31 janeiro, 2017

Dente do riso

"O alarme de incêndio disparou quando o meu amigo estava recebendo um tratamento de canal..."


Direito de imagem | Qual é o melhor fio dental? | Os dentes de Waterloo | O que se pode fazer com um dente de John Lennon

O número de Erdös

É uma homenagem prestada ao matemático húngaro Paul Erdös, que publicou em toda sua vida cerca de 1500 artigos sobre matemática, boa parte deles em parceria.
Esse número é recursivamente calculado da seguinte maneira:
Erdös possui o número de Erdös igual a 0.
Um matemático M possui esse número igual à soma de 1 com o menor número de Erdös dos matemáticos que escreveram um artigo junto com M.
Existem 511 matemáticos com número de Erdös igual a 1, ou seja, que escreveram artigos em parceria com Erdös. Os matemáticos que escreveram artigos junto com estes, possuem esse número igual a 2, os que escreveram artigos junto com estes últimos, possuem o número igual a 3, e assim por diante.
Aquele que nunca escreveu nenhum artigo com Erdös ou com algum matemático que tenha escrito com Erdös ou com um matemático que escreveu com outro que tenha escrito com Erdös, e assim sucessivamente, tem número de Erdös infinito.

Se Maria colaborou com Paul Erdös num artigo, e com João em outro,
mas se João nunca colaborou com o próprio Erdös,
então João terá um número de Erdös 2.
O seu gênio e prestígio garantiam-lhe uma recepção acolhedora onde quer que chegasse, e inevitavelmente acabava por escrever um artigo com qualquer matemático que lhe apresentasse um problema interessante. Por isso, ele é provavelmente o matemático mais colaborativo de todos os tempos, e a comunidade de matemáticos que trabalhou com ele criou em sua honra o número de Erdös.
Como raramente publicava sozinho, Erdös, mais do que qualquer outro, foi creditado por "tornar a Matemática uma atividade social".

Wiki/Número de Erdös
Wiki/Paul Erdös

30 janeiro, 2017

Penguinone

Quimicamente é uma cetona cíclica, simétrica, insaturada.
Nome real: 3,4,4,5-tetrametilciclohexa-2,5-dienona.
A representação bidimensional da estrutura desta molécula lembra o pinguim (penguin), daí o apelido que recebeu em inglês.


Fora da nomeação sistemática, os compostos químicos podem receber nomes baseados em formas, vulgarismos, nomes de pessoas, personagens fictícios, lugares e organizações, ou relacionados ao sexo, funções corporais, decadência, morte etc
Lista de compostos químicos com nome invulgares

Ver também
Moléculas divertidas, A molécula do álcool, CUIDADO! PISO MOLHADOA molécula do formaldeído e Cobra e macacos em Química Orgânica

Qual é o termo gentílico mais adequado para quem nasce nos Estados Unidos?

por Almir Ferreira (*)
Esse foi um tema proposto recentemente numa comunidade de história na internet, e que gerou calorosos debates. Aparentemente esse é um assunto sem muita importância, mas só o fato de envolver questões de profundo cunho ideológico e psicológico já faz desse, um debate muito importante.
O nome do país suscita as controvérsias. Eles são os Estados autônomos que se uniram para formar um país no continente americano. Daí Estados Unidos da América. Alguns participantes da comunidade na internet defenderam que os nascidos naquele país sejam considerados "americanos" e não "estadunidenses" porque "Estados Unidos" é "relativo à sua forma de organização político-administrativa" sendo que, em outros países, "a construção do gentílico se dá com base apenas no último termo". Daí Brasil resulta brasileiros, Canadá – canadenses, Argentina – argentinos, e assim por diante.
Temos dois equívocos neste argumento. Primeiro, porque a forma de organização político-administrativa do país é República Constitucional. "Estados Unidos" é relativo apenas ao contexto histórico da formação do país, ou seja, a união de Estados autônomos. Segundo, Brasil, Canadá, Argentina são, de fato, nomes de países. O mesmo não se aplica a "América", que é o nome do continente. Portanto, Brasil – brasileiro, Argentina – argentino, não é o mesmo que América – americano. Isso só é verdade se você estiver se referindo a quem nasceu no continente americano e não nos Estados Unidos.
"Americanos" por costume
Há quem sustente que eles são "americanos" porque na Europa e no resto do mundo eles são tratados assim. Mas imagine o que aconteceria se hipoteticamente existisse um país no continente europeu chamado "Estados Unidos da Europa", cujos habitantes se autodenominassem "europeus"... O que será que portugueses, alemães, franceses, italianos, pensariam disso? Será que concordariam e abririam mão de serem lembrados também como europeus? É claro que não.
É óbvio que o resto do mundo nomeia quem nasceu nos Estados Unidos como "americanos". Quem pode resistir a tamanha máquina de propaganda, à cultura de massa dos seus filmes e produtos midiáticos e ao peso da sua influência ideológica que impõe a sua maneira de viver e pensar a todo o planeta?
Como então devem ser chamados?
Quem nasce nos Estados Unidos também é norte-americano, mas esse termo não se aplica corretamente caso você esteja se referindo apenas a quem nasceu naquele país. Pois canadenses e mexicanos também são norte-americanos, é bom lembrar. Portanto, a única maneira de se referir corretamente a quem nasceu nos Estados Unidos é chamá-los estadunidenses. Americanos somos todos nós deste vasto continente, desde os índios quéchua da Bolívia até os esquimós do norte do Canadá, e o fato de eles se apropriarem do termo para si é mais uma questão de poder e ideologia do que de "terminologia gentílica". Afinal, a subordinação de outras culturas e ideologias não se dá apenas através das armas. A destruição da autoestima e da cultura de outros povos se dá também através do sequestro da sua identidade. E é esse o papel da ideologia por trás de um assunto aparentemente tão banal, como tantos outros do nosso dia-a-dia, mas que estão cheios de segundas intenções escondidas.
(*) Almir Ferreira é professor de História formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), carioca, solteiro, 37 anos, escreve em blogs desde 2010 sobre os mais variados assuntos. No Panorâmica Social, desde março de 2013, publica artigos sobre temas do cotidiano, da política, do Brasil e do mundo, sempre de forma crítica e abrangente. Além disso, é flamenguista, baterista e militante das causas sociais.

29 janeiro, 2017

Um conselho da IKEA

O norueguês Noel Jørstad tem problemas ortopédicos nos joelhos. Para tomar banho, ele pôs uma mesa/ banquinho Marius no chuveiro, a fim de sentar-se e se lavar mais facilmente.
Mas,
esta iniciativa originou um acidente infeliz, quando ele quis se levantar do banquinho e sair do chuveiro. Ele ficou preso. Explicando melhor: seus testículos ficaram presos nos buracos do banquinho!
"O meu telefone estava longe e eu não podia alcançá-lo. Eu não tinha ideia de como sair dessa armadilha", escreveu Noel na página da IKEA, no Facebook. "Eu tentei várias vezes liberar as minhas jóias de família. Sem sucesso. Até que a água quente acabou. E ficou muito frio no chuveiro. Que porra de frio!"
Com a água fria que caiu sobre ele, seus testículos puderam encolher até que o norueguês fosse capaz de se libertar de sua prisão de plástico vermelho, ao doce som de um "plop". Depois de ler a sua história na página da empresa, a IKEA imediatamente pediu desculpas e deu-lhe um bom conselho:
"Sugerimos que remova o banquinho do chuveiro e cubra-o com uma toalha. Um dia, você pode querer usá-lo como suporte para um vaso bem bonito."
Vamos lá, Portugal

Curiosidades sobre o Big Ben

Um vídeo e algumas curiosidades no Science Channel sobre a engenharia do Big Ben, o famoso relógio de Londres que já tem mais de um século e meio de idade.



Big Ben é o nome do sino, mas acabou se popularizando como nome do relógio.
A precisão do relógio é de cerca de 2 segundos por semana.
Gasta-se uma hora e meia para dar corda no relógio.
Sua familiar melodia tem 16 notas.
O som alcança os 118 decibéis (é quase tão alto quanto a decolagem de um avião).
E a forma de  ajustar o relógio, quando há diferença com relação ao tempo oficial GMT, é por meio da colocação de moedas de centavos sobre um dos seus mecanismos até que a hora coincida.

