31 março, 2011

Nós, os pinguins da Patagônia

por Fernando Gurgel Filho (de Brasília)

Eles chegam cansados e com fome. Debilitados pela procura de alimentos e de um lugar onde ficar. Muitos chegam doentes, alguns machucados. Se não são socorridos, morrem.
Antigamente, eram visitas incômodas. Viravam brincadeiras de adultos e crianças quando chegavam. Depois, eram enxotados para longe, maltratados, ninguém os queria por perto. Prefeitos e servidores públicos chegavam a levá-los para bem longe de suas cidades.
Mas, felizmente, esta situação mudou muito. Hoje, são recolhidos com carinho, recebem alimentos e um lugar para ficar. Os que precisam recebem tratamento veterinário, remédios e uma atenção nunca vista. Há um batalhão de servidores públicos e de voluntários para lhes dar conforto e segurança. Até que estejam fortes o bastante para retornarem a seus lugares de origem. Depois são levados, de avião, até lugares onde possam continuar a viagem em relativa segurança.
Um tratamento humanitário sem limites. Um tratamento correto. Como deve ser o tratamento humano para com todos os seres deste planeta.
Quem sabe, um dia, os nossos humanos abandonados, principalmente as crianças e adolescentes, não recebam o mesmo tratamento que os pinguins da Patagônia?
Ainda acredito que este dia chegará!
Poderíamos começar mudando os nomes: ao invés de mendigos ou sem-teto, aqueles que procuram nossas cidades em busca de comida e algum conforto, ou os que vivem nas ruas, chamaríamos de pinguins da Patagônia.
Quando eles se aglomerassem em alguma cidade, espalharíamos a boa-nova: “Sua cidade - ou a praça/praia de sua cidade - está cheia de pinguins da Patagônia!”
As pessoas largariam tudo e sairiam em desabalada carreira para vê-los e dar-lhes boas-vindas.
Talvez se desiludissem à primeira vista. Afinal, como acontece com os pinguins, que imaginamos ser maiores e mais charmosos do que são, com os humanos pode acontecer a mesma coisa. Quando estão em seu habitat natural podem parecer sujos e feios. Mesmo assim, as pessoas do lugar logo se acostumariam e os achariam dignos de todo afeto e solidariedade.
Os ecologistas e biólogos depressa tratariam de limpá-los, medi-los, pesá-los e alimentá-los. Médicos seriam colocados de plantão para atender os que estivessem machucados ou doentes. A prefeitura reservaria – ou já estaria reservado – um lugar limpo e acolhedor para todos. As pessoas se cadastrariam como voluntárias para ajudar no dia-a-dia.
Finalmente, quando os nossos pinguins da Patagônia estivessem fortes e sadios, seriam levados de avião para onde quisessem. De graça, claro.
Afinal de contas, um pinguim da Patagônia merece um tratamento “humano”. Como todo ser vivo.

"Carruagens de gelo"
- o vídeo que o Oscar ignorou -


Fumando nas trincheiras

Uma superstição existente nas trincheiras da I Guerra Mundial: se três cigarros eram acesos pelo mesmo fogo, o terceiro trazia má sorte ao grupo.

Talvez não fosse apenas uma superstição. Porque três soldados, na escuridão da noite, ao dividirem o fogo com que acendiam os cigarros, eles também se tornavam alvos fáceis de seus inimigos.
Li sobre isso muito tempo atrás. E esse assunto foi retomado pelo blog La Aldea Irreductible.

30 março, 2011

Bicicleta e automóvel. A diferença fundamental

-

ESTA SE MOVE A GORDURA E ECONOMIZA SEU DINHEIRO.
ESTE SE MOVE A DINHEIRO E ECONOMIZA SUA GORDURA.

Do agito ao grito

O Grito de Munch
O pintor norueguês Edvard Munch (1863 – 1944) foi um dos precursores do expressionismo. Aos trinta anos de idade, ele pintou O Grito (no original Skrik), considerado a sua obra máxima. É um quadro em que uma figura humana, tendo como pano de fundo as docas de Oslo ao pôr-do-sol, é representada em um momento de angústia e desespero. Munch chegou a pintar quatro versões (para substituir as cópias que ia vendendo) e a fazer uma litografia para O Grito.
Atrás da cena
Para pintar o famoso quadro, Munch teve que usar um expediente pouco recomendável. EntreMentes mostra aqui o que ele andou fazendo.
Slideshow
The Scream by PGCS
Aviso - Com a autoexclusão (nome bonito para saída) do site www.slide.com da internet este slideshow deixou de estar disponível. Uma pena! Era um servidor que tinha recursos interessantes. Contudo, as imagens que faziam parte do slideshow ainda podem ser vistas como álbum no Google+.

28 março, 2011

A "nuvem" do Catar

Cientistas da Universidade do Catar apresentaram o projeto de um aparelho que funcionaria como uma “nuvem artificial” para amenizar o calor previsto nos jogos da Copa do Mundo de 2022, a ser realizada no país.
O calor do verão no Catar é uma das principais preocupações da Fifa e da organização do Mundial.
Movido a energia solar, o aparelho seria comandado por controle remoto e construído com uma liga de carbono leve e resistente.
A “nuvem” flutuaria no céu com a ajuda de gás hélio, bloqueando os raios solares e refrescando o estádio onde se realiza o jogo. O aparelho também seria programado para mudar de posição de acordo com o movimento do sol.
Calcula-se que construir o aparelho custaria algo em torno de US$ 500 mil, mas o custo poderia ser menor se mais “nuvens” forem produzidas em grande escala.

Fonte: BBC Brasil

O caçula dos algarismos

Na antiguidade, o zero já era utilizado para fazer cálculos quando, de fato, ainda não tinha sido inventado. Era, por exemplo, levado em consideração nas pedrinhas dos ábacos que permaneciam abaixadas.
Quem inventou o símbolo para o zero foram os indianos, que tinham um sistema numérico baseado no número 10. Nesse sistema, criado por volta de 200 a.C. , a inclusão do zero só aconteceu há aproximadamente 1.300 anos. E, por terem sido os árabes que levaram o sistema numérico da Índia para a Europa, aí por volta do século 10 d.C., é que os algarismos que usamos são chamados de indo-arábicos.


"O zero foi, portanto, o último algarismo a aparecer no prodigioso edifício da numeração." Malba Tahan

27 março, 2011

Queria apito

O lendário ator Humphrey Bogart trabalhou em 75 filmes, muitos dos quais se tornaram clássicos da cinematografia mundial, tais como "Casablanca", "O Tesouro de Sierra Madre" e "Relíquia Macabra".
Em 1944, ele atuou em "Uma Aventura na Martinica" ("To Have and Have Not"), ao lado de Lauren Bacall, a qual se tornaria sua quarta esposa. No filme, ficaria famosa esta frase dita por Bacall a Bogart: "If you need anything, just whistle".
Tradução: Se você precisa de algo, assovie (=apite) .
Quando Bogart morreu, em 1957, Bacall colocou um apito (em que se lia a frase original do filme, of course) na urna de prata que guardou as cinzas do ator.

