31 dezembro, 2009

Striptease

EntreMentes começa o ano recomendando um vídeo de striptease. Foi encontrá-lo no Izismile, cujo lema é in fun we trust, e o achou ideal para este dia.
Durante a exibição do vídeo, talvez você tenha de apertar o botão PLAY por diversas vezes. Valerá a pena. Por sua insistência nessa operação, seus olhos serão recompensados pois a stripteaser é sensual e belíssima!

Clique aqui.

Então é Ano-Novo!

Sobre como estabelecer as metas
"Anote os seus querê e pendure num lugar que você enxergue todo dia.
Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua, vale a pena correr atrás. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
Se vire num cão chupando manga e mêta o pé na carreira, pois prá gente conseguir o que quer, tem é Zé.
Lembre que prá ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique só frescando."
Sobre como entrar no ano
"No forró da entrada do ano, coma aquela gororoba até encher o bucho. É prá dar sorte, mas cuidado, senão dá gastura.
Tome um burrim e tire o gosto com passarinha ou panelada que é prá num perder a mania."
Sobre como se motivar para o ano
"Reflita sobre as besteiras do ano passado e rebole no mato os maus pensamentos.
Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto:
- Sai mundiça!!!
Ah, e não esqueça do grito de guerra, que é prá dar mais sorte ainda:
- Queima raparigal!!!
Agora, é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta que vai dar tudo certo em 2010, afinal de contas você é cearense. E pros que não são da terrinha, mas são doidim prá ser, nosso desejo é que sejam tão felizes quanto nós.
Peeeeennnnse num ano que vai ser muito bom.
Respeite como vai ser pai d’égua esse 2010."

Estas sugestões me foram enviadas pelo cearense-mineiro Nelson José Cunha.

30 dezembro, 2009

Acidentes acontecem

"Agora, que estou prestes a completar seis meses neste paraíso tropical, na distante Queensland, eu acho que fiz muito bem em ter evitado o contato com seres perigosos que fazem desta parte do mundo os seus lares. Eu evitei ser boxeado por um canguru, mordido por um tubarão, picado por uma aranha ou uma cobra, porém, em meus últimos dias aqui em Hamilton Island, fui atacado por uma minúscula criatura conhecida pelo nome de Irukandji (Carukia barnesi). Essa pequena água-viva (vista ao lado), de tamanho inferior ao de uma unha humana, e que abunda nas águas costeiras de Queensland, principalmente entre outubro e maio, pode causar nas pessoas a síndrome Irukandji.
Assim começa o relato de Ben Southall, em sua postagem de 29/12, no Island Caretaker Blog. Ben é o felizardo que se encontra nos últimos dias do "melhor emprego do mundo".
Lendo a postagem inteira (em inglês) você vai saber também como é a síndrome Irukandji, que esta água-viva pode provocar (numa descrição feita por um de seus contatos).

O grito dos incluídos

Há pessoas que se mostram sempre insatisfeitas, que se queixam incessantemente de tudo que lhes acontece. Embora desfrutem de privilégios inacessíveis à imensa maioria dos mortais.
A respeito de uma delas, certa vez, um colega assim comentou:
- Parece porco chupando caju azedo...
Explicando-me, a seguir, o motivo da divertida comparação:
- Grita, grita, mas não larga.

29 dezembro, 2009

O cãozinho Victor

O símbolo da Victrola (o aparelho da Talking Machine Company que deu origem ao nome vitrola) era o cãozinho Victor. Um fox terrier, cujo nome real era Nipper, que foi desenhado pelo pintor Francis Barraud. Na cena famosa, o cãozinho aparece olhando para o gramofone porque dali vinha a voz de seu falecido dono (um irmão do pintor), o qual tinha deixado algumas gravações com a sua voz. Ao ouvi-lo, o animal prestava atenção. E, por isso, o slogan de Victrola era His Master´s Voice.

O cãozinho da Apple

Cadê o direito de imagem?

Uma bela foto de família. Mas há algo de estranho nela. O que pode ser?

Resposta
O sétimo membro da família (em busca de seu lugar ao flash).

Gigantes e anões

A todos agrada pensar que a ciência é um brilhante exemplo da cooperação. Como disse Newton em sua famosa frase:
"Se vi mais longe, é porque estava sobre ombros de gigantes."
Mas, às vezes, me dou conta de que a grande ciência necessita de grandes inimigos. E me recordo das palavras do Prêmio Nobel de Física, Murray Gell-Mann:
"Se vi mais longe do que os outros, é porque estava cercado de anões."
Amanda Gefter in New Scientist

Comentário
A primeira frase, que se atribui a Isaac Newton, é originalmente de Bernardo "Ombros de Gigantes" Camomensis, o filósofo Bernardo de Chartres.

27 dezembro, 2009

O Duque que virou Barão

Teoricamente, os títulos de nobreza são conquistados nos campos de batalha, mas no Brasil costumavam ser comprados. Havia nobres que nunca combateram. Assim, Apparício Torelly inventou que havia se destacado na Batalha de Itararé, uma batalha entre gaúchos e paulistas que não houve em 1931. E, para fazer as fotos que comprovavam sua participação na luta, vestiu-se de um surrado uniforme da Guerra do Paraguai. A seguir, o nosso herói se autonomeou Duque de Itararé, fazendo publicar em seu jornal, A Manha, que esse título fazia justiça "a uma personalidade de excepcional valor que se distinguiu no campo de batalha".
Algum tempo depois, "como prova de modéstia", Apparício se auto-rebaixou para Barão de Itararé. Não dispensando, porém, "as periódicas injeções de azul de metileno que o faziam ficar com o sangue azul".
O Brasão do Barão
Apparício criou também um escudo heráldico para a Casa de Itararé. Eis a descrição deste símbolo segundo o próprio criador:
"Observe o leitor o detalhe do brasão, em filigranas e ornamentações clássicas. No meio da moldura, dominando o conjunto, em posição de quem perdeu a guerra ou procura alfinetes no chão, vê-se a efígie do ilustre fidalgo, vigiando a coleção de armas e iguarias que sustentam o escudo. À esquerda, no plano austral, salienta-se uma vaca sagrada, em atitude arbitrária, como quem resiste e protesta contra a possibilidade de ser loteada para o açougue e transformada em bifes de ouro. No lado direito da perna do sinistro Barão, vê-se, guardado por um punhal tibetano, um saco cheio do produto de honesta economia, advinda do troco de caixas de fósforos e passagens de bonde que deixou de pagar, fingindo distraído, quando passava o condutor. Descendo pela esquerda, aparece uma mão solta, que não tem nenhuma explicação e, a seguir, um cachorro vira-lata, com evidente intenção hidráulica de franco desacato aos símbolos da nobreza. No centro-esquerda, distingue-se a monografia "BI", usado nas cuecas e na roupa de cama do fidalgo, quando as tem. Logo abaixo, destaca-se um jumento franquista e um peixe grande, que não se sabe como conseguiram penetrar na moldura. À direita, distinguem-se vários objetos de ostensiva significação oculta: um cidadão de cartola, em pleno processo de desintegração atômica; um frango e uma garrafa, de destinos suspeitos, e, finalmente, um desconhecido, perto de um pescado, que tanto pode ser uma baleia engolindo o profeta Jonas, como o deputado Lameira Bittencourt, vomitando um pirarucu depois do almoço. A parte mais importante do escudo, porém, é o quadrante esotérico, com seus quatro extensos campos. No primeiro, parece um navio pirata que, se não for uma homenagem à terra de Churchill, só pode ser explicado à luz da psicanálise, como uma traição do subconsciente. No segundo, há um pé de meia, coroado de estrelas, formando falsos cruzeiros, que se vão escondendo no cofre de calcanhar reforçado. No terceiro, ostenta-se uma galinha morta, com uma bandeirola de livre trânsito dos comandos sanitários. No quarto campo, um alfanje muçulmano monta guarda a todo escudo. Por fim, no centro, encimada por uma boa estrela, exibe-se uma cesta de Natal, com frutas do país e salsichas de Viena, para recordar aos povos que nem só de pão vive o homem, como dizem as Sagradas Escrituras e é da escrita."