Seu inconfundível badalar
Onde você pode ouvir e comprar: http://www.soundsnap.com/tags/big_ben (sugerido por Jaime Nogueira)

Partiu partitura

28 janeiro, 2017

Nunca me fale das probabilidades

Robert e Rita Lucas se divorciaram em 1988, após 29 anos de casamento. Nos documentos da separação, Rita solicitou a inclusão de uma cláusula especificando que, se Robert ganhasse um Prêmio Nobel antes de 31 de outubro de 1995, ela deveria receber a metade do dinheiro do prêmio.
Era uma cláusula bastante estranha e sem precedentes nos acordos de divórcio, mas Robert concordou com ela.
Você pode adivinhar o que aconteceu em seguida.
Robert recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 10 de outubro de 1995. Isto é, 21 dias antes daquela cláusula expirar.
Perguntado sobre a obrigação de pagar a metade do prêmio a sua ex-esposa, ele observou filosoficamente que "um acordo é um acordo". E acrescentou: "Talvez se eu soubesse que iria ganhar o prêmio, eu tivesse resistido à cláusula".
Robert Lucas é professor de economia na Universidade de Chicago (ainda o é). E Rita Lucas, que é farmacologista, em seus 29 anos de convívio com Robert, aparentemente aprendeu muito sobre dinheiro e probabilidades.
A primeira esposa de Albert Einstein também ganhou dinheiro do Prêmio Nobel, em seu acordo de divórcio. Quando ele e Mileva Marić se divorciaram em 1919, Einstein esperava ganhar o prêmio, eventualmente. Ele foi premiado com o Prêmio Nobel de Física de 1921. No acordo, ficou acertado que o dinheiro do Prêmio Nobel, caso Einstein viesse a recebê-lo, iria entrar em uma relação de confiança, a partir do qual Marić poderia usar os juros, mas Einstein teria de aprovar qualquer uso do valor principal. O objetivo do acordo era ajudar na criação dos dois filhos do casal.

O Diamante Fuji

Nesta época do ano os japoneses podem apreciar um fenômeno chamado Diamante Fuji. É quando o Sol nasce atrás da boca do Monte Fuji, a montanha mais famosa do país.



O Monte Fuji é a montanha mais alta do Japão, com 3776 metros. O vulcão de simetria quase perfeita, cercado por vales e lagos, pode ser visto de várias regiões e há séculos é inspiração para artistas, que o retratam de todos os ângulos. O vulcão é ativo, e sua última erupção foi em 1708. A cada estação do ano, ele está diferente: com ou sem neve no topo, servindo de pano de fundo para as cerejeiras, as cores do outono ou a paisagem branca do inverno. Taiga Corrêa, Miscelânea

Um fato curioso é que o Monte Fuji possui um "sósia" na Austrália, o monte Taranaki. Dependendo do ângulo em que este é observado, fica evidente a semelhança com aquele. Para se ter uma idéia: o Taranaki é tão parecido que fez parte do cenário do filme "O ultimo samurai", representando o Monte Fuji. The Otaku Exception

27 janeiro, 2017

Aquela meleca em seu carro

Diz o comentário editorial da Amazon sobre o livro:
THAT GUNK ON YOUR CAR (Aquela meleca em seu carro ) é um livro seriamente engraçado, preenchido com informações fascinantes sobre insetos comuns, especialmente aqueles que têm maior probabilidade de se esmagarem no para-brisa do seu carro. Os capítulos são organizados em torno dos insetos individuais (sic) – formigas, mosquitos, gafanhotos, borboletas, grilos, mosquitos – e incluem informações sobre os ciclos naturais da história e da vida de cada um e as coisas divertidas que você pode fazer com os insetos. É um livro indicado para todas as idades e todas as informações são cientificamente precisas. O autor Mark Hostetler recebeu em 1997 o Prêmio Ig Nobel de Entomologia.

Enquanto não sai uma versão do livro para o português, vá lendo a crônica PEQUENAS BORBOLETAS AMARELAS, É  o que tem de mais próximo da nossa realidade. Agora, se você quer somente se divertir tem também o slideshow MATANDO MOSCAS...

Prêmio literário na França para Chico Buarque

Chico Buarque vai receber o prêmio de literatura Roger Caillois na próxima segunda-feira (30), em Paris, na França, pelo conjunto de sua obra. O cantor e compositor foi escolhido na categoria literatura latino-americana.
Seus livros são publicados na França pela editora Gallimard e o último, "O Irmão Alemão", foi lançado em 2016. Informado apenas na quinta-feira, 26, Chico Buarque infelizmente não poderá comparecer à premiação.
O Prêmio Roger Caillois foi criado em 1991 pelo PEN Club da França em parceria com a Casa da América Latina e a Sociedade dos escritores e amigos de Roger Caillois (1913-1978), sociólogo e crítico literário francês. Já ganharam na mesma categoria autores como Mario Vargas Llosa (2002), Alberto Manguel (2004), Ricardo Piglia (2008) e Roberto Bolaño (2009). Haroldo de Campos (1999) era o único brasileiro na lista até então.


O autor já venceu três vezes o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro: em 1992 com "Estorvo", em 2004 com "Budapeste" e em 2009 com "Leite Derramado".

Ne sutor ultra crepidam

Tradução: "Não (suba) o sapateiro acima da sandália".
Palavras do pintor Apeles a um sapateiro, baseadas num trecho de Valério Máximo (Fatos e Ditos Memoráveis, Livro VIII, 12, 3).
Eis como Pe. Manuel Bernardes relatou a história;
(Apeles) expôs à porta uma pintura sua, e se pôs detrás do pano a escutar os votos e censuras várias dos que passavam. Veio um sapateiro, e notou um defeito na chinela de uma figura principal. Emendou Apeles a falta, e no seguinte dia tornou a passar aquele oficial, e vendo a emenda, ficou satisfeito de si, e atreveu-se a notar outra cousa na perna da mesma figura. Então Apeles, aparecendo, lhe disse: Não suba o sapateiro além da chinela; daqui ficou o adágio contra os que dão voto no que não entendem: Ne sutor ultra crepidam.
Nova Floresta, vol. V, tít. VIII, 37.
Apeles e o sapateiro eram gregos, e aquele teria respondido a este em grego, claro. E por que a frase ficou em latim?
O romano Valério Máximo, que narrou pela primeira vez a história, comunicava-se em latim. Simples assim.
Ultracrepidanismo
Aglutinação das palavras "ultra" e "crepidam", com origem na citada expressão latina, originalmente publicada em inglês ("ultracrepidarian") num ensaio de William Hazlitt. É o hábito de expressar opiniões ou dar conselhos em assuntos para além do conhecimento do próprio.

Nulla dies sine linea

26 janeiro, 2017

Um Rolls-Royce inspirado na cultura francesa

Este singular Rolls-Royce Phantom I foi fabricado em 1926 para Clarence Gasque, um empresário americano.
Foi um presente dado a sua esposa, Maude.
Maude Gasque era uma herdeira britânica de uma cadeia de varejo que apreciava muito a história e a cultura francesa do século 18.
Por isso, o Sr. Gasque encomendou um belo carro com um interior inspirado na França.
Ele não estipulou um limite de valores para o Rolls Royce, assim poderia ser investido livremente na fabricação do carro.
O interior foi criado por Charles Clark e seus filhos, em Wolverhampton, no Reino Unido.
Uma cadeira sedan de Marie Antoinette que o proprietário viu em um museu deu muita inspiração para este trabalho.
Este foi o resultado, que nem se parece com um carro, e sim uma sala do trono do Palácio de Versalhes.


O carro custou cerca de 24 mil reais na época, contando com os custos de seu interior, de aproximadamente 16 mil.
Convertendo para os valores de hoje, o preço seria de cerca de 1,3 milhão de reais, e o interior seria de 600 mil.
Os detalhes incluem uma tapeçaria feita por artesãos franceses de Aubusson, que levaram nove meses para entregar o trabalho.
As pinturas incluem querubins, suportes de luz nas laterais e muitos outros detalhes minuciosos.
Um belo armário de bebidas com louças sofisticadas antigas também faz parte do carro.
Um pequeno relógio francês ormulu, junto com dois vasos de porcelana francesa, também foram incluídas no carro.
Clarence faleceu apenas dois meses após presentear a esposa com este veículo maravilhoso.
Maude permaneceu com o carro até 1952, e depois o vendeu a um colecionador de carros Rolls-Royce.
Desde então, o veículo fez parte de coleções no Japão e Estados Unidos até voltar para o Reino Unido, graças ao seu atual proprietário.

