31 outubro, 2019

Uma casa de praia de um caranguejo-eremita

Em 2013, Robert duGrenier propôs uma solução que resolveria o problema de moradia do caranguejo-eremita. A solução consistiria em usar uma concha de vidro soprado. Mais leve e forte, o novo tipo de casa móvel incluía outra vantagem — que tem a ver com a segurança do caranguejo usuário.



Bem, parece que a ideia da concha de vidro não chegou ao conhecimento de todos eles.

Uma experiência fotocinética com bactérias

Como milhões de bactérias da espécie E. coli, geneticamente modificadas para nadar suavemente sob o controle da luz, podem ser organizadas em padrões de densidade complexos e reconfiguráveis, usando-se para estes fins um projetor de luz digital. E como elas podem transformar, em cinco minutos, uma imagem de Albert Einstein em outra de Charles Darwin e vice-versa.


Fonte: https://buff.ly/2vOyufC
https://doi.org/10.7554/eLife.36608.001

Arquivo
05/2010 Quem criou esta imagem?
05/2012 Bactérias construtoras de pirâmides
09/2019 Galeria bacteriana

30 outubro, 2019

I Love Lucy

É uma das mais aclamadas e populares séries da televisão norte-americana. Estrelada por Lucille (Lucy) Ball, Desi Arnaz, Vivian Vance e William Frawley, a série foi ao ar de 15 de outubro de 1951 a 6 de maio de 1957 pela CBS.
Foram produzidos um total de 194 episódios, incluindo um especial de Natal "perdido". Apesar de ter originalmente acabado em 1957, o programa continuou no ar por mais três temporadas no formato de especiais de uma hora, exibidos de 1957 a 1960.
No Brasil, a série foi apresentada pela Rede Tupi entre 1958 e 1979. O enorme sucesso de I Love Lucy na TV Tupi São Paulo logo inspirou na emissora o surgimento de uma versão nacional: "Alô, Doçura!", a primeira sitcom brasileira. Mais tarde, a I love Lucy foi reprisada pela TV Gazeta, Rede Bandeirantes, TV Cultura, Multishow e SBT.
A fama também trouxe problemas e levou Lucille Ball ao comitê anticomunista, em 1953, que questionava seu apoio ao Partido Comunista americano na eleição de 1936. A defesa veio no episódio 68 (The Girls Go Into Business) em que Desi, mirando as câmeras, afirmou: "O único toque vermelho de Lucy é seu cabelo e, mesmo assim, não é legítimo".
O programa era filmado nos estúdios "Desilu", cujos donos eram Lucille Ball e Desi Arnaz. O nome "Desilu" é uma junção dos nomes dos dois atores. WIKI

Antes como hoje I Love Lucy continua sendo uma fonte inspiradora de memes.

antes havia emojis, havia Lucy

O rei dos bobos

Os deveres de um bobo da corte medieval eram divertir o rei, sua corte e quaisquer visitantes que o rei quisesse divertir. Ele também era utilizado para animar o monarca (quando o monarca estava deprê), para atuar como confidente e, às vezes, como mensageiro. O termo "bobo da corte" somente foi cunhado algum tempo mais tarde (antes disso, eram chamados de bufões. Mas o bufão tinha que ser esperto o suficiente para saber que era tênue a linha de separação entre provocar risos e ofender os que tinham poder sobre ele. Essa foi uma linha que o famoso bobo da corte Triboulet (na gravura) cruzou algumas vezes quando serviu Luís XII e Francisco I, reis da França.
Diz a lenda que, entre Francisco I e o Triboulet, aconteceu uma ríspida conversa, na qual ele disse ao rei que um dos membros da corte havia ameaçado matá-lo. O rei supostamente respondeu a isso: "Se ele o fizer, eu o enforcarei um quarto de hora depois". Ao que Triboulet supostamente brincou: "Ah, senhor, não é então melhor que fosse um quarto de hora antes?"
Certa vez, Triboulet não conseguiu se conter e deu um tapa no traseiro do monarca. O rei perdeu a paciência e ameaçou punir Triboulet. Um pouco mais tarde, o monarca se acalmou e prometeu perdoar Triboulet se o bobo pudesse pensar em um pedido de desculpas ainda mais ofensivo do que o desrespeito praticado. Alguns segundos depois, Triboulet respondeu: "Sinto muito, majestade, por não ter reconhecido você! Confundi-o com a rainha!"
Em outro exemplo famoso, ele enfureceu o rei por tirar sarro da rainha, após o que sua execução foi ordenada. No entanto, diz a lenda que, devido a seus anos de bom serviço, ele foi autorizado a escolher o modo de sua morte. Depois de refletir sobre isso, Triboulet disse ao rei: “Bom pai, pelo bem de Saint Nitouche e Saint Pansard, patronos da loucura, eu escolho morrer de velhice". Isso divertiu tanto o rei que ele optou por banir Triboulet em vez de executá-lo.
O mais famoso dos bobos das cortes medievais, Triboulet passou para história com o título de "bobo do rei e rei dos bobos".