26 dezembro, 2009

"Sonho de Ícaro"

O músico, piloto acrobático e para-quedista Waldonys gravou este clipe na Academia da Força Aérea, "O Ninho das Águias", em Pirassununga - SP, ao lado dos "fumaceiros" (pilotos da Esquadrilha da Fumaça) com suas aeronaves Embraer T-27 Tucano.
A música do clipe do cearense Waldonys é "Sonho de Ícaro", já imortalizada na voz de Biafra, como a traduzir um sonho seu de criança, o de "voar livremente como um pássaro".
Cantor e acordeonista conceituado nacional e internacionalmente, Waldonys, o "Menino Atrevido" (como era chamado por Luiz Gonzaga), já tocou com os maiores nomes da MPB.


O que ela quer dizer com isso

COM MULHER DE BIGODE NEM O DIABO PODE

25 dezembro, 2009

Aos que roncam

À esquerda, um soneto de Raul de Leoni, que se acha em seu livro "Luz mediterrânea". À direita, uma paródia que eu fiz do soneto.

Aos que sonham

Não se pode sonhar impunemente
Um grande sonho pelo mundo afora,
Porque o veneno humano não demora
Em corrompê-lo na íntima semente.

Olhando no alto a árvore excelente
Que os frutos de ouro esplêndidos enflora
O Sonhador não vê, e até ignora
A cilada rasteira da serpente.

Queres sonhar? Defende-te em segredo
E lembra, a cada instante e a cada dia
O que sempre acontece e aconteceu:

Prometeu e o abutre no rochedo,
O Calvário do Filho de Maria
E a cicuta que Sócrates bebeu!
Aos que roncam

Não se pode roncar impunemente,
A noite toda, feito um caititu
A morgar no bem-bom. Ou julgas tu
Que cá, nesta casa, não mora gente?

Ressonando, não dás nenhuma trégua
Ao sossego daqui. Pô, Roncador!
Lembras um carro de bois gemedor
Cuja bulha tem o alcance da légua.

Queres roncar? Busca um novo endereço
Distante de ouvido cristão, ó Anta!
(Nesse afã, talvez te ajude Morfeu.)

Mas, se aqui te quedas, eu não apreço
Um reles tostão por tua garganta
Pois já te acham o próprio Asmodeu.

Santa Claus Delivery

:-)
"in fun we trust"

24 dezembro, 2009

Robo Xmas

A sul-coreana Robobuilder preparou este vídeo em que robôs fazem coreografias para saudar o Natal. Inicialmente, ao som de Silent Night (Noite de Paz), com os robôs dispostos em fila e fazendo ondulações, a gente tem a impressão de estar vendo uma grande centopeia mecânica. A seguir, ao iniciar o Santa Claus Is Coming To Town, essa "centopeia" se fragmenta e cada robô parte para sua coreografia solo.
Não é lá um vídeo que consiga evocar o Natal. Exceto por duas coisas: o fundo musical e um certo pisca-pisca de luzes.


FELIZ NATAL A TODOS

Assistam a este desenho de animação de Joshua Held sobre uma gravação de "White Christmas" com Clyde McPhatter e The Drifters (1954). Imperdível.
É só clicar no título da canção.


I'm dreaming of a white Christmas
Just like the ones I used to know
Where the tree tops glisten
and children listen
To hear sleigh bells in the snow.

I'm dreaming of a white Christmas
With every Christmas card I write
May your days be merry and bright
And may all your Christmases be white.

23 dezembro, 2009

O amor nos tempos do Photoshop

Aaron é fotógrafo profissional e Rosie, a namorada, é sua aluna na profissão. Todos os domingos, Aaron e Rosie se abraçam, se amam e sorriem diante das câmeras, contemplando-se nos olhos como qualquer par de enamorados. Mas vivem a 6.500 quilômetros de distância (nos Estados Unidos e na Inglaterra, respectivamente).
Posam separados e utilizam seus talentos e os recursos do Photoshop para combater a frustração do distanciamento físico.
O projeto que executam se chama A Sunday Compilation. É uma mostra de como as novas tecnologias "cauterizam" a distância entre as pessoas para criar um mundo próprio.

A corrida polar

O Polo Norte magnético, além de não estar na mesma posição do Polo Norte geográfico, move-se bastante. Num único dia, pode alterar a sua posição em até 80 quilômetros por causa das variações que ocorrem no campo magnético da Terra.
Atualmente, ele está em algum lugar do Canadá, a uns 1.600 quilômetros do Polo Norte geográfico.
A cada dois anos, realiza-se no Canadá a Polar Race. Uma corrida em que os competidores, utilizando-se de vários meios de transporte, e com o ponto de partida da competição em Nunavut, Canadá, tentam chegar ao local onde está o Polo Norte magnético.

Tradução
"Sim, é claro que tenho certeza de que este é o pólo norte magnético...! Mas quem, diabos, deixou este maldito solenóide gigante aqui..???"

22 dezembro, 2009

Abbey Road

Para Emanuel de Carvalho Melo
Um slideshow com paródias e versões existentes na internet para a famosa capa do 12º álbum (de 1969) da banda britânica The Beatles.

Penso, logo cito - 18

Este dito capiau que foi recolhido por Guimarães Rosa e publicado em seu romance "Sagarana":



"Sapo não pula por boniteza,
mas porém por precisão".


21 dezembro, 2009

Legado Sagrado

Encontra-se atualmente no Espaço Cultural Unifor, em Fortaleza - CE, uma exposição das imagens captadas pelas lentes do fotógrafo Edward Curtis (1868-1952), em sua longa convivência com os índios norte-americanos nas primeiras décadas do século passado.

