30 abril, 2022

Maré alta, maré baixa

Marés são as alterações cíclicas do nível das águas do mar causadas pelos efeitos combinados da rotação da Terra com as forças gravitacionais exercidas pela Lua e pelo Sol (este último com menor intensidade, devido à distância) sobre o campo gravitacional da Terra. Os efeitos das marés traduzem-se em subidas e descidas periódicas do nível das águas cuja amplitude e periodicidade é influenciada por fatores locais.


Netuno vai ao Dr.
"Inspire, expire. Agora diga 33."

Desdobramentos da matemática

No trabalho:
Chefe esperto + Empregado esperto = Lucro
Chefe esperto + Empregado burro = Produção
Chefe burro + Empregado esperto = Promoção
Chefe burro + Empregado burro = Hora-extra
No amor:
Homem esperto + Mulher esperta = Romance
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
Homem burro + Mulher burra = Gravidez não planejada

29 abril, 2022

Página feliz de nossa música


Com Sivuca e o belga Toots Thielemans (1922 - 2016), o homenageado pelo Google nesta sexta-feira.


O dia e a hora em que Mary Shelley pensou em "Frankenstein"

Por Emily Temple
É um fato bem conhecido que uma Mary Shelley de 18 anos escreveu "Frankenstein" na casa de Lord Byron (na verdade uma mansão alugada no Lago Genebra) após o poeta, durante uma onda de mau tempo, desafiar seus convidados a escreverem suas próprias histórias de fantasmas. "Eu me ocupei pensando em uma história", Shelley escreveu mais tarde em uma introdução a seu famoso romance.
Uma história que rivaliza com aquelas que nos empolgaram para essa tarefa. Uma que falaria com os medos misteriosos de nossa natureza e despertaria um horror emocionante - uma que faria o leitor ter pavor de olhar em volta, gelar o sangue e acelerar as batidas do coração. Se eu não fizesse essas coisas, minha história de fantasmas seria indigna de seu nome. Eu pensei e ponderei - em vão. Senti aquela impassível incapacidade de invenção que é a maior miséria da autoria, quando nada responde às nossas ansiosas invocações. Você já pensou em uma história? Perguntavam-me todas as manhãs e todas as manhãs era forçada a responder com uma negativa mortificante.
Mas então, uma noite, quando ela foi para a cama tarde - depois que "a hora das bruxas havia passado" - ela se lembrou. "Quando coloquei minha cabeça no travesseiro, não dormi, nem poderia ser dito para pensar", escreveu ela.
Minha imaginação, espontaneamente, me possuiu e guiou, presenteando as imagens sucessivas que surgiam em minha mente com uma vivacidade muito além dos limites habituais do devaneio. Eu vi - com os olhos fechados, mas com visão mental aguda - eu vi o estudante pálido das artes profanas ajoelhado ao lado da coisa que ele havia montado. Eu vi o horrível fantasma de um homem estendido e então, ao trabalhar em alguma máquina potente, mostrar sinais de vida e se mexer com um movimento inquieto, meio vital. Deve ser assustador; pois supremamente assustador seria o efeito de qualquer esforço humano para zombar do estupendo mecanismo do Criador do mundo. Seu sucesso aterrorizaria o artista; ele fugia correndo de seu odioso trabalho manual, tomado pelo terror. Ele esperaria que, abandonada a si mesma, a ligeira centelha de vida que ele havia comunicado se desvanecesse; que esta coisa, que tivesse recebido animação tão imperfeita, cairia em matéria morta; e ele poderia dormir na crença de que o silêncio da sepultura extinguiria para sempre a existência transitória do cadáver hediondo que ele considerava o berço da vida. Ele dorme; mas ele está acordado; ele abre os olhos; eis que a coisa horrível está ao lado de sua cama, abrindo suas cortinas e olhando para ele com olhos amarelos, lacrimejantes, mas especulativos.
Eu abri os meus, aterrorizada. A ideia dominou minha mente, enquanto um arrepio de medo percorreu meu corpo, e eu desejei trocar a imagem medonha de minha fantasia pelas realidades ao redor. Eu ainda os vejo; o próprio quarto, o parquete escuro, as venezianas fechadas, com a luz da lua entrando e a sensação que tive de que o lago vítreo e os altos Alpes brancos estavam além. Eu não poderia me livrar tão facilmente de meu horrível fantasma; ainda me assombrava. Devo tentar pensar em outra coisa. Recorri à minha história de fantasmas - minha cansativa e azarada história de fantasmas! Oh! se ao menos eu pudesse inventar um que assustasse meu leitor como eu mesmo tinha ficado naquela noite!
Os relatos divergem quanto ao tempo que levou Shelley para contar sua história - uma noite? três? - e alguns estudiosos questionaram a linha do tempo de Shelley. Mas, dez anos atrás, astrônomos da Texas State University usaram tabelas astronômicas e medições topográficas para localizar a hora exata em que a visão fatídica ocorreu a ela. Como qualquer boa lenda, tudo dependia da posição da Lua. O professor de astronomia do estado do Texas, Donald Olson, junto com dois colegas e dois alunos, visitaram o Lago Genebra em agosto de 2010 para descobrir quando, exatamente, o luar de Shelley teria penetrado pelas venezianas. "Não há menção explícita de uma data para a sugestão da história de fantasmas em qualquer uma das fontes primárias - as cartas, os documentos, os diários, coisas assim", disse Olson. "Ninguém sabe essa data, apesar de supor que tenha acontecido no dia 16". E, de fato, eles determinaram que teria sido entre 2h e 3h da manhã de 16 de junho, pela luz de uma Lua minguante, que, a essa altura, teria clareado a colina do lado de fora de sua janela.
"Mary Shelley escreveu sobre o luar brilhando através de sua janela, e por 15 anos eu me perguntei se poderíamos recriar aquela noite", disse Olson. "Nós o recriamos. Não vemos razão para duvidar de seu relato, com base no que vemos nas fontes primárias e usando a pista astronômica."
Portanto, à medida que entramos na estação mais assustadora, fique de olho em sua própria Lua gibosa de inspiração - e em quaisquer fantasmas horríveis que ela possa trazer.

