia Couto é um escritor moçambicano. Dizendo-se incapaz de falar improvisadamente, ele leu esta instigante mensagem (a mim repassada pela amiga/colega Sonia Lôbo), reproduzida aqui integralmente, a qual foi o depoimento mais aplaudido de um dos painéis de "Conferências do Estoril, 2011".

A segunda pele de Le

Este indivíduo, cujo nome é Josh Le (foto), usou uma calça jeans por 15 meses sem lavar. Usou-a, dia sim e outro não,  para deixá-la "respirar" e mantê-la "controlada dos maus odores".
Depois disso, testes bacteriológicos foram realizados nos laboratórios da Universidade de Alberta (Canadá), e, de modo surpreendente, o número de colônias não foi particularmente elevado. E, conforme os resultados dos testes, a maioria dessas colônias era de bactérias não nocivas, provenientes da pele dele de Le.


Ler + em Tecnoculto.
Ler + em EntreMentes
Calça Jeans, de Nelson José Cunha.

12 fevereiro, 2012

O canto do grilo jurássico

Cientistas da Universidade de Bristol, Reino Unido, recriaram o canto de uma espécie de grilo que viveu no Período Jurássico. Analisando os fósseis deixados por esses insetos, eles chegaram à conclusão de que emitiam o som em uma frequência (*) mais alta do que a dos grilos atuais.
Prepare-se para ouvir o que ninguém escuta há 165 milhões de anos:



(*) Frequência não é intensidade. Mas o canto do grilo jurássico era chato do mesmo jeito.

Audição recomendada: Os donos da vozVozes de animais em diferentes idiomas

Joshua: sem preço

Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo (veja abaixo), mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossa vida que são únicas, singulares, e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço.


Pearls Before Breakfast por Gene WeinGarten

11 fevereiro, 2012

Briga de cachorro-quente

O "Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável " - Physicians Committee for Responsible Medicine  emitiu este comunicado:
Comparando, através de outdoors patrocinados pelo Projeto Câncer do Comitê, o risco de comer cachorro-quente ao de fumar cigarros.


Cachorros-quentes são um dos pratos favoritos nos EUA, sendo servidos em cerca de 95 por cento das casas em todo o país. Os estadunidenses comeram mais de 16 bilhões de cachorros-quentes só no ano de 2010, de acordo com o "National Hot Dog and Sausage Council".
Em 1995, os responsáveis pelo comitê emitiram um comunicado contra a premiação Ig Nobel, por contemplar pessoas de que eles não gostavam. E os organizadores do Ig Nobel se defenderam por meio de outro comunicado.
“The Annals of Improbable Research”, que tem sido descrito como "a revista MAD da ciência", é o órgão que honra os indivíduos cujas conquistas "não podem ou não devem ser reproduzidos". E nomes importantes da  comunidade científica internacional estão se declarando chocados com o comportamento do comitê que resolveu criar a sua própria lista de "vencedores do Ig Nobel".

Comentário
EntreMentes não entra nem entrará jamais nessa briga de cachorro-quente... grande.

A ratoeira

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha, disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado em minhas preces.
O rato dirigiu-se, então, à vaca.
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
A vaca respondeu:
- O quê, Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então, o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor do que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e achar que este não lhe diz respeito, lembre-se de que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.
O problema de um pode ser de todos.
Fonte: internet

10 fevereiro, 2012

O vício estranho de Tamara

Tamara, 33, tem um vício chamado Boo. É como Tamara chama o travesseiro que ela leva a todos os lugares a que vai, como salão de beleza, academia e supermercado.
Se o travesseiro não está nos braços dela, tem que estar no mínimo por perto, dentro de seu campo de visão.
Boo foi comprado em 1982 numa loja de antiguidades, nunca foi lavado e, obviamente, é sujo. Mas a dona jura que ele não cheira mal.
Por causa de seu apego com ele, o relacionamento com o noivo está a perigo, o qual inclusive já cancelou o casamento.

- Peraí, esse travesseiro, como diz o provérbio, é mesmo bom conselheiro?