Sobre Edward Curtis
"Ele nasceu em 1868 na zona rural de Wisconsin, centro-norte dos Estados Unidos da América. Embora certamente tenha tido contato com indígenas americanos quando criança, não há registro específico de quaisquer influências deles em sua infância. Curtis construiu sua primeira câmera aos 12 anos e, assim, sem perceber, iniciou sua carreira fotográfica. Aos 17 anos tornou-se um fotógrafo aprendiz. Logo mostrou-se hábil nos fundamentos da fotografia e tornou-se um profissional dedicado e sério.
Em 1892, Curtis conseguiu um empréstimo, usando como garantia uma pequena propriedade da família, e investiu seu dinheiro na participação em um estúdio fotográfico em Seattle. Dois anos mais tarde, após conquistar certa estabilidade financeira, Curtis casou-se e formou família. Logo tornou-se o mais importante fotógrafo de estúdio de Seattle, e esse sucesso proporcionou-lhe um nível até então desconhecido de liberdade financeira, o que lhe permitiu passar um tempo fora do estúdio para vivenciar seu amor pela natureza. Essa exploração levou-o ao encontro de pequenos bolsões de indígenas americanos que ainda mantinham alguns vestígios de seu estilo de vida tradicional.
Essas experiências induziram Curtis a iniciar, em 1906, uma empreitada que o absorveria pelos 24 anos seguintes. Esse projeto foi a criação de sua obra-prima, "The North American Indian" ("O Índio Norte-Americano"), uma coleção de livros feitos à mão com 20 volumes e 20 portfólios. Cada coleção continha mais de 2.200 fotografias originais, além de longos textos.Ele não somente fez dezenas de milhares de negativos em todo o oeste dos Estados Unidos e do Canadá, como também atuou como principal etnógrafo, captador de recursos, editor e administrador do projeto.
Embora "O Índio Norte-Americano" represente uma inestimável contribuição para o mundo das artes, da fotografia, da etnografia e da excelência em editoração, o projeto quase matou Curtis. Ele perdeu sua família, seu dinheiro e sua saúde. Por volta de 1930 era um homem falido. Viveu o resto da vida na obscuridade, até sua morte em 1952."
Christopher G. Cardozo
Curador

Pinçamentos

:-)
"Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Fique de olho em três dos seus amigos. Se eles parecerem normais, o retardado é você."
Antônio Palocci

"Fumo maconha, mas não trago, quem traz é um amigo meu." Marcelo Anthony

"O que te engorda não é o que você come entre o Natal e o Ano-Novo, mas o que você come entre o Ano-Novo e o Natal." Solange Couto

"Para seu marido não acordar com a macaca... depile-se." Cláudia Ohana

"Malandro é o pato, que já nasce com os dedos colados para não usar aliança." Zeca Pagodinho

"Mulher gorda é que nem Ferrari. Quando sobe na balança vai de zero a cem em um segundo." Reginaldo Leme

"Todo mundo tem cliente. Só traficante e analista de sistemas é que tem usuário." Bill Gates

"Casamento começa em motel e termina em pensão."
Romário

"Seja legal com seus filhos. São eles que vão escolher seu asilo." Itamar Franco

"Passar a mulher pra trás é fácil. O difícil é passar adiante." Eduardo Suplicy

Fonte: Márcia Gurgel (e-mail)

20 dezembro, 2009

Uma profissão de passado

Na Grã-Bretanha, a morte do carrasco William Marwood, em setembro de 1883, provocou uma enxurrada de candidatos a seu cargo. O que se segue foi extraído das cartas de apresentação que esses entusiasmados candidatos redigiram.
"Estimado senhor, estou aqui fora esperando com um rolo de corda e o ânimo de quem deseja lhe oferecer uma demonstração pessoal do meu método."
"Não hesitaria em dependurar irmãos ou irmãs, e ainda terceiros, fazendo isso sem mostrar temor nem favor."

"Já presenciei execuções em todos os países, portanto não há risco de que eu desmaie no momento crucial."

"Por ser um barbeiro de ofício, tenho acumulado grande experiência sobre a conformação dos pescoços das pessoas e suas respirações."

"Caro senhor, anseio em ser um verdugo público, um cargo para o qual estou me apresentando. Tenho trinta anos e gostaria de enforcar um ou dois biltres, gratuitamente."

"Em diversas ocasiões, eu já realizei com êxito experiências na arte de enforcar (em modelos de tamanho natural), a fim de me aperfeiçoar devidamente na tarefa de despachar criminosos."
Trinta postulantes foram chamados para as entrevistas e apresentaram-se dezessete. Os oficiais de justiça de Old Bailey escolheram o mineiro Bartholomew Binns. O novo carrasco fez como pôde os quatro primeiros enforcamentos, mas foi despedido porque chegou embriagado ao quinto.
Depois disso, Binns passou a ganhar a vida nas feiras da região, demonstrando em bonecos de cera a destreza adquirida na ex-profissão.

Traduzido do blog Exapamicron.

19 dezembro, 2009

O sarau dos 7 mil

O jornalista Nassif, que edita um dos melhores blogs do Brasil, disponibiliza em seu Luís Nassif Online um Portal. Um espaço à disposição de seus leitores - blogueiros ou não - para que os mesmos, postando seus textos, fotografias, áudios, vídeos e trocando informações, possam também construir páginas pessoais.
Pelo grande interesse que tem despertado em seus leitores, formou-se em pouco tempo no Portal uma comunidade com milhares de membros. Orgulho-me de ser um deles, apesar de já dispor de três blogs em que "descarrego" a minha produção intelectual.
Quando atingiu a marca dos 7 mil membros, Nassif organizou um encontro de confraternização para a comunidade do Portal. Aconteceu esse evento no dia 12, à noite, no restaurante Magnólia, em São Paulo - SP. Infelizmente, não pude estar presente.
Sendo Nassif um conhecido cultor da boa música brasileira, esta teria um lugar de destaque no encontro realizado. Mais precisamente no palco do restaurante Magnólia, onde muitos músicos, profissionais e amadores, foram dar suas "canjas".
No vídeo abaixo, uma pequena amostra do que por lá rolou. Nassif, para quem não o conhece, é o do bandolim.



P.S.>
O Portal Luis Nassif conta hoje (20/12/09, às 6h20) com 7.624 membros.

O avô e sua neta




Fanático por caçadas, o avô decidiu levar para uma delas a  neta inexperiente.
Foi esta sua última fotografia.