Astronomers have determined the exact hour that Mary Shelley thought of Frankenstein, in Literary Hub. Trad.: PGCS

28 abril, 2022

A sereia abandona o lar

Os marinheiros de outrora inventavam muitas histórias de sereias.
Uma de suas histórias conta sobre uma sereia que se apaixonou por um homem e foi morar com ele. Um dia, ele a insultou. Ela se ofendeu e saiu de casa com os filhos. E tudo que havia na casa a seguiu (observe os objetos caminhando pelas próprias pernas para o mar). 
Nunca mais foram vistos.

27 abril, 2022

Falsos tiroteios

Miss Cellania:
Estivemos em parques de diversões do Velho Oeste, onde um tiroteio na rua estava programado para cada hora. Quando a Palisade, em Nevada, fez isso, os tiroteios foram programados de acordo com a hora em que os passageiros chegavam no trem da ferrovia - e os que desembarcavam não tinham ideia de que tudo era encenação. 
Veja, quando a ferrovia transcontinental foi inaugurada para negócios, os viajantes reclamaram que o Velho Oeste não era tão selvagem quanto havia sido descrito em romances baratos. Em 1870, a minúscula cidade ferroviária de Palisade decidiu fazer algo a respeito e talvez angariar alguns negócios turísticos.
O plano funcionou magnificamente. Tiroteios eclodiam na rua toda vez que um trem parava. A cidade desenvolveu uma reputação de "visita obrigatória" entre os turistas, e os jornalistas estavam ansiosos para descrever a carnificina, embora sem muitos fatos sobre os bandidos ou as vítimas. 
A cidade também encenou assaltos a banco e invasões indígenas, o que manteve as pessoas vindo para a cidade por alguns anos. Apesar de todos os "assassinatos", a população de Palisade atingiu o pico de cerca de 300 pessoas durante este período, quase todas envolvidas nas apresentações.(*)


(*) Com essas apresentações foi que a cidade se tornou "o lugar mais violento a oeste de Chicago". E ninguém parecia notar, também, que nunca houve por lá alguma vítima entre os passageiros.

Fonte: Once Upon a Time in a Real "Westworld" Hoax Town

26 abril, 2022

O teste do cão culpado

O cão culpado evita olhar diretamente para o objeto quebrado.


O segundo animal representa o cão-controle do teste.

25 abril, 2022

Guia das proporções das bandeiras

As proporções de uma bandeira são indicadas por uma relação. A primeira é a sua largura, que  corresponde ao lado em que ela fica presa na haste, e a segunda é o seu comprimento. Para uma bandeira com a largura de 3 unidades e o comprimento de 5 unidades, por exemplo, escreve-se 3:5 ou 3x5.

Outras bandeiras:

Brasil 7:10

Alemanha 7:1 Brasil

Dinamarca 28:37. Porque ela não simplifica? O MDC é 1. 

Catar 11:28. O MDC também é 1.

 Suíça e Vaticano 1:1.

Togo 1:1,6, a proporção áurea.

http://www.reddit.com/r/coolguides/comments/ov90z9/a_guide_to_flag_size_proportions/?

Rodapost. Se algum dia eu conquistar um país adotarei para a bandeira  a proporção 16:9. É a que eu uso nos slides. Ou, então, 315:480, que é a dos vídeos que eu incorporo nas postagens.

24 abril, 2022

Fernanda e Gil


Fernanda Montenegro e Gilberto Gil, para tomarem posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), precisavam mandar confeccionar o famoso e pomposo fardão de cambraia verde escuro, bordado com fios de ouro que desenham ramos de café.
O alfaiate oficial da ABL desde 2005, Diógenes Cardoso, cobra a bagatela de R$ 80 mil pela indumentária dos imortais, que por tradição é paga pela prefeitura da cidade onde nasceu o eleito, ou então pelo Estado natal do ilustre literato, quando o município de origem é muito pobre.
Os dois novos integrantes da "Casa de Machado de Assis" acharam o valor absurdo e não permitiram que a prefeituras do Rio e de Salvador, locais de nascimento de Fernanda e Gil, respectivamente, custeassem a lendária roupa. Eles foram, então, atrás de outro profissional que fizesse o mesmo trabalho e que cobrasse valores menores, a serem pagos do próprio bolso.
O escolhido pela atriz e pelo compositor foi Marcelo Pies, um estilista e figurinista de Niterói que já tinha confeccionado o fardão do poeta e ensaísta Antonio Cicero, empossado em março de 2018 na cadeira até então ocupada por Eduardo Portella. Pies cobrou R$ 30 mil para cada um dos recém-eleitos imortais, menos da metade do preço "oficial" praticado pelo alfaiate da ABL.