Poderá também gostar de ver:
CASTELO DE HEIDELBERG. O pequenote Percheo

29 outubro, 2019

A lâmpada supercentenária

Fabricada em Shelby, Ohio, pela Shelby Electric Company no final da década de 1890, esta lâmpada foi  acesa em 18 de junho de 1901 e nunca foi desligada desde então.
Em 25/06/1911, inseri no blog EM uma reportagem (vídeo) sobre os 110 anos de funcionamento da misteriosa lâmpada.
Ela se mantém continuamente acesa no quartel dos bombeiros da East Avenue, em Livermore, uma pequena cidade da Califórnia. Se, por acaso, você tiver a chance de passar pela cidade, vá conferir o que digo in loco. Não tendo essa oportunidade, há uma webcam 24/7 do site Livermore's Centennial Light (Lâmpada Centenária de Livermore), que torna possível você ver a lâmpada pela internet.
Atualmente, com 118 anos, ela é inclusive supercentenária. Que é o termo que se aplica às pessoas quando completam os 110 anos de idade.

Asterix, 60 anos

Asterix  é uma série de histórias em quadrinhos criada na França por Albert Uderzo e René Goscinny no ano de 1959, baseadoa no povo gaulês e, em grande parte, no tempo do seu grande chefe guerreiro Vercingetorix.
As primeiras publicações surgiram na revista "Pilote", logo em seu primeiro número de 29 de outubro de 1959.
Este é o prólogo de todas as edições dos livros de Asterix, o gaulês:
"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos ... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum..."
Asterix reside com seus amigos em uma pequena aldeia gaulesa situada em uma península na Armórica, ao norte da antiga Gália. Para resistir ao domínio romano, os aldeões contam com a ajuda de uma poção mágica que lhes dá uma força sobre-humana, preparada pelo druida Panoramix. A exceção é Obelix, que caiu dentro de um caldeirão cheio da poção quando ainda era um bebê, e daí adquiriu permanentemente a superforça.
O humor de Asterix é tipicamente francês - - com trocadilhos, caricaturas e estereótipos. Certas piadas provêm de acontecimentos, invenções, frases ou ideias posteriores à época em que supostamente decorre a narrativa.

28 outubro, 2019

Brand New Roman

É uma fonte composta inteiramente de logotipos de marcas.
Cada letra e número é extraída de um logotipo corporativo, e grande parte da marca será instantaneamente reconhecível por muitos de nós, destacando o quão arraigadas essas empresas estão em nosso quotidiano.
São 76 logos famosos. Assim, por exemplo, o "f" é do Facebook, o "a" da Amazon, o "k" da Kellogg’s e o "s" do Skype, com variaçoes também entre minúsculas e maiúsculas
Brand New Roman é a fonte corporativa mais corporativa já criada! Agora todo o seu conteúdo pode ser patrocinado e patrocinado por todos!
Mas, se você é patrocinado por todos, é realmente patrocinado por ninguém?


A Brand New Roman não é recomendada, afiliada, mantida, autorizada ou patrocinada por nenhuma das marcas da fonte. A Brand New Roman não é especialmente afiliada à Pepsi, e o logotipo da Pepsi foi removido a seu pedido.

