30 abril, 2019

Botar boneco

– 20.º verbete do DBF, o Dicionário Brasileiro de Frases (cuja elaboração recebe periodicamente as bênçãos de Santa Engrácia).
Botar boneco é uma expressão muito utilizada no Nordeste brasileiro, notadamente no Ceará. Significa teimar, procrastinar, embriagar-se, arrumar confusão etc.
Tem sua origem na cultura do teatro de bonecos.
Na televisão cearense, a TV Jangadeiro exibiu de 1992 a 2007 o programa "Botando Boneco", uma criação do artista Augusto Bonequeiro, em que um dos seus personagens, o Sr. Encrenca, contracenava com a Dona Cremida, representado pela atriz Hiramiza Serra.
Fora do Brasil:
DONALD AINDA NÃO SABE SE BOTA BONECO NA VENEZUELA

Os cães e seu dono


Cães x donos:
Quais estão no comando do planeta?

29 abril, 2019

Discussão com a mulher - 6

Quando uma mulher diz:
"Corrija-me se eu estiver errada", não faça isto! É uma armadilha!
Repito: NÃO a corrija!

1, 2, 3, 4 e 5 da série




Ficando zangado com alguém? Pense antes de falar.

Se a pessoa é mais jovem do que você... conte até 10 e depois fale.

Se a pessoa tem aproximadamente sua idade... conte até 30 e depois fale.

Se a pessoa é mais velha do que você... conte até 50 e depois fale.

Se a pessoa é sua esposa... continue contando... Não fale.

[http://bitsandpieces.us/wp-content/uploads/2018/08/Getting-angry-with-somebody-500x889.jpg]

Carta de Sobral

Em 30 de março último começou a reação da ciência brasileira contra a ignorância militante do governo Bolsonaro. Na Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Sobral, realizada nos dias 27 – 30 de março, com mais de 3 mil pessoas, nasceu a Carta de Sobral, cujo texto, um sinal histórico vital da ciência no Brasil, deve ser aqui repercutido na íntegra:
☀️Sob o Sol de Sobral: por uma educação básica de qualidade, pela ciência e pela democracia
"O problema imaginado por minha mente
foi solucionado pelo céu luminoso do Brasil."
[Albert Einstein, 1925]
A SBPC e os participantes de sua Reunião Regional, realizada em Sobral entre os dias 27 e 30 de março, se manifestam firme e decididamente em defesa da educação pública de qualidade, da ciência e da democracia no País.
Comemoramos neste ano o centenário do eclipse solar de 1919, cujas observações, feitas em Sobral, foram decisivas para a confirmação da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, que alterou profundamente a ciência e a nossa visão do Universo. Deste município do Ceará, Terra da Luz – primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão –, vem, ainda, o exemplo notável de melhoria significativa no desempenho dos estudantes das escolas básicas, um processo que foi construído a partir de políticas públicas continuadas e que priorizaram a educação. Outros exemplos similares, e exitosos, provêm de diversos municípios brasileiros. Um desafio grande é estendê-los para abarcar todo o País.
A valorização efetiva do professor e sua formação adequada são fatores essenciais para a melhoria da educação básica. Outros fatores importantes são condições de trabalho adequadas, boa gestão escolar, avaliações criteriosas e mobilização da comunidade local em prol da educação. O ensino de ciências é fundamental para a formação de um cidadão no mundo contemporâneo. No momento em que ganham proeminência ideias obscurantistas e correntes anticientíficas, é essencial destacar a importância decisiva do conhecimento científico para as tomadas de decisão individuais e coletivas, para a gestão pública e para o desenvolvimento social e econômico do País.
O papel do Estado é essencial para a garantia dos direitos sociais dos brasileiros. A vinculação orçamentária de recursos para a educação e saúde foi uma importante conquista da Constituição de 1988, e a desvinculação desse orçamento, como anunciada recentemente, é uma ameaça muito grave e terá consequências catastróficas para a educação, a saúde e a qualidade de vida da imensa maioria dos brasileiros. Conclamamos todos os brasileiros a se unirem em um movimento amplo em defesa da educação pública de qualidade, laica, que respeite a diversidade e assegure direitos e oportunidades iguais para todas as crianças e jovens. O destino do povo brasileiro deve estar acima dos interesses financeiros ou de setores privilegiados da sociedade.
Por outro lado, os drásticos cortes realizados recentemente no orçamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (da ordem de 40%), que já estava em nível muito baixo, colocam o Brasil na contramão da história. Os países desenvolvidos investem de maneira ainda mais acentuada nestas áreas em momentos de crise econômica. Pesquisas demonstram que o investimento em ciência tem repercussão social significativa e retorno econômico grande. É inaceitável que sejam feitos novos cortes em um orçamento já tão reduzido. As consequências afetarão toda a estrutura de pesquisa no País e, ainda, os setores empresariais que buscam promover a inovação. Eles comprometem o funcionamento do sistema nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, construído ao longo de décadas, dificultam a recuperação econômica e certamente irão afetar seriamente a qualidade de vida da população brasileira e a soberania do País.
Recursos para educação e para ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos do presente em um futuro melhor para o País!
A SBPC, ao longo de sua história, juntamente com muitas outras entidades científicas acadêmicas e da sociedade civil, se destacou por sua luta pela educação, pela ciência e pela democracia no Brasil. Atuamos contra as práticas autoritárias de um regime ditatorial, em defesa das liberdades democráticas, pela redemocratização do País e pela construção da Constituição de 1988 que incorporou os direitos da cidadania.
Neste momento crítico da vida nacional, reafirmamos a importância do livre pensar e da democracia em sua plenitude. Não aceitaremos o retorno do cerceamento às liberdades democráticas, da censura, das perseguições políticas, da ausência da liberdade de expressão, que são direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.
Queremos que todos os cidadãos, em especial as crianças e os jovens, tenham garantidos seus direitos educacionais e sociais. Motivos justos para comemorações intensas pelo conjunto dos brasileiros, nos próximos anos e décadas, serão a superação do analfabetismo e da miséria, o avanço significativo na educação, na ciência e na tecnologia, uma melhor qualidade de vida para todos, a redução das desigualdades, a preservação do meio ambiente e de nossas riquezas naturais, que estão em causa neste momento, e o desenvolvimento sustentável do País.
É essencial, neste momento, uma atuação vigorosa e permanente da comunidade científica, acadêmica e educacional como um todo, por meio de suas entidades e instituições de pesquisa. É necessária uma mobilização mais intensa dos pesquisadores, professores e estudantes, das entidades científicas e das instituições de ensino e pesquisa brasileiras, em conjunto com outros setores da sociedade civil, lideranças políticas e parlamentares, para exercerem uma pressão social legítima, que poderá ser determinante para a reversão do atual quadro de retrocessos no apoio à educação e à ciência e tecnologia e de ameaças à democracia no País.
Que o Sol luminoso do Brasil inspire e motive a todos nós na resolução dos problemas do País.
Sobral, 30 de março de 2019

28 abril, 2019

O compositor Peteleco

1
🐶Nos registros da música brasileira há seis sambas em nome de Peteleco. Um deles é "Mãe, Eu Juro" ("Mãe, eu juro / pela luz que me alumia / se eu continuar com ele / não me chamo mais Maria."), de Peteleco em parceria com Marques Filho, que era como Noite Ilustrada assinava suas músicas nos anos 1950. O primeiro (que não figura como verbete do Dicionário Cravo Albin da MPB) era o cãozinho de João Rubinato, o verdadeiro nome do compositor paulista Adoniran Barbosa.
2
De acordo com entrevistas dadas por Noite Ilustrada, ele é o verdadeiro autor da melodia de "Bom Dia, Tristeza", que foi creditada a Adoniran e Vinicius de Moraes. Noite alegava que Adoniran teria pedido que ele fizesse a música e, na hora de registrar, excluiu seu nome. Há quem discorde. Segundo Ayrton Mugnaini Jr., biógrafo de Adoniran, a versão é questionável. "Com todo o respeito, não creio ter sido ele o autor da melodia", explica. Mas o fato é que, logo após a polêmica, Noite convidou o músico para terminar o samba "Mãe, Eu Juro". Adoniran aceitou, mas fez questão de registrar a canção em nome de Peteleco. E os sambistas nunca mais se falaram.
Adoniran, a esposa Matilde e Peteleco
Arquivos
O cão afegão Galadriel Mirkwood. Coautor de um trabalho científico publicado no Journal of Experimental Medicine, em 1978.
O cão que chupa manga e o que come mariola. Com a participação especial de Adoniran Barbosa.