Ópera no Café

Uma apresentação-surpresa do Coro "Premier Ensemble" da Asociación Gayarre Amigos de la Ópera de Navarra (AGAO) no Café Iruña de Pamplona, em 7 de maio de 2010.
Celebração do "Dia Europeu da Ópera".
Uma dica de Fernando Gurgel Filho.


"TODO ARTISTA TEM DE IR AONDE O POVO ESTÁ."

Rever no blog: Ópera no Mercado, que foi uma sugestão de Nelson José Cunha.

26 março, 2011

Cara, crachá...

Onde trabalhou nas últimas décadas Hosni Mubarak não precisava andar de crachá.
As "riscas de giz" de seus bem cortados ternos eram impressas com o nome do ex-ditador egípcio.
Confiram isso no close da imagem.

Ó flor!

Winston Graça, do site Saco de Gato, me enviou uma Amorphophallus titanum, digo, a imagem de uma planta que tem uma flor peculiar.
Ela cresce a 2 metros de altura e chega a pesar 75 quilos: é a maior flor do mundo!
Ela é também chamada "flor cadáver", devido ao odor de putrefação (lembra o de peixe podre) que a flor exala. Contudo, é com esse mau cheiro que ela atrai os insetos que a polinizam.
Em cerca de 40 anos que a Amorphophallus titanum vive, ela só floresce 3 vezes. Numa prova de que a Natureza é sábia, muito sábia.

25 março, 2011

Professor Ahn, o monocular

O professor Ahn Sang-soo, da Universidade Hongik, Coreia do Sul, mantém um fotoblog para lá de esquisito. As postagens trazem fotografias de pessoas com a mão a ocluir um dos olhos.
O que o oftalmologista Nelson Cunha, a quem essa manobra é familiar por um motivo estritamente profissional, tem a dizer sobre isso?

http://ssahn.com/

Ver também (com os dois olhos) O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UMA LOGOMARCA.

Roman à clef

É um recurso narrativo utilizado em diversas formas artísticas, não apenas em romances. Esta expressão francesa, cuja tradução aproximada é "romance com chave", emprega-se para designar uma obra em que o autor trata de pessoas reais por meio de personagens fictícios.
 Em alguns casos, o autor recorre a anagramas ou pseudônimos para referir-se a sujeitos reais; noutros, vale-se de uma tabela que permite converter números ou iniciais nos nomes correspondentes (verdadeiros).
As razões que levam um autor a utilizar o roman à clef são:
  • o caráter controverso do tema narrado;
  • a necessidade de compartilhar, com algum nível de discrição, informações privilegiadas sobre bastidores, vida íntima ou escândalos de outrem, escapando de acusações de violação de privacidade ou difamação;
  • o desejo de dar a certa história o desfecho que gostaria que ela tivesse tido;
  • a oportunidade de retratar eventos ou experiências autobiográficas sem se expor.
Em pelo menos dois de seus livros, o romance "Maquis: de Redenção à França Ocupada" e a peça de teatro "Revelações de um Maquisard - Révélations d'un Maquisard" (edição bilingue), Marcelo Gurgel utiliza-se do roman à clef para dar aos respectivos enredos, possivelmente, os desfechos que ele gostaria de que tivessem acontecido. PGCS

24 março, 2011

Uma batida de carro

- Mãe, vou lhe contar logo. Bati o carro!
- Meu Deus, filha, machucou-se?
- Não, estou bem.
- Bateu o carro onde, minha filha?
- Na árvore que fica em nossa calçada, quando entrei na garagem…
- Mas essa árvore fica na rua de trás!
- É que… Bem, é melhor a senhora ir lá para ver…


DIGnow, Blog do Riso, Procurando Vagas, Vale Independente etc 
(na maioria das fontes com o título "Aconteceu em Belo Horizonte").

+ do gênero
Fúria de matar, Uma caldeira autotransportávelA árvore solitária de Ténéré, Estacionamentos.

O teste de Fagerström

É um dos questionários mais empregados para avaliar o grau de dependência à nicotina que o fumante apresenta.
Leva em consideração: o tempo que ele leva até acender o primeiro cigarro do dia, o grau de dificuldade para ele se abster de fumar em locais públicos, o cigarro do dia que lhe traz maior satisfação, quantos cigarros ele fuma por dia, se fuma mais com maior frequência pela manhã e, finalmente, se fuma quando está doente e acamado.

O teste está no blog Acta Pulmonale, no item "Calculadoras".

23 março, 2011

Exercícios práticos para treinamento de futuros papais e mamães

Vestindo a roupinha
Compre um polvo vivo de bom tamanho e vá colocando nele, sem machucá-lo, nesta ordem: fraldas, macaquinho, blusinha, calça, sapatinhos, casaquinho e touquinha. Não é permitido amarrar nenhum dos membros.
Tempo de execução da tarefa: uma manhã inteira.

Comendo sopinha
Faça um buraquinho num melão, pendure-o a seguir no teto com um barbante comprido e balance-o vigorosamente. Agora tente enfiar a colherinha com a sopa no buraquinho. Continue até ter enfiado pelo menos metade da sopa pelo buraquinho. Despeje a outra metade no seu colo. Não é permitido gritar. Limpe o melão, limpe o chão, limpe as paredes, limpe o teto, limpe os móveis à volta. Vá tomar um banho.
Tempo para execução da tarefa: uma tarde inteira.

Passeando com a criança
Vá para a pracinha mais próxima. Agache-se e pegue uma bituca de cigarro. Atire fora a bituca, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue um palito de picolé sujo. Atire fora o palito, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue um papel de bala. Atire fora o papel de bala, dizendo com firmeza: NÃO. Agache-se e pegue uma barata morta. Atire fora a barata morta, dizendo com firmeza: NÃO. Faça isso com todas as porcarias que encontrar no chão da pracinha.
Tempo para execução: o dia inteiro.

Passando a noite com o bebê
Pegue um saco de arroz e passeie pela casa com ele no colo, das 20 às 21 horas. Deite o saco de arroz. Às 22h pegue novamente o saco e passeie com ele até às 23h. Deite o saco e vá se deitar. Levante à 1h30 e passeie com o saco até às 2h. Deite o saco e você. Levante às 2h15 e vá ver a sessão corujão porque não consegue mais pegar no sono. Deite às 3h.Levante às 3h30, pegue o saco de arroz e passeie com ele até às 4h15. Deitem-se os dois (cuidado para não usar o saco de travesseiro). Levante às 6h e pratique o exercício de alimentar o melão.