Estátua da Liberdade

A estátua, que tem a altura total de 92,9 m, sendo 46,9 m correspondendo à altura da base e 46 m à altura da estátua propriamente dita, foi um presente de Napoleão III, como uma forma de premiação aos Estados Unidos, após uma vitória em batalha travada contra a Inglaterra. O historiador francês Edouard de Laboulaye foi quem primeiro propôs a ideia do presente, e o povo francês arrecadou os fundos necessários para que, em 1875, a equipe do escultor Frédéric Auguste Bartholdi começasse a trabalhar nesta estátua de dimensões colossais.
O projeto teve vários atrasos, porque naquela época não era conveniente do ponto de vista político que, na França imperial, se comemorassem as virtudes da ascendente república norte-americana. Não obstante, com a queda do Imperador Napoleão III, em 1871, revitalizou-se a ideia de um presente aos Estados Unidos. Em julho daquele ano, Bartholdi fez uma viagem aos Estados Unidos e encontrou o que ele julgava ser o local ideal para a futura estátua - Bedloe, uma ilhota na baía de Nova Iorque, posteriormente chamada Ilha da Liberdade.
A estátua foi montada em solo francês e ficou pronta em 1884, sendo então desmontada e enviada para os Estados Unidos em navios, para ser remontada em seu lugar definitivo. A construção do pedestal que serve como base do monumento ficou a cargo dos norte-americanos.
Em 28 de outubro de 1886, milhares de pessoas acompanharam a cerimônia de inauguração do monumento.  O escultor Bartholdi estava presente.

No verão de 1885, os leitores do New York World viram uma oferta incomum na primeira página do jornal: seu editor, Joseph Pulitzer, pedia-lhes que doassem pequenas contribuições a um "fundo de pedestal" para ajudar a financiar a construção da base de uma nova estátua. "Não esperemos que os milionários nos deem esse dinheiro", escreveu ele.
Seu apelo foi bem sucedido. A campanha arrecadou US $ 101.091 de cerca de 160.000 colaboradores. E, com isso, a Estátua da Liberdade, cujas partes estavam esperando no porto de Nova York, foi finalmente montada.
A estátua icônica tornou-se um dos primeiros grandes projetos de crowdfunding nos Estados Unidos.
[https://therealdeal.com/issues_articles/crowdfunding-a-short-history/]

Poderá também gostar de ver:
Sra. Liberdade e Sra. Justiça. Enfim, juntas

27 outubro, 2019

Códigos militares em palavras cruzadas

Em 1944, codinomes relacionados aos planos do Dia D apareceram como soluções em palavras cruzadas no jornal britânico The Daily Telegraph, que os serviços secretos britânicos inicialmente suspeitaram ser uma forma de espionagem.
Leonard Dawe, compilador de palavras cruzadas do Telegraph, criou esses quebra-cabeças em sua casa em Leatherhead. Ele era diretor da Strand School, e ao lado da escola havia um grande acampamento de soldados americanos e canadenses se preparando para o Dia D.
A segurança em volta do campo era frouxa. Havia muito contato entre os garotos e os soldados, e as conversas dos soldados, incluindo as palavras de código do Dia D, eram assim ouvidas e aprendidas por muitos dos estudantes.
Leonard Dawe havia desenvolvido o hábito de economizar tempo na compilação de palavras cruzadas, chamando os alunos ao escritório para preencher espaços em branco com palavras (que ele, depois, acrecentava as pistas para essas palavras). Como resultado, palavras relacionadas à guerra, incluindo codinomes, acabaram entrando em suas palavras cruzadas. (*)
O MI5 envolveu-se e prendeu Dawe na escola e seu colega sênior de palavras-cruzadas, Melville Jones, em sua casa em Bury St Edmunds. Ambos foram interrogados intensivamente, mas foi concluído que eles eram inocentes. Dawe quase perdeu o emprego de diretor da escola. Ele não sabia que estava incluindo códigos militares na criação de palavras cruzadas.
Depois disso, Leonard Dawe perguntou a pelo menos um dos meninos (Ronald French) de onde ele tirou as palavras-código, e ficou alarmado com o conteúdo do caderno do menino. Deu-lhe uma repreensão severa, ordenou que o caderno fosse queimado e fez o menino jurar sobre a Bíblia que manteria o assunto em sigilo.
Foi dito publicamente que não houve vazamento de codinomes, tendo sido meras coincidências. E Dawe manteve seu interrogatório em segredo até 1958, o ano em deu em uma entrevista à BBC.
A Arte da Guerra, Vídeo 45:20
Wiki
(*) Em 2 de maio de 1945, "Utah", que era a palavra-código de uma das praias a ser usada nos desembarques na Normandia. Isso poderia ser descartado como coincidência, mas, nas três semanas seguintes apareceram: "Omaha" (outra praia do Dia D), "Overlord" (código para toda a operação), "Mulberry" (portos flutuantes) e "Netuno" (ataque naval). Who put secret D-Day clues in the 'Telegraph’ crossword?, por Tom Rowley.