Fonte: site Forum

Flores do cerrado

1 - "Flor do cerrado" (Waldir Azevedo)
Chorinho
Brenna Freire e regional (instrumental)

2 - "Flor do cerrado" (Caetano Veloso)
E da próxima vez que eu for a Brasília / Eu trago uma flor do cerrado pra você.
Gal Costa e Dominguinhos

3 - "Flores do cerrado" (Alceu Valença)
É preciso ter cuidado / pra não morrer de saudade. / Colher flores no cerrado / não ligar pra vaidade.
Da trilha sonora de "A luneta do tempo", filme dirigido por Alceu Valença.

23 abril, 2022

Dia Mundial do Livro, 2022

📚23 de abril 

Quien diga que el dinero no puede comprar felicidad, obviamente nunca ha estado en una librería.

Uno de los mayores y más valiosos aprendizajes que pudo obtener el hombre fue haber aprendido a leer.

Hoy los gimnasios están llenos de gente y las librerías vacías. Tenemos mucha gente con cuerpos perfectos pero sin nada que decir.

La felicidad no se compra pero puedes comprar libros y eso es básicamente lo mismo.

Se puede cantar, hablar, reír, llorar, gritar en silencio... A eso se llama leer.

Un lector vive mil vidas antes de morir, el que no lee, solo vive una.

Leer tal vez no te haga más inteligente, pero te hará menos ignorante.

Los libros son como paracaídas. No sirven si no se abren.

Un niño que lee, será un adulto que piensa.

Un buen libro es como un buen amigo que te ayuda a ver la vida desde otros puntos de vista.

Leer buenos libros es como conversar con las mejores mentes del pasado.

Vivir sin leer sería vivir sin vivir.

- Transcrito de um vídeo enviado por Hugo Lopes ( c/ a música Czardas)

A compilação de frases sobre o livro
Escritas na língua que falaram Miguel de Cervantes, Gabriel García Márquez, Julio Cortázar, Federico García Lorca, Pablo Neruda, Jorge Luís Borges, Isabel Allende, Octavio Paz, Alejo Carpentier . . .

22 abril, 2022

Pérolas de marisco

Gostaria de que você avaliasse estas pérolas que encontrei no marisco.

~ Alexandra Dias Marques, por e-mail

Alexandra,

Não sou um avaliador de pérolas de qualquer tipo. Você deve ter-se equivocado ao ler uma destas minhas notas:

http://blogdopg.blogspot.com/2016/12/quanto-custa-uma-perola-de-sururu.html

http://blogdopg.blogspot.com/2018/01/testes-para-perolas.html

http://blogdopg.blogspot.com/2020/10/o-comedor-de-ostras.html

Tendo como referência uma nota anterior, de 2011, em que divulguei a experiência por que passou o genealogista e historiador Ormuz Simonetti ao se deliciar com um caldo de sururu:

http://gurgel-carlos.blogspot.com/2011/05/perola-de-sururu.html

Apesar de não ter expertise no assunto, aqui vão umas dicas que eu coletei na web:

- Brilho: é o primeiro critério a ser observado. Quanto maior for o brilho, maior a quantidade de nácar sobre o núcleo, portanto, melhor qualidade.
- Homogeneidade da forma: verrugas, estrias e manchas diminuem o valor das pérolas.
- Cor: é o fator mais subjetivo. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pérolas que possuem a cor branca com um leve brilho róseo são as mais valorizadas. No Brasil, a preferência recai sobre as pérolas brancas com reflexos creme.
- Tamanho: quanto maior, mais valiosa é a pérola.
http://www.cpt.com.br/cursos-comofazer/artigos/perolas-tipos-como-avaliar-comprar-e-conservar-as-joias

Na verdade, as variedades comestíveis de ostras produzem um tipo diferente de "pérola" do que é produzido pelas ostras perlíferas. A maioria das pérolas encontradas em ostras comestíveis (ou mariscos) não vale muito ou não vale nada. Elas geralmente são deformadas; no entanto, fique de olho nas redondas. E, se sentir algo duro quando estiver comendo os frutos do mar, não tente mastigá-lo. A maior parte das pérolas encontradas nas ostras comestíveis é bem dura e pode quebrar seu dente. Retire-a da boca imediatamente e, se for redonda, suave e brilhante, leve-a a uma joalheria para ser avaliada.

21 abril, 2022

E se o carnaval cair em abril?

Em 1980, Francis Hime lançou um LP em que havia a música "E se...", uma parceria dele com Chico Buarque. Essa música fazia um paralelismo entre coisas que à época pareciam impossíveis e um amor que também parecia impossível.

21/04/2022 - Pois é, o carnaval caiu em abril!

Há 110 anos...
No bissexto ano de 1912, o Brasil teve Carnaval em dobro. Morreu em 12 de fevereiro José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, para quem só havia duas coisas organizadas no País: "a desordem e o Carnaval". Então, o governo decretou luto e adiou o Carnaval para dois meses depois. Esse decreto desagradou os foliões e teve efeito contrário: o povo festejou duplamente, em fevereiro e abril.

A Batalha de Pelúsio

Os egípcios consideravam os gatos animais sagrados. Uma de suas divindades, a deusa da guerra Bastet, era um ser com corpo de mulher e cabeça de gato.
Quando um gato morria, seu dono o embalsamava.
Na Batalha de Pelúsio (525 a.C.), sabendo que os egípcios não teriam a coragem de machucá-los, os persas usaram gatos como escudos.