Recomendações finais
É permitido chorar.
Repita tudo o que disser, pelo menos cinco vezes.
Repita a palavra NÃO a cada 10 minutos, fazendo o gesto com o dedinho.
Gaste uma parcela significativa do seu orçamento com leite em pó, fraldas, brinquedos, roupinhas.
Passe semanas a fio sem ir ao cinema, sem beber, sem sair com amigos.
Não é permitido enlouquecer!

Repassado por Fernando Gurgel Filho.


TPM

:-)

TPM, a versão masculina
Homem com TPM odeia até carinho no pinto. Veja aqui a prova disso.

21 março, 2011

O TEDx São Paulo

Em 2009, pensadores brasileiros das várias áreas do conhecimento se reuniram em São Paulo para avaliar o papel do Brasil no contexto global.
Quais seriam as ideias de um país moldado pela diversidade que podem ajudar a construir um mundo melhor?
Esse foi o TEDxSP: o encontro de uma comunidade sob o espírito de "ideias que merecem ser espalhadas".
Os números do evento:
  • 900 participantes
  • 34 palestrantes
  • 12 horas de duração
  • 3863 xícaras de café
Todas as conferências do evento estão disponíveis em vídeos no site do TEDxSP.
Dica do colaborador Nelson Cunha. 

Um destes vídeos: As mudanças causadas pela biotecnologia.

Os Prêmios Pigasus

São concedidos anualmente pela James Randi Educational Foundation às pessoas ou instituições que mais contribuíram para a disseminação das bobagens em geral.
A vencedora em 2009, na categoria instituição que mais gastou dinheiro em pseudociência, foi o Ministério de Assuntos Internos do Iraque.
O Ministério gastou, até o fim de 2009, 85 milhões de dólares numa varinha mágica chamada ADE 651. Cada uma delas chega a custar até 60 mil dólares. Supostamente, esse dispositivo, que não tem nenhum componente ativo, serviria para detectar bombas. Porém, os atentados continuam a acontecer no país e, mesmo após terem sido completamente desmascarados quanto à eficácia, o Ministério ainda defende a compra dessa varinha.

Ver a relação dos vencedores do Pigasus 2009 no blog do Eduardo Kalinowski.

20 março, 2011

Diálogo mineral


Versão: PGCS
Ver também...
Diálogo humano-mineral.

♪Choro bandido♪

Neste vídeo, de um modo informal, Edu Lobo, Chico Buarque e Tom Jobim (este ao piano) cantam "Choro bandido". A canção, cuja melodia é de Edu Lobo (o maior músico brasileiro da atualidade), foi composta para a peça "O corsário do rei", de Augusto Boal.
A letra é do próprio Chico. Atentem para estes versos:
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons.
Um deus sonso e ladrão
Ao sair de uma caverna, Hermes deparou-se com uma tartaruga, e disse que ela anunciava boa sorte. Conferiu-lhe dons: enquanto vivessem as tartarugas seriam uma proteção contra o mau-olhado e, ao morrerem, aprenderiam a cantar belas canções. Continuando a trapaça, levou-a para o interior da caverna onde a matou. Usou o casco da tartaruga para fazer o corpo da primeira lira. Com tripas de ovelha fez sete cordas, esticou-as e afinou-as. Logo, com o instrumento que inventara, acompanhou seu próprio canto.



Em seu ensaio A mitologia greco-latina na canção Choro Bandido, André A. Almeida, mestre em Lingüística pela Unicamp e professor da Anhangüera Educacional, mostra quão riquíssima é a letra desta canção em referências à cultura clássica.

19 março, 2011

Olhos mortíferos - 2

-

Tradução: PGCS

Dez vantagens da terceira idade



Tua quantidade de neurônios finalmente baixou a um nível administrável.

Teus segredos estão seguros com teus amigos, pois eles tampouco podem recordá-los.

Tuas articulações fazem uma previsão do tempo mais exata do que a do Serviço de Meteorologia.

Ninguém pensará que és hipocondríaco; agora, sim, tens todas aquelas doenças.


Já não tens que estudar nada, agora te estudam.

Não é o policial que te diz para ires mais devagar; é o médico.

Já não te importa esconder a barriga.


Não queres mais saber aonde tua mulher vai, contanto que não vás com ela.

Quando fazes festas em tua casa, os vizinhos nem notam.

As coisas que agora compras não chegarão a ficar velhas.


Fonte: Web

18 março, 2011

Ecologicamente correto

por Fernando Gurgel Filho (de Brasília)

Na igreja, depois do sermão, o padre falou:
- Quem quer ir para o céu levante a mão!
Todos os presentes foram rápidos e ergueram as mãozinhas.
- Quem quer ir para o céu AGORA!
Apenas algumas mãozinhas inocentes ficaram levantadas. Não devem ter entendido a proposta do padre.

Cartunista: Pavel Constantin, Romênia
Podemos fazer o mesmo teste:
- Quem quer o mundo livre de poluição e ecologicamente correto?
É quase certo que todo mundo, seja ecologista ou não, levantará as duas mãos de uma vez só. Entusiástica e convictamente.
- AGORA!
Se há turma parecida, podemos esperar que apenas alguns xiitas, mais aqueles que não entenderam as implicações da proposta, levantem timidamente as mãos.
Porque, para termos perspectiva imediata de um mundo melhor no futuro, devemos, em primeiro lugar, acabar definitivamente com a queima de petróleo e seus derivados. Depois, proibir terminantemente a construção de residências, o corte de árvores e a prospecção de minérios.
Isso necessariamente implica acabar imediatamente com qualquer veículo e máquina que utilize óleo, gasolina, álcool, carvão vegetal ou mineral, bem como com indústrias de móveis, decorações e construções de um modo geral.
Isso é possível?
Duvido e posso afirmar com total segurança que NUNCA será viável.
Paliativos sempre existirão, mas serão apenas algumas penitências e rezas para aplacar os deuses - no caso dos fiéis - ou a consciência dos que se dizem ecologistas.
Vamos exemplificar com a construção de uma casa ecologicamente correta. O material utilizado, bem como a forma de construir, pode trazer vários benefícios para o meio ambiente e para os moradores.
Entretanto, nenhuma casinha, por menor que seja, deixa de ser agressiva ao meio ambiente. No meu modesto entender, ecologicamente correta é uma adjetivação totalmente descabida.
Em primeiro lugar, uma construção necessita necessariamente de um terreno limpinho. Nenhuma graminha sobrevive em baixo de uma construção.
Depois, há que se evitar excesso de umidade. Então, qualquer tentativa de frutificar uma nascente na região deve ser eliminada, senão a construção degrada em pouco tempo.
Aí, como não há ser humano que conviva com insetos, devem ser eliminados cupins, formigas, lacraias, escorpiões, aranhas, baratas, mosquitos, moscas etc.
Durante a fase de construção, é enorme a demanda por água, matérias-primas e energia. A produção de lixo e resíduos é imensa. Quando finalmente habitada, os danos ao planeta já terão sido irreversíveis, e aí é que começa a pior parte, com necessidade de mais água, esgoto, energia, matérias-primas para móveis e eletrodomésticos e mais produção de lixos e resíduos.
E haja carros, asfaltos e danos ao meio ambiente.
Então, quem quer salvar o planeta AGORA?