A música tornada visível

A música, no sentido absoluto, é a geometria invisível do cosmos, um delicado traçado de frequências que se harmonizam entre si e através das quais toda a matéria se manifesta. O condutor desta sublime sinfonia é a força criativa do cosmos. A música, percebida pelos seres humanos, é um delicado traçado de frequências audíveis que se harmonizam entre si e geralmente agradam às emoções. O que não é conhecido, mas é claramente demonstrado neste vídeo, é que a música tem o poder quase mágico de criar forma a partir da falta de forma.
Cymascope
As imagens quase-3D, resultantes desta nova tecnologia, são literalmente a música impressa na superfície da água pura para você apreciar com a visão e a audição. Todos os sons audíveis têm forma de bolha, à medida que saem de um instrumento musical ou da boca de alguém. O CymaScope nos permite ver uma seção transversal da bolha sônica em constante mudança e cintilação. Para a peça de estréia, foi escolhida a muito amada "Clair de Lune", de Debussy, interpretada pelo talentoso pianista de concertos, Daniel Levy.



A MusicMadeVisible ainda está em desenvolvimento, mas um futuro emocionante está à frente - - quando todas as músicas puderem ser descritas no campo visual. É provável que esta nova tecnologia seja de grande ajuda para pessoas profundamente surdas e com outros desafios da vida.

26 outubro, 2019

O ábaco chinês

O ábaco chinês tem 2 contas em cada vareta de cima e 5 em cada vareta de baixo, razão pela qual é referido como ábaco 2/5.
O ábaco 2/5 sobreviveu sem qualquer alteração até 1850, o ano em que aparece o ábaco do tipo 1/5, mais fácil de manusear.
Seu nome em mandarim é "suanpan", que significa "prato de cálculo". No quadro "Cenas à Beira-mar no Festival de Qingming", pintado em um pergaminho por Zhang Zeduan (1085-1145), um "suanpan" é visto em um apotecário ao lado de um livro de encargos e de prescrições do médico.
[https://www.custojusto.pt/setubal/coleccoes/abaco-chines-27733147]


No Wiki - Foi mostrado que alunos chineses conseguem fazer contas complexas com um ábaco, mais rapidamente do que um ocidental equipado com uma moderna calculadora electrônica. Embora a calculadora apresente a resposta quase instantaneamente, o aluno chinês consegue terminar o cálculo antes mesmo de seu competidor acabar de digitar os algarismos no teclado da calculadora.

Na Bozolândia - Em uma transmissão ao vivo no Face do presidente Jair, Abraham Weintraub usou barras de chocolate para explicar o bloqueio no orçamento repassado a universidades federais. No vídeo, ele espalhou 100 barras de doce na mesa, retirou "três, três e meio chocolatinhos" e afirmou que não estaria cortando e sim deixando para comer depois de setembro. No entanto, três chocolates e meio representam um bloqueio de 3,5% e não os 30% anunciados pelo MEC, o que gerou confusão.
[https://twitter.com/i/moments/1126797136547516417]

Jair nem esperou setembro. E entendeu que era para JÁ IR comendo a sua parte do chocolate contingenciado.
Ah, a falta que um ábaco faz!

Drones em operações de busca e salvamento

Ethan Haus, de 6 anos, e seu cachorro, Remington, se perderam enquanto brincavam do lado de fora de sua casa, perto de Elk River, Minnesota. Policiais e 600 voluntários começaram a procurá-lo.
Entre eles, estava Steve Fines, um operador comercial de drones. Ele usou um de seus drones equipados com um sensor de calor para procurar o garoto. Fines encontrou-o deitado em um milharal com seu cachorro, a 1,6 km de casa, quando a temperatura da noite já caía para -1 ºC.


Esta não é a primeira vez que um drone apresenta valor inestimável em operações de busca e salvamento - - vimos outros ajudarem a salvar nadadores, vítimas de terremotos e montanhistas perdidos.