Polieno nos fala que, de acordo com a lenda, Cambises conquistou Pelúsio com essa estratégia astuta. Ele ordenou que seus homens "lançassem gatos" (sic) em direção aos egípcios. Os egípcios não atirariam suas flechas com medo de ferir os animais, e assim a cidade foi tomada. Depois da batalha, Cambises aproveitou a oportunidade para mostrar sua superioridade aos egípcios. Ele mesmo carregou gaiolas com os animais sagrados e as lançou na cara dos vencidos. O causo é citado como um dos primeiros episódios de guerra psicológica.

20 abril, 2022

Lava Jato sem embromação

De volta à idade precoce da motorização. As estradas eram muitas vezes não pavimentadas e com muita lama, e essa lama ficava endurecida na parte de baixo do carro e nas rodas - mas uma volta na Auto Wash Bowl resolvia o problema.


Os clientes pagavam 25 cêntimos a um atendente que amarrava uma capa protetora de borracha sobre o radiador. Eles entravam nessa espécie de bacia através de uma rampa e conduziam seus carros na água a uma velocidade de cerca de 10 quilômetros por hora. As cristas no concreto vibravam a água, criando uma ação de turbilhonamento que ajudava a retirar toda a lama do chassi e das rodas. Todo o processo durava cerca de 3 minutos.

Judy Markovitch, em Gold Agen of Travel, no Face.

19 abril, 2022

Créditos

— Michael I. Hartley e Dimitri Leemans, "Quotients of a Universal Locally Projective Polytope of Type {5, 3, 5}", Mathematische Zeitschrift 247:4 (2004), 663-674.
Arquivo PDF: http://arxiv.org/pdf/math/0307075.pdf (p.8)

O primeiro autor gostaria de reconhecer e agradecer a Jesus Cristo, por meio de quem todas as coisas foram feitas, pelo encorajamento, inspiração e sugestões ocasionais que foram necessárias para completar este artigo. O segundo autor, entretanto, nega especificamente esse reconhecimento. O segundo autor gostaria de agradecer o apoio financeiro do Fundo Nacional Belga para Pesquisa Científica, que tornou este projeto viável. Ambos os autores reconhecem com gratidão os comentários úteis feitos por Buekenhout em um rascunho deste artigo.

Arquivo EM: Eu também quero creditar

18 abril, 2022

Proclamação e petições contra o café na Inglaterra

Proclamação
A introdução do café como bebida para os ingleses trouxe muitas mudanças em sua rotina.
Antes do café, o vinho, a cerveja e o uísque eram as principais bebidas apreciadas pelos britânicos. Com o novo hábito de beber café, os pubs foram dando lugar às casas de café, locais para falar sobre o que estava se passando e discutir como a vida deveria ser, virando febre na época.
Justamente por isso, em 1675, o rei Charles II escreveu uma proclamação decidindo que todas as casas de café fossem fechadas. Charles II acreditava que as pessoas se reuniam nesses locais para, entre um gole e outro da bebida, conspirar contra o trono. Entretanto, os donos das casas de café argumentaram e essa proclamação foi anuladaa. Mas teve sua consequência: iniciou-se o declínio das casas de café na Inglaterra.

Petições
E não foi apenas a majestade que as casas de café incomodaram. Apesar de algumas casas terem funcionárias mulheres e de que algumas delas foram, inclusive, proprietárias de casas de café (como Anne Rochford e Moll King), qualquer outra mulher que fosse vista nesses locais não era considerada "respeitável".
Com isto, em 1674, as mulheres apresentaram uma petição pedindo o fechamento das casas de café e o respectivo consumo do que elas chamaram de "uma bebida que seca e enfraquece", reclamando da virilidade masculina após o uso.
Há quem defenda que o texto, na verdade, não foi escrito por mulheres e sim, por homens, em uma produção literária, justamente criada em uma casa de café. Verdade ou não, como resposta, os homens também retornaram com uma petição, claro, defendendo o café, a qual ainda pode ser lida na íntegra aqui.

 

17 abril, 2022

O negócio é amar

A letra desta canção foi escrita por Dolores Duran (1939 -1959) e musicada em 1983 por Carlos Lyra, um dos expoentes da bossa nova.

Aqui Carlos Lyra conta para Cláudio Lyra como foi a criação de "O negócio é amar".

Vídeo com Nara Leão e Roberto Menescal:


Outros intérpretes de "O negócio é amar": Nelson Gonçalves e Fafá de Belém, Jorge Aragão, Quarteto em Cy, Joyce, Leny Andrade, Leila Pinheiro, Anna de Holanda ...

16 abril, 2022

Nudistas Anônimos

Eu não sei a ciência por trás disso, mas se você está totalmente nu e quer sentir-se ainda mais despido, tudo o que precisa fazer é calçar os sapatos.

Inventando o relógio...

O cara que inventou o relógio: ele terá 12 números
Amigo: então, o dia será dividido em 12 partes
Inventor: não, 24
Amigo: o dia começará em 1
Inventor: não, o dia começará em 12, à noite
Amigo: ???
Inventor: o 6 significa 30

Que cara chato é o amigo do cara que inventou o relógio!

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Clique neste LINK para ver as horas no obelisco.