A física secreta das sementes do dente-de-leão

Dentes-de-leão (foto): odiados por jardineiros e amados por crianças.
Um sopro gentil pode enviar estas sementes a quilômetros de distância. Mas como elas mantêm seu voo tem sido um mistério para os cientistas.
Estudando a dinâmica do fluxo de ar em torno dessas sementes (gênero Taraxacum), cientistas da Universidade de Edimburgo descobriram um tipo completamente novo de voo para as sementes do dente-de-leão.
As sementes flutuam no ar suspensas em uma estrutura parecida com um paraquedas, mas ao contrário deste, essa estrutura apresenta lacunas em cerca de 90% do seu espaço, o que permite o ar fluir para cima através das cerdas, formando um vórtice.
O ar dentro do vórtice, ao girar continuamente, gera uma bolha de baixa pressão, e esta bolha suga a semente do dente-de-leão para cima.



Talvez um dia, tecnologias sejam desenvolvidas para que coisas voem tão eficientemente como as sementes do dente-de-leão.

27 abril, 2019

Live-action de "A Dama e o Vagabundo"

⚡️A primeira imagem divulgada do novo filme de "Lady and the Tramp" (A Dama e o Vagabundo).

https://twitter.com/i/moments/1116508889720262657 …

Os dois protagonizaram uma das cenas de beijo mais famosas do cinema.
Vagabundo:
"O espaguete foi bom pra você também?"
http://blogdopg.blogspot.com/2010/05/o-beijo-no-cinema.html

Vai ter na live-action também?

O Economista

por Fernando Gurgel Filho
O País está assim por culpa de quem ousou implantar políticas públicas de inclusão e justiça social nas barbas do obscurantismo nacional reinante. Isso não se faz impunemente. Ainda mais considerando que a nossa douta classe média, com diploma universitário, Mestrado ou Doutorado, é analfabeta funcional. Não sabe distinguir políticas públicas e justiça social de ideologias que também não sabem sequer o que sejam, misturando tudo como lunáticos dentro de um hospício. Ou, melhor ainda, como "O Alienista", do genial Machado de Assis.
Apenas um pequeno exemplo:
Domingo passado, estava em um aniversário e fui apresentado a um amigo do dono da casa. Este apresentou-se como Economista de uma determinada instituição estatal. Papo vai, papo vem, ele começou a elogiar a condução da economia do que passou a chamar de "governo atual". Ingênuo, perguntei: "Que condução? O País está sem rumo!". O nosso Economista começou a justificar, a gesticular e a babar. Saí de perto e fui tomar minha cervejinha junto aos meus amigos que estavam presentes na festa. Mais divertido e mais saudável.
Mas, minha sina é ser escolhido para discutir - diga-se de passagem, ouvir, pois essa "tchurma" só quer "discutir" - com pessoas que veem apenas um lado da discussão, o delas. Então, de vez em quando, lá vinha o tal Economista a me encher a paciência. Em uma dessas investidas, tive a oportunidade de elogiar alguns países, como a Dinamarca e o Canadá, tentando mostrar ao Economista como esses países tinham uma qualidade de vida excelente. E ele concordou com tudo. Porém, plunct, plact, zum... Quando falei da quase igualdade de renda nesses países, quase apanhei. E não é força de expressão, não. O nosso Economista, de dedo espetado em meu espantado focinho, babando e com cara de boneco assassino, quase gritou: "Isso é mentira! Esses países nunca foram COMUNISTAS!". Pausa pequena... E o dedinho quase no meu nariz: "Entendeu? Nunnnnca foram COMUNISTAS!".
Não, não entendi. Nem falei de comunismo! Falei apenas em sociedades mais justas e socialmente muito melhores e mais seguras que a nossa.
O fato é que nem tentei explicar-lhe o que seria aquilo que ele chama - grita - de COMUNISMO. Dei-lhe um tapinha amistoso - como se faz com um cachorrinho, acalmando-o -, dando a entender que não queria mais conversa. Ainda bem que, daí em diante, o tal Economista foi parar bem longe de mim.
Concluindo:
Se uma pessoa que se diz Economista é totalmente analfabeta em matéria de economia, imagina o resto da população que, mesmo com Mestrado/Doutorado, sofre de analfabetismo funcional em tudo que diz respeito ao País.

Há um Coringa na multidão

Joker, por Craig Alan
Heath Ledger, interpretando o personagem Coringa, em "O Cavaleiro das Trevas"

"Sorria, porque confunde as pessoas. Sorria, porque é mais fácil do que explicar o que o está matando por dentro."

"Como você sabe, a loucura é como a gravidade... Basta um pequeno empurrão."

"Ninguém entra em pânico quando as coisas acontecem de acordo com o planejado. Mesmo que o plano seja horripilante!"

"Se você é bom em alguma coisa, nunca faça isso de graça."

"Eu realmente pareço um cara com um plano? Você sabe o que eu sou? Eu sou um cachorro perseguindo carros. Eu não saberia o que fazer com um se eu pegasse! Você sabe, eu apenas... faço coisas."

"O que não mata simplesmente deixa você mais estranho!"

"Veja, eu não sou um monstro, estou apenas à frente da curva."

"Diga a seus homens que eles agora  trabalham para mim. Esta é a minha cidade!"

"A única maneira sensata de viver neste mundo é sem regras."

"Introduzir um pouco de anarquia. Perturbar a ordem estabelecida, e tudo se torna caos. Sou um agente do caos..."

"Eles riem de mim porque sou diferente. Então, eu rio porque eles são todos iguais."

[https://www.goodreads.com/author/quotes/7013773.The_Joker_Heath_Ledger]

Heath Ledger morreu em 22 de janeiro de 2008 de uma intoxicação acidental com medicamentos prescritos. Alguns meses antes de sua morte, ele havia terminado de filmar como Coringa, em "O Cavaleiro das Trevas". Sua morte ocorreu durante a edição deste filme e no meio da filmagem como Tony, seu último papel, em "The Imaginarium of Doctor Parnassus". Sua morte prematura lançou uma sombra sobre o sucesso de público com a produção de US $ 185 milhões do Batman. Ledger recebeu várias premiações póstumas por sua atuação cinematográfica,  inclusive o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