25 outubro, 2019

O passado nos espreita

por Fernando Gurgel Filho
O Brasil, que dizem ser "o país do futuro", está sempre forçando seu povo a andar para trás.
Há décadas e décadas e décadas que os países de melhor qualidade de vida deram uma guinada certeira em direção ao bem-estar da sociedade, graças aos investimentos em educação, saúde e proteção social, e conseguiram, desta forma, se desenvolver e, indiretamente, obter ganhos de segurança e qualidade de vida para toda a população. Elogiamos sempre esses países que tiveram a felicidade de se livrar do passado, algumas vezes tenebroso, e partiram felizes rumo ao futuro. Portugal é um belo exemplo para nós.
Mas não seguimos seu exemplo. Ficamos atrelados, submissos e rastejamos para um passado que nos aponta uma política de hegemonia mundial - - mais atrasada e ultrapassada do que certos artefatos que nossos bisavós usavam.
Assim como, por exemplo, achar que o mundo está ameaçado por comunistas que irão comer nossas criancinhas e tomar nossos carros e nossas casas, enquanto os bancos nos tomam os carros financiados por não termos como pagar, o neoliberalismo e a preocupação com o futuro nos fazem perder nossas casas e a fome come nossas criancinhas por não termos como alimentá-las. Triste e infeliz realidade, esta que sempre assombra a nossa sociedade.
Enquanto isso, o país, que nos faz retroceder econômica e socialmente, em nome de uma hegemonia que não existe mais - - e talvez nunca tenha existido - - e de um liberalismo que nunca aqui existiu, faz com que nossos doutos analfabetos funcionais (com diplomas de doutorados) abominem uma China maoista que não existe mais, uma Rússia stalinista que não existe mais, uma Cuba comunista que não existe mais... Isto ainda depois de décadas e décadas e décadas. Tudo isto para nos jogar no esgoto da história e nos levar a um passado tenebroso, do qual apenas eles têm saudades.
Assim, como dizia o grande Millôr Fernandes: "O Brasil tem um enorme passado pela frente". (*) Talvez até mais cruel do que o passado de nossos antepassados portugueses que invadiram a Terra Brasilis em 1500.
Talvez até anterior a isto. O passado e o atraso não têm limites.

(*) "No momento em que aumentam as nossas descobertas arqueológicas fica evidente que o Brasil tem um enorme passado pela frente. Ou um enorme futuro por detrás, se preferem." (Millôr, ampliado)

A exposição do Instituto Moreira Salles, que esteve em cartaz no Rio, em 2016, foi a primeira retrospectiva dedicada exclusivamente ao trabalho plástico de Millôr, que, também escritor e tradutor, se definia a si mesmo como jornalista. Grande parte da sua obra plástica se desenvolveu para veículos de imprensa impressos, da revista "Cruzeiro" ao histórico "Pif-Paf", que teve poucos números durante a ditadura, à revista "Veja". Um dos motivos explorados foram os militares e sua vaidade, na série em que aparecem ao lado de pavão. Desenho, s.d. Nanquim, ecoline e grafite sobre papel, 26,3 x 22,2 cm. ACERVO MILLÔR FERNANDES / INSTITUTO MOREIRA SALLES

Amor aos parênteses

A Rússia é um país misterioso cheio de gente com hábitos estranhos até nos menores detalhes. Um usuário croata do Twitter perguntou recentemente na plataforma sobre um comportamento trivial dos russos: "Por que os russos botam um parêntese no final de qualquer coisa que escrevem? Assim)".
"Qualquer coisa" já é demais. Você não encontrará um parêntese de fechamento perdido no meio de um artigo científico ou documento oficial. Mas, em qualquer texto informal ou na internet, sim!
Sim, nós amamos parênteses. E eis o porquê!
História
Parênteses de fechamento são a origem dos chamados smileys. Um dos maiores escritores russos de todos os tempos, Vladímir Nabôkov, estava entre os primeiros a concluir que as pessoas precisavam de emojis.
"Sempre penso que deveria existir um sinal tipográfico especial para o sorriso. Algum tipo de marca côncava, um parêntese indolente redondo que eu gostaria agora de traçar em resposta a sua questão."
Parece familiar? Sim, o velho e bom smiley!
Mas não foi Nabôkov quem popularizou essa onda. O sinal de bom humor deslanchou nos anos 1970 e, em 1982, o cientista da computação Scott Fahlman propôs usá-lo em textos, escrevendo assim: :-)
Depois, o símbolo se transformou em :)
Mas os russos o elevaram a um novo patamar, cortando os dois pontos e simplesmente adicionando um parêntese à palavra anterior.
Etiqueta do parêntese
Todo russo tem um jeito diferente de explicar por que ele curte usar os parênteses dessa maneira. Alguns dizem apenas que "é mais curto". Outros acham que os emojis são excessivamente emocionais.
Há, porém, algumas nuances. O número de parênteses faz toda a diferença.
Se for ), o significado é apenas educação.
Mas se for )), é sinal de que a pessoa realmente acha algo engraçado.
Se você receber uma mensagem com ))), ele ou ela estão dando um belo “hahaha”.
Outro escritor russo, o contemporâneo Víktor Pelêvin, já chegou a chamar os smileys de "desodorante visual". Ele escreveu, ironicamente:
"Normalmente, as pessoas colocam smileys quando acham que estão fedendo. Elas querem garantir um bom cheiro."
Boa comparação, não?)