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California Poppy

O designer Sean Click (clique) criou um anúncio ecológico para o McDonald's: o símbolo desta rede de fast food formado com flores à beira de uma estrada na Califórnia. O mais interessante é que as flores utilizadas são do tipo California Poppy, que é a flor oficial do Estado da Califórnia, e a legislação estadual determina que elas não podem ser colhidas, destruídas ou arrancadas. Portanto, retirar os arcos dourados do "Mc" do local em que se encontram seria contra a lei.

Débora Schach, Blue Bus

09 fevereiro, 2012

O fantasma

Fernando Gurgel Filho
Sempre fui um medroso corajoso. Lembro que, ainda criança, quando tinha ainda a altura de uma mesa de jantar - não cresci muito depois disso, não - fui à cozinha beber água. Atravessei a sala de jantar, que não tinha nenhuma divisória com a cozinha, e me dirigi ao filtro de água.
A cozinha era separada do quintal apenas por um alpendre e, de dia, com a porta da cozinha aberta, podia-se avistar até o fundo do quintal. Naquele momento era noite e estava escuro. Era praticamente impossível ver-se qualquer coisa no quintal, mas divisei algo como um vulto se mexendo na direção da porta, que estava aberta.
Mesmo com o coração na boca, batendo mais forte que zabumba em forró, fui devagarinho conferir aquela visão. Sai do alpendre tentando ver algo naquela escuridão impenetrável, quando uma coisa enorme se destacou da escuridão e parecia vir na minha direção. O medo crescente chegou ao limite. Corri feito um desesperado.
Na corrida dei de frente com a mesa de jantar, ou seja, na ponta da mesa e cai sentado. Levantei e logo estava todo ensanguentado, com um furo do lado esquerdo da testa, que conservo de lembrança até hoje.
Conclusão, mesmo tendo coragem de conferir a origem do medo, este ultrapassou o limite aceitável pelas pernas, que me levou para longe. E o vulto? Era apenas um lençol branco estendido no varal.
Muito tempo depois - bota tempo nisso! - estava viajando de carro e, como não gosto de dirigir à noite, quase sempre paro em algum hotel ao anoitecer.
Numa dessas paradas, que não lembro em qual cidade muito menos em qual hotel ficamos hospedados, chegamos bem tarde.
Após todos tomarem banho, jantamos, demos uma volta na pracinha próxima ao hotel e fomos dormir.
Como estava morto de cansado, quando deitei, apaguei completamente.
De madrugada, acordei com sede e com vontade de urinar.
Sem acender as luzes do quarto, me dirigi primeiro ao banheiro, devagar, meio sonolento, cabeça vazia, quase sonâmbulo, parecia que apenas o instinto me guiava.
Acordei totalmente quando levei a mão à maçaneta do banheiro e vi, na penumbra, uma outra pessoa que estendia a mão na direção da minha.
Dei um salto e quase caí em cima de uma das camas.
Apenas depois do susto lembrei que o banheiro tinha um espelho enorme cobrindo quase toda a porta.
Creio que fui o primeiro ser humano a ver o próprio fantasma e fugir da própria figura.

Estresse e gravidade

Um homem em sua cadeira de rodas motorizada perde a vez de entrar no elevador. Irritado, ele tenta abrir a "marradas" (bam, bam, bam) a porta do elevador.
Veja o que aconteceu:


Os organizadores do Darwin Awards agraciaram-no com o prêmio do século, postumamente e sob a seguinte justificativa:
"Nada simboliza tanto a queda da raça humana como uma queda real para baixo."

07 fevereiro, 2012

Gambiarra

O termo é utilizado em diversas áreas profissionais como informática, programação, eletrônica, engenharia civil, cinema, teatro, artes plásticas, arquitetura, design, geralmente se referindo a soluções improvisadas, adaptações, ajustes, muitas vezes como uma solução que não se utiliza de métodos, plano ou projeto.
A gambiarra é muitas vezes entendida de forma pejorativa como algo precário, provisório, transitório, mal-acabado ou rústico.
O uso informal do termo [como improviso] denota uma propensão cultural relacionada ao que aqui se costuma chamar de jeitinho brasileiro. É uma manifestação não exclusiva, porém típica e muito presente na cultura popular brasileira.
Em www.thereifixedit.com você vai encontrá-la à maneira norte-americana.