18 dezembro, 2009

O discurso otimista do Barão

Depois de nove meses preso no navio-prisão Pedro I, na Baía da Guanabara, para onde fora levado por ter sido um dos membros da proscrita Aliança Nacional Libertadora, o Barão de Itararé foi transferido para o presídio da rua Frei Caneca. Neste presídio, onde estavam encarcerados muitos dos participantes da fracassada Intentona Comunista, havia uma forma de comunicação entre eles. Era a "Radio Libertadora", que só funcionava à noite, depois que os presos voltavam a seus cubículos e, através das grades, punham-se a gritar uns para os outros. Assim que o lendário Barão chegou a esse presídio em terra firme, a pedido de todos, teve que falar na "Rádio Libertadora". Eis o seu discurso:
"Tudo vai bem. Não há motivo para receio. O que nos pode acontecer? Somos postos em liberdade ou continuamos presos. Se nos soltam, ótimo: é o que desejamos. Se ficamos presos, deixam-nos com processo ou sem processo. Se não nos processam, ótimo: faltam provas e aí, cedo ou tarde, nos mandam embora. Se nos processam, seremos julgados, absolvidos ou condenados. Se nos absolvem, ótimo: nada melhor, esperávamos isso. Se nos condenam, nos darão uma pena leve ou pena grande. Se for leve, ótimo: descansaremos algum tempo sustentados pelo governo, depois iremos para a rua. Se for pena grande, seremos anistiados ou não. Se formos anistiados, ótimo: é como se não tivesse havido condenação. Se não nos anistiarem, cumpriremos a sentença ou morreremos. Se cumprirmos a sentença, ótimo: depois voltaremos para casa. Se morrermos, iremos para o céu ou para o inferno. Se formos para o céu, ótimo: é a suprema aspiração de cada um. Se formos para o inferno, não há porque nos alarmarmos: é uma desgraça que pode acontecer com qualquer um, preso ou em casa."
Um modelo de argumentação que o leitor vai encontrar também na nota Que é a dicotomia?. Confira.

17 dezembro, 2009

Seis de setembro, seu aniversário

Nelson José Cunha(*)

Já me doíam as costas pelas horas de espera. As mãos inquietas e frias queriam escapulir do corpo e junto delas o coração. Tudo para evitar o confronto iminente da aflição com a alegria. Nossa alma vive em permanente conflito e a vida a nos cobrar decisões. O corpo também é nação desunida, se uma parte quer a outra evita, e assim seguimos divididos.Aliviei a cadeira do peso e da espera e fui experimentar o sol de fora e de setembro. Eram seis os dias do mês e as últimas lufadas de vento frio vinham despedir-se do inverno de 1976. Lá fora um jardim adornava o hospital. Mais rosas do que margaridas, mas eram estas que emprestavam o nome à Instituição – Hospital Margarida (na imagem). Escolhi um canteiro para roubar-lhe uma rosa defendida por placa de proibido. Coitada da lei que proíbe a rosa de enfeitar a alegria de um pai orgulhoso: engrossará o rol das leis descumpridas. Era a melhor hora do dia e o sol acabava de vencer a herança fria da madrugada. As rosas agradecidas flertavam com seus beija-flores e maltratavam os botões com a arma surda da inveja.

Esperem, botões de rosa! Chegará o dia de mostrarem suas roupas de festa. Aproveitem a sua juventude de botões e logo viverão os esplendores das rosas. Saibam que é melhor a expectativa do que o baile, melhor o aroma do que o melão.
Também estou aqui impaciente, à espera de um botão prestes a desabrochar!


Escolhi a rosa mais bonita e livrei-a do seu cabo, mas o arrancado da excitação fui eu, um pai principiante.


- Nelson ! É homem, é normal, dêcá um abraço!

Meu sempre amigo Aloísio chegava esbaforido com a notícia.
Pediatra e meu compadre, esbanjava um sorriso assim de grande: (HHHHHHHHHH), caberia em duas caras de gente. Livrei-me do seu abraço porque não há pais aflitos e educados ao mesmo tempo e corri para ver o meu nascido. Não quero pecar contra a exatidão - quem flutua de alegria não corre, melhor dizê-lo, voa, e voei para o quarto de Conchita para encontrar a trouxa de menino. Abri o pacote com sofreguidão e lá dentro estava um rapazinho completo e grande - do pé ao saco, da boca ao grito. Era um patola de menino.

A mãe, esquecida das dores recentes, com meia boca chorava e com ela inteira sorria. Tinha os olhos enfiados nos panos que eu removia e de onde desabrochava um menino cuja cara já se conhecia: Veio um pé, depois o outro, pernas e braços gordos com dobrinhas, o tubinho do xixi sobre duas ensacadas bolinhas e a barriga marcada pelo umbigo enrabichado. Só faltava um carimbo no peito:


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Menino Perfeito
Made in Brazil
-------------------

A mãe então exclamou para si e para todos, sem os escrúpulos da modéstia e num espanhol de nascença:


- Qué precioso éres mi niño! Qué fuerte!
No me lo imaginaba tan hermoso!

A mão tremia ao tocá-lo, fazia-o com toque de penugem, examinava-o à lente para descobrir imperfeições que não haviam, só saúde, beleza e fome, fome de leite e de carinho: legítima fome de gente.


- Deixe estar Conchita! Nosso menino veio sem reparos,
agora é meter-lhe todo o leite que queira e depois limpá-lo
do mau perfume dos seus efeitos.

Estava entregue ao mundo a encomenda. Veio conforme o pedido, sem defeitos ou escoriações. Venceu, o menino, a primeira jornada de riscos de uma natureza que, às vezes, prega peças e entrega bebês incompletos. O nosso, como vencedor, teria que se chamar Victor e assim ficou como primeiro nome, depois lhe penduramos um bico, um chocalho e um sobrenome: Lupiañez da Cunha, para que o cartório lhe enfiasse completo no livro dos cidadãos. Está lá, à espera de que outros meninos venham repetir-lhe o sobrenome.
Foi esse o capítulo primeiro da história de uma vida começada com a alegria de um nascimento. Fazer meninos e nascê-los é fácil, conduzi-los pelos caminhos certos da vida é caminhar de joelhos numa estrada de pedrinhas, começam raros seixos rolados e terminam numerosas e pontiagudas. Não se sabe se é melhor tê-los e sofrê-los ou esconder-se da cegonha. Nessa arena o destino é mestre em desmoralizar os sonhos paternos, mais por culpa destes por agigantarem expectativas quase sempre cevadas pelo amor. O amor quando não é cego tem olhos feridos, vê sempre a parte sadia de tudo. Há filhos adoráveis que bendizem o nascimento e outros que são simplesmente filhos e destes não falo e não digo. Digam os outros dos seus maus filhos.


Tal sucedeu, meu querido primogênito, hoje é dia do seu aniversário, da sua estreia nesse mundo que, feito para ser adorável, não o é tanto assim por culpa dos vivos - aos mortos não adianta mais imputá-los. Melhore o mundo fazendo da vida que lhe demos a melhor para si e para os outros.
Essa lembrança comovida aplica-se aos meus Henrique, Diego e Julia que produziram em mim o mesmo deslumbrante efeito, e se não estão aqui nomeados é pelo ataque de modéstia que me acomete justamente agora ao concluir o texto. Vocês foram igualmente formosos e tinham os mesmos atributos de homens, exceto Julinha que o ciúme de pai não me permite descrevê-la despida. Ela não foi rosada como os outros, puxou a morenice do pai e da avó, mas foi e continua sendo a morena rosa da família.
Atenção marmanjos: Essa Júlia, morena flor, não leva placa de proibida, mas não se atrevam a arrancá-la desta casa!