Extraído de Por que os russos usam parênteses em vez de emojis?, por Oleg Egorov. RUSSIA BEYOND

24 outubro, 2019

Um simples teste

OLHE À ESQUERDA


Acima tiveste um exemplo de como uma seta estraga uma instrução.

— Acaso esta seta é da família daquela que sempre aponta para a direita?

De grão em grão...

Se você tem um alisador de cabelo e um grão do milho-pipoca em casa, você pode tentar esta experiência. Seu valor científico não é muito grande mas, toda vez que a experiência é proposta, ela cria uma forte expectativa.

(popcorn hair straightener)

É evidente que estalar um grão de cada vez com um alisador de cabelo não se trata de uma maneira eficaz de fazer pipoca.
No entanto, é uma forma eficaz de fazer um vídeo [http://youtu.be/RrwMzSlUnT0] para o YouTube, já que este clipe de poucos segundos tem superado o número de um milhão de visualizações.

Em elaboração:
A ciência por trás das pessoas que ainda insistem em gravar vídeos verticalmente.

23 outubro, 2019

📞Adolescentes reagem a telefones de disco

Um interessante vídeo de desatualização tecnológica que mostra como adolescentes reagem ao serem apresentados a telefones de disco:



Leitorado do YT
Qual lugar abandonado por Deus ainda tem telefones fixos analógicos?
Não poder bater o telefone quando estou com raiva, eu sinto falta disso.
A parte mais engraçada foi não pegar o receptor.
E quando pegam, eles botam de volta no gancho como se fosse para reinicializar.
Dê-lhes tempo suficiente e eles conseguirão discar as obras completas de Shakespeare.
Imagine dar a um advogado de Nova York de 50 anos um martelo e uma bigorna e, em seguida, pedir a ele que calce um cavalo. Exceto pelo processo que você receberia, os resultados seriam os mesmos!

Crianças reagem a máquinas de escrever

Rei Vajiralongkorn, o novo monarca da Tailândia

Deu em The Guardian:
A vida do rei Maha Vajiralongkorn, que foi finalmente coroado na Tailândia, dois anos depois de ascender ao trono, é definida tanto pelo privilégio quanto pela excentricidade.
Raramente visto fazendo aparições públicas ou discursos, e conhecido por passar a maior parte do tempo vivendo na Alemanha, onde possui uma mansão de US $ 13 milhões em Munique, Vajiralongkorn ainda tem que inspirar a mesma lealdade devota e estatura de seu pai, o rei Bhumibol, que morreu em 2016 após sete décadas no trono.
"O rei Vajiralongkorn tem um estilo muito diferente de seu pai", disse o Dr. Patrick Jory, professor sênior de história do sudeste asiático na Universidade de Queensland. "Ele atingiu a maioridade quando a primazia da monarquia foi restaurada na política tailandesa. Ao contrário de seu pai, ele passou a maior parte de sua vida no exército e está acostumado a dar ordens e fazê-las obedecer, mas carece do carisma de seu pai".
Vajiralongkorn – cujo nome significa "adornado com jóias ou raios" – também ficou conhecido por sua vida pessoal colorida, de acordo com sua mãe, que, em uma viagem aos EUA em 1982, descreveu-o como "um pouco D. Juan". Ele foi casado quatro vezes, com múltiplos divórcios acrimoniosos, e tem sete filhos por três mães diferentes.
A última esposa de Vajiralongkorn, com quem ele se casou recentemente para garantir seu título de Rainha, mas está romanticamente ligada desde 2014, é uma ex-comissária da Thai Airways que ele promoveu a vice-comandante de sua unidade de guarda-costas e depois a general, em 2016.
Vajiralongkorn também é conhecido por seu amor por cães – ele nomeou seu poodle de estimação Foo Foo como chefe de polícia. O poodle acompanhava seu dono a eventos formais vestido com uniformes em miniatura. Quando Foo Foo morreu em 2016, ele recebeu um funeral de quatro dias com ritos budistas completos.
Mas enquanto imagens da vida de Vajiralongkorn na Alemanha são frequentemente espalhadas pelas páginas de jornais estrangeiros, as rígidas leis que impedem a crítica à monarquia na Tailândia as têm mantido longe da mídia tailandesa, com jornalistas que tocaram detalhadamente na vida de Vajiralongkorn sendo presos, encarceradosou exilados.
Via