Itapiúna - CE

Grande
Artifício da
Mecânica
Brasileira
Inventada para
Arrumar
Recuperar ou
Realizar
Algo

Como é o símbolo @ no Código Morse?

Apesar da crescente popularidade do e-mail nas últimas décadas o símbolo @ só entrou para o Código Morse a partir de 2004.


Essa sequência de pontos e traços (acima) é o resultado da junção invertida das letras "a" e "c", iniciais da expressâo "commercial at" (commat) que é usada para designar o símbolo "arroba" em inglês.


Postagens relacionadas
A história d'@A história d'@, parte 2 e Pontos e traços.

06 fevereiro, 2012

O estande da baleia

Em 1831, o esqueleto de uma baleia de 29 metros foi exibido em um pavilhão de Charing Cross como parte de uma turnê que já havia estado em Ostend e Paris. Os visitantes subiam um lance de degraus até um palco montado dentro da caixa torácica do cetáceo, onde podiam sentar a uma mesa e escrever gracejos em seu livro de visitas.


Inner Views, Futility Closet

Visitar também: O estande do centauro.

Que é a cartozoologia?

É a arte (segundo o Neatorama, a ciência) de descobrir contornos de animais nos mapas das ruas das cidades.
Minha fonte prossegue :
"Uma das características da psique humana é a nossa busca por significado e por compreensão além do mero conhecimento. Esse desejo é, naturalmente, acompanhado pelo pressuposto de que o sentido da existência está inscrito no mundo, na forma de mensagens, mais ou menos ocultas, que podem ser lidas e compreendidas por ela, ao adquirir os conhecimentos necessários e a habilidade. Destes ingredientes é que brotaram a ideia da cartozoologia."

+ informações
Não é algo novo. Nossos antepassados a praticavam quando, contemplando o céu à noite, identificavam formas humanas e animais nas constelações.
E Paul Middlewick identificou os contornos de diversos animais nos mapas do metrô de Londres. Confiram isto em O "ZOOLÓGICO SUBTERRÂNEO".

05 fevereiro, 2012

Casa do Ceará em Brasília

Fundação ► 15/10/1963
Localização ► SGAN Quadra 910 Conjunto F Asa Norte, 70.790-100 Brasília, Brasil
Informações gerais ► A Casa do Ceará em Brasília é uma Entidade reconhecida como de Utilidade Pública pelos Governos Federal, do Distrito Federal e do Estado do Ceará.
Histórico ► A Casa do Ceará praticamente nasceu com Brasília. É possível que as saudades da terra distante, a ausência da paisagem nordestina e o desejo de um aconchego humano tenha levado o espírito de Crysantho Moreira da Rocha a convocar alguns de seus inúmeros amigos para a tarefa de fundar uma instituição que irmanasse os cearenses que se encontravam em Brasília por diversos motivos. Assim nasceu a CASA DO CEARÁ, a princípio modesta, pequena mesmo, como em geral são as grandes coisas em seu nascedouro.
Missão ► A Casa do Ceará é uma entidade de assistência social que presta serviços e ações gratuitos, continuados e planejados, sem qualquer discriminação e sem exigência de contrapartida do usuário.
Sua principal função social é a Pousada Chrisantho Moreira da Rocha para idosos.
Para obter sua certificação, a Casa do Ceará
I - está inscrita no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal.
II - integra o cadastro nacional de entidades e organizações de assistência e promoção social.
A Casa do Ceará além de desenvolver inúmeras atividades assistenciais, como distribuição de cestas básicas, vale-transporte, óculos e roupas, oferece assistência médica e odontológica, subsidiada, bem como cursos de capacitação profissional e de línguas para a comunidade do Distrito Federal e do Entorno.
Telefone ► 6135333800
Website ►http://www.casadoceara.org.br/

Estas informações sobre a Casa do Ceará em Brasília foram extraídas de sua  página no Facebook. A entidade está sendo aqui divulgada por sugestão de nosso colaborador Fernando Gurgel Filho.

Escola para príncipes

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