A aranha

  1. É incapaz de fazer bem a uma mosca.
  2. Vive acertando na mosca, inclusive.
  3. Fala uma língua própria. Mas "arranha" nas outras.
  4. Quando descansa faz crochê.
  5. Joga no gol com a expectativa de que algo atinja o "filó".
  6. É a engenheira do bidimensional.
  7. Carnívora, mas não quer conversa com as plantas do tipo.
  8. E evita meter-se em palpos de outras.
  9. Seu lema: fiar confiando...
  10. Acima de tudo, teme o Dia da Faxina Final.
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PGCS

17 março, 2011

A prova da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
O diretor respondeu:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.
- Ah! Entendi – disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
- Não! – respondeu o diretor – uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.
O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

“Às vezes, a vida tem mais opções do que as oferecidas, basta saber enxergá-las”.

Bônus
Acessar o Crooked Brains para ver:






31/12/2012 - Atualizando o bônus...

Revelações de um Maquisard. Lançamento de livro

CONVITE
A Universidade Estadual do Ceará, a Unimed Fortaleza e a Aliança Francesa de Fortaleza convidam para a noite de autógrafos de "Revelações de um Maquisard - Révélations d'un Maquisard", novo livro do médico e economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva.
Trata-se de uma edição bilingue, com tradução francesa da Profa. Cristiene Ferreira da Silva, e prefácio do jornalista e teatrólogo Gilmar de Carvalho.
A obra foi editada sob os auspícios da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, mediante aprovação no Edital do Prêmio Literário para Autor(a) Cearense, na Categoria Dramaturgia (Prêmio Eduardo Campos), patrocinado pelo Governo do Estado do Ceará.
A renda integral desse lançamento será revertida para as ações sociais do "Movimento Emaús - Vila Velha".
O autor e seu livro serão apresentados pelo Diretor de Ensino da Organização Educacional Farias Brito e membro da Academia Cearense de Letras, Prof. Genuíno Sales.

Serviço
Local: Faculdade Farias Brito - Espaço da Palavra, na Rua Castro Monte, 1.364, esquina com a Avenida Júlio Abreu, Fortaleza - CE.
Data: 17 de março de 2011 (hoje), às 19h30min.

16 março, 2011

O porre do padre

O padre era novato e não conseguiu fazer seu primeiro sermão: estava nervosissimo!
Foi aconselhado por um paroquiano a pingar umas gotas de vodca na água, uma hora antes da missa.
No dia seguinte, o padre ficou em dúvida se era para pingar vodca na água ou pingar água na vodca. Optou pela segunda alternativa. Esperou o efeito da receita e foi fazer o sermão.
Ná semana seguinte, recebeu uma carta do bispo que dizia:

Prezado Padre José,
Que Deus esteja convosco.
Recebemos muitas reclamações sobre seus sermões e eu mesmo, disfarçadamente, fui assisti-lo.
Faço aqui algumas observações que poderão, se acatadas, garantirem sua permanência no sacerdócio.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo,
Dom Armando 

1) O manto de Nosso Senhor Jesus Cristo não deve ser usado como guardanapo.
2) Existem 10 mandamentos e não 12. Não comer a mulher do próximo é interpretação sua.
3) Houve 12 apóstolos e não 10.
4) Judas traiu Jesus, não o "sacaneou".
5) Jesus não enforcou Jesus e Tiradentes não tem nada a ver com a história.
6) O Pai, O Filho e O Espirito Santo não são "O Velho, o Júnior e o Aparecido".
7) A hóstia não é chicletes; portanto, evite tentar fazer bolas com ela.
8) Aquela "casinha" é o confessionário e não o lugar de urinar.
9) Evite abraçar apaixonadamente a imagem de Nossa Senhora.
10) Chamar o público para cantar é correto, mas fazer trenzinho e correr pela igreja foi demais.
11) Água benta é para se benzer e não para refrescar a nuca.
12) Nunca reze a missa com o pé sobre a Bíblia Sagrada.
13) Não distribua vinho e sim hóstias.
14) Edir Macedo não é Diretor Financeiro da Igreja Católica.
15) Evite abanar-se com a batina quando estiver fazendo calor e procure usar uma cueca por baixo da batina.
16) Jesus nasceu em Belém, mas não é "conterrâneo da Fafá".
17) Quem peca é um pecador; não um "filho da puta".
18) Quem peca vai para o inferno; e não "para a puta que o pariu".
Deus o perdoe por suas ofensas.
Em tempo: Aquele sujeito ao lado do altar, a quem você se referiu como "travecão" vestido de viúva, era eu.

Ao Editor do EM:
Essa piada corre pela Internet. Usei a ideia central e elaborei algumas modificações. Deve ser deixada a informação de que a idéia original - um padre bêbado - não é minha.
Nelson Cunha

"Salve o Bule"

Glauco, o criador de Salve o Bule, conta como surgiu a ideia de iniciar um blog com esse nome. Foi em 2005 ao ler na internet a manchete de uma notícia.

MALÁSIA PRENDE 58 SEGUIDORES DA SEITA DO BULE GIGANTE

"A partir desse dia", esclarece Glauco, "resolvi adotar este maravilhoso símbolo (NADA MAIS, NADA MENOS, QUE O INCOMPARÁVEL BULE !!!) para a divulgação das notícias de 'fundamental' importância para o futuro da humanidade, sempre acompanhadas por desenhos de bule que na maioria das vezes tinham relação com a notícia divulgada..."

Comentário
Ilustrando suas postagens, nestes últimos cinco anos, o blogueiro já inseriu em seu folhetim eletrônico uma grande quantidade de imagens de bules. Espero um dia selecioná-las para um slideshow.

15 março, 2011

Micropoemas do infortúnio - 13

Tampa de bueiro numa cidade do Japão.
Ver mais.
Que a poesia se faça de céu nublado,
caia como chuva
//////////////////////
e sobretudo deságue
nos bueiros da cidade.

Aracoiaba - CE

Que é procrastinar?


"Procrastinar
é ficar
em dia
com ontem."

Don Marquis, EUA

Do mesmo autor:
"Uma ideia não é responsável pelas pessoas que acreditam nela."

Credo do procrastinador
- Que queremos?
- Procrastinar!
- Quando?
- Amanhã, sem falta.

Sugestão
Experimente este vinho. Agora.


14 março, 2011

A musiquinha do π (pi)

O professor Danny Perich teve a brilhante ideia de compor uma música para ajudar as pessoas a memorizar as 150 primeiras decimais do π.
A música é razoável mas a letra não tem refrão.