(*) Num seis de setembro em que o filho mais velho, Victor, estava a aniversariar, Nelson se recordou das deslumbrantes sensações que teve quando se transformou em pai. E que se repetiram com relação aos filhos Henrique, Diego e Julia. É um primor de crônica deste meu colega, que é oftalmologista em João Monlevade - MG. PGCS

El verdadero Email

Señoras y señores:

Este es el señor Email Suarez Barbosa del que no pudimos ubicar más que esta Cédula de Identidad. La misma fue expedida por la Dirección Nacional de Identificación de la República Oriental del Uruguay, el país donde se presume que este ciudadano es natural.



Winston Graça envió esta información por e-mail.

16 dezembro, 2009

Ouçam esta!

Curiosidade
Um estudo realizado no Canadá, por Hanley e colaboradores, analisou as duas formas como os profissionais de saúde "penduram" o estetoscópio quando não o estão usando: uma, tradicional, e outra, mais "moderna", comparando-as quanto ao tempo necessário para se tirar o estetoscópio do pescoço e colocá-lo na posição funcional de ausculta.
Essas duas formas são mostradas na figura abaixo:

Obteve o estudo que a posição "moderna" foi menos eficiente com uma diferença de 1,3 segundos (p < 0.001).
Em seguida, ao se considerar que:
  • existem 197.500 profissionais de saúde no Canadá;
  • os mesmos usam o estetoscópio 20 vezes ao dia;
  • o custo de um profissional é em média de 75 dólares por hora.
Hanley e colaboradores chegaram ao número de 20,5 milhões de dólares “jogados fora com o tempo" quando se conduz o estetoscópio pela posição "moderna".

Fonte
Carvalho VO, Souza GEC. O estetoscópio e os sons pulmonares: uma revisão da literatura. Rev Med (São Paulo). 2007 out.-dez.;86(4):224-31.

Quem duvidava não duvide mais!



A respeito da afirmação de que um cumprimento pode fazer abrir uma porta. Se a porta em questão contar com este modelo de fechadura (na fotografia) em que a maçaneta tem o formato de uma mão.
Chamada de Hand-le, essa ferragem foi criada pelo designer francês Naomi Theller.

Sei não, mas acho que já vi essa idéia do francês em algum desenho animado.

15 dezembro, 2009

Seu novo emprego

Em geral, um emprego apresenta seis fases bem definidas. Saiba em qual delas você se encontra após assistir este slideshow.


Bicicletas... nunca mais!

É natural que alguém que sofreu um acidente quando pedalava uma delas não queira repetir o erro do passado.

Itapiúna - CE

14 dezembro, 2009

O planeta onde chove rochas

Em fevereiro deste ano, o telescópio espacial europeu CoRoT mostrou a presença de um planeta, a uns quinhentos anos-luz da Terra, orbitando uma estrela um pouco menor do que o Sol. Este planeta, o COROT-7b, é o primeiro do qual se pode afirmar que apresenta uma estrutura rochosa (e não gasosa, como é habitual nos corpos celestes desse tipo).
O COROT-7b, por estar muito próximo de sua estrela, tem uma alta temperatura em sua superfície (acima de 1.000 graus centígrados), a qual é suficiente para fazer evaporar rochas. Especulando-se, assim, que a atmosfera do planeta possa estar constituída de silicatos no estado gasoso, isto é, vapores de rochas.

Representação do COROT-7b à frente de sua estrela

A chuva de rochas acontece de maneira similar à chuva na Terra. O vapor ascende na atmosfera do planeta, onde se resfria e se condensa, formando "nuvens de rochas". E estas caem na superfície do planeta sob a forma de pequenos seixos.

O homem que adorava Petrolina

Paulo,

"Meu pai, como você sabe, era cearense de Ubajara. Na velha vitrola valvulada lá de casa não faltavam Luiz Gonzaga e Nat King Cole. Aprendi a gostar de ambos, o que não é pouca coisa. Ainda considero o negão o maior cantor de todos os tempos. A minha infância foi vivida entre Belo Horizonte e Ouro Preto, portanto, longe das origens paternas. Durante algum tempo pensei que Luiz Gonzaga fosse meu tio porque o irmão do meu pai tinha o mesmo nome. Eu não sabia que duas pessoas podiam compartilhar o mesmo nome.
Em 1971, ano da nossa formatura, fui de Fortaleza a Campinas participar do Congresso Brasileiro de Oftalmologia.
Ao chegar a Petrolina, vi um tumulto na rodoviária ao redor de um casal de meia idade que tomava o ônibus onde eu estava. O senhor veio se sentar na fila ao lado. Risonho, bonachão, calçado com alpargatas brancas e óculos escuros para esconder um defeito, acho que era um exotropia. O homem era o Rei do Baião.
Pude observar durante o trajeto que a figura era simples e interagia sem estrelismos. Tinha a voz grave, potente, falava alto ao contar casos e nas paradas pedia sempre pastel de carne. Troquei meia dúzia de palavras com ele, generalidades. Arrependo-me hoje de não ter conversado mais. Naquela época, eu ainda era um ignorante, hoje sou também um boçal porque, às vezes, penso que deixei de ser ignorante.
O mundo mudou e vemos hoje artistas com um milésimo do seu valor, viajando de jatinhos e ganhando em um show o que Gonzaga levava anos para ganhar. Não se canta mais: rapeia-se, requebra-se, engana-se. A música de sucesso é uma lástima. Todo mundo hoje acha que é artista e o pior é que o público acredita.
Artista foi o Gonzagão que a asa branca levou, foi esse gigante aí que acabei de descrever-lhe o dedo."

Nelson Cunha
Comentário
Pelo dedo se conhece o gigante, Nelson. E você mostrou, com sua visão 20/20, que um mito pode ser uma pessoa extremamente simples. Foi uma impressão como essa que eu também tive de Patativa do Assaré, quando o conheci numa feira agropecuária no Crato.

P.S.>
O professor Arimatéa, natural de Barbalha - CE e que leciona em escolas de Santa Luzia do Oeste, Rondônia, enviou ao blog um excelente texto sobre Luiz Gonzaga. Para ler clique nos comentários (comments) desta postagem.