15 abril, 2022

Groucho encontra Greta

Greta Garbo, além de grande atriz, foi uma mulher intrigante, fascinante. Compartilho uma das confidências do genial e iconoclasta Groucho Marx, em suas memórias "Groucho e Eu". Com todo o respeito que a Diva merece, é muito engraçado o episódio narrado por Groucho (está no capítulo "A Enfermidade dos Pés pela Boca" -- Groucho como se nota, não perdia a chance de uma piada):
"Eu estava no elevador do edifício Thalberg uma dia quando Greta Garbo entrou. Ela estava então no auge de sua carreira, reconhecida por todos como a maior estrela de cinema de sua época. A senhorita Garbo estava usando um chapéu aproximadamente do tamanho de um grande bueiro de esgoto. (*) O que sobrava dela estava encerrado dentro de calças compridas e de um casaco estilo masculino. Eu estava atrás dela e, brincalhão como sou, gentilmente levantei a aba de trás do chapéu. Pensando agora no incidente, posso compreender que há um resultado inevitável no ato de levantar a aba de um chapéu feminino: a parte da frente cai sobre o rosto da pessoa. Naquela época, no entanto, eu não tinha compreendido completamente este problema da física. A senhorita Garbo se virou para mim em fúria, raivosamente tirando o chapéu e revelando os traços clássicos ainda tão admirados por milhões. -- Como se atreve? - ela exclamou em tons gelados. -- Oh, sinto muito - respondi. - pensei que você fosse um camarada que conheci em Kansas City.
Mais palavras não foram trocadas. Mas é muito óbvio para qualquer estudioso do cinema que esta é a verdadeira explicação de por que Greta Garbo nunca apareceu em nenhum filme dos Irmãos Marx". 
(*) Do tamanho de um grande bueiro de esgoto, na versão de Pepino Breve. Segundo Jaguar, no Pasquim, o diâmetro do chapéu de Garbo igualava ao de uma roda de bicicleta.
Aos desatentos: é óbvio que a "verdadeira razão" da não participação de Garbo em filmes dos Irmãos Marx é apenas mais uma das irresistíveis (e autodepreciativas) galhofas do Groucho (explicação desnecessária, creio eu...). Ótima história, digna do Groucho Marx.

14 abril, 2022

Problema, solução e novo problema

Cada solução para um problema cria inevitavelmente um novo problema. Esse ponto de vista lamentavelmente derrotista inspirou o seguinte ditado:

A principal causa dos problemas são as soluções.

Em julho de 1968, Eric Sevareid escreveu um artigo na revista "The Progressive" sobre a popularidade das máquinas fotocopiadoras. Esses dispositivos começavam a desempenhar a tarefa útil de multiplicar o texto e as imagens exibidas em folhas de papel. Infelizmente, as cópias também encorajaram o consumo excessivo de papel.


Os pensadores mais sombrios, entretanto, não acreditam que nada sério possa ser feito até que o mundo fique sem árvores para a produção de papel. Isso, é claro, criará outros problemas, mas essa é a natureza do progresso.

13 abril, 2022

Por que dizemos "blog"

www = wold wide web = rede mundial de computadores
log = diário de bordo

A palavra "blog" é uma versão abreviada da palavra "weblog", que faz sentido porque os blogs são simplesmente artigos ou outros documentos de texto e mídia que são registrados na web. Mas tudo começou com uma pessoa, Peter Merholz, e seu fascínio pelo mundo das palavras.
Aqui está a história:
Por valer a pena, eu decidi pronunciar a palavra "web-log" como "we-blog". Ou "blog", para encurtar.
Eu não pensei muito nisso. Apenas mudei a pausa silábica uma letra para a esquerda. Comecei a usar a palavra em meus posts, e algumas pessoas, ao me enviarem e-mails, também a usaram.
"Blog" provavelmente teria morrido esquecido se não fosse por uma coisa: em agosto de 1999, o Pyra Labs lançou o Blogger. E com isso, o uso do "blog" cresceu com o sucesso da ferramenta.
E faz 20 anos desde que esta palavra foi inventada. Ele interessou-se também por outros jogos de palavras que descrevessem os tipos emergentes de blogs. Como as palavras "video-log" ou "vlog", para os blogs de vídeos, por exemplo.
Só o tempo dirá como as coisas evoluirão e que outros termos poderemos cunhar para descrever as coisas que fazemos online.

Leitura recomendada: Do diário íntimo ao blog ... (http://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1669/3635)

12 abril, 2022

Dalmo Dallari (31/12/1931 - 08/04/2022)

Natural de Serra Negra, no interior de São Paulo, Dalmo de Abreu Dallari (foto) se formou em Direito pela Universidade de São Paulo em 1957. Professor emérito da instituição pela qual se formou e da qual foi diretor, foi um prolífico escritor na área do Direito. Entre suas obras, destacam-se: "Elementos de Teoria Geral do Estado" e "O Futuro do Estado", em que trata do conceito de Estado mundial, do mundo sem Estados, dos chamados Super-Estados e dos múltiplos Estados do Bem-Estar. Em 1996, tornou-se professor catedrático da UNESCO na cadeira de Educação para a Paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância. Conhecido por sua atuação em oposição ao regime militar, Dallari ajudou a organizar a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de SP. A organização foi intensamente buscada por perseguidos políticos e seus familiares, e teve papel importante na proteção de oposicionistas da ditadura. Dallari morreu aos 90 anos, na capital paulista, devido a um AVC.