26 abril, 2019

O parvo e a Revolução dos Cravos

O Conde Lucanor - 4

O Conde é uma obra narrativa da literatura espanhola medieval, escrita entre 1330 e 1335 por Don Juan Manuel, príncipe de Villena e neto do rei Fernando III de Castela. O seu título castelhano completo é "Libro de los ejemplos del conde Lucanor y de Patronio".
O livro consiste de cinco partes, a mais conhecido das quais é uma série de 51 exempla (plural de exemplum) ou histórias moralizantes tiradas de várias fontes, como Esopo e outros contos clássicos e tradicionais.
A finalidade didático-moral é a marca do livro. O conde, começa a conversa dando ciência a seu conselheiro Patrônio de um problema ("Um homem me fez uma proposta ...") e solicitando um parecer para resolvê-lo. Patrônio sempre responde com grande humildade, garantindo não ser necessário dar conselhos a uma pessoa tão ilustre como o conde, mas oferecendo-se para contar uma história da qual se pode tirar uma lição para resolver o problema.
Cada capítulo termina mais ou menos da mesma maneira, com pequenas variações, com um dístico que condensa a moral da história.
Conto IV - O que, ao morrer, disse um genovês à sua alma
Don Juan Manuel
Tradução PGCS
Um dia, o Conde Lucanor falava com seu conselheiro Patrônio e disse-lhe o seguinte:
— Patrônio, graças a Deus, eu tenho minhas terras bem cultivadas e pacificadas, assim como de tudo que preciso de acordo com meu estado e, por sorte, talvez mais, de acordo com meus colegas e vizinhos, alguns dos quais me aconselham a começar um negócio de certo risco. Mas, embora eu sinta grande desejo de fazê-lo, por causa da confiança que tenho em você, eu não queria começá-lo até me aconselhar com você sobre o que fazer nesse assunto.
— Senhor Conde Lucanor, disse Patrônio, para você fazer o que for mais conveniente, eu gostaria muito de lhe contar o que aconteceu com um genovês.
O conde pediu que ele fizesse isso.
Patrônio começou:
— Senhor Conde Lucanor, havia um genovês muito rico e muito afortunado, na opinião de seus vizinhos. Este genovês ficou seriamente doente e, percebendo que estava morrendo, reuniu parentes e amigos e, quando chegaram, mandou chamar sua esposa e filhos; Ele se sentou em uma sala muito bonita de onde o mar e a costa podiam ser vistos. Ele trouxe as suas joias e riquezas e, quando as teve perto, começou a gracejar com sua alma:
"Alma, bem vejo que você quer deixar-me e não sei porquê, pois se busca minha esposa e filhos, aqui os tem tão maravilhosos que pode se sentir satisfeita; se busca parentes e amigos, aqui também os tem, muitos e muito distintos; se busca prata, ouro, pedras preciosas, joias, tapeçarias, mercadorias para o tráfego, aqui você os tem em tal quantidade que nunca cobiçará mais; se busca navios e galés que produzem riqueza e aumentam sua honra, lá estão eles, no porto visto desta sala; se busca terras férteis e jardins, que também são frescos e agradáveis, eles estão sob essas janelas; se você quer cavalos e mulas e aves e cães para a caça e para o seu divertimento, e até mesmo menestréis para acompanhá-lo e distraí-lo; se busca uma casa suntuosa, bem equipada com camas e estrados e quantas coisas sejam necessárias, você não vai perder nada. E desde que você não está satisfeita com tantos bens nem deseja apreciá-los, é evidente que você não os quer. Se, então, prefere ir em busca do desconhecido, vá com a ira de Deus, que será muito néscio quem se aflija pelo mal que lhe suceder."
— E você, Sr. Conde Lucanor, graças a Deus está em paz, com bem e com honra, eu acho que não será sábio arriscar o que agora possui para começar o negócio que foi aconselhado, porque talvez esses conselheiros lhe digam isso porque eles sabem que, uma vez que se envolva nesse assunto, ao fazer o que eles querem seguindo a vontade deles, enquanto que agora que você está em paz, eles que seguem a sua vontade. E talvez pensem que assim conseguirão prosperar, o que não conseguiriam enquanto você vive em paz, como o que sucedeu ao genovês com sua alma. É por isso que eu prefiro aconselhá-lo que, enquanto você pode viver com paz e sossego, sem perder nada, não se junte a uma empresa onde você tem que arriscar tudo.
O Conde ficou muito satisfeito com este conselho dado por Patrônio, agiu de acordo com ele e obteve resultados muito bons.
E quando Dom Juan ouviu esta história, considerou-a boa, mas não quis fazer versos novamente, porém terminou com este dito que foi difundido entre as mulheres idosas de Castela:
Quem estiver bem sentado, não se levante.

www.cervantesvirtual.com

25 abril, 2019

Uma paródia pode superar a obra inspiradora?

Garota - com um brinco de pérola, de Johannes Vermeer

Marge - com um colar de pérolas

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Da esquerda para a direita: Mona Lisa (Louvre, Paris), Vincent (Van Gogh Museum, Amsterdam) e Garota com um brinco de pérola (Mauritshuis, Haia). Hayati registrou a cena.

Museu da Resistência e Liberdade

Portugal celebra hoje os 45 anos da Revolução dos Cravos, que marcou o fim de um período de ditadura de 41 anos. Em meio às comemorações preparadas para esta quinta-feira está a inauguração do Museu da Resistência e Liberdade, o primeiro no país que tratará da preservação da memória antifascista.
O novo espaço está localizado na península de Peniche, que fica a cerca de 100 quilômetros da capital Lisboa.
Não poderia ser mais emblemático o local escolhido: a Fortaleza de Peniche, de 1557, que se transformou em uma prisão do Estado Novo do país. A ideia durante a ditadura era manter os presos em total isolamento e ali foi o coração da censura militar à liberdade de expressão, principalmente aos veículos de comunicação.
Fazendo parte do museu parcialmente inaugurado, foi construído localmente um memorial relacionando os nomes de 2.510 presos políticos (40 deles ainda estão vivos) que passaram pela fortaleza nessas quatro décadas de ditadura.

24 abril, 2019

O Homem Sobretudo

Ele é um marchand de sucesso e sua própria galeria
Nas vernissages em Moscou e São Petersburgo é comum encontrar este homem (foto) que usa um sobretudo até mesmo no verão. Como um exibicionista pronto para se expor, ele abre bem o casaco para revelar... arte. O forro de seu sobretudo está sempre coberto de pequenas pinturas ou desenhos, assim como as paredes de um museu. Esta é a itinerante Galeria Sobretudo, que já existe há mais de 20 anos.
A galeria consiste em apenas um homem, o artista fanfarrão Aleksandr Petrelli. Natural de Odessa, na Ucrânia, Petrelli se mudou para Moscou nos anos 1990. Por volta dessa época, as pessoas começaram a chamá-lo pelo apelido "Karman" (Bolso), que pegou desde então como uma espécie de segundo nome. Ele dá as cartas com seu casaco nos principais museus, incluindo o Museu Estatal Púchkin de Belas Artes e a Galeria Tretyakov, bem como aberturas de exposições em galerias.
Esta galeria itinerante, que começou como uma performance irônica, é um dos espaços de exposição mais duradouros do mercado de arte contemporânea na Rússia. Apenas um punhado de galerias em Moscou sobreviveu de meados da década de 1990 até os dias atuais, e a Sobretudo é uma delas. Com mais de 500 exposições em 23 anos e mais de 130 artistas que criaram trabalhos especialmente para esse meio – entre eles, clássicos como Viktor Pivovarov, Vadim Zakharov, Andrei Filippov e Zurab Tsereteli – isso representa, sem dúvida, um recorde absoluto.

A banda de um homem só

Olha a faca de mesa!

São tradicionalmente considerados talheres as colheres, os garfos e as facas. Os pauzinhos orientais (em japonês, hashi) também podem ser considerados talheres. (*)
Na composição de um cenário de mesa, um dos itens indispensáveis é a faca de mesa. Sua característica distintiva dos outros tipos de faca é a ponta romba ou arredondada. A origem deste tipo de ponta e, portanto, da própria faca de mesa é atribuída ao cardeal Richelieu, por volta de 1637, na França.
Supostamente, para livrar os convidados do feio hábito de limpar os dentes com a ponta das facas à mesa do jantar.

(*) O spork, este utensílio híbrido, ainda espera a vez.
(colher) spoon ► spork ◄ fork (garfo)

23 abril, 2019

O primeiro vídeo no YouTube

Hoje em dia, na era da alta tecnologia, parece que muitas coisas a nosso redor sempre existiram. Mas até mesmo os objetos mais familiares do planeta têm sua própria história e seus primeiros exemplares. Por exemplo, a primeira chaleira, a primeira pintura ou o primeiro tênis.
E qual foi a primeira propaganda na televisão? O primeiro filme do mundo? O primeiro vírus de computador?
https://youtu.be/eisHFzNPheQ
E qual foi o primeiro vídeo publicado no YouTube?
Resposta:"Me at the zoo" (Eu, no zoo), um vídeo de 18 segundos em que Jawed Karim (um dos fundadores do YouTube) aparece pouco à vontade num zoológico e que foi publicado em 23 de abril de 2005. Portanto, há exatos 14 anos.