13 dezembro, 2009

O livro que abalou o mundo de José Mindlin

Em sua longa existência, lendo uma média de cem livros por ano, José Mindlin teria mesmo de enfrentar grandes dificuldades para a escolha do tal livro. Depois de refletir sobre uma infinidade de obras lidas, ele chegou, por fim, a estes dois gigantes da literatura francesa: Balzac (La comédie humaine) e Proust (À la recherche du temps perdu) . E optou por Balzac como poderia, sem prejuízo para sua avaliação, ter escolhido Proust.
Composta de cerca de noventa romances e novelas, Comédie foi o produto de um trabalho desesperado de Honoré de Balzac. Durante quase vinte anos, o escritor francês fez uma descrição panorâmica da sociedade em que vivia, utilizando-se de mais de mil personagens que aparecem e reaparecem nas diversas histórias.
E, nesta obra de Balzac, o bibliófilo Mindlin considera Père Goriot o romance mais marcante.
Pére Goriot é a história de um próspero empresário que doou todo seu patrimônio a duas filhas, confiando em receber delas carinho e apoio. Elas, no entanto, casam com dois nobres e o abandonam completamente. Na decadência do pai, apesar de suas súplicas, nem sequer o visitam. E, quando ele morre, as filhas limitam-se em mandar duas carruagens vazias para acompanhar o séquito.
Declarando-se impressionado pela ambição e maldade humanas presentes em Père Goriot, e estabelecendo uma comparação com a peça Rei Lear, de Shakespeare, a provável fonte de inspiração para o romance, a narrativa de Balzac, segundo Minlin, é ainda mais cruel. Por ignorar o papel de uma Cordélia (PGCS).

Referência: "10 livros que abalaram meu mundo", Casa da Palavra

Pintando aos 7

Nelson Cunha e Winston Graça declaram estar impressionados pelo talento do pintor Kieron Williamson. É que ele tem apenas 7 anos.

Eu também.
Kieron costuma retratar as paisagens da região de Norfolk, leste da Inglaterra, onde ele vive. Leiloados na galeria Picturecraft, todos os seus quadros foram vendidos numa questão de minutos.

12 dezembro, 2009

"Treze de dezembro"

Não é só um dia do ano (hoje, por sinal), é também uma canção.
Um belíssimo choro que foi composto por Luiz Gonzaga e Zé Dantas; e que recebeu letra (um presente que quase matou de emoção o nosso Gonzagão) do compositor Gilberto Gil.
No vídeo: uma execução - cinco estrelas - dos sanfoneiros Rodolf Forte e Marcos Farias.



Mas... o que significa esse "Treze de dezembro"?
Não é pouca coisa. Foi o dia em que nasceu Luiz Gonzaga.
P.S.>
Conheci Rodolf Forte a um mês exato. Tocou num evento promovido pela Prefeitura de Caucaia - CE. É cearense, maestro, um grande acordeonista e atualmente exerce o cargo de secretário de cultura de Guaiuba - CE. Falou-me que Marcos Farias (o outro instrumentista do vídeo) é filho do sanfoneiro Abdias e de Marinês, a cantora de "Marinês e sua Gente". E uma busca na internet diz que Marcos Farias é maestro pela Escola Nacional de Música do Rio de Janeiro e afilhado de Luiz Gonzaga na pia batismal. Afilhado de verdade, portanto.

O eremita

Sinopse
Grã-Bretanha, 1978. Apesar do título é o filme que apresenta as cenas com os maiores ajuntamentos humanos da filmografia mundial. São as pessoas que povoam os pesadelos do eremita. E, na pele deste, acha-se Daniel O'Brega, um ator irlandês que dispensa apresentação (pelo menos neste papel). O eremita é um desiludido com o mundo dos homens, mas não com o dos morcegos. Vive numa totalmente escura furna, de onde só sai para comprar gelo redondo. Certa manhã, a sua faxineira o encontra com febre e agonizante. Internado à força no Hospital de Base de Wakefield, eis o diagnóstico que lhe dão: histoplasmose. Uma doença da qual ele fica bom, só por pirraça com os médicos e o padre da extrema-unção. De volta à vidinha boa de antes, dessa vez desiludido com o mundo dos morcegos - transmissores da histoplasmose - o eremita vai morar num poço artesiano que secou. Mas que, no primeiro inverno, reenche de água, afogando-o. É um filme que até hoje não foi exibido no condado de Yorkshire, o local da filmagem. Depredariam o cinema. Por conta do calote que o veterano diretor Paul Hunter, 18, passou nos figurantes por lá recrutados.

11 dezembro, 2009

Si vis pacem, para bellum

É um erro crasso traduzir a frase acima por "civis, passem-me a parabélum". A parabélum aí, se alguém ainda não sacou, era o nome de uma pistola automática de procedência alemã. Que foi citada pelo cangaceiro Corisco, numa das cenas de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", um filme de Glauber Rocha.
- Se entrega, Corisco / Se entrega, Corisco.
- Eu não me entrego não. / Eu me entrego só na morte de parabélum na mão.
(Canção de Sérgio Ricardo, da trilha sonora do filme.)
Mas a exata tradução da frase latina é esta: "Se queres o Nobel da Paz, prepara-te para a guerra."
Por isso, foi que Mister Obama, em seu discurso de agradecimento na solenidade em que recebeu a honraria (em Oslo, Noruega), disse mais vezes a palavra war (44) do que a palavra peace (30).


Eis Mister Obama a limpar a cera de seus ouvidos. Uma providência indispensável para quem recebeu a missão de, neste e nos próximos anos, ouvir os clamores de sua gente. Sei não, mas eu continuo a achar que o povo da nação mais guerreira do mundo não é tão inocente assim por ela ter essa fama (PGCS).

Um deus dormiu lá em casa - 4

No existir monótono do ser humano, e tornado ainda infeliz pelos projetos não realizados, tudo seria bem mais venturoso se súbito um deus aparecesse. Eu não falo de um deus bíblico, muito poderoso, mas de um deus em carne e osso, não preocupado com a espiritualidade. Apenas capaz de transformar algum sonho em realidade, porque instrumentalizado se achasse para isso. Embora coubesse também ao eleito: abrir a porta, recebê-lo cordialmente (não se desleixando nos detalhes de cada situação) e indicar-lhe o quarto de dormir.
Eis a experiência - inesquecível - vivida pelo quarto de quatro eleitos que aqui deram seus testemunhos.

Lucas, 38, ufólogo - "Tenho lido tudo sobre o assunto, participado de inúmeros congressos... A ufologia é uma ciência e os ufos são naves espaciais que transportam seres alienígenas, acredito nisso. No tempo de que disponho, chova ou faça sol, armado de luneta posto-me no terraço de minha casa a perscrutar o céu. Certa vez, no terraço... eu ia até me recolher mais cedo, não estava com o aspecto de que ia aparecer algum ufo... Pois bem, mas surgiu algo que me encheu a vista. Não, eu não tinha bebido nem estava tomado de uma ilusão. No descampado, ao fundo da residência, vi que pousava um disco voador. E dele, minutos após, vi que descia um ser indiscutivelmente extraterrestre. Verde, presumíveis dois metros, a cabeça desproporcional ao corpo e com anteninhas, olhos bovinos, os braços finos, longos, com os dedos rentes ao chão... Caminhava arqueado. Um ufólogo tem de estar preparado para o grande momento, recebi o estranho com naturalidade. E graças ao tradutor de línguas - ele estava equipado de um - foi possível a comunicação verbal, de lá para cá e vice-versa. De maneira que, a noite toda, trocamos informações sobre coisas e fatos da Terra e de Cloros, o planeta dele. Clima, fauna, flora, sistemas de governo, esportes, religiões, G-20, de tudo um pouco. Fui interlocutor desse deus, porém não o deixei dormir. E não relaxei em meu papel nem quando amanhecia, com ela já a partir... Porque aproveitei para lhe fazer minha última pergunta, uma curiosidade que eu tinha... Perguntei-lhe: 'Como é que vocês transam sexo, lá?' E ele me respondeu: 'Assim, ao mesmo tempo em que os seus dedos agilmente sacolejavam os lóbulos das minhas orelhas.' Por sinal, fizera isso comigo muitas vezes durante a noite. Antes de ele partir, imaginei fotos, vídeo e tal, mas o habitante de Cloros me proibiu de fazer tais registros. Entretanto, eu tenho como provar esse contato de, digamos, quarto grau. Peço apenas que aguardem nove meses, talvez menos. Que a futura mamãe aqui vai deslumbrar o mundo, ora se vai..."