A letra da canção
3.141592 6535897 9323846 264338 3279 5028 841971 6939937510 582097 494459 23078164 06286 20899 8628034 8253421 170679 821480 865132 8230 6647 093844 609550 582231 725359 408128


Qual é o som do π?
Um vídeo que mostra outra versão musical (só instrumental) para o π:


Os vídeos confirmam que o número em questão é irracional, porém musical.

Pizza. O slideshow

:-)

13 março, 2011

Tributo a Evaldo Gouveia

O compositor Evaldo Gouveia, cearense de Iguatu, foi o grande homenageado da Prefeitura de Fortaleza no Carnaval de 2011. Ganhou um tributo à altura da beleza, da diversidade e da importância de sua obra com a produção do CD "O Trovador" pela Secretaria de Cultura de Fortaleza.
Neste álbum duplo, que contou com a direção artística do arranjador Pantico Rocha, vinte das canções de Evaldo Gouveia são revisitadas por intérpretes locais (Eudes Fraga, David Duarte, Marcos Caffé, Kátia Freitas e Waldonys) e de projeção nacional (Dominguinhos, Lenine, Leny Andrade, Jane Duboc, Elba Ramalho, Zé Renato e Isabela Taviani).
E o internauta pode escutar ou baixar em seu computador todas as faixas do CD a partir desta página: www.fortaleza.ce.gov/cd-o-trovador.

Frases motivacionais em filmes

-

Opinião
Nem todas as frases apresentadas são motivacionais e alguns desses filmes são perfeitamente esquecíveis. Mas o vídeo vale pelo esforço de quem o produziu.
Para mim, continua imbatível o discurso motivacional que, alguns séculos a. C. (antes do Cinema), um conquistador espanhol fez no México para seus soldados.

12 março, 2011

De SAC para SAC


por Fernando Gurgel Filho (de Brasília)

Dizem que Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC, ou call center como é chamado em locais onde ele não funciona com mais eficácia (tenho um amigo que, maldosamente, chama de cow center, mas isso é pura maldade mesmo), é a versão acabada e perfeita da perversidade com que os iluminados de plantão brindam seus clientes.
Pior é que ainda conseguem estender este tipo de atendimento para serviços de informações em geral, ou para Serviço de Atendimento ao Cidadão – SAC. Muda o nome, mas a sigla e os problemas são os mesmos.
A única eficiência comprovada desses sistemas é a capacidade de irritar o cliente. Se não estiver irritado antes de ligar vai “estar ficando” no precioso instante em que “estiver ouvindo” aquela bela voz: “O senhor pode “estar aguardando” um instante?”. E tome-lhe musiquinha no ouvido! Normalmente propaganda do produto ou serviço que você usa, mas queria jogar no lixo antes de ligar, e agora tem que certeza de que jogará.
E “um instante” para os atendentes de SAC pode ir até o infinito, se o cliente tiver saco, mas raramente dura menos de 10 minutos. É o tempo que a bela voz tem para despachar outro ótario que ficou pendurado enquanto ela sumia no éter para lhe atender. E a bela voz atende apenas para ouvi-lo durante 5 minutos e, imediatamente, dar o veredito: “Um momento que “vou estar transferindo” para a pessoa que “vai estar resolvendo” para o senhor”. E tome-lhe musiquinha no ouvido! Depois que este drama se repete por dez ou doze vezes, se o cliente tiver saco para repetir a história tantas vezes assim, o cliente já é ex-cliente e, por isso, pouco interessa suas reclamações. O SAC sempre vence. Resolva o problema ou não. O cliente sempre cansa. Resolva o problema ou não.
As operadoras de telefonia resolveram inovar e quase acabaram com as atendentes. Agora o cliente tem que discar tantos números que até hoje ninguém conseguiu ser atendido pelo sistema. As opções de digitação de números são incompletas e excludentes. Pior: se errar algum número e, duvido quem não erre, tem que começar tudo de novo. A única vantagem é não ter que ouvir: "Um momento que “vou estar atendendo” ao senhor." Mas não funciona com a mesma eficiência.
Imaginem, então, uma situação hipotética em que um SAC de um banco ligou para o SAC de outro banco:

SAC1 - Alôuuu, aqui é do Banco da Praça Como o Céu é do Condor, o senhor poderia “estar prestando” uma informação?
SAC2 – Claro que poderia PRESTAR uma informação, a senhora poderia dizer o número do Banco?
SAC1 - Um momento que vou “estar perguntando” ao coordenador.
Tome musiquinha, musiquinha, musiquinha, musiquinha, musiquinha, musiquinha...
SAC1 - Obrigado por nos ligar, o nosso número é 192.168.1.255.
SAC2 – Desculpe, quem ligou foi a senhora...
SAC1 - Perdão. É o hábito.
SAC2 – Este número não consta em nosso banco de dados. Parece o número IP de um computador...
SAC1 - Ipê? Olha, gosto muito de ipê, é uma árvore bonita, mas aqui tem só um pé de acácia, mas eu vi o coordenador “estar consultando” o computador e “estar me passando” este número.
SAC2 – Deixa pra lá. Qual o nome do banco mesmo?
SAC1 - Banco da Praça Como o Céu é do Condor.
SAC2 – Também não consta.
SAC1 – É porque o senhor deve estar confundindo o final do nome. O “Banco da Praça” é dono de uma empresa aérea, mas o certo é “Com Dor”. Porque o céu não poderia ser do condor que aqui não tem esta ave. Assim, ficou “Como o Céu é do Com Dor, pois os passageiros de nossas linhas aéreas sentem muita dor ao “estar pagando” caro e ao “estar voando” com medo.
SAC2 – Ah, bom, muito inteligente... Provavelmente, os clientes do Banco também!
SAC1 - Senhor, desculpe, mas o seu tempo esgotou.
SAC2 – ????  Tudo bem, mas quem ligou foi a senhora.
SAC1 - Senhor, agradecemos sua ligação, mas tenho que “estar cumprindo” as normas. Queira “estar nos desculpando”.

Pim, pim, pim, pim, pim...

Antigas mentes

Paulo,
Este é um presente para suas leitoras: para que elas vejam como eram os bons conselhos de antigamente.
Nelson Cunha
“Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas."
(Jornal das Moças, 1957)
"Se desconfiar de infidelidade do marido, a esposa deve redobrar os carinhos e as provas de afeto - sem questioná-lo nunca."
(Revista Claudia, 1962)
“Desordem na casa de banho, desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa."
(Jornal das Moças, 1965)
"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas."
(Jornal das Moças, 1959)
"Se o seu marido fuma, não discuta pelo simples fato de deixar cair cinza no tapete. Espalhe cinzeiros por toda a casa."
(Jornal das Moças, 1957)
"O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimónio. ELE é quem decide - sempre."
(Revista Querida, 1953)
"Vejam bem a alegria e o brilho nos olhos da esposa obediente. Uma verdadeira rainha do lar." (foto)


"Sempre que o marido sair com os amigos e chegar a altas horas da noite, espere-o linda, perfumada e dócil."
(Jornal das Moças, 1958)
"É fundamental manter sempre uma aparência impecável diante do marido."
(Jornal das Moças, 1957)
"A esposa deve vestir-se depois de casada, com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa."
(Jornal das Moças, 1955)
"O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza a mulher."
(Revista Querida, 1955)

Também em slides: OS SAUDOSOS ANOS 50 E 60.