Ler na íntegra em TudoPorEmail (matéria sugerida por Jaime Nogueira)

A transposição dos girinos

A rã-touro (Pyxicephalus adspersus) é conhecida por sua agressividade. Mas, o maior dos ranídeos da África, é também um amor completo de rã quando se trata de cuidar das crias.
Neste vídeo da TV Nature, os girinos crescem em uma poça ao lado de uma lagoa. O sol está secando a poça, colocando seus filhos em perigo mortal. Então, ela cava um canal da poça até a lagoa, proporcionando-lhes a única forma de sobreviver.



O sapo não pula por boniteza, mas porém por precisão (Guimarães Rosa). Os girinos, nem por precisão.

25 janeiro, 2017

Não sou má, é que me desenharam assim

Equivale a "não posso evitar, é meu caráter".
Dita por Jessica Rabbit, em "Uma Cilada para Roger Rabbit" (1988), esta frase é uma ótima saída para qualquer má ação que alguém tenha praticado e queira se autoafirmar. Como no caso do escorpião que matou a rã que o ajudava a cruzar um rio.


Apesar de não ser uma frase genuinamente brasileira, resolvi incluí-la ("não posso evitar, é meu caráter") em meu Dicionário Brasileiro de Frases (DBF) para compensar prolongados lapsos que vem acontecendo em sua elaboração.

Histórico
05/10/2007 - "Bebel que a cidade comeu" e "Deite-se na cama e crie fama" AQUI
13/03/2014 - "Imagine se pega no olho?" AQUI
18/02/2015 - "Impitimam é meuzovo" AQUI
02/02/2016 - "Vá correndo fazendo vento" AQUI
09/07/2016 - "Boas cercas fazem bons vizinhos" AQUI

Tributo a Tom Jobim

Se vivo fosse, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim completaria 90 anos hoje.
 25/1/1927 Rio de Janeiro, RJ
 08/12/1994 Nova York, EUA

A Música segundo Tom Jobim
(The Music according to Tom Jobim)
Filme de Dora Jobim e Nelson Pereira dos Santos
Trilha sonora da lavra de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim.
Coletânea com fabuloso elenco de artistas nacionais e internacionais cantando a música de Tom Jobim. Confiram pela ordem de apresentação:
Gal Costa ─ Elizeth Cardoso ─ Jean Sablon ─ Agostinho dos Santos ─ Pierre Barouh ─ Alaíde Costa ─ Henri Salvador ─ Dizzy Gillespie ─ Garu Burton ─ Silvia Telles ─ Gerry Mulligan ─ Antônio Carlos Jobim ─ Ella Fitzgerald ─ Sammy Davis Jr. ─ Judy Garland ─ Vinicius de Moraes ─ Errol Garner ─ Pat Hervey ─ Marcia ─ Lio ─ Mina ─ Frank Sinatra ─ Elis Regina ─ Adriana Calcanhotto ─ Nara Leão ─ Maysa ─ Fernanda Takai ─ Nana Caymmi ─ Diana Krall ─ Oscar Peterson ─ Sarah Vaughan ─ Cynara e Cybele ─ Carlinhos Brown ─ Jane Monheit ─ Stacey Kent ─ Birgit Brüel ─ Milton Nascimento ─ Lisa Ono ─ Paulo Jobim ─ Miúcha ─ Chico Buarque de Hollanda ─ Caetano Veloso ─ Gilberto Gil ─ Paulinho da Viola.



"Nelson, você me convida para cortar Tom Jobim (risos). Essa é a coisa mais difícil. Não dá vontade de cortar nada." (Dora Jobim, no making-of do filme)

24 janeiro, 2017

Ele, robô


Você vai gostar mais do seu robô se puder montá-lo.
É o que sugere um estudo (infracitado) que foi apresentado na Conferência Internacional ACM IEEE sobre Interação Humano-Robô, na Nova Zelândia, em março de 2016.

Psychological Importance of Human Agency: How Self-Assembly Affects User Experience of Robots (Importância Psicológica da Ação Humana: Como a Montagem Afeta a Experiência de Usuários de Robôs), de Yuan Sun e S. Shyam Sundar, do Laboratório de Pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Lembrando o Efeito IKEA.

Onde fica o WC?

Certa vez, uma família inglesa foi passear na Alemanha. Num de seus passeios, eles foram olhar uma casa de campo que lhes pareceu adequada para as próximas férias de verão. Indagando sobre o proprietário, souberam tratar-se de um pastor protestante, a quem pediram licença para percorrer a casa.
A casa lhes agradou bastante. E pediram a preferência para alugá-la.
Regressando à Inglaterra, enquanto comentavam sobre a casa, alguém se lembrou-se de não ter visto um WC por lá.
Endereçaram, então, ao proprietário a seguinte carta:
"Somos da família que esteve aí dias atrás com o propósito de alugar a sua propriedade no próximo verão, mas esquecemos de um detalhe e agradeceríamos se nos informasse onde se encontra o WC."
O pastor alemão, que não conhecia o significada da abreviatura WC, e julgando tratar-se da seita inglesa "White Chapel", respondeu nos seguintes termos:
"Prezados senhores:
Recebi sua carta e tenho o prazer de informar que o local a que se referem fica a doze quilômetros da casa. É muito cômodo, sobretudo para quem tem o hábito de ir para lá frequentemente. Alguns vão a pé, outros de bicicleta, visto não haver por aqui um meio de transporte melhor. Há lugares para quarenta pessoas sentadas e cem em pé. O ar é condicionado, para suportar os inconvenientes das aglomerações, e os assentos são de veludo. Recomenda-se chegar cedo para conseguir lugar. As crianças sentam-se ao lado dos adultos, e todos cantam em coro. À entrada, é fornecida uma folha de papel para cada pessoa, mas se alguém chegar atrasado, ou depois da distribuição, poderá usar a folha da pessoa ao lado. A folha, porém, deve ser restituída à saída para ser usada durante todo o mês. Existem amplificadores de sons. Tudo o que se recolhe durante o ato é doado às crianças pobres da região. Fotógrafos tiram fotografias para os jornais da cidade, de modo que todos sejam vistos no cumprimento de suas obrigações."
(Fazendo a ronda na internet.) 

23 janeiro, 2017

O "papel pega-moscas" automotivo

O papel pega-moscas em carros autônomos para que os pedestres atropelados não saiam voando é o título completo deste interessante artigo de Nacho Palou, no Microsiervos.
O mais provável é que o invento que ele descreve não passe da situação de patente. Mas seria a consecução de uma ideia, no mínimo, curiosa: aplicar um adesivo na parte da frente do carro para que, em caso de atropelamento de um pedestre, este não saia por aí voando. Em vez disso, é para que ele permaneça grudado no capô do carro.
Bem, não sair voando tem a vantagem de que o pedestre não vai se ferir no asfalto. Ele bate unicamente na frente (deformável) do veículo, e pronto.
A patente do Google menciona expressamente que é para seus carros autônomos.
Para retirar o pedestre do capô do carro, o invento inclui a opção de usar um adesivo que perde a sua capacidade aderente ao longo de um certo período de tempo.

Descerebrados

Na primeira noite, eles nos deram um tambor e batucamos até amanhecer.
Na manhã seguinte, eles nos deram uma bola e jogamos até anoitecer.
Então, eles nos deram um terço e rezamos até amanhecer.
Depois, eles nos deram uma TV e assistimos ao BBB até anoitecer.
Depois, eles levaram nossos cérebros e lhes agradecemos
- - - - - porque eram muito pesados para carregar.
(autor anônimo)

Eduardo: em boa companhia

Variante
Primeiro, vieram os membros do Clube da Luta, e eu não disse nada porque ... bem ... (Dave Pacheco)

22 janeiro, 2017

Poema de Mulher

Do livro "Tapa de Humor Não Dói", do grupo carioca "O Grelo Falante".

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado
Um tio meio tarado
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca temeu
Uma consulta dentária
Passar atestado de otária
Ou a incontinência urinária?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir
Um porre de cair
Ou um lexotan pra dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com o marido da melhor amiga
Com a sogra morta, estendida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em zunir uma panela
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Pra ter a perna depilada
Pra aturar uma empregada
Ou pra trabalhar menstruada?