22 outubro, 2019

Canção do Sena

Chanson de la Seine
(Jacques Prévert)
La Seine tem sorte
Não tem preocupações
E quando passeia
Pela extensão de seus cais
Com seu belo vestido verde
E com suas luzes douradas
Notre-Dame ciumenta
Imóvel e severa
Do alto de todas suas pedras
A olha de través.


Última linha, última gota
Victor Hugo escreveu "O Corcunda de Notre-Dame" sob enorme pressão financeira, deixando a sua mesa apenas para comer ou dormir.
Finalmente, sua filha Adèle escreveu:
"Em 14 de janeiro, o romance terminou. E o frasco de tinta que Victor Hugo comprou ao iniciar a obra terminou junto; ele chegou, no mesmo momento, à última linha e à última gota."
Paris: na carreira
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), e situa-se na pequena Île de la Cité (Ilha da Cidade), rodeada pelas águas do Rio Sena. Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance "Notre-Dame de Paris" (O Corcunda de Notre-Dame). Situando os acontecimentos na Catedral, durante a Idade Média, a história fala de Quasímodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. Esta ilustração romântica do monumento abriu portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitetura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.
http://gurgel-carlos.blogspot.com/2017/03/paris-na-carreira.html

"É que o amor é como árvore. Rebenta por si próprio, penetra profundamente em todo o nosso ser e continua muitas vezes, a verdejar sobre um coração em ruínas." ~ Victor Hugo

O rosto de Paris
http://blogdopg.blogspot.com/2013/05/o-rosto-de-paris.html

Convivendo com as aranhas - 4

"Meu terapeuta disse para eu ser mais social."

Convivendo... 1, 2 e 3

21 outubro, 2019

O pelourinho de dedo

Aqui está uma punição esquecida.
No século XVII, por motivo de uma ofensa menor (por exemplo, não prestar atenção a um sermão), um infrator podia ir para o pelourinho de dedo.
Um exemplar deste objeto ainda sobrevive na igreja de Santa Helena, em Leicestershire, Inglaterra.
O pelourinho de dedo é um tipo de contenção em que o dedo é mantido no interior de um bloco de madeira após introduzido por um buraco em forma de L para que a articulação fique dobrada dentro do bloco.


O nome é tirado do pelourinho, um dispositivo muito maior usado para prender a cabeça e as mãos.
"O dedo ficava confinado, e facilmente se vê que ele não poderia ser retirado até que o pelourinho fosse aberto", escreve William Andrews, em "Medieval Punishments" (1898). "Se o ofensor fosse mantido por muito tempo nessa postura, a punição teria sido extremamente dolorosa."

The finger pillory, Futility Closet

Hotspot ecológico

Um hotspot ecológico é uma região biogeográfica que é simultaneamente uma reserva de biodiversidade, que pode estar ameaçado de destruição.
Designa, geralmente, uma determinada área de relevância ecológica por possuir vegetação diferenciada da restante e, consequentemente, abrigar espécies endêmicas. Os hotspots ecológicos estão identificados pela Conservação Internacional (CI), que se refere a 35 áreas de grande riqueza biológica em todo o mundo que são alvos das atividades de conservação da CI. Segundo esta organização, ainda que a área correspondente a estes habitats naturais ocupe apenas 2,3% da superfície do planeta, concentra-se nela cerca de 60% do patrimônio biológico do mundo no que diz respeito a plantas, aves, mamíferos, répteis e espécies anfíbias.


Clique AQUI para ampliar