Mamma mia! Isso é motivo para se empastelar a redação de uma revista. Será que foi devido a isso que duas delas já saíram de circulação? PG

11 março, 2011

A órbita de Clarke

O escritor de ficção científica Arthur C. Clarke (1917-2008), em outubro de 1945, quando tinha 28 anos, desenvolveu uma das maiores ideias das ciências espaciais: o satélite geoestacionário. Num artigo intitulado "Can Rocket Stations Give Worldwide Radio Coverage", que foi publicado na revista "Wireless World", Clarke especulou sobre a possibilidade de uma rede de satélites poder fornecer cobertura radiofônica em escala mundial.
Para ser geoestacionário, segundo o escritor britânico, um satélite devia estar situado numa órbita de 36.000 km sobre o equador. Essa órbita especial, hoje chamada de órbita de Clarke encontra-se hoje povoada de satélites, não só de comunicações como também de meteorologia.



A explicação sobre os 36.000 km
Um satélite a essa altitude, colocado sobre o equador, demora exatamente 24 horas para dar a volta à Terra. Como a Terra faz sua volta completa no mesmo tempo, o satélite é visto do equador da Terra como se estivesse permanentemente parado. Em 1945, não existia ainda a tecnologia de satélites, e estes só surgiriam a partir do primeiro Sputnik, lançado em 1957. O Sputnik 1 girava a uma órbita abaixo de 1.000 km e o primeiro satélite geoestacionário, o Syncom 2, só foi lançado em 1963.
O artigo de Arthur C. Clarke não era, portanto, uma peça de ficção: era científico.

Reconstruindo Irene

Nos idos de 2010 escrevi o Irene na Terra. Sem a pretensão de que os pósteros o elegessem como o maior poema da língua portuguesa. Cabia por inteiro numa "tuitada". Além disso, seus três primeiros versos fazem parte de "Irene no céu", de Manoel Bandeira, e o seu quarto (e último) verso conheceu tempos melhores na canção "Irene", de Caetano.
Não era um poema que pudesse fazer frente, por exemplo, ao Maabáratra, de Krishna Dvapayana Vyasa. O poema deste hindu tem 74 mil versos. E se nele formos incluir o "Harivamsa" já sobe para 90 mil versos.
Acontece que, dias atrás, em uma das minhas caminhadas crepusculares por Two Thousand City (Cidade 2000), escutei por acaso uma gravação de Agnaldo Timóteo.
Numa Vitrolex (link não patrocinado), o ex-motorista da Ângela Maria estava a cantar A casa de Irene, versão de um sucesso de Nico Fidenco.
E, nesse instante de grande enlevo, dei-me conta de que tinha um poema inacabado. Então, sem delongas, retornei a ele que assim ficou:

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor
Na casa de Irene a tristeza se vai
- Quero ver Irene dar sua risada.


De forma que o poema prossegue aos poucos: tijolo com tijolo num desenho mágico. E dá para ver que, mesmo sendo comparado aos prolixos poetas indianos, eu continuo competitivo. PGCS

10 março, 2011

Urbi et Orbi

"Sejam todas as mulheres informadas de que, deitadas na cama, nuas, enroscadas com alguém e gritando:
- Oh, meu Deus!!!
- Oh, meu Deus!!!
- Oh, meu Deus!!!
NÃO SERÁ CONSIDERADO PRECE."
(enviado por Winston Graça)

"Perversos e drogados"

Achei interessante este artigo do qual extraí os trechos a seguir:
"Trocando em miúdos: no leite materno existe uma substância chamada beta-caseína, que, ao entrar em contato com o intestino do bebê, transforma-se num peptídeo vasoativo denominado beta-casomorfina, uma endorfina ou endomorfina indutora de efeitos anestésicos: analgesia e sedação.
(...)
A função adaptativa desse circuito opióide no cérebro dos mamíferos é óbvia: fazer com que, mormente à noite, as crias se aquietem, pois seus ruídos - de dor ou alegria - são chamarizes de predadores.
Mais preocupante (ou interessante, dependendo do ponto de vista), todavia, é o que acontece depois do desmame: a função analgésica - e, em excesso, sedativa - da beta-casomorfina passa a ser desempenhada pela anandamida e pelo glicerol araquidonil, que são (pasmem!) canabinoides endógenos, isto é, substâncias análogas ao tetraidrocanabinol: o princípio ativo da maconha e do haxixe."

Perversos e drogados, Manuel Soares Bulcão Neto.
In: "Diário do Nordeste", 20/06/10

09 março, 2011

Rezava...


... uma antiga teoria que as epidemias eram enviadas por Deus à Terra para punir os iníquos.
Só que estes, com o passar dos tempos, foram criando suas formas de proteção.

Por que os homens andam tão encurvados?

Diferentes idades, diferentes razões.


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A resposta
Py-res um jovem chinês do grande sertão, veredas lá do Piauí, não aguentava mais quando colocavam xícara quente na sua "cacunda" e foi procurar o mestre Boo Ly.
- Mestre, as galinhas de Lhasa - as de verdade, claro, que em Lhasa a vida não tem lá outras galinhagens - estão bicando os ovos logo ao pô-los, inutilizando-os para a reprodução.
Respondeu o mestre:
- Samsara Py-res, meditemos, pois comportamento de galinha foge à compreensão dos sábios.
E, iluminados, encontraram a solução: colocar ovos de ferro pintados de branco nos ninhos, idênticos aos de galinha, para que, ao bicá-los, as aves machuquem os bicos. Assim, por aprendizado, evitariam bicar os verdadeiros ovos.
- Mas, mestre, onde vou encontrar ovos de ferro?
- Procure um ferreiro que ele lhe arranjará alguns.
Py-res encontrou um ferreiro octogenário, que já estava corcunda pelo peso dos anos de labuta (e ainda lá butava e a Previdência nele). Dirigindo-se ao ancião, que estava recurvado perto das labaredas, o jovem chinês perguntou:
- Meu velho, o senhor por acaso tem ovos de ferro?
- Não, meu filho. Isso é desvio da coluna mesmo.
(repassada por Fernando Gurgel Filho)

Pode gostar de ler...
A cruel Doralice, de Nelson José Cunha.

08 março, 2011

Não se compra

A felicidade é uma decisão. Você é tão feliz o quanto decide ser. 
Anônimo
Postagens relacionadas: YSL, Uma receita de felicidade, Penso, logo cito - 15, Pescando a felicidadeFelicidade e Que é a felicidade?.