Que mulher nunca acordou
Com um desconhecido ao lado
Com o cabelo desgrenhado
Ou com o travesseiro babado?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis por ansiedade
Uma alface no almoço por vaidade
Ou um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato pra caber
A barriga pra emagrecer
Ou um fininho pra enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone
Que nem pensa em silicone
Ou que ''dele'' não lembra nem o nome?

"O Grelo Falante" é um grupo feminino de humor composto por 3 - 5 cariocas: Claudia Valli, Carmen Frenzel, Claudia Ventura, Lucília de Assis e Suzana Abranches. Neste vídeo. o grupo dá um entrevista a Paulo César Pereio para o programa "Sem Frescura".


Tchaikovsky, cisnes e rãs

O "pas de quatre" do balé "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky:



"Pas de quatre" (em tradução livre, "passo para quatro") é um termo francês usado para identificar uma dança de balé para quatro pessoas. O mais conhecido deles é a dança dos quatro pequenos cisnes, no segundo ato do balé "O Lago dos Cisnes". Esta dança é considerada uma parte difícil para o corpo de baile, por causa da intensa colaboração que deve haver entre as quatro bailarinas, De mãos  dadas durante toda a dança, qualquer erro de uma pode perturbar o desempenho das outras três. A maior dificuldade encontra-se na coordenação dos movimentos dos pés, pernas e cabeça. A dança requer muitas horas de ensaio. ~ José Claudinê, no Face

Jaime Nogueira recomenda-me o vídeo seguinte. No qual essa dificuldade desaparece pela substituição dos quatro pequenos cisnes por quatro pequenas rãs. As rãs, como todos sabem, são muito mais soltas.



01/02/2017 - Seleção Musical: A Arte Sublime de Tchaikovsky
Clique aqui para acessar 24 vídeos.

21 janeiro, 2017

Bode Trump é empossado

Bode Trump: discurso de posse no Beco do Cotovelo
Em Sobral, município mais americano do Estado (do Ceará), também conhecido como Sobral das Américas, uma figura chamou a atenção dos moradores: o Bode Trump, representante do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi empossado na sexta-feira (20). E não é que deram posse ao bode também?
Já teve o bode Ioiô, que chegou a Fortaleza em 1915 e se tornou uma figura política na cidade, sendo "eleito" vereador em 1922. Houve também o Bode 90, figura que surgiu com as eleições do ano passado, na cidade de Jati, no sul do estado, como forma de protesto contra a única candidata para a eleição na cidade. E agora surge, em Sobral, o Bode Trump.

Siga lendo esta notícia em Tribuna do Ceará.

Fernando Gurgel, ao chamar a atenção para o assunto, lembra ainda que já houve o bode Orellana, cuja falta é até hoje muito sentida pelos conversadores de miolo de pote.

Considerações sobre a dupla entrada [de um dado]

Pensemos cuidadosamente sobre isso: o desejo de evitar erros no preenchimento de formulários com a dupla entrada de um dado é uma boa.
Mas, considerando que ...
  • aumenta a carga de trabalho para cada usuário;
  • pode ser contornado por copiar e colar, ou por ferramentas de preenchimento automático de formulários;
  • só garante que os dois campos coincidem, mas não que eles contêm uma informação válida;
  • pode ser visto como um menosprezo ao usuário.
... é importante estabelecer sua real necessidade antes de implantar uma dupla entrada.
Se o endereço do e-mail, por exemplo, é o único método de contato com o usuário ou se é o nome de usuário para o sistema, a dupla entrada fica justificada. No entanto, mesmo nesses casos, alternativas à dupla entrada merecem uma consideração séria. Estas incluem a autenticação e/ou métodos simples de recuperação.
http://www.formulate.com.au/blog/double-entry-form-fields/
(https://plus.google.com/+AlexScrivener/posts)

Por que o chapéu de Sluggo voa?

Nome original: Sluggo
Licenciador: United Feature Syndicate
Criado por: Ernie Bushmiller
Sluggo ("Marciano", na EBAL, e "Tico", na Idéia Editorial) é aquele menino feioso de cerca de oito anos amigo de Nancy (também chamada no Brasil de Periquita e Teca).
Em 1978, a dupla virou desenho animado, dentro da série de TV "Fabulous Funnies". Quando esse desenho foi exibido no Brasil, dublado pela Herbert Richers e transmitido pela Rede Globo, o personagem foi chamado tanto de “Sluggo” quanto de "Tico".
- Antônio Luiz Ribeiro, Guia dos Quadrinhos

Boa pergunta.
Voa (vide Chapéus que voam) para demonstrar surpresa, olho espetado por um embrulho, discordância, medo, queda num bueiro, susto, fuga etc.
Esta ainda é uma das melhores peças de jornalismo investigativo na Internet.

sparklepony.blogspot.com


É também preciso um estudo mais aprofundado a respeito de porque, às vezes, Sluggo tem linhas de movimento associadas com o chapéu voando e, às vezes, não. PGCS


Em preparação:
Por que o olhar de Sluggo pode ter linha pontilhada?

20 janeiro, 2017

Não ao chocalho

Nancy Holten, de 42 anos, mudou-se dos Países Baixos para a Suíça quando tinha oito anos e agora tem filhos suíços.
No entanto, quando ela tentou obter um passaporte suíço para si, os moradores de Gipf-Oberfrick, no cantão de Aargau, rejeitaram o seu pedido. É que a Sra. Holten, uma incansável ativista dos direitos dos animais, tem irritado os moradores da região especialmente com uma certa campanha que faz.
Ela disse à imprensa local:
"Os chocalhos, que as vacas têm de usar no pasto, são especialmente pesados. Os animais carregam um peso de cerca de cinco quilos no pescoço. Provocam fricção e queimaduras em sua pele. O som que os chocalhos fazem é de cem decibéis. É comparável com o de uma broca pneumática. E nós também não queremos que essas coisas fiquem perto de nossos ouvidos."
Na rejeição do pedido, o comitê de moradores argumentou que, se ela não aceita as tradições e o estilo de vida suíços, ela não deve ser capaz de adquirir a nacionalidade suíça.
E o caso foi transferido para o governo Cantonal em Argovia, que pode anular a decisão e conceder-lhe um passaporte suíço, apesar das objeções locais.

Famosa por seus queijos, relógios, canivetes e chocolates, a Suíça tem um problema com seus chocalhos extra large.

Os sapatos cruéis

Anna queria ter urgente um novo par de sapatos, e Carlo ajudou-a a experimentar inúmeros pares na loja.
Exausto, ele falou:
"Bem, é isso. É cada par de sapatos em seu lugar."
"Oh, você deve ter mais um par...."
"Não, não é mais um.... Bem, nós temos os sapatos cruéis, mas ninguém iria querer experimentá-los."
"Sim, deixe-me ver os sapatos cruéis!"
"Não, você não entende... Os sapatos cruéis são... "
"Vá buscá-los!"
Carlo desapareceu na sala de trás da loja, por algum momento, e reapareceu carregando uma caixa de sapatos. Ele tirou a tampa e retirou da caixa um horrendo par de sapatos. Mas não era um par qualquer de sapatos, a começar pelo fato que os dois sapatos tinham sido feitos para o pé esquerdo. Um deles tinha o bico em ângulo reto e com divisões internas a fim de que os dedos apontassem para direções impossíveis. E o outro sapato, curvado para dentro como uma cadeira de balanço, tinha lâminas de barbear por dentro para manter o pé no lugar.
Carlo falou, hesitante:
"Vê, eles não são adequados para criaturas humanas..."
"Coloque-os em mim."
"Mas..."
"Coloque-os em mim!"
Carlo sabia que todos os argumentos daí em diante seriam inúteis. Então, ele se ajoelhou diante dela e forçou os pés da mulher a entrarem nos sapatos.
Os gritos foram terríveis.
Anna se arrastou até um espelho, onde poderia ver melhor os pés sangrentos, e  exclamou:
"Eu gosto deles!"
Ela pagou a Carlo e retirou-se.
Mais tarde, naquele dia, alguém ouviu Carlo dizer a uma nova cliente:
"Bem, é isso. É cada par de sapatos em seu lugar. A menos, claro, que você queira experimentar os sapatos cruéis."

http://www.oldielyrics.com/lyrics/steve_martin/cruel_shoes.html

Não estranhem o texto. É a letra de uma canção de Steve Martin que eu procurei traduzir. PGCS

Leitura complementar: Cadarços 1 e 2.