A DITADURA ESPANCOU DALLARI
"Quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil, em 1980, o jurista Dalmo Dallari, prof. titular da USP, foi designado para fazer uma leitura na primeira agenda do sumo-pontífice em São Paulo: uma missa no Campo de Marte.
Dallari representaria a Comissão Justiça e Paz (CJP), braço da cúria metropolitana voltado para a defesa dos direitos humanos, dos presos políticos e de seus familiares, que o arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns havia criado em 1972.
Dallari havia sido seu 1.º presidente e, naquele momento, ainda era seu membro mais conhecido. Na véspera, Dallari foi ao Campo de Marte se inteirar dos preparativos e da liturgia do ato. Quis se certificar qtos minutos teria para fazer os últimos ajustes no texto, já escrito.
Informações reunidas, foi embora para casa, no comecinho da noite. Ao chegar, em frente ao portão, levou uma coronhada e foi enfiado dentro de um carro. O grupo de agressores o levou a um terreno baldio na Av. J. Kubitschek e o espancou até deixá-lo caído, só e ensanguentado.
A muito custo, Dallari se levantou e andou até a avenida. Demorou para que um motorista parasse e aceitasse levá-lo, machucado, de volta à casa. Foi a esposa quem o levou ao pronto-socorro. Durante o trajeto e no atendimento médico, a maior preocupação de Dallari era com a missa.
Ele precisava estar a postos para ler seu texto, uma agenda importantíssima, de alcance internacional, que agora talvez repercutisse ainda mais. No dia seguinte, de cadeira de rodas, foi impedido de subir ao palco pelo acesso normal, nos fundos, por um militar.
Amigos ergueram a cadeira de rodas nos braços e ele conseguiu chegar à tribuna. Levantou-se, amparado pelos colegas José Carlos Dias e Flávio Bierrenbach, ambos da CJP.
O Papa se assustou com os machucados, curativos e ferimentos e perguntou o que havia acontecido.
Foi Dom Paulo quem respondeu, atribuindo o atentado a grupos de extermínio ligados à ditadura. "Fizeram isso com ele porque não tiveram coragem de fazer comigo, mas é um recado para mim", acrescentou o arcebispo.
Dallari, presente. Hoje e sempre!"
(Texto de Camilo Vannuchi)

Karteado

AS CARTAS NÃO MENTEM, PORÉM RIEM

11 abril, 2022

Orelhões em quadros de humor na TV

Este invento brasileiro, o orelhão (em alusão a uma "orelha grande"), já fez muito sucesso em quadros de humor da televisão brasileira.
Nos anos 1980, um personagem do Jô Soares divertiu o Brasil dando voz aos torcedores da Seleção, na época inconformados com o esquema tático adotado pelo então técnico Telê Santana. É que Telê abrira mão do ponta-direita no time – com a equipe passando a jogar com quatro jogadores no meio de campo e dois no ataque. Por conta disso, "Zé da Galera" ligava de um orelhão para dar palpites no time. E exigia, aos gritos: "Bota ponta, Telê".
Em outro quadro do programa "Viva o Gordo", Jô Soares representava um personagem numa interminável paquera pelo orelhão, enquanto ia crescendo uma fila de pessoas que aguardavam para usar o telefone público. A quem o interpelava sobre a demora na ligação telefônica, ele dizia: "O senhor conhece a Jupira?"
Ainda na mesma década, o comediante Aloísio Ferreira Gomes, o "Canarinho", ganhou destaque no programa humorístico "A Praça É Nossa", usando o telefone público próximo de outras pessoas, falando alto, e provocando grandes confusões.

http://youtu.be/8fapLQ43Ecc Zé da Galera
http://youtu.be/wGlKTzK_IcU O paquera da Jupira
http://youtu.be/i9CSX276YBE Canarinho

Fonte: fabiosola.com (este link parou de funcionar)

10 abril, 2022

Afilu daka - Trem das onze

Há um museu dedicado a Adoniram Barbosa (João Rubinato) no kibutz Bror Chail, em Israel. 
Em 2014, a Companhia Geral de Trens de Israel doou à instituição o primeiro vagão que chegou do Egito a Israel em 1910 – ainda na época do Império Otomano na Palestina. Esse vagão, que faz parte da história, foi pintado externamente nas cores verde e amarela, e colocado no terreno do museu.
Composto por mulheres da comunidade judaica, o Coral Sharsheret fez esta gravação de  "Afilu daka", o "Tem das onze", a canção mais famosa de Adoniram Barbosa. Para ver, ouvir e guardar.



Grato a Maria Auxiliadora Barroso pela indicação desse vídeo.

09 abril, 2022

O golpe mata-moscas


"...bem, sem moscas não há mata-moscas
sem mata-moscas não há Dey de Argel
não há cônsul, não há afronta a vingar, não há olivais
não há Argélia, não há o grande calor, senhores,
e o grande calor, por sua vez,
é a saúde dos viajantes...
in "Palavras", Jacques Prévert

Nascido em 1900 e morto em 1977, Jacques Prévert foi um importante membro do surrealismo francês, ao lado de Marcel Duchamp e do cofundador da Oulipo, Raymond Queneau. Ele escreveu 7 livros de poemas (Paroles, Spectacle, Grand bal du printemps, La pluie et le beau temps, Histoires, Fatras e Choses et autres), alguns livros infantis e redigiu roteiros para uma dezena de filmes e animações, sobretudo para o diretor Marcel Carné, cujo filme Boulevard do Crime (Les infants du Paradis) é considerado por muitos um dos melhores do cinema francês.