09 dezembro, 2009

Um monumento ao enema

Enfermeiras de um spa da cidade russa de Zheleznovodsk posam ao lado do monumento no dia em que ele foi inaugurado.
O mesmo é constituído por uma grande seringa de bronze, que pesa 363 quilos, e que se acha apoiada sobre os ombros de três anjos a la Botticelli. Foi esculpido "com humor e ironia" pela artista Svetlana Avakina, após esta se convencer da eternidade do procedimento que a obra representa.
O diretor do spa Alexander Kharchenko, 50, declarou à Associated Press que esse monumento "não é kitsch nem obsceno, mas que se trata de uma obra de arte". Acrescentando, ainda, que "o enema é quase o símbolo de nossa região".
Na região montanhosa do Cáucaso, onde há dezenas de spas, os enemas de água das fontes minerais são rotineiramente aplicados nos hóspedes dessas instituições para o tratamento da constipação intestinal e de outras queixas digestivas.

Panetonem et circensis

No momento em que publico esta nota, devo dizer que aqui administro uma fila de espera com 128 delas. E cada qual alimenta a expectativa de passar um mês na página principal do blog para, assim que termine o respectivo período de exposição, rumar para o arquivamento eterno.
Eu tento publicá-las conforme a ordem em que elas foram finalizadas, mas isso nem sempre é possível. Aparece algum assunto de maior relevância, digo, de maior urgência, aí eu resolvo postar uma nota que acabei de fazer. Causando, dessa forma, prejuízo às demais que, há tempos, estão esperando a hora e a vez. É meio parecido com o que acontece com a fila de candidatos a um transplante.
Dizem que Rubem Braga escrevia suas melhores crônicas quando estava sem assunto. Porque estar sem assunto, para um escritor inspirado, já é em si um grande assunto. Mas eu não sou Rubem Braga. E fico meio atrapalhado em se tratando de desenvolver uma nota que não tem assunto.
Ademais, qual urgência tem esta aqui para merecer o privilégio da publicação imediata? Nenhuma. Aliás, apenas a atual situação brasileira que está a exigir que a gente corrompa até as expressões latinas.

08 dezembro, 2009

Leaf Art

Apreciem estas pequenas obras de arte que foram produzidas por pessoas que pintaram, esculpiram ou dobraram folhas.


~SPAM~

Já é uma prática bastante antiga.

OVNI: Objeto Voador Não Interessante

O Ministério da Defesa do Reino Unido fechou sua unidade de investigação sobre objetos voadores não identificados (OVNIs), depois de mais de 50 anos de existência desse departamento, argumentando que não mais se justificavam os custos para a manutenção do serviço.
O departamento não encontrou, durante o tempo em que existiu, provas de ter acontecido alguma ameaça ao Reino Unido - da parte de extraterrestes - nas milhares de vezes em que a população britânica informou, pelos diversos meios disponíveis, as aparições de OVNIs.
"Não há nenhum benefício para a defesa com tal tipo de investigação e seria inadequado continuar a usar nossos recursos nessas atividades", esclareceu em recente comunicado o Ministério da Defesa. Segundo um porta-voz do departamento, qualquer ameaça ao espaço aéreo britânico poderá ser detectada pelos radares e abordada pelos caças da Royal Air Force (RAF).

07 dezembro, 2009

Globalização

O melhor exemplo de como funciona a globalização a gente vai encontrar na notícia da morte da Princesa Diana.
- Não vão me perguntar como?
- Como?
- Eis a explicação:

"Uma princesa inglesa com um namorado egípcio sofre um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzi italianos em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos norte-americanos. E isto foi enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia norte-americana (Bill Gates), e, provavelmente, você o está lendo em um computador genérico, que usa chips feitos em Taiwan e um monitor coreano, montado por trabalhadores de Bangladesh numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, reempacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por chineses, através de uma conexão paraguaia.
Isto tudo, meus amigos, é a GLOBALIZAÇÃO."

Enviado por Maristane Fernandes Macêdo.

06 dezembro, 2009

Um espelho à altura


WHO TALL ARE YOU
É um espelho que possibilita comparar a altura do usuário com as estaturas de 120 celebridades.

Bem, para que eu me interesse por um objeto de consumo desses, uma das seguintes exigências terá de ser atendida:
1) O Danny DeVito figurar na relação.
2) Na falta dele, o Arnold Schwarzenegger. Mas aí eu vou ter que instalar o espelho numa posição mais baixa.


Miss Hermengarda

Humberto Teixeira, cearense de Iguatu, foi um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga. Juntos criaram "Asa branca", "Baião", "Juazeiro", "Estrada de Canindé", "Qui nem jiló", "Légua tirana", "Respeita Januário", "Kalu", "Assum preto" e muitas outras belas páginas de nosso cancioneiro. No depoimento que deu para o Museu Cearense da Comunicação de Nirez, em 11 de dezembro de 1977, transformado posteriormente no livro "Humberto Teixeira - Voz e Pensamento", ele relatou o seguinte:
"... foi uma valsa (sobre a primeira música) que eu fiz em homenagem a Miss Hermengarda, uma moça do Ceará, que foi eleita miss num desses primeiros concursos que houve no Ceará. E eu, naquele encantamento, via aquela moça como uma coisa inatingível; eu, garoto e acabei fazendo a tal valsa dedicada a Miss Hermengarda. Era uma moça da família Gurgel, Hermengarda Gurgel, uma coisa assim. De maneira que o maestro (Antônio Moreira) me fez uma surpresa maravilhosa, ele mandou aquela valsa para São Paulo e a editou. Um belo dia, numa das aulas, ele me deu de presente a música editada. Então, foi a primeira música impressa, não gravada, que eu fiz."
Nascido em 1915, o "Doutor do Baião" fez essa música quando tinha 13 anos de idade. No ano de 1928, portanto. E quem teria sido, àquela época, a musa de sobrenome Gurgel que inspirou Humberto Teixeira?