19 janeiro, 2017

No coração da fornalha

Belíssimas imagens. Mas é bem mais fácil ser geólogo em Carajás.
Jaime Nogueira



N. do E.
Vídeo com cenas da erupção vulcânica em 11 de setembro de 2016 do Piton de la Fournaise, situado na ilha Reunião (La Réunion), um dos hotpoints da crosta terrestre. A Reunião é um território ultramarino da França no Oceano Índico, a leste de Madagascar.

A pegada de carbono dos crimes no Reino Unido

Crédito da foto: Getty Images
Um comunicado da Universidade de Surrey, no Reino Unido, chamou a atenção para o primeiro estudo que avaliou a pegada de carbono dos crimes no Reino Unido.
A equipe de pesquisa descobriu que:
  • Os crimes cometido em 2011, na Inglaterra e País de Gales, deram origem a mais de 4 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2), equivalentes às emissões de CO2 de cerca de 900 mil lares do Reino Unido. 
  • Os roubos contribuíram em maior proporção (30%) para a pegada de carbono dos crimes, por causa do carbono associado com a substituição de bens roubados/danificados. 
  • Em segundo lugar, ficaram as emissões de CO2 pelo funcionamento dos serviços do sistema de justiça criminal, que foram responsáveis por 21% da pegada.
No entanto, a urgente necessidade de reduzir a pegada de carbono no Reino Unido - simplesmente reduzindo os níveis de criminalidade - não é necessariamente uma opção simples.

18 janeiro, 2017

Selfie no Museu

Nesta quarta-feira (18), uma ação mundial chamada Museum Selfie Day (Dia de Selfie no Museu) convida visitantes a tirarem autorretratos criativos e os postarem em suas redes sociais com a hashtag #MuseumSelfie.
Visitante tira selfie no Museu do Futebol
(Carolina Bianchi / Folha.Uol)

O Plano G

Digamos que você é um cidadão sênior que já não pode mais cuidar de si mesmo e que o governo diz que não há Nursing Home Care disponível para você.
Então, o que você faz? Você opta pelo Medicare Plano G.
O plano G (de gun, arma) dá a qualquer um com 75 anos ou mais de idade uma arma e uma bala. (*) Você tem permissão para atirar num político inútil. Isto significa que você será enviado para a prisão para o resto de sua vida, onde você receberá três refeições por dia, um teto sobre sua cabeça, aquecimento central e ar condicionado, televisão por cabo, uma biblioteca e todos os cuidados de saúde de que você precisa. Precisa de novos dentes? Sem problemas. Precisa de óculos? Isso é ótimo. Precisa de um aparelho auditivo, novo quadril, joelhos, rins, pulmões, mudança de sexo, ou do coração? Está tudo coberto!
Como um bônus adicional, os seus filhos podem vir visitá-lo, pelo menos, tão frequentemente como eles fazem agora! E, quem estará pagando por tudo isso? O mesmo governo que apenas lhe disse que não pode pagar para você ir para um lar de idosos. E o que você fez? Apenas livrou a sociedade de um político inútil. E agora, porque você é um presidiário, não tem mais que pagar imposto de renda!


(*) No Brasil, B, de bala.

17 janeiro, 2017

Conselho

Deixe-me dar um conselho a você:
Haverá momentos em sua vida em que você realmente vai querer desistir. A tentação será forte para dizer "foda-se tudo", jogar suas mãos para o alto e sair por aí. Você vai se sentir fraco e sem apoio, e incapaz de ver que há uma luz no fim do que parece ser um túnel sem fim. Vai parecer nestes momentos que a melhor opção é abandonar suas esperanças e sonhos. E que basta você sentar-se em um canto, e assistir à vida passar. E quando, apenas quando, as coisas parecerem tão sombrias como não se poderia supor que, de alguma forma, ainda vão piorar... Então, você vai para a cama, esperando que as coisas melhorem durante a noite. E, quando o seu despertador tocar na manhã seguinte, você vai perceber que estava sendo demasiadamente otimista.

OK, talvez "conselho" não seja aqui a palavra certa.

Dave Pacheco, Google+
https://plus.google.com/+DavePacheco/posts

A placa da besta

Daniel D'Aloisiois, de Ontário, foi obrigado pelas autoridades canadenses a trocar as placas personalizadas do seu carro.


Essa placa, que é inescrutável para muitos, tinha camadas de significado para ele. Mas alguém o acusou de possuir a placa da besta, conforme a seguinte interpretação:
VI = 6 em algarismos romanos
6 = 6 mesmo
SIX = 6 em inglês
666 é o número da besta!
"Eu gostaria de, pelo menos, guardar essa placa como lembrança", desabafou o abestado Daniel.

Bestialógicas
O adesivo 666, A taxa do diabo, O próximo Papa e A frase da besta

16 janeiro, 2017

Ai, aí e assemelhados




Jardinagem e liderança

Chamo a atenção para o trabalho do Dr. Thorsten Grahn (da Regent University, Virginia Beach, EUA), que faz analogias entre a jardinagem e a liderança organizacional.
"Há muitas boas razões para preferir as flores artificiais às flores naturais. Mesmo depois de muito tempo em um vaso, elas ainda estão em plena floração e suas folhas não se desprenderam, As flores artificiais não exigem água nem luz do sol – nenhuma nutrição! Elas nunca vão morrer.
Mas as flores artificiais têm uma desvantagem: eles não crescem! Elas permanecem as mesmas para sempre. Eles nunca vão morrer porque nunca viveram.
Às vezes, os líderes desejam que as pessoas de sua equipe se comportem como essas flores artificiais. No entanto, em breve vão descobrir que elas não crescem nem se adaptam a um ambiente em mudança. Na verdade, não mudam em nada.
As organizações precisam de pessoas que vivam e cresçam, e não de pessoas que querem manter o status quo. A liderança deve tratar as pessoas como plantas que precisam de muitos cuidados para viver, mas que, no longo prazo, vão ofuscar as "flores artificiais" da organização."

15 janeiro, 2017

A bizarra restauração de uma estátua do Menino Jesus


Surgiu uma concorrente de peso para a pior restauradora do mundo. a dona Cecilia Gímenez, que tentou reparar o afresco "Ecce Homo", do século 19, na Espanha.
A artista revelação do momento, Heather Wise, mora no Canadá e restaurou uma estátua de Jesus ainda bebê em uma igreja de Sudbury, que havia sido decapitada há cerca de um ano.
Mas a restauração vem causando mais polêmica do que o vandalismo.
Quem passava na frente da igreja, e via uma estátua de pedra branca de Maria com Jesus, agora vê: uma cabeça de argila no corpo de Jesus que mais se parece com um personagem dos Simpsons.
A artista conta que passou horas esculpindo na argila. A ideia era fazer algo temporário para enfim, no ano que vem, terminar a obra em pedra branca.

Li no Blog do Marcelo Gurgel.

Pássaro malandro

O pássaro drongo é o maior malandro do Kalahari e os suricatos são suas vítimas.
O primeiro passo é ganhar a confiança deles.



Este pássaro usa falsas chamadas de alarme para que os suricatos fujam, abandonando os petiscos que encontraram. É dessa forma que o drongo obtém uma boa parte de sua alimentação.

Música do dia: Urubu malando (c/ Altamiro Carrilho)

14 janeiro, 2017

Ache a música

Gosta de ouvir músicas na internet? Então, conheça o MusicSmasher.
Instruções
Via TudoPorEmail
É muito simples. Embora esteja em língua inglesa, o site tem uma interface muito limpa e simples em que qualquer um pode navegar. Basta clicar no campo branco de busca, logo abaixo de "Find Any Song" (Ache Qualquer Música), e apertar a tecla Enter do teclado.
Você pode procurar por músicas e por artistas nacionais e internacionais. MusicSmasher é tão bom que você certamente vai querer adicioná-los em seus favoritos para ouvir músicas em poucos cliques.
O site faz uma busca por diversos serviços de música e sites, como o SoundCloud e o bom e conhecido YouTube.
Dica de Jaime Nogueira

Romance real

Cuidado com o que você escreve

Em tempos de mensagens rápidas, a chance de um mal entendido é enorme. Por isso, temos que ficar atentos AO QUE escrevemos, COMO escrevemos e, principalmente, PARA QUEM escrevemos.
Um amigo disse que uma colega de trabalho colocou uma mensagem no grupo:
"Vendo um sofá e uma cama".
Ai, ele comentou:
- Se eu comprar o sofá, à vista, você faz um bom negócio comigo na cama?
Ela bloqueou-o e ficou sem falar com ele.
Meu amigo finalizou:
- Se não sabe negociar, então não anuncia. Também não compro mais nada dela, mulher bruta!
(enviado por Fernando Gurgel)

Corto cabelo e pinto

13 janeiro, 2017

Cartago deve ser destruída

Um calçado da linha Polar Fox, descrito como "botas de combate militar", está gerando debate desde que um consumidor publicou na internet as marcas da sola, que deixa um rastro de suásticas por onde passa. A foto teve mais de 2 milhões de acessos e gerou repercussão imediata.