Uma nova tendência


Fazer bolos de aniversário em que os fundilhos do bebê estão neles representados.
Se essa novidade já chegou ao Brasil, me informem.

+ bolos do gênero em Titam et le Sirop d'Érable.
PS - O site informado está atualmente passando por problemas.

07 março, 2011

Uma noite em 67, o filme

Falar de 1968 é fácil para quem estava lá. É fácil falar do prazer de ser contra o sistema e de ver o sistema balançar, parecendo que estava sem rumo. Parecendo, apenas.
Então, é difícil se desfazer da aura que ficou quando se fala naquele ano. Não porque tenha sido o mais importante daquele período. Não foi. Foi apenas o ano em que os sonhos foram dinamitados e o sistema mostrou quem mandava.
Os mais jovens, embalados em utopias, queriam apenas o prazer pelo prazer, liberdade pela liberdade, o hoje, aqui e agora, e o amanhã que ficasse nas possibilidades do que pudesse vir. Era o desejo de paz, amor e flor, sem leis, sistema ou tensões. Apenas utopia, enfim.
As frases que pipocavam nas ruas eram bem representativas. Desde o É proibido proibir ao Sejamos realistas, reivindiquemos o impossível.
Isso levaria a construir algo em termos políticos? Muito pouco provável. Mas, juventude é juventude. O desejo de qualquer jovem é transformar em fim o que poderia ser prazerosos meios de se obter uma sociedade melhor. E o movimento que acabou ali, deixou um dos seus melhores legados: construiu novos estilos de vida, novos modos de encarar o mundo, talvez uma filosofia existencialista menos materialista.
Isso não é pouco, mas o sistema ficou intocado, ou antes, parece que ficou fortalecido, irado, ensandecido e, à época, veio para cima de tudo que representava o pensamento vigente com uma fúria nunca vista antes. Era para acabar com quaisquer resquícios de utopia existentes naquelas cabeças sonhadoras.
As cortinas se fecharam e a luz foi proibida de iluminar as três décadas subsequentes.
Mas é importante lembrar que o ápice daquela década foi o ano de 1967.
O ano esquecido, mas o mais importante em termos políticos e culturais. Talvez ali estivesse o germe do que poderia ter sido um novo grande movimento humanista. O alvorecer de um novo mundo. Que 1968 não deixou acontecer. E que foi definitivamente enterrado em 1969, no Festival de Woodstock.
Apenas para registro, alguns dos fatos que marcaram 1967:
- no Festival da Canção de 1967 estavam “apenas”: Chico Buarque, Edu Lobo, Milton Nascimento, Sérgio Ricardo, Vinícius de Moraes, Jorge Ben, Raul Seixas, Elis Regina, Nara Leão, Sidney Miller, Marília Medalha, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes. Foi muita “alegria, alegria” e muita vaia;
- Guimarães Rosa lançou Tutaméia, foi empossado na Academia Brasileira de Letras, foi indicado para o Nobel e morreu;
- Gabriel Garcia Marques lançou 100 anos de solidão;
- Paulo Freire lança o livro Educação como prática da Liberdade;
- Chico Buarque escreveu Roda Vida, um dos marcos no combate à ditadura militar;
- foi encenada a peça O Rei da Vela, que se tornou manifesto do Movimento Cultural Tropicalista;
- Plínio Marcos estreia as peças Dois perdidos numa noite suja e Navalha na carne;
- surgiu o Cinema Marginal, com o filme A Margem, de Ozualdo Candeias;
- neste mesmo ano foram lançados Terra em Transe, do Glauber Rocha, O Caso dos Irmãos Naves, Belle de Jour;
- Che Guevara foi assassinado;
- foi realizado o primeiro transplante de coração;
- a Escola de Samba Salgueiro desfilou com o tema História da Liberdade no Brasil;
- foram lançados “apenas” os seguintes discos: Strange Days (do The Doors), Surrealistic Pillow (do Jefferson Airplane), Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (dos Beatles), The Piper at the Gates of Dawn (do Pink Floyd), Disraeli Gears (do Cream), Their Satanic Majesties Request (dos Rolling Stones) e Are You Experienced? (de Jimi Hendrix);
Isso é apenas uma pincelada do que consegui garimpar, mas dá para mostrar que 1967 foi o ano mais criativo e mais efervescente da década.
Concluindo, 1967 foi o ápice em termos de mudanças e de efervescência cultural, no Brasil e no mundo. 1968 foi, infelizmente, o ponto de inflexão, onde as idéias foram esmagadas pelas ditaduras e os sistemas repressivos, disfarçados ou não, advindos do neoliberalismo.
Creio que em 1967 pode estar a resposta para 1968, quando acordamos e o sonho acabou.

Fernando Gurgel Filho
Trailer - Uma Noite em 67

"Não eram apenas canções que estavam em jogo."

Vinho e linguiça

06 março, 2011

Desinstalando ditadores...

O que vem acontecendo pelo mundo aqui sendo mostrado em "informatiquês".

9gag.com

O SoloWheel


A norte-americana The Inventist é uma empresa especializada no desenvolvimento de veículos inovadores.
Vem aí com o SoloWheel, este veículo elétrico mono-roda (vídeo), a ser lançado nos Estados Unidos em março deste ano e, posteriormente, na Europa. O preço americano será em torno de US $ 1500.
Este veículo é fácil de transportar, rapidamente recarregável (45 min), alcança uma velocidade de 20 km/h e tem uma autonomia de 2 horas.
DICA DE NELSON CUNHA


O SoloWheel é um monociclo metido a besta. TEST DRIVE DO BLOG

05 março, 2011

Um cisne preto em noite sem lua

Os bombeiros de Straubing, Alemanha, não ouviram o cisne cantar. Mas, avisados por transeuntes, sabiam perfeitamente onde ele estava: preso em um lago congelado da região. E montaram uma operação com 25 pessoas para resgatá-lo.
Como jogo foi um bom treino.


Era um cisne de plástico.

Raimundinha, a nordestina

As mulheres, em reunião mundial, resolveram fazer um complô contra os homens. Decretaram que, a partir daquela data, não iriam fazer mais nada em casa.
Três meses depois, em outra reunião, elas decidiram contar o que tinha acontecido a partir de então.
Primeiro, a francesa:
"Eu, quando cheguei a minha casa, fui logo dizendo a meu marido: "A partir de hoje, não faço mais nada aqui em casa. Não cozinho um grão de arroz..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia não vi nada.
No 3º dia já o vi cozinhando seu arroz, fritando um ovo... E ele está pensando em abrir um restaurante!!!
Aí, a americana contou:
"Quando cheguei a minha casa fui logo avisando a novidade: Não lavo mais uma peça de roupa. Nem uma cueca..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia também não vi nada.
No 3º dia já o vi indo para o tanque, lavando suas cuecas.... Ele já tem um sócio para abrir uma lavanderia!!!
Aí, foi a vez da brasileira: Raimundinha, nordestina, aqui do Ceará:
"Chegando a minha casa já fui logo gritando forte: Não faço mais porra nenhuma aqui em casa, mas nada mesmo..."
No 1º dia não vi nada.
No 2º dia não vi nada.
No 3º dia continuei não vendo nada..
No 4º dia fui voltando a enxergar, o olho já foi desinchando e já dava pra ver os vultos dos meninos...