Dia Mundial do Livro, 2019

📚23 de abril
"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive." — Padre Vieira
"Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores."
"Ler é sonhar pela mão de outrem." — Fernando Pessoa
[A Arte de Ler] "O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria." — Mario Quintana

 

"O livro digital é o auge da eficiência, mas livro de papel é o auge da experiência." — Rodney Eloy
"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca." — Jorge Luis Borges
"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." — Bill Gates
"The book is the best heritage a nation can offer his people!"

22 abril, 2019

A casa de Kim Kardashian

Após a celebridade norte-americana compartilhar detalhes de sua casa minimalista, muitos brasileiros se acharam no direito de sugerir como "abrasileirar" o lugar.
Vem ver:
Já ia meter um caminho de mesa feito de fuxico colorido.
Ai eu com um balcão desses para espalhar meus cremes Nivea tudooo!!!
Cadê o calendário com os dias da entrega do botijão de gás?
A mão de botar um pano de prato do Smilinguido até treme.
Deixa Kim conhecer minha mãe. Em três horas, essa casa ia ficar cheia de vida como a de Dona Nenê, da Grande Família.
Cadê o escorredor de louça inox em cima da pia?
Está faltando uma galinha de arame para guardar os ovos. PGCS
https://twitter.com/i/moments/1118880806448062465


Para não deixar ninguém na ignorância, Kim Kardashian também resolveu o mistério da pia sem cuba.
– Há uma fenda para a água, estúpido!

Aion e Gaia

Parte central de um mosaico de uma villa romana em Sentinum (agora conhecido como Sassoferrato, em Marche, Itália)

Aion, o deus grego da eternidade, está de pé dentro de uma esfera celestial decorada com os signos do zodíaco, entre uma árvore verde e uma árvore nua (verão e inverno, respectivamente). Sentada, em frente a ele, está a deusa Gaia, a Mãe-Terra, aqui representada com seus quatro filhos, as quatro estações personificadas.
O tempo representado por Aion é ilimitado, em contraste com o tempo empírico de Cronos, dividido em passado, presente e futuro.
* Wiki

Feliz Dia da Terra 2019!
O doodle anual do Dia da Terra deste ano nos leva ao redor do planeta que chamamos de lar, dando destaque alguns dos organismos inspiradores que o habitam.

https://www.google.com/doodles/earth-day-2019

21 abril, 2019

Como é bom poder FOCAR um instrumento!

O artista multimídia Adrian Borda, nascido na Romênia, fotografou seu violão por dentro.


O que esta imagem faz lembrar? Um sótão (com a luz natural a entrar pela claraboia).

Olê, Olá ~ Chico Buarque
Não chore ainda não
Que eu tenho um violão
E nós vamos cantar.
Felicidade aqui, pode passar e ouvir
E se ela for de samba há de querer ficar.

A voz do violão ~ Francisco Alves
Porém neste abandono interminável
No espinho de tão negra solidão
Eu tenho um companheiro inseparável
Na voz do meu plangente violão.

Tudo se transformou ~ Paulinho da Viola
Violão, até um dia
Quando houver mais alegria
Eu procuro por você
Cansei de derramar
Inutilmente em tuas cordas
As desilusões deste meu viver.

Em "Linha do Tempo":
COMIGO SIM, VIOLÃO
- Resposta de Nelson: LOUCO DE DAR DÓ
UM VIOLÃO NO SERTÃO CENTRAL

Googlinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

Pesquisa:
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Resultado:
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┫ CHOCOLATE
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20 abril, 2019

Eu quero mocotó!


Em novembro de 1970, a maior parte da redação de "O Pasquim" foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação pela subsequente perda do interesse de seus leitores.
Mas, durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada — até fevereiro de 1971 — "O Pasquim" foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e outros intelectuais.
As prisões continuariam nos anos seguintes. E o hebdomadário havia sido, acrescente-se aqui, alvo de dois atentados a bomba, uma em março de 1970, a outra em maio. Na década de 1980, as bancas que vendiam jornais alternativos como "O Pasquim", "Opinião" e "Movimento" passaram também a ser alvos de atentados a bomba.
Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim. [WIKI]
Abaixo, a história da canção de Jorge Ben que, por ter o refrão mencionado no balão de fala de Dom Pedro, causou a prisão da maior parte da redação de "O Pasquim". "Uma coisa é certa: lá dentro deve estar muito mais engraçado do que aqui fora”, que foi como alguém comentou numa edição remanescente do semanário.


A bicicleta circular

Em 2007, Robert Wechsler criou esta bicicleta.


Vantagem: ninguém cai dela. Desvantagem: não vai a lugar nenhum.


Bicicletas altas, vamos vê-las!


O que aconteceu a Milton P. Hirshnickel, 24, na bicicleta que ele mesmo construiu.

19 abril, 2019

Rumo ao Googol

Depois de ultrapassar UM MILHÃO E MEIO DE ACESSOS, a nova meta do blog EM é alcançar o Googol (leia-se Gúgol).
Em 1938, o matemático Edward Kasner, da Universidade da Columbia, pediu a seu sobrinho Milton Sirotta, então com oito anos, que inventasse um nome para dar a um número muito grande, mais precisamente à centésima potência do número 10, isto é, a unidade seguida de 100 zeros. Um número muito grande mas, não infinito.
Vejam a grandeza deste número:


10000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000.Cem zeros

E estamos sendo modestos em não recolocar essa meta no Infinito. O Googol está quase tão longe do Infinito quanto o 1.
(haha à centésima potência)

Bacalhau c/ espinha

Estou aproveitando a Semana Santa para atualizar meus conhecimentos.
Aprendi, por exemplo, que o bacalhau não é uma espécie de peixe, e sim peixes de várias espécies que pertencem a vários gêneros e famílias. O dito "original" ou "verdadeiro" é o Gadus morhua, que habita as águas frias do Oceano Atlântico. Mas só na família Gadidae há cerca de 60 espécies.
Na verdade, todo peixe que passa por um processo de salga para ser conservado por muito tempo para o consumo humano é considerado um bacalhau. Como o pirarucu (Arapaima gigas), o bacalhau da Amazônia.
Minha vida foi uma mentira.

Bônus - Espinha de bacalhau
1 - Orquestra Tabajara [https://youtu.be/7lbSmThcQ9E]
2 - Fabiano Chagas (guitarra) [https://youtu.be/dPv1dgmdjdg] c/ improviso
3 - Sandrinho Higino (guitarra) [https://youtu.be/Q2F8YkwPU_A], ostensivamente em frevo
4 - Zé do Norte (sanfona) c/ Regional Rádio FM Universitária em Fortaleza [https://youtu.be/baSDCycEt9Q]
5 - Ney e Gal [https://youtu.be/QfLLeDJSnSo] c/ letra de Fausto Nilo
O choro clássico do maestro Severino Araújo, tocado por ele à frente de sua Orquestra Tabajara. Foi lançado em disco de 78 rpm pela Continental, em maio de 1945. O cearense Fausto Nilo, muito tempo depois, escreveria a letra de Espinha de Bacalhau (que nada ficou a dever à qualidade da música). E essa versão - com letra - foi gravada pela primeira vez, em 1981, por Ney Matogrosso e Gal Costa, em dueto.

Saxofone, ô Satanás, me intoxica com teu gás
O lado bom do coração que nos separa dos metais.
Se a vida é cara, gigolô, só meu amor conhece a cor
Das harmonias da Orquestra Tabajara...