Como se não bastassem as pegadas com o símbolo máximo do governo nazista de Adolf Hitler, uma revista chamada Stern revelou que Polar Fox é também o nome de uma operação realizada pela Wehrmacht (Força de Defesa) do Reich alemão na Segunda Guerra. "O objetivo era tirar a cidade portuária de Murmansk das mãos da União Soviética", afirmou a publicação.
Anthony Nguyen, gerente de e-commerce da Conal International Trading Inc, empresa que vende as botas, se manifestou sobre o caso. Segundo ele, nada foi intencional e o que houve foi provavelmente um erro de design. No entanto, o calçado – vendido a 38,99 dólares em uma loja da Amazon – continua disponível e sem nenhum tipo de alerta aos clientes.
Fonte: Forum
N. do E.
Faz-me lembrar das sandálias que algumas prostitutas usavam na Grécia Antiga. Em vez de suásticas (não intencionais no caso do calçado da Polar, assim espero), as sandálias gregas deixavam uma mensagem de "siga-me" para as pessoas lerem na poeira das ruas. Era uma coisa de marketing.
Além disso, Cartago deve ser destruída.
Post scriptum - Cartago era uma questão romana. Usando um recurso analógico, coloquei-a entre os problemas da antiga Grécia.

Sexta-feira 13: O Empirismo da Má Sorte

Estudo
Tendo em conta que hoje é sexta-feira 13, é, portanto, o melhor momento para examinar a questão de saber se os resultados socioeconômicos das pessoas nascidas no dia 13 do mês e daquelas nascidas na sexta-feira 13 diferem dos resultados das pessoas nascidas em dias mais auspiciosos.
Os pesquisadores Dr. Jan Fidrmuc e Dr. Juan De Dios Tena Horrillo realizaram um dos raros estudos em grande escala que tenta esclarecer o assunto.
"Nós investigamos o assunto em questão usando o UK Labor Force Survey  (LFS), uma pesquisa trimestral nacionalmente representativa das famílias em todo o Reino Unido. A cada trimestre, o Office for National Statistics (ONS) entrevistou cerca de 60 mil domicílios, com mais de 100 mil respondentes individuais com idades entre 16 anos e mais. Nós usamos dados de 1999 a 2011, o que nos deu cerca de 3,9 milhões de observações."
Resultados
Os nascidos no dia 13 ou na sexta-feira 13 não precisam perder muito sono sobre as circunstâncias desfavoráveis ​​de seu nascimento.
"Encontramos pouca evidência de que ter nascido num dia 13 ou numa sexta-feira 13 esteja  associado dramaticamente com piores resultados no mercado de trabalho ou no casamento. Nossos resultados indicam um pequeno aumento na probabilidade de que os homens nascidos no dia 13 estejam empregados e uma pequena diminuição na probabilidade de que eles permaneçam solteiros."
Os autores deixam para o leitor decidir se ficar solteiro é boa ou má sorte.

O documento pode ser lido aqui, na íntegra, Friday the 13th: The Empirics of Bad Luck (in: Kyklos, Volume 68, edição 3, páginas 317-334, Agosto de 2015).
Via Improbable Research, edição de 13 de maio de 2016.

Num país não muito longe daqui assombrado pelos demônios


Da esquerda para a direita: Executivo, Legislativo, Judiciário e Mídia

Vinicius de Moraes por Vinicius de Moraes
"Eu gosto das sextas-feiras 13. Quando cai no sábado, então, é perfeito."

12 janeiro, 2017

Yin e Yang, acidentalmente

"Minha irmã gêmea idêntica e eu. Honestamente, isto não foi planejado mas acontece muito."

Na filosofia chinesa a dualidade Yin e Yang costuma ser representada por um conhecido símbolo. É o diagrama de Tai Chi em que estes dois princípios se antagonizam e se complementam. E, no clímax de cada um, ressurge a "semente" do oposto.


Uma busca na internet mostra que muitas variações artísticas já foram criadas para a representação do símbolo. Apreciem algumas delas neste meu álbum no Google+.

O osso luz

A morte nos traz um medo inerente de que, em seu fatídico dia, ela estará lá, esperando por todos nós que, enfim, poderemos descansar, ou não, na paz divina dos Céus e que, no Juízo Final, seremos resgatados para sentarmos ao lado do Senhor. Isso é o que diz a Bíblia.
Mas um médico suíço, Gaspar Bauhin, de grande renome, por sinal honrado na nomenclatura anatômica com o epônimo da válvula ileocecal, a válvula de Bauhin, em seu tratado, Theatrum anatomicum,  de 1621, nos fez a seguinte afirmação:
"No corpo humano, há […] um certo osso, o qual não pode ser corrompido nem pela água nem pelo fogo, nem por nenhum outro elemento, e muito menos ser rompido ou quebrado por alguma força externa. No dia do Juízo Final, Deus regará este osso com um orvalho celeste, e então todos os membros se juntarão em torno dele, e se reunirão num corpo que, sendo animado pelo espírito de Deus, ressuscitará vivo . (Os judeus) chamam este osso de osso luz". 
 Então, fui atrás desse osso luz e achei a seguinte possível localização para ele, de acordo com os escritos judaicos. Na passagem em que Andaryanus perguntou ao Rabi Yehoshua, filho de Chanânya:
"De que maneira Deus restaurará o nosso corpo no futuro?"
"A partir de um minúsculo osso na coluna espinhal chamado luz."
"Como o senhor sabe que o osso não apodrecerá até então?"
"Traga-me o osso, e eu lhe mostrarei", respondeu o Rabi. 
O osso foi trazido e tentaram moê-lo, mas não se desfez; foi jogado ao fogo, mas não queimou; foi embebido na água, mas não se dissolveu; foi colocado na bigorna e golpeado com um martelo, até que a bigorna se partiu em dois e o martelo quebrou-se. O osso, no entanto, permaneceu intacto. Este osso se nutre somente de alimentos preparados para a refeição de Shabat à noite e no Melavê Malká, refeição realizada após o termino de Shabat; a morte e a podridão não conseguem tocá-lo.
Andreas Vesalius o descreve como um osso sesamoide, em forma de ervilha e que se situa na primeira juntura do hálux, e outros relatos dizem que estaria na base do crânio. O que me parece é que, se neste osso de difícil localização está a minha entrada para os Céus, acho melhor eu começar a procurá-lo.

O OSSO DA SALVAÇÃO!!!, por Jean. InPhobos e Deimos

Outras leituras
Enterro Judeu, por Semira Adler Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco (texto indicado por Jaime Nogueira)
A "costela" de Adão, um eufemismo bíblico, por Paulo Gurgel

11 janeiro, 2017

Este robô fere intencionalmente as pessoas

Acidentes por robôs acontecem. Principalmente acidentes envolvendo robôs industriais,
Mas a primeira das Leis da Robótica de Asimov é muito clara:
Os robôs não podem prejudicar as pessoas.
Em Berkeley, Califórnia, o roboticista Alexander Reben decidiu quebrar esta regra construindo um robô de mesa para ferir as pessoas.
Antes de fechar as portas e janelas, vamos definir os termos: o dano causado pelo robô de Reben é o de uma alfinetada, ainda que ele tenha sido projetado para obter a quantidade máxima de dor que um alfinete pode provocar em um dedo.



Curiosamente, ele projetou a máquina para que a lesão seja infligida aleatoriamente. Às vezes, o robô fere. Às vezes, isso não acontece. De uma forma que ninguém pode prever, o robô é que decide se vai ferir a pessoa ou não.