(enviada por Germano Gurgel)

A piada é anterior à Lei Maria da Penha. E a sorte da Raimundinha foi que já existiam os oftalmologistas.

04 março, 2011

♪Valores do Passado♪

"Cessa tudo que a atual musa canta
Que outro valor mais alto se alevanta."

Leitores, aqui tendes a marcha "Valores do Passado". Edgard Moraes a compôs, em 1962, para homenagear 24 blocos do carnaval de Recife. E Maria Rita a gravou (vídeo) por ocasião da festa "100 Anos de Frevo".

Hiram, o Camelinho Manco


por Muammar Kadafi

“Era uma vez um pequeno camelo líbio cujo dono houve por bem batizá-lo de Hiram. Isso porque manquitolava da pata esquerda traseira. Era um camelo inútil, mais um traste e uma despesa na vida do dono, que exercia a nobre profissão de funileiro. Sensato que era, Nassib, pois esse o nome do dono da tenda e do estabelecimento comercial, ao ver o bicho se arrastando, com suas poucas semanas de vida, pelos arredores da tenda, não teve dúvida. Tomou de um pedaço de pau e arrebentou-o todo, da cabeça aos pés. Foi sangue miolo, tudo, por todos os lados. Estavam agora salvas duas vidas, a de Nassib, vida útil, e a de Hiram, vida inútil. A sociedade, mesmo no deserto, precisa manter uma ordem e um equilíbrio. Assim se passou o fim de Hiram e assim continuaram os dois até que Hiram começou a feder e Nassib fez com que um de seus empregados, Haroun, o Idiota, o enterrrasse bem longe, na mais distante duna possível. Viver é uma lição incessante.”

Este conto, que foi considerado "antológico" por Pierre Salinger (ex Secretário de Imprensa dos EUA), faz parte do livro "Fuga para o Inferno e Outras Histórias", que o ditador líbio publicou em 1998. Salinger, por sinal, foi o prefaciador do livro de Muammar Kadafi (o que tem 37 grafias diferentes para o seu nome em árabe, segundo Ivan Lessa).
Sobre a obra (ainda no catálogo de vendas da Amazon britânica), o Guardian expressou-se da seguinte forma: “O que descobrimos é uma mente que não consegue desenvolver um pensamento coerente por muito tempo, é cheia de dicotomias grosseiras e de nonsense, e tagarela aleatoriamente, implodindo antes de explodir de novo numa erupção de palavrório surreal”. Uma crítica redigida por "um cão infiel", certamente.
Acossado por revoltas que explodem em seu país, e com os seus bilhões de dólares bloqueados em bancos do exterior, o título desse livro pode ter sido profético para o autor. Viver é uma lição incessante. PGCS

03 março, 2011

Art Project do Google

Os amantes da arte passam a contar agora com a ferramenta Art Project, iniciativa do Google, que permite que o internauta visualize mais de mil obras de 17 dos principais museus do mundo, com uma qualidade de imagem excepcional e com a possibilidade de interagir com elas.
O MoMA - The Metropolitan Museum of Art (de Nova York), o Hermitage, o Palácio de Versalhes, o National Gallery (de Londres), o Museu Van Gogh (de Amsterdam) estão entre as instituições que participam deste projeto, o qual, graças à tecnologia street-view, possibilita um percurso virtual de 360 graus pelas galerias dos museus. Dica do colaborador Fernando Gurgel Filho.

Vídeo tviG

Koro

Queixam-se alguns homens que seus pênis, quando flácidos, se apresentam retraídos para seus corpos. Isto pode ser uma consequência da obesidade. Devido à gordura púbica que, na referida situação, se for muito exuberante poderá ocultar o pênis flácido.

Koro
É o transtorno psicológico causado pelo receio dessa retração do pênis para o corpo. Enraizado na cultura de alguns países asiáticos, está associado com a crença de que determinados atos sexuais (tais como sexo com prostitutas, masturbação ou mesmo poluções noturnas) possam afetar o suposto equilíbrio yin/yang. O transtorno provoca pânico e medo de morrer em seus portadores.

02 março, 2011

Ó sancta simplicitas!

"Quando tinha 15 anos, esperava um dia ter um namorado... seria bom se fosse alegre e amigo...
Quando tinha 18 anos, encontrei esse garoto e namoramos; ele era meu amigo, mas não tinha paixão por mim.
Então percebi que precisava de um homem apaixonado, com vontade de viver, que se emocionasse...
Na faculdade saía com um cara apaixonado, mas era emocional demais.
Tudo era terrível, era o 'rei dos problemas', chorava o tempo todo e ameaçava suicidar-se. Descobri então, que precisava de um rapaz estável.
Quando tinha 25 anos encontrei um homem bem estável, sabia o que queria da vida; mas era muito chato: queria sempre as mesmas coisas dormir no mesmo lado da cama, feira no sábado e cinema no domingo. Era totalmente previsível e nunca nada o excitava.
A vida tornou-se tão monótona que decidi que precisava de um homem mais excitante.
Aos 30, encontrei um 'tudo de bom', brilhante, bonito, falante e excitante, mas não consegui acompanhá-lo.
Ele ia de um lado para o outro, sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, paquerava qualquer uma e me fez sentir tão miserável, quanto feliz.
No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro.
Decidi buscar um homem com alguma ambição para com ele construir uma vida segura.
Procurei bastante, incansavelmente...
Quando cheguei aos 35, encontrei um homem inteligente, ambicioso e com os pés no chão. Apartamento próprio, casa na praia, carro importado... Solteiro e sem rolos!
Pensei logo em casar com ele. Mas era tão ambicioso que me trocou por uma herdeira rica...
Hoje, depois de tudo isso, gosto de homens com pinto duro... E só!
Nada como a simplicidade.

O texto acima é atribuído a Martha Medeiros.
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Uma das explicações porque esses desencontros acontecem...

Continuando o diálogo entre Deus e a mulher, ela perguntou onde encontrar um marido fiel, romântico, organizado e paciente para escutá-la e acompanhá-las nas compras.
Deus então disse que colocaria maridos assim em todos os cantos do mundo. Aconteceu que Deus, por imagem e semelhança aos humanos, esqueçeu da promessa e fez o mundo redondo.
Como vê, meu caro Paulo, somos assim por distração divina.
Abraços,
Nelson Cunha, por e-mail

Deus e a mulher honesta, O que diz e o que significa,