Na mitologia colonial, o "golpe mata-moscas", dado pelo Dei de Argel no cônsul francês que o havia desrespeitado, foi o pretexto que justificou a invasão da Argélia pelas tropas francesas. Convocado pelo Dei que desejava obter explicações para o fato de a França não ter honrado suas dívidas junto à administração local, o cônsul respondeu de maneira injuriosa, o que motivou, por parte do Dei, um gesto brusco em sua direção, com um mata-moscas. Os franceses teriam, portanto, invadido Argel para responder a essa afronta.

08 abril, 2022

A Lei de Peter

Em 2015, Peter H. Diamandis publicou "Bold: How to Go Big, Create Wealth and Impact the World" ("Ousado: Como Crescer, Criar Riqueza e Impactar o Mundo"). Ele descreveu um episódio que ocorreu logo depois que ele fundou e começou a trabalhar na International Space University. Ele dividia o escritório com um colega que colocou uma cópia da Lei de Murphy na parede que dizia: "Se algo pode dar errado, dará". Peter não gostou muito do aviso.
Há um velho ditado nos negócios: você é a média das cinco pessoas com quem passa mais tempo. O mesmo é verdade para ideias. Assim, uma semana após o ataque mental de Murphy, fui até o quadro branco atrás da minha mesa e escrevi: "Se algo puder dar errado, conserte! (Para o inferno com Murphy!)".
Essa é a Lei de Peter.

Arquivo
2008 - O Paradoxo de Alceni
2008 - Equacionando a Lei de Murphy
2012 - As Leis de Murphy do YouTube
2014 - A Lei de Murphy do churrasco
2020 - Uma retrospectiva da Lei de Murphy

07 abril, 2022

Sino, livro e vela

A expressão "sino, livro e vela" faz referência à excomunhão, uma punição utilizada para retirar ou suspender um crente de uma filiação religiosa. A excomunhão significa literalmente colocar alguém fora da comunhão. 

Ex.: "Seremos amaldiçoados com sino, livro e vela".

Na Idade Média, a excomunhão era pública e havia uma cerimônia em que os oficiantes fechavam o livro (dos Evangelhos), apagavam a vela e tocavam um sino, como quem diz já morreu.

Shakespeare usou a frase em King John, 1595:
BASTARDO:
Sino, livro e vela não me levarão de volta
Quando ouro e prata me chamam para ir.

"Bell, Book and Candle" é o título de um filme americano de 1958, estrelado por Kim Novak.

Acrílico "Bell, Book, and Candle"

O filme é um dos meus favoritos há muitos anos. Esta pintura não é um esforço para criar uma cena do filme, mas é inspirada no nome do filme. Foi uma tarefa difícil encontrar este sino. Por fim, encontrei-o em uma loja de antiguidades e perguntei ao proprietário se poderia “alugar” como acessório. Paguei a ele o valor total, com o acordo de que poderia tê-lo de volta, menos $ 5 do preço quando devolvesse o sino. Mas acabei mantendo o preço cheio - ainda assim, a ideia de alugar objetos em antiquários para orientar pinturas parece uma situação vantajosa para o pintor e o lojista. ~ Myke Daymon

Bom para o DBF, o Dicionário Brasileiro de Frases

06 abril, 2022

O bufão Roland

As pessoas mais velhas costumam falar sobre como esse entretenimento era muito melhor nos velhos tempos. Mas no século 12, o auge do entretenimento era um cara pulando no ar, assobiando e peidando ao mesmo tempo. Este espetáculo deslumbrante, conhecido como "unum saltum et siffletum et unum bumbulum ("um salto, um assobio e um peido"), era realizado apenas uma vez por ano para Henrique II, pelo qual seu executor, Roland, the Farter, recebia um belo salário anual.


Roland, the Farter, era, como seu nome indicava, um flatulista profissional. Este título significa essencialmente que Roland era pago para peidar na frente das pessoas. Mais ou menos como Adam Sandler. Exceto que Roland não fez filmes para a Netflix, em vez disso, ele trabalhou na corte do rei Henrique II durante o século 12 na Inglaterra, quando o período medieval estava no auge.
O mundo medieval de Roland era um mundo sem TV, YouTube ou Instagram. Hoje em dia, se você quiser ver alguém peidar, levaria apenas alguns segundos para pesquisar e encontrar um vídeo, assisti-lo, rir e passar para algo mais engraçado (boa sorte).
Pois bem, na Idade Média, a necessidade de entretenimento era preenchida por bufões como Roland. Este freqüentemente se apresentava nas ruas ou nas cortes da nobreza e famílias reais em troca de dinheiro ou, em casos raros, propriedade. O flatulista teve tanto sucesso com suas oportunas habilidades de peidar que o rei Henrique II deu a ele sua própria mansão em Hemingstone, Suffolk, uma região a leste de Londres.
Desempenho de Roland
A única fonte confiável que menciona Roland é o Livro das Taxas, um documento do século 13 usado para contabilizar as muitas taxas devidas pela e para a Coroa. Entre uma lista de acordos burocráticos muito sérios e vitais, está uma breve descrição do desempenho de Roland e o pagamento que ele recebeu da Coroa.
Do Livro de Taxas: "Unum saltum et siffletum et unum bumbulum".
Embora possam parecer palavras sem sentido para a maioria, elas são, na verdade, latinas. Depois de uma boa tradução, a frase explica resumidamente que Roland executaria “um salto, um assobio e um peido” em uma curta sinfonia de ruídos corporais para uma pessoa. O show de três partes era parte da celebração anual de Natal do rei, aparentemente servindo como o grande final para as festividades do feriado em geral.
Além de ser hilário e uma indicação óbvia de como as tradições natalinas da monarquia britânica mudaram, o desempenho de Roland ocupa um lugar significativo na história da flatulência profissional.A performance é uma das primeiras menções de flatulência profissional na história medieval, ao lado de 12 farters musicais na Irlanda que peidaram até a fama durante o mesmo século que Roland. Esses registros históricos mostram que a flatulência era mais do que apenas uma piada; para alguns, era um meio de subsistência.