This Robot Intentionally Hurts People—And Makes Them Bleed, Fast Company

A terceira lei da estupidez


O diagrama acima expõe a terceira das cinco leis da estupidez. As pessoas inteligentes contribuem para a sociedade e se beneficiam com isso. As pessoas indefesas também contribuem, mas em troca disso são vítimas. Bandidos procuram se ajudar, mesmo que isso signifique prejudicar as pessoas que os rodeiam. E as pessoas estúpidas prejudicam a si mesmas e os outros. Isso faz com que as pessoas estúpidas sejam mais perniciosas do que os bandidos. Enquanto o comportamento de um bandido é pelo menos compreensível, você não tem nenhuma forma racional de dizer se e quando e como e por que acontecem os ataques de uma criatura estúpida. Quando confrontado com um indivíduo estúpido você está completamente à sua mercê.
O ensaio completo está aqui.

10 janeiro, 2017

Uma estatueta profana

Uma bisavó brasileira orou por muitos anos diante de uma estatueta profana.
A mulher pensava que estava rezando para Santo Antônio, quando alguém descobriu que a imagem era de Elrond, senhor de Rivendell.
Uma parente dela, Gabriela Brandão, foi quem fez a descoberta e postou no Face com a legenda: "A mais engraçada descoberta de 2016".


"Santo Antônio não deveria ter as orelhas pontudas, não é?" 😮

Gabriela verificou na internet para confirmar o que pensava e encontrou - à venda - uma cópia exata da imagem: era mesmo Elrond, de "O Senhor dos Anéis".
A parente de Gabriela estava orando para um meio elfo!
Depois que a notícia foi postada, a bisavó recebeu uma nova estatueta - desta vez representando corretamente Santo Antônio.

Grandma accidentally prays to Elrond from Lord of the Rings, BBC

Navegar é Preciso

Os versos de Fernando Pessoa foram levados a sério pela Livraria da Vila, que desde 2011 organiza, anualmente, um cruzeiro literário intitulado Navegar é Preciso — Uma Viagem Literária por Rios Cheios de Histórias. Saindo de Manaus, o barco adentra o Rio Negro para explorar a Amazônia. Trilhas pela mata, focagem noturna de jacarés e visitas a comunidades ribeirinhas se intercalam com peças teatrais, shows musicais e encontros com escritores. Já estiveram presentes Ignácio de Loyola Brandão, Xico Sá, Amyr Klink, Fabrício Carpinejar, Zeca Baleiro, Fernando Morais, Marina Colasanti e Mario Prata, entre muitos outros artistas e escritores. Para os leitores que, quando pensam em férias, logo se imaginam rodeados de livros, colocando as leituras em dia, talvez passá-las a bordo de um cruzeiro literário possa ser ainda mais interessante.
Dica de Fernando Gurgel

7ª edição do projeto: de 1 a 5/5/2017. Vagas limitadas. Garanta sua cabine!

09 janeiro, 2017

Show de bolha

Você já deve ter visto bolhas de sabão, mas não como estas!
Jaime Nogueira



Jaime,
Em 2009, tivemos uma bolha de sabão gigante que, ao estourar, também estourou com ela um recorde mundial. E não esqueço também que, antes da bolha, aí por volta de 1963, sentado na calçada de canudo e canequinho (tublec, tublim), eu vi um garotinho (tublec, tublim) fazer uma bolinha (tublec, tublim), bolinha de sabão.
Paulo Gurgel

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NEW POST

O Mestre das Bolhas de Sabão
https://youtu.be/QseWXpkaGTY
Não lembro de ter visto alguém fazer bolhas de sabão como este artista de Taiwan. Ele pode soprar 15 bolhas, uma dentro das outras e produzir imagens quase inacreditáveis. Assista a este vídeo e divirta-se (segurando o queixo)

Cobra e macacos em Química Orgânica

O químico alemão August Kekulé (1829-1896), durante uma noite do ano de 1865, após uma década pesquisando as ligações dos átomos de carbono, adormeceu defronte a lareira sonhando com uma cobra que mordia o próprio rabo, a Ouroboros. Essa visão onírica serviu-lhe de inspiração para o entendimento da estrutura molecular do hidrocarboneto benzeno.

Figura 1
Em uma edição do humorístico Berichte der Deutschen Gesellschaft Chemischen,em 1886, sobre a constituição de benzeno, FW descobriu que "a zoologia era capaz de esclarecer o comportamento do átomo de carbono":
Da mesma forma que o átomo de carbono, que tem afinidades com quatro ligações, existem membros de famílias de animais que possuem quatro mãos, e com as quais agarram objetos e podem agarrar-se entre si. Se, pensarmos em um grupo de seis membros do Macacus cynocephalus, por exemplo, formaríamos um anel em que eles oferecem um ao outro, alternadamente, uma e duas mãos, e assim chegaríamos a uma analogia completa com o hexágono do benzeno (figura 2).
Como, no entanto, o supracitado Macacus cynocephalus, além das suas quatro mãos, possui também um órgão de preensão na forma de um apêndice caudal, ao levarmos isso em conta, torna-se possível ligar os seis indivíduos do anel de outra maneira. Deste modo, chega-se então a uma segunda representação (figura 3). E esta sendo, obviamente, diferente da primeira, fará com que a molécula do benzeno se comporte de forma diferente.

        Figura 2                                                  Figura 3        

–John Read, Humour and Humanism in Chemistry, 1947.

08 janeiro, 2017

O Caso Lula - a luta pela afirmação dos direitos fundamentais no Brasil

"... em países desenvolvidos, a liberdade de imprensa geralmente é colocada acima do direito à privacidade, mas abaixo do direito à presunção de inocência." ~ Nilo Batista
São 18 artigos de 22 autores, entre advogados, acadêmicos e membros do MP e do Judiciário que, reunidos em um livro, fazem parte da estratégia da defesa de Lula de levar ao Comitê de Direitos Humanos da ONU a reclamação de que ele não está tendo um julgamento imparcial no Brasil.
Como sugere o título, a obra toma o caso de Lula para denunciar o que é apresentado como um perigo geral: a LJ "está sendo conduzida de forma a violar os direitos humanos de seus alvos e, em particular os de Lula", como diz o advogado britânico Geoffrey Robertson.
O direito, enquanto disciplina técnica e com critérios objetivos, não pode ser confundido com a moral, sob pena de que agentes "predestinados" e "iluminados" possam surgir como salvadores da pátria, em detrimento das próprias leis.
Citado nominal ou indiretamente no decorrer de todo o livro, o juiz Moro é o alvo principal do livro.
Um capítulo particularmente merece atenção especial. O autor é Sílvio Ferreira da Rocha, e o título "A imparcialidade do juiz". O Diário do Centro do Mundo selecionou para compartilhamento com seus leitores onze frases desse capítulo:
1) Todo juiz em relação ao qual possa haver razões legítimas para duvidar de sua imparcialidade deve abster-se de julgar o processo.
2) A imparcialidade é uma garantia processual de que o processo será justo. A imparcialidade judicial reclama a neutralidade do órgão julgador; ela significa desinteresse e neutralidade; consiste em colocar entre parênteses as considerações subjetivas do julgador. É a ausência de preconceitos.
3) A imparcialidade é o fundamento de legitimidade do poder de julgar.
4) A imparcialidade é essencial para o apropriado cumprimento dos deveres do cargo de juiz. Aplica-se não somente à decisão, mas também ao processo de tomada de decisão.
5) A imparcialidade é a qualidade fundamental requerida de um juiz e o principal atributo do judiciário. A imparcialidade deve existir tanto como uma questão de fato como uma questão de razoável percepção.
6) A percepção de imparcialidade é medida pelos padrões de um observador razoável. A percepção de que o juiz não é imparcial pode surgir de diversos modos. Por exemplo, da percepção de um conflito de interesses, do comportamento do juiz na corte, ou das associações e atividades de um juiz fora dela.
7) Basta a percepção de que um juiz não é imparcial para afastá-lo da condução do processo.
8) Qualquer juiz a cujo respeito houver razão legítima para temer uma falta de parcialidade deve retirar-se.
9) O juiz deve estar alerta para evitar comportamento que possa ser percebido como uma expressão de parcialidade ou preconceito. Fora da corte, também o juiz deve evitar o deliberado uso de palavra ou conduta que poderia razoavelmente dar margem a uma percepção de falta de imparcialidade.
10) A percepção de parcialidade corrói a confiança pública, pois se um juiz parece parcial a confiança do público no judiciário se corrói.
11) Um observador razoável terá a impressão de quebra de imparcialidade ao ver um magistrado que conduz procedimento criminal ser sistematicamente homenageado por declarados desafetos dos investigados ou dos réus.