O roedor gigante que tem gosto de peixe e outras obscuras delícias da Quaresma

18 abril, 2019

Fome, manga e o caroço da memória

Lúcio Verçoza (*)
Nem só de manga vivem os homens e mulheres, eles também se alimentam de memória. As narrativas da história oral se misturam com o presente. Há várias décadas, em uma época na qual o centro de Maceió era margeado por sítios, uma criança atravessou a Rua Barão de Atalaia e pulou a cerca em direção às inúmeras mangueiras, cajueiros e plantações de coco. Quando estava em cima do galho do cajueiro, o menino foi surpreendido pelo estampido. Não conseguiu correr, dizem que já caiu morto. O tiro partiu da espingarda do proprietário da terra. Após a autópsia, descobriram que no estômago do garoto só havia um pouco de caju, recém-chupado.
O tempo passou, no terreno encontra-se atualmente o campus do Instituto Federal de Alagoas (antiga Escola Técnica). Na hora do recreio, vários jovens caminham pelo pátio, alguns deitam sob a sombra, talvez na mesma posição em que caiu o corpo sem vida. Ninguém sabe o nome do menino assassinado por tentar saciar a fome. Durante certo tempo, a área ficou conhecida como “Sítio do Doutor Caju”. Hoje poucos conhecem essa história. Sem a força da história oral, talvez esse fato não tivesse chegado até o presente. É como o caroço de manga, uma semente que sobrevive porque não pode ser engolida ou digerida. Uma história que foi contada de uma geração para outra com o sentido de não ser esquecida.
Retornando ao presente, a atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a agricultura não é assunto de segurança nacional no Brasil porque “nós não passamos muita fome, porque nós temos manga nas nossas cidades, nós temos um clima tropical”. Como se nossas cidades fossem um imenso pomar sem cercas, muros e concreto armado. Como se fosse possível plantar sem ter acesso à terra. Como se fosse simples comer frutas na cidade sem a mediação do dinheiro. Como se qualquer quantidade de viventes com fome pudesse ser considerada pouca.
Em pesquisa rápida na internet é fácil encontrar notícias sobre mortes de jovens que buscavam frutas. Não se trata de matérias antigas, a maioria do século 21. Uma das que mais chama a atenção, de dezembro de 2016, tem o seguinte título: “Garoto é baleado e morre ao subir em muro para pegar manga”². O menino tinha 13 anos de idade e vivia no sul da Bahia.
Não é que um punhado de manga ou de caju tenha mais valor do que a vida de uma criança, mas, da perspectiva de quem efetuou o disparo, se trata do direito sagrado de defender a sua propriedade privada – e esse direito sagrado estaria acima de tudo e de todos. Com a posse de armas facilitada, é provável que a coleta de manga se torne algo ainda mais perigoso.
Mas nem só de manga e memória vivem os homens e mulheres, também se alimentam de futurar. De sonhar com mangueiras que não saciem somente o estômago. Com uma sombra que não caiba apenas quem está dentro do terreno rodeado de cerca elétrica. Um mundo em que se possa andar com seus amigos, sem ser discriminado. De atravessar o tempo mais adverso carregando o futuro germinado na semente da memória.

(*) Lúcio Verçoza é Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos e autor do livro “Os homens-cangurus dos canaviais alagoanos: um estudo sobre trabalho e saúde” (Edufal-Fapesp, 2018). Este artigo foi originalmente publicado no Jornal GGN - 16/04/2019

Cenouras, álcool e visão

Cenouras podem melhorar sua visão. O álcool fará isso em dobro.

"Mãe, eles querem me comer."

Slideshow CENOURAS HUMANOIDES

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Que é um bêbado?


Uma história do mundo em 6 copos

CERVEJA, VINHO, BEBIDAS ESPIRITUOSAS, CAFÉ, CHÁ E COCA-COLA
  • Os escravos egípcios eram pagos em cerveja (e hidromel?).
  • O comércio de vinho espalhou a cultura grega (e depois romana) em todo o mundo conhecido.
  • Bebidas destiladas dirigiram a Era dos Descobrimentos, incluindo o tráfico de escravos para o Novo Mundo.
  • O café alimentou a Era da Razão e o pensamento revolucionário.
  • O comércio de chá moldou a política britânica no auge de sua influência.
  • Coca Cola é indiscutivelmente o grande símbolo da Era da Globalização.
Para entender a história do mundo, não é necessário entender o papel das bebidas, mas certamente ajuda. Uma história do mundo em 6 copos pelo historiador Tom Standage conta a história da humanidade desde a idade da pedra até o século XXI através da lente da cerveja, vinho, bebidas alcoólicas, café, chá e cola.
História do Mundo em 6 Copos (audiobook)
O livro orienta o leitor através do desenvolvimento dessas seis bebidas e mostra como cada uma delas desempenhou um papel importante em seu período. Frequentemente, Standage ressalta que essas bebidas (com exceção da cola) eram populares porque ajudavam a prevenir doenças, geralmente devido às suas propriedades antibacterianas, ou porque a água era fervida durante a preparação. Mas, como prova a cola, é evidente que os efeitos das bebidas sobre as funções mentais tinham tanto a ver com sua propagação quanto seus efeitos sobre a saúde.
Às vezes, os laços históricos do autor parecem tênues, colocados no lugar simplesmente para preencher o espaço. Isso ficou especialmente evidente durante as conversas sobre o café, em que grande parte delas se concentrou em torno dos eventos históricos que ocorreram em relação ao local de atendimento do que seus efeitos reais sobre a história.
Isso contrasta com as histórias das bebidas alcoólicas que, na verdade, fazem uma diferença histórica tangível: a cerveja mantinha os humanos alimentados nas primeiras cidades; o comércio do vinho espalhou o pensamento grego por todo o mundo conhecido; os destilados permitiram que as viagens de longo prazo se tornassem eventos comuns. Isso não quer dizer que outras partes da obra sejam enfadonhas, como a história da Companhia Britânica das Índias Orientais e suas operações de chá em todo o mundo, que é maravilhosa, assim como a história dos refrigerantes e da associação da Coca Cola com a cultura americana durante o "American Century".
http://gnorb.net/2137/beer-wine-spirits-coffee-tea-and-coca-cola-a-history-of-the-world-in-6-glasses

A construção das pirâmides do Antigo Egito

17 abril, 2019

A dialética de lavar a louça - 2

Lavar a louça: tortura para alguns, terapia para outros
Para o @LwithP, essa é a melhor das tarefas domésticas, principalmente quando acompanhada por uma musiquinha. Mas tem gente que trocaria essa obrigação por lavar um banheiro.


Na síntese de A dialética de lavar a louça - 1 (17/04/2016, blog EM), eu escrevi:
Al Bernstein dizia que o problema de morar sozinho é que é sempre a sua vez de lavar a louça. Morar sozinho não é o meu caso, ir para a pia da cozinha, sim. Em meu lar, desde que a empregada doméstica foi declarada extinta, lavar a louça passou a ser uma atribuição minha. Que faço com a atenção plena, concentrando-me em todos os detalhes da tarefa. Nem sequer tinha a noção (que hoje tenho) de que isso traria benefícios para a minha saúde psíquica. Ao lavar a louça da minha sinhá, ajudando a afastar os pensamentos cinzentos da minha mente, estou sempre a cantarolar esta música que foi tema da novela Escrava Isaura:



É que essa música, além de me deixar muito zen, também irrita o meu grupo-controle (leia-se: a minha mulher). Paulo Gurgel

O banco de Camden

Segundo o site Futility Closet, o bairro londrino de Camden desaprovou de uma forma consagradora este banco de concreto. Ele foi projetado em 2012 pelos designers da Factory Furniture para impedir o sono, o skate, o tráfico de drogas, o graffiti e o roubo.
Sua superfície desencoraja qualquer atividade (exceto sentar-se), repele a tinta, não contém fendas ou esconderijos, e ele pesa duas toneladas.
O resultado foi chamado de uma "obra-prima do design desagradável", um "anti-objeto perfeito", definido "muito mais pelo que não é do que pelo que é", um "exemplo de arquitetura hostil"  e, como se isso tudo não bastasse, "opressiva para os sem-tetos".