NEW POST
http://www.mentalfloss.com/article/649356/fart-history-memorable-moments

05 abril, 2022

Um novo estudo matemático do Mal

Filósofos, teólogos e muitos outros têm buscado uma definição inequívoca do Mal, por pelo menos 2 mil anos.
Talvez um matemático possa ajudar.
Francisco Parro, que é professor associado de Economia, da Universidad Adolfo Ibañez, no Chile, dá passos nesse sentido em seu último artigo: O problema do Mal: Uma abordagem econômica [ref: Kyklos Journal (visão inicial)]


Se os desdobramentos da nova abordagem não forem imediatamente evidentes no resumo do artigo, uma versão completa do estudo pode ser visualizada aqui.
(http://www.improbable.com/2021/09/27/evil-the-math-new-study/)

04 abril, 2022

Matias Aires

"O maior filósofo de língua portuguesa do século 18, o século de Kant, era Matias Aires. Quem já ouviu falar dele, aqui na universidade? Somente um estudante levantou a mão. Eu disse: vocês estão vendo... O maior pensador de língua portuguesa do século 18 era brasileiro e paulista e vocês todos já ouviram falar em Kant; em Matias Aires... só aquele companheiro ali. Eu virei pra ele e disse: me diga uma coisa, você leu algum livro de Matias Aires ou ouviu falar dele numa aula? Ele disse: 'Não senhor, é que eu moro numa rua que tem o nome dele!' A gente ri, mas o que tá por trás disso é uma coisa ruim demais. Além de pensador, Matias Aires era um escritor extraordinário."
~ Ariano Suassuna

03 abril, 2022

Charlie distraído

Algumas variantes do meme "Charlie distraído" são piadas sobre períodos do tempo, com o usuário imaginando como Chaplin se sentiria a respeito dos "talkies" - um termo coloquial para os filmes com diálogo.


A imagem acima foi tirada do filme "Pay day", de 1922, tendo sido espelhada para se parecer melhor com um meme.

Bônus de domingo
"Não tem tradução" (Cinema Falado), de Noel Rosa. Tradutores: Johnny Alf e Chico Buarque


02 abril, 2022

A loucura do livro

A bibliomania foi frequente durante o século 19 na Europa, em um contexto que os livros eram considerados objetos de luxo, sinônimo de riqueza, sendo obtidos para servir de patrimônio e herança. Os sintomas da bibliomania incluíam uma espécie de obsessão na busca de primeiras edições, cópias raras, livros de determinados tamanhos e acabamentos específicos, entre outras possibilidades.
Com o passar do tempo, a bibliomania deixou de se referir à obsessão. Os dicionários passaram a adotar o significado relacionado ao entusiasmo e à paixão por colecionar. No Michaelis, por exemplo, bibliomania é a “mania de colecionar livros, principalmente antigos ou raros”.
"Bibliomania" é o título de um romance (também do século 19) de Thomas Frognall Dibdin que afirmava explorar a "loucura do livro" - o ato de ser incapaz de parar de colecionar literatura.
Bibliomania não deve ser confundida com bibliofilia, que é o amor (psicologicamente saudável) pelos livros e, como tal, não é considerada um distúrbio psicológico. Um bibliófilo saudável lê seus textos cuidadosamente; um viciado os devora, independentemente da qualidade.
tsundoku é um termo japonês que se refere à prática de comprar livros, empilhá-los e nem sempre lê-los. A palavra está relacionada ao sentimento positivo de estar cercado de livros, que é algo bem comum na vida de leitores ávidos. Isso faz com que as pessoas acabem acumulando e empilhando mais livros do que de fato vão ler.
"Não tenho nenhum sentimento de culpa em relação às pilhas de livros que não li e talvez nunca lerei ; Eu sei que meus tsundokus têm paciência ilimitada. Eles vão esperar por mim até o fim dos meus dias."
(https://www.ecycle.com.br/tsundoku/)

01 abril, 2022

"Poema da mente"

Ou: "Poema do presidente que mente".
Trata-se de uma versão encurtada e modificada de "A implosão da mentira", de Affonso Romano de Sant'Anna, que é um poema da década de 1980.
O original, que não faz referência ao presidente da época, foi musicado por Remy Portilho.
Conforme a edição, mudam o retrato do presidente. Circunstancial/mente.
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Ricardo disse...
- Quando tentei entrar no "A implosao..." fui avisado que o site seria potencialmente malicioso.
Paulo Gurgel disse...
- Está acontecendo, Ricardo. Tente ver/ouvir "A implosão da mentira" através do link abaixo - com podcast:
http://www.deviante.com.br/colunistas/estanislau/implosao-da-mentira

Primeiro de abril

Está ai Duke que não me deixa mentir.