Publicado também no blog Família Gurgel Carlos

05 dezembro, 2009

Guerras no mundo

Um vídeo de animação que mostra as mais importantes guerras pelo mundo nos últimos dez séculos. Os tamanhos das explosões são proporcionais aos números de baixas (de acordo com os dados da List of battles, um artigo da Wikipedia). Como fundo musical, ouve-se a "Cavalgada das Valquírias", da ópera de Richard Wagner.



Em busca de Wi-Fi

É um gadget provavelmente familiar a pessoas mais idosas: esta vara que localiza sinais de Wi-Fi. Um projeto conceitual de Mike Thompson que indica, através de diodos LED, a presença de sinais de internet sem fio numa determinada área, conforme a vara é apontada para a fonte desses sinais.

Como faziam nossos avós quando procuravam água no subsolo com a ajuda de uma forquilha de madeira.
E o gadget não é pouca coisa. Para muita gente não ter Wi-Fi é um transtorno pior do que faltar água.

04 dezembro, 2009

A tese do coelho

Num lindo e ensolarado dia, o coelho deixa sua toca e põe-se a trabalhar ao ar livre com seu laptop. Pouco depois, passa por ali uma raposa. Apesar de faminta, ao ver o coelho tão absorto naquele trabalho, ela fica bastante intrigada.E, antes de abocanhá-lo, resolve lhe perguntar:
- Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?
- Estou preparando a minha tese de doutorado - responde o coelho, sem tirar os olhos da tela de seu laptop.
- Hum... e qual é o assunto de sua tese?
- Ah! É uma teoria para provar que, nós, os coelhos somos os predadores das raposas.
A raposa fica indignadíssima:
- Ora, isso é ridículo! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
- Absolutamente! Venha comigo à minha toca e eu lhe mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois, ouvem-se alguns ruídos indecifráveis, berros, grunhidos e... Paira o silêncio. Em seguida, o coelho volta, sozinho, e retoma os trabalhos de sua tese como se nada tivesse ocorrido.
Meia hora depois, passa um lobo. Ao ver o coelho tão distraído, agradece mentalmente a cadeia alimentar por ter lhe garantido o almoço. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhar assim tão concentrado. E resolve, então, antes de devorá-lo, saber do que aquilo se trata:
- Olá, jovem coelhinho. O que o faz trabalhar tão arduamente?
- Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo, a qual servirá para provar que nós, coelhos, somos os predadores de muitos animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se contém e ri-se da petulância do coelho.
- Ah, ah, ah, ah, coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores dos coelhos. Aliás...
- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso lhe apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de me acompanhar até minha toca?
O lobo mal consegue acreditar na sorte que vai ter. Então, ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouvem-se uivos desesperados, agonizantes, ruídos de mastigação e... Paira novo silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, intacto, e volta ao árduo trabalho de redação da sua tese de doutorado como se nada tivesse acontecido.
Dentro da toca do coelho, o que se vê é uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de restos mortais do que já foram lobos. Entre as duas pilhas, a presença de um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, sonolento, a palitar os dentes.
Conclusão da tese
Não importa quão absurdo é o tema de sua tese. Não importa se ela não tem o mínimo fundamento científico. Não importa se os seus experimentos não provam a sua teoria. Não importa nem mesmo se as suas idéias vão contra o mais óbvio bom senso. O que importa é... QUEM É O SEU ORIENTADOR?!
Fonte: Internet (texto reescrito)

03 dezembro, 2009

O bingo das pedras frias

Os três comparsas estavam reunidos na casa de pasto do Bucho de Lama. Os três eram Armandinho, Honorato e Claudionor, figuras por demais conhecidas no bairro pelas peças que viviam aprontando. E Bucho de Lama , que com eles parolava, acabara de lhes dar o sinal verde. Na noite de sexta, o grupo pudesse contar com as dependências do restaurante para o evento. Eles não se afastassem, porém, daquilo que tinha sido esquematizado num guardanapo de papel, ali no balcão.
Com um balcão, onze ou doze mesas de fórmica com as respectivas cadeiras, o restaurante nos últimos tempos vinha se despovoando. E, nos fins de semana, oh, dor maior! Ao se constatar que a frequência no mesmo não passava de uns gatos pingados bebericando no balcão, algum grupo em torno de um violão na mesa embaixo da castanholeira... ("Peraí", restaurante ao ar livre na periferia desta cidade sem um pé de castanhola não existe.) E todos bebendo, bebendo, mas indiferentes aos odores da mão-de-vaca que fervilhava num panelão da cozinha.
O plano consistia do seguinte: os três organizariam o bingo de um peru assado, ficando eles com a renda dos cartões vendidos. E Bucho de Lama, com a renda - que se antevia considerável - das bebidas, dos tira-gostos... Mas, porque o chamassem à cozinha, o proprietário não ouviu o resto da conversa. O capítulo em que os cupinchas planejaram: 1) furtar o peru (comprá-lo, estreitaria bastante a margem de lucro); 2) fraudar o bingo (para que a papação da ave fosse feita por eles, naturalmente). E, daí, a dúvida histórica: acaso tivesse tomado conhecimento de tais nefandas intenções, o velho Bucho teria ainda cedido a casa para a promoção? Seja como for, estás dispensado da peruação, leitor.

Prossiga a leitura do conto no Preblog.

02 dezembro, 2009

Mapas de metrô

Os mapas de metrô podem servir de modelo para muitas coisas. Inclusive para a criação de uma inusitada apresentação da anatomia do sistema digestivo humano.
Imagine-se o caso do usuário que precise consultá-lo para ir do Esôfago (Esophagus) até o Fígado (Liver). Eis o "percurso" que ele terá de fazer:
Estação Esôfago -> Linha Vermelha, passando pela Estação Estômago, até a Estação Intestino Delgado -> Linha Verde, passando pela Estação Vesícula, até a Estação Fígado.

Outros interessantes "mapas de metrô" estão disponíveis no Creative Metro Map themed Design.

Bom cheirador, mau perdedor


“Espero que ela (Oprah) não esteja chateada com as Olimpíadas. Chicago enviou a Oprah e a Michelle. O Brasil mandou 50 strippers e meio quilo de pó. Não foi uma competição justa.”


Comentário feito en arrivant por Robin Williams (na foto), da Sociedade dos Humoristas Mortos, em sua recente entrevista a David Letterman, no programa da televisão norte-americana Late Show, a propósito da escolha do Rio de Janeiro para ser a sede das Olimpíadas de 2016.

01 dezembro, 2009

O diagnóstico

:-)


A oração da propina

“Pai, eu quero Te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos. Precisamos dessa Tua cobertura, dessa Tua graça, de Tua sabedoria, de pessoas que tenham, Senhor, armas para nos ajudar nessa guerra e, acima de tudo, todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, mas o Senhor nunca falha.”
A oração pronunciada pelo deputado distrital Rubens César Brunelli, após receber sua infalível mesada das mãos de Durval Barbosa, secretário de Relações Institucionais e operador do DEMsalão de José Roberto Arruda (do DEM, naturalmente), ex futuro candidato a vice-presidente do Brasil na chapa de José Chirico.