Se desencoraja os skatistas é discutível.

16 abril, 2019

A segunda imagem de um buraco negro

Eles finalmente conseguiram a primeira imagem de um buraco negro no espaço. O engraçado é que eu também tenho um buraco negro — em minha carteira, especialmente no fim do mês.

Conversa sobre a Catedral

Última linha, última gota
Victor Hugo escreveu o "Notre-Dame de Paris" sob enorme pressão financeira, deixando a sua mesa apenas para comer ou dormir.
Finalmente, sua filha Adèle escreveu:
"Em 14 de janeiro, o romance terminou. E o frasco de tinta que Victor Hugo comprou ao iniciar a obra terminou junto; ele chegou, no mesmo momento, à última linha e à última gota."
Paris: na carreira
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), e situa-se na pequena Île de la Cité (Ilha da Cidade), rodeada pelas águas do Rio Sena. Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance "Notre-Dame de Paris" (O Corcunda de Notre-Dame). Situando os acontecimentos na Catedral, durante a Idade Média, a história fala de Quasímodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. Esta ilustração romântica do monumento abriu portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitetura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.

"É que o amor é como árvore. Rebenta por si próprio, penetra profundamente em todo o nosso ser e continua muitas vezes, a verdejar sobre um coração em ruínas." ~ Victor Hugo

15 abril, 2019

Jesus disse


Meus seguidores

A Batalha do Gelo

O início do século 13 foi um momento muito difícil para os russos, já que muitas nações continuaram a atacá-los, uma após a outra. Depois de se defenderem dos ataques tanto dos mongóis, quanto dos suecos, as tropas russas foram desesperadamente destruídas em 1242, exatamente quando as cruzadas cristãs decidiram aparecer à sua porta.
Os participantes das cruzadas alegavam que o cristianismo ortodoxo oriental dos russos era herético, e por isso enviaram alguns de seus cavaleiros mais fortes do ramo livônico da Ordem Teutônica, que estavam entre os cavaleiros mais preparados e com as armaduras mais pesadas do planeta na época.
A única oposição que a cruzada encontrou foi a turba da República de Novgorod, um dos últimos principados russos remanescentes que sobreviveram às invasões anteriores. O exército russo consistia apenas de alguns milicianos locais mal armados, dois príncipes e um punhado de guardas.
A "Batalha do Gelo" aconteceu em 5 de abril de 1242, nos campos congelados entre as partes sul e norte do Lago Peipus. O gelo não era plano, mas sim pontiagudo e irregular. Ao ver isso, a cruzada não foi dissuadida e decidiu atacá-lo de qualquer maneira, apesar de sua armadura ridiculamente pesada.
A cruzada acabou entrando em um combate corpo a corpo por horas a fio, enquanto eles estavam sobre esta superfície escorregadia contra os milicianos locais, que estavam em segurança em uma "cabeça de praia" até que os invasores finalmente decidiram desistir. No entanto, este não foi o fim de suas desgraças, já que durante a retirada o gelo supostamente desmoronou embaixo deles, fazendo com que muitos deles se afogassem ou congelassem até a morte.

Ir até: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=12748

14 abril, 2019

Finalmente, um conselho

(de uma carta aberta do influenciador analógico Jô Soares ao Ilmo. Sr. Presidente da República)

Não se deixe influenciar por certas palavras. Seguem alguns exemplos:
1. Quando chegar a um prédio e o levarem para o elevador social, entre sem receio. Isso não fará do senhor um trotskista fanático.
2. A expressão "¡No pasarán!", utilizada por Dolores Ibárruri Gómez, conhecida como "La Pasionaria", não era uma convocação feminista para que as mulheres deixassem de passar as roupas dos seus maridos.
3. "Social climber" não se refere a uma alpinista de esquerda.
4. Rosa Luxemburgo não era assim chamada porque só vendia rosas vermelhas.
5. Picasso não usou o partido para divulgar seus gigantescos atributos físicos.
6. Quanto à palavra "social", ela consta até do seu partido.

Formas Artísticas da Natureza

Ciência e arte - uma lacuna, alguns podem dizer um abismo, sempre existiu entre elas. Então, ocasionalmente, apenas de vez em quando, surge alguém que tenta (e consegue) suprimir essa lacuna. Assim foi com o alemão Ernst Haeckel quando, em 1899, ele começou a publicar sua obra "Art Forms of Nature"("Kunstformen der Natur", em seu alemão nativo).
Contemporâneo de Darwin, Haeckel mudaria, através de suas impressões litográficas, o modo como muitos consideravam a relação entre arte e ciência.



Ernst Haeckel (1834 — 1919)
Foi médico, naturalista e um artista versado em ilustração que se tornaria professor em anatomia comparada.  Descreveu e nomeou muitas espécies, mapeou uma árvore genealógica que relacionou as diferentes formas de vida e ajudou a popularizar o trabalho de Charles Darwin. Propôs alguns termos frequentemente utilizados em ciência como filo, ecologia, antropogenia e filogenia, e ampliou as ideias de seu mentor, Johannes Müller, argumentando que os estágios embrionários em um animal recapitulam a história de sua evolução, isto é, que a ontogenia seria uma recapitulação da filogenia.

13 abril, 2019

O esquilo budista


O esquilo pidão

Onde é Fortaleza?

Um site (us.geotargit.com) estranhamente fascinante com um único serviço:
WHERE IS... (ONDE É...)
Bisbilhotando-o, ficamos sabendo que existem no mundo 27 lugares designados como Fortaleza:

- 16 no Brasil
- 5 no Peru
- 3 na Bolívia
- 2 em Angola
- 1 nas Filipinas

Ir para: 3.7327° S, 38.5270° W. É pleno abril, e a cidade faz hoje 293 anos.

Show histórico

12 abril, 2019

A hora triste


Placa de caixão rara, de 1900, usada para indicar a hora da morte.
Este raro e antigo exemplo de placa de caixão mortuário incluía um relógio que podia ser configurado para exibir a hora exata da passagem do falecido.
Os vitorianos eram notoriamente supersticiosos, e esse tipo de placa provavelmente se originou da tradição de parar relógios na hora da morte, a fim de que uma nova existência tivesse início. Se o relógio não fosse parado, o espírito do falecido continuaria a assombrar os vivos. Além disso, a má sorte recairia sobre todos os que permaneciam na casa.

O ponto de "ironia"

Sabiam que em grego clássico não existia o sinal de exclamação?
Grego para mim é grego!
Salvo melhor informação, foi por influência da língua grega que, pouco a pouco, os sinais de pontuação foram sendo introduzidos nas línguas europeias.
Isto não quer dizer que a obra se tenha completado. Já que os idiomas ocidentais continuavam carentes de certos sinais de pontuação que representassem algumas emoções ou dessem novos sentidos às frases.
Luís Fernando Veríssimo, por exemplo, sempre se queixou da falta do ponto de "ironia". E o "kkkkk", como a ele sugeriu Nelson Motta, não pode ser considerado algo similar.
Na verdade, o tal ponto de "ironia" já foi inventado. Por Alcanter de Brahm, no século XIX:
Alcanter de Brahm, pseudônimo de Marcel Bernhardt, foi um poeta francês.
Tempos depois, Hervé Bazin,em seu ensaio de 1966 "Plumons l'Oiseau", propôs uma ortografia quase fonêmica para a língua francesa. Com seis novos sinais de pontuação:

Na sequência:
– ponto de "amor"
– ponto de "certeza"
– ponto de "autoridade"
– ponto de "ironia" (2.º)
– ponto de "aclamação"
– ponto de "dúvida".