Conheça os mecanismos de lawfare usados contra Lula. VÍDEO

O psicólogo Daniel Khneman, Nobel de Economia, no livro "Thinking Fast And Slow", escreveu que "uma maneira confiável de fazer as pessoas acreditarem em falsidades é a repetição frequente delas, porque a familiaridade não é facilmente distinguível da verdade".

A religião na guerra cibernética

Algumas medidas são necessárias para proteger os servidores dos hackers:

"... mas livrai-nos do malware. Amém."

Religion in cyberwar, Cyberwarzone

Ver também: A bruxa do Vale do Silício

Oliver Stone no Brasil

Em visita a São Paulo, para promover o lançamento de "Snowden - Herói ou Traidor", o cineasta Oliver Stone comentou o processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
"É, verdadeiramente, a definição de um golpe de Estado. E os Estados Unidos apoiaram. Eles reconheceram o novo governo imediatamente", disse ele, em entrevista exclusiva ao UOL.
O filme dirigido por Oliver Stone conta a história de Edward Snowden, o servidor da NSA (Agência de Segurança Nacional) dos EUA que decidiu, em 2013, deixar o serviço e revelar a extensão do programa de vigilância do governo aos jornalistas Glenn Greenwald e Ewen MacAskill e à cineasta Laura Poitras.
Jaime Nogueira


07 janeiro, 2017

Uma noite no Museu de Cera de Madrid

Notícia de "El País" (25 de setembro, 1984):
O escritor e jornalista Juan Madrid vai tentar passar a noite de hoje na Galeria de Crime do Museu de Cera de Madrid. Durante a sua estada no local, ele irá gravar e escrever suas impressões e reflexões, que depois serão dadas a conhecer aos ouvintes da "Radio El País".
Esta estação, que organiza a criativa aventura, vai conectar-se à meia-noite com o Museu de Cera para transmitir a entrada do escritor no local. A seguir, as portas serão fechadas até às oito horas do dia seguinte, o horário em que a Rádio reconecta-se com o Museu.
Durante a permanência de Juan Madrid no Museu de Cera, as luzes permanecerão desligadas, exceto a existente ao lado da cama em que se encontra a estátua do assassino Antonio Teruel, ao lado da qual o romancista poderá se recostar para descansar.
Para se movimentar nas instalações ele terá apenas uma lanterna.


Epílogo
Ainda se acha em exposição no Museu (foto), o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) que Juan Madrid escreveu e assinou, isentando o Museu de todas as possíveis consequências a seu ato de trancar-se por lá durante uma noite.
https://museoceramadrid.wordpress.com/2016/01/15/una-noche-en-el-museo-de-cera/

Que idiomas descenderão do inglês?

As línguas estão sempre mudando e, às vezes, elas dão à luz a novas línguas. O sânscrito deu origem ao hindi e outros idiomas. O latim é ancestral a um conjunto de línguas, incluindo o italiano, o francês, o espanhol, o português e o romeno. Mais recentemente, o afrikaans veio do holandês.
Mas o inglês? O que vai dar à luz?
O linguistas já identificaram três fatores importantes para o surgimento de novas línguas, que são o tempo, a separação e o contato com outras línguas.
O tempo - O latim passou por isso para se tornar o italiano, mas o inglês de Shakespeare e o inglês moderno ainda são vistos como duas versões da mesma língua, assim como são o grego antigo e o grego moderno.
A separação - A distância geográfica, a divergência cultural e a independência política ajudam a dar uma identidade independente a uma variante de uma língua. Como disse Max Weinreich, em sua famosa frase: uma língua é um dialeto com um exército e uma marinha. A separação política permitiu que o dinamarquês fosse um idioma nórdico distinto.
O contato - É uma força muito importante. A influência mútua entre as línguas leva ao empréstimo de palavras e até mesmo de estruturas gramaticais. Houve influências do dinamarquês, do norueguês e do francês para o anglo-saxão se tornar o inglês de Chaucer, e o francês descendeu do latim com alguma influência do celta e das línguas germânicas.
[...] temos a tendência de pensar no inglês moderno como o ponto culminante de sua história. Um assunto com, no máximo, pequenas mudanças no futuro. Nós raramente perguntamos sobre os idiomas que descenderão do inglês: quais idiomas serão para o inglês como francês e o italiano são para o latim?
Ler mais.
O exemplo sranan
Também chamado de idioma surinamês, que é falado por cerca de 400.000 pessoas no Suriname (e a primeira língua de cerca de 130.000 deles), o sranan (ou taki-taki) tem uma base de inglês com um vocabulário do português, holandês e de línguas do Oeste Africano. Ele surgiu na década de 1900, mas foi desencorajado pelo sistema de ensino holandês. Após o Suriname conquistar a independência, o status do sranan aumentou consideravelmente. Não é verdadeira e mutuamente inteligível com o inglês, como mostra este exemplo no omniglot.com: "A ben de so taki wan dei mi mama ben bori okro".
N. do T.
Eu tenho uma resposta pronta para a pergunta de James Harbeck, o autor deste artigo na BBC - Culture:
Que idiomas? Sei lá, mas acho que o inglês será o latim do futuro.

06 janeiro, 2017

Os pinguins quando ouvem músicas

A Expedição Escocesa à Antártica, em sua viagem de 1904, trouxe uma contribuição única para a ciência:
"Um bom número de pinguins-imperadores tinham sido capturados. Para testar o efeito da música sobre eles, Piper Kerr tocou sua gaita de foles – mas, nem marchas empolgantes, nem lamentos melancólicos tiveram qualquer efeito sobre essas aves fleumáticas e letárgicas; não se percebeu nelas nenhuma emoção, nenhum sinal de apreço ou desaprovação, apenas uma sonolenta indiferença."
— Rudmose Brown et al., The Voyage of the "Scotia", 1906


Comentário - O comportamento frio dos pinguins mostrou-se em consonância com o tipo de instrumento tocado.

Ver também: Os pinguins quando morrem.

Resoluções para 2017

Minha única resolução para o ano vindouro é aplicar o benefício da dúvida a meu favor: todos são desonestos, aéticos e amorais até prova em contrário.
A prova em contrário será aceita apenas com a conduta ilibada diária e constante.
Não adianta apresentar provas de conduta anterior, certidões negativas e a firme convicção de terceiros.
Quero ver, ouvir e comprovar a conduta diária em prol da amizade sem interesse, da solidariedade sem segundas intenções e da fraternidade por amor.
Não me venham com amizade de circunstâncias, solidariedade para aplacar culpas e fraternidade para faturar.
Quero autenticidade.
Fantasias serão bem vindas, malucos belezas serão necessários e o eterno amor pela fluidez da vida será cultuado em sua plenitude.
Tudo em prol da vida, da felicidade, da segurança de confiar e da confiança na amizade sincera.
Talvez a honestidade do cinismo, da ironia, do desprendimento total e da anarquia ética sejam importantes, mas não necessárias.
A única coisa que importa é se você se importa, ou se você é importante pela sua conduta ilibada e confiança que irradia.
Nada mais importa.
Jogue na fogueira das inutilidades e coisas nefastas
a pessoa de sua confiança, que rouba a merenda da criança faminta,
que mata sonhos na fila do hospital,
que rouba até a última gota do soro do moribundo.
Jogue no estrume do lixão
o que faz adoecer e destruir completamente a cidadania
nas filas dos órgãos públicos, do judiciário e do legislativo,
e todos aqueles que agem apenas em causa própria.
Vamos acabar de vez
com as morais de conveniência,
religiões do medo,
políticas de comércio,
justiças injustas,
saúde que mata,
segurança que gera mais insegurança,
educação que gera ódio
e relacionamentos pífios de internet na vida real.
A vida não espera para ser vivida e é única.
Tem que dar certo enquanto ainda estamos vivos ou nunca mais.
Então, de resoluções não cumpridas em resoluções verdadeiras vamos fazer um pacto: se não for sincero procure o que fazer de sua vida, não, da minha.
E que o grande dilema da humanidade seja apenas ser feliz amando, sendo amado ou se extasiando com o pôr do sol.
Que o Feliz Natal seja no SEU natalício e que o Ano Novo comece a cada dia e seja maravilhoso, um marco para toda a eternidade dessa existência efêmera.
Fernando Gurgel Filho

N. do E.
Propriedades do número 2017.