Acho que LFV estava ironizando. Pois usá-lo é como explicar uma anedota depois de contá-la.

Arquivo:
Sinais de pontuação pouco usuais
O papel do ponto final nas mensagens
Símbolos gráficos perdidos

11 abril, 2019

A origem do termo "etc."

O termo é a abreviatura da expressão latina et cetera, que significa "e as demais coisas". Por ser uma abreviatura, deve ser sempre escrito com o ponto no final. O vocábulo é normalmente usado no fim de uma série de enumerações, no lugar dos demais elementos que caberiam naquela lista. Aparece em construções da linguagem cotidiana, como no exemplo: "Comprou lápis, borracha, caneta etc.". Nesse caso, o etc. indica o restante do material escolar.
A considerar o seu sentido original, etimológico, não deve ser empregado para fazer menção a pessoas. Por isso, em referências bibliográficas, quando um livro tem mais de um autor, usa-se, a expressão et alii (ou a abreviação et al.). Essa expressão também é latina, mas significa "e outros", sendo, portanto, a mais indicada quando se trata de pessoas. (*)
Outra questão interessante - e polêmica - a respeito do termo é a necessidade de utilizar vírgula antes de introduzi-lo numa frase. Como se trata de uma abreviatura de et cetera e o "et" latino equivale à nossa conjunção "e" a vírgula não é necessária. A discussão, no entanto, ainda divide os teóricos e há quem defenda seu uso, geralmente tendo como base a frequência com que esse tipo de construção aparece na escrita.
- Rita Trevisan (c/ modificação)

(*)  Como no exemplo: G-Dragon, Goku, Naruto et al.

Quando eu uso etc. | Por que eu uso etc. | + etc.

A primeira imagem de um buraco negro

O Event Horizon 'Scope (Telescópio do Horizonte de Eventos) é uma colaboração internacional criada com o objetivo de capturar a primeira imagem de um buraco negro por meio de um telescópio do tamanho da Terra. A equipe de @ehtelescope construiu este telescópio virtual ligando pratos de rádio ao redor do mundo. Em abril de 2017, todos eles giraram para olhar para o buraco negro supermassivo no centro de Messier 87, uma galáxia na constelação de Virgem.


Esta é a primeira imagem direta de um buraco negro através do Telescópio do Horizonte de Eventos.
Criar esta imagem requer mais dados do que qualquer outro experimento científico na história da humanidade.
Como eles fizeram isso?
Até hoje a maioria das medições de buracos negros tem sido de forma indireta.
No meio de galáxias, estrelas parecem girar em torno de algo - algo que exerce um tremendo poder de atração.
Os cientistas previram que essa coisa seria um buraco negro.
Os astrônomos também viram enormes jatos de matéria provenientes dos centros de galáxias.
Às vezes, eles são muito maiores do que as próprias galáxias.
Os cientistas também previram que a única coisa que tem força suficiente para gerar este efeito são os buracos negros.
Ondas gravitacionais descobertas pelo Observatório Ligo, em 2015, forneceram a evidência mais direta dos buracos negros.
Mas a descoberta das ondas gravitacionais era uma espécie de segredo do buraco negro.
Os cientistas queriam ver isso.
Mas como você tira uma foto de um objeto preto em um fundo preto?
A resposta é: luz de fundo.
O material deve emitir radiação à medida que as temperaturas sobem ao girar na borda do buraco negro no horizonte de eventos.
Com um telescópio suficientemente grande, os cientistas seriam capazes de usar essa radiação como pano de fundo para ver uma silhueta do próprio buraco negro.
Mas era difícil.
Embora o buraco negro seja enorme e produza efeitos ao nível da galáxia.
No entanto, era muito difícil obter uma imagem com precisão suficiente.
Eles precisavam de um telescópio do tamanho da Terra, o que é obviamente impossível.
Eles começaram a trabalhar com o Telescópio do Horizonte de Eventos.
O que, na verdade, não é um único telescópio, mas uma rede de oito observatórios.
Espalhados ao redor do mundo - do Havaí à Antártida.
Cada observatório fornece um pequeno pedaço do quebra-cabeça.
Fazendo leituras frequentes com a Terra em rotação, eles podem capturar mais ângulos em cada telescópio.
Depois de ter peças suficientes do quebra-cabeça, algoritmos (*) podem preencher as lacunas e construir a imagem inteira.
Esse processo é chamado de interferometria.
Todas as noites cada observatório coletou a mesma quantidade de dados que o Grande Colisor Hadron dentro de um ano.
Levou dois anos para reuni-los.
Nesta foto podemos ver pela primeira vez um buraco negro. Mas é mais do que uma foto.
Ela fornece uma réplica para testes precisos com a relatividade geral.
E o que mais?
O que há por trás do horizonte de eventos, onde as leis da física desaparecem e não funcionam como as conhecemos.
É a primeira imagem direta de um buraco negro.
Na codificação de seus pixels pode haver respostas para perguntas sobre o universo inteiro.

(*) Três anos atrás, Katie Bouman, uma estudante de pós-graduação do MIT criou o algoritmo que possibilitou obter a primeira imagem (direta) de um buraco negro.
Ontem, essa imagem foi liberada.

10 abril, 2019

"Cuidado com os matemáticos"

Em 354, Agostinho de Hipona, escreveu:
"O bom cristão deve ter cuidado com os matemáticos e todos aqueles que fazem profecias vazias. Existe o perigo de que os matemáticos tenham feito uma aliança com o diabo para obscurecer o espírito e confinar os homens nos laços do Inferno."
Da antiguidade até o século XVII, os termos astrólogo, astrônomo e matemático foram usados ​​como sinônimos. Nesta famosa passagem de Santo Agostinho, em que ele parece estar condenando a matemática, ao advertir o cristão para tomar cuidado com os matemáticos, ele, na verdade, estava condenando a astrologia, que ele achava funcionar alimentada pelo mal.

Matemática ≠Astrologia

Castidade, mas não ainda

O oráculo das horas

Pedimos para que ele retirasse tudo que estivesse na extremidade dessa corrente, que nos pareceu ser um globo, metade prata, e a outra metade de um metal transparente; do lado transparente nós vimos certas figuras estranhas desenhadas de modo circular, e embora pudéssemos tocá-las, até que percebemos que os nossos dedos foram retidos por uma substância transparente. Ele pôs este mecanismo em nossos ouvidos, que fazia um ruído contínuo, como o de um moinho d’água: e pensamos que fosse de algum animal desconhecido, ou a divindade por ele adorada; mas nós tendemos mais para esta última opinião, porque ele nos garantiu, (se nós o entendemos direito, pois ele se expressava muito imperfeitamente) que ele raramente fazia alguma coisa sem consultá-lo.

- Viagens de Gulliver, Jonathan Swift

Por volta de 1504, Peter Henlein, na cidade de Nuremberg, fabricou o primeiro relógio de bolso. Era de ferro, com pelo de porco e utilizava-se do princípio da "mola espiral" com corda para quarenta horas.
Foi, em muitos países, principalmente na Europa, o ponto de partida para o surgimento da indústria relojoeira e de outros inventos.

09 abril, 2019

Curiosidades sobre trabalhar numa biblioteca

Você vai ter que lidar com pessoas que esquecem o tamanho do acervo de uma biblioteca. Um usuário perguntar por um “livro que tem uma capa amarela” não é lenda, acontece com mais frequência do que se imagina.

E se surpreender com o que a gente pensa das pessoas também. Moradores de rua pegam livros emprestados e são os melhores usuários no que diz respeito à devolução no prazo.

E às vezes só confirmar coisas que você talvez desconfiasse. "Concurseiros" são os usuários mais chatos, pedem silêncio O TEMPO INTEIRO.

Alguém disse "choque de gerações"? Muitos, mas muitos adolescentes, quando a gente pede o e-mail no cadastro, perguntam se serve o Facebook. O jovem não tem mais e-mail.

Tem umas pessoas que sinceramente, né? Um cara devolveu um livro com TODAS AS PÁGINAS DOBRADAS. Pedi que não fizesse mais isso e, sim, ele fez. Ganhou suspensão.

Se você já parou para se perguntar qual é o livro que mais sai, aqui está a sua resposta! "O diário de Anne Frank" não para na estante, mal chega e alguém já pega emprestado.

E, sim, "A menina que roubava livros" é roubado o tempo todo. Roubaram TODOS OS EXEMPLARES (4) da menina que roubava livros.

Legal que você queira doar uns livros, mas uma biblioteca tem total autonomia de aceitar só o que fizer sentido para o acervo. Não somos obrigados a aceitar todas as doações que querem fazer, por favor entendam. Não somos depósito.

E, às vezes, uma pessoa que trabalha em uma biblioteca até passa da conta para proteger esse acervo, sabe. Já escondi um livro que não era mais editado e é super difícil de encontrar de uma usuária porque desconfiei dela. Ranganathan que me perdoe.

É cada coisa que pode iniciar uma confusão dentro de uma biblioteca. Houve uma confusão entre dois usuários porque um deles preencheu todas as palavras cruzadas do jornal.

Protejam as bibliotecas, elas são recintos de conhecimento, acolhimento, desenvolvimento pessoal e basicamente pura mágica. APROVEITANDO pra fazer um apelo: valorizem e lutem pelas bibliotecas públicas, gente. São espaços democráticos, de inclusão social, que promovem lazer, cidadania e conhecimento. Elas oferecem serviços importantes para a população, não só livros, como vocês podem ver aqui.

@anadotelhado, via BuzzFeed

O elo mais fraco - 3

"A chain is only as strong as its weakest link."  (Nenhuma corrente é mais forte do que o seu elo mais fraco.)

A certificação ISO 9001 resolve o problema do elo mais fraco?

Desta série: 1 e 2

08 abril, 2019

Um mapa que não estava no mapa

Ao longo dos anos, aqui publicamos os mapas mundiais da população online, dos antípodas, das horas solares e oficiais, das marcas mais valiosas por países, do tamanho dos pênis dos habitantes, das botas e sapatos, dos testes nucleares, de Mercator (para a navegação), de Narukava e de Mollweide; os mapas europeus dos endônimos, onomástico e da campanha de Napoleão na Rússia; e o mapa africano das chuvas, além de muitos outros.
Persistia, porém, uma grande lacuna em nossas representações geográficas. Não havíamos ainda publicado o mais importante de todos os mapas: o mapa-múndi de acordo com a localização dos países. Reparamos esta omissão.


Um mau dia no trabalho?

Da próxima vez que você tiver um dia ruim no trabalho, pense sobre esse cara:
Rob é um mergulhador da Global Divers of Louisiana. Ele realiza reparos submarinos em plataformas de perfuração. Abaixo está um e-mail que ele enviou para sua irmã. Ela então enviou para 'The X', 103.2 FM em Ft Wayne, Indiana, que estava patrocinando um concurso de "a pior experiência no trabalho”. Escusado será dizer que ela ganhou.
"Olá, Sue.
É outra nota do seu irmão morador de baixo.
Na semana passada, tive um mau dia no escritório. Eu sei que você ultimamente está se sentindo triste no trabalho, então eu pensei em compartilhar um problema com você, para fazer você perceber que o seu trabalho não é tão ruim assim.
Antes que eu possa lhe dizer o que aconteceu comigo, primeiro devo aborrecê-la com alguns detalhes técnicos do meu trabalho. Como você sabe, meu escritório fica no fundo do mar. Eu uso terno no escritório. É uma roupa de mergulho.
Nesta época do ano a água é bem fria. Então, o que fazemos para nos manter aquecidos é o seguinte: temos um aquecedor de água industrial a diesel. Esse equipamento de US $ 20.000 suga a água do mar. Aquece-a a uma temperatura deliciosa. Em seguida, bombeia para o mergulhador através de uma mangueira de jardim, que é colada à mangueira de ar.
Agora, isso parece um bom plano, e eu usei-o várias vezes sem reclamações. O que eu faço, quando chego ao fundo e começo a trabalhar, é pegar a mangueira e enfiar na parte de trás da minha roupa de mergulho. Isso enche toda a minha roupa com água morna. É como trabalhar em uma banheira de hidromassagem.
Tudo estava indo bem até que, de repente, minha bunda começou a coçar. Então, claro, eu cocei-a. Isso só piorou as coisas. Dentro de alguns segundos, minha bunda começou a queimar. Eu tirei a mangueira das minhas costas, mas o estrago estava feito. Em agonia, percebi o que havia acontecido. A máquina de água quente sugou uma água-viva e a colocou no meu traje. Agora, como eu não tenho cabelos compridos, a água-viva passou rápido pelas costas. No entanto, o rego da minha bunda não foi tão feliz. E quando eu eu achava que estava tendo uma coceira, eu estava realmente moendo a água-viva em minha bunda.
Eu informei o supervisor de mergulho do meu problema pelo comunicador. Suas instruções não eram claras, devido ao fato de que ele, junto com outros cinco mergulhadores, estavam rindo histericamente. Decidi por conta própria abortar o mergulho.
Fui instruído a fazer 3 paradas agonizantes de descompressão totalizando 35 minutos dentro da água, antes que eu pudesse alcançar a superfície para iniciar a descompressão seca da minha câmara. Quando cheguei à superfície, não vestia nada além do meu capacete de latão.
Quando saí da água, o médico, com lágrimas de riso escorrendo pelo rosto, me entregou um tubo de creme e me disse para esfregar na bunda quando eu entrasse na câmara. O creme abrandou o fogo, mas eu não consegui fazer cocô por dois dias porque o meu bumbum ficou inchado.
Então, da próxima vez que você estiver tendo um dia ruim no trabalho, pense em como seria pior se você tivesse uma água-viva esmagada em sua bunda."
Agora, repita para si mesmo: "Eu amo meu trabalho, amo meu trabalho, amo meu trabalho..."

http://bitsandpieces.us/2018/06/bad-day-at-work/

07 abril, 2019

A Terra Rosca

Há pessoas que acreditam que a Terra é plana. Sim, elas realmente acreditam nisso - e algumas delas até vão além disso.
Algumas pessoas acreditam que a Terra tem a forma de um donut. Não, não um donut cheio de creme, mas um donut clássico com um buraco bem no meio.
Elas acham que a Terra se parece com isto.


No fórum Donut-Shaped Earth, um guru da teoria dirige-se assim a seu público:
Vou expor minha teoria, e então poderemos ajustá-la apontando falhas e ver se podemos pensar em argumentos que irão neutralizar essas falhas.
Exemplo:
P - Por que o buraco no centro da rosca não é visto?
R - É porque a luz se dobra e segue a curvatura da rosca, tornando assim o buraco invisível...
E por aí vai. Se ao menos houvesse dito que o buraco era mais em baixo.

Máquinas de dedos

"Este vídeo começou como um par de clipes exploratórios no Instagram, mas por alguma razão eu não conseguia parar de fazê-los. Então, procurei saber por quê.
Máquinas suaves e táteis são o oposto do que você esperaria das máquinas, mas não era só isso. Eu percebi que estava sentindo algo físico de assistir. Isso se resume a um fenômeno chamado sinestesia. Foi essa conexão misteriosa com o visual que estava gerando o meu interesse.
E eu realmente gosto da ideia de ser capaz de roubar os sentidos de alguém."
Morgan Powell (diretor)

A sinestesia é um fenômeno de percepção em que a estimulação de um caminho sensorial ou cognitivo leva a experiências automáticas e involuntárias em um segundo caminho sensorial ou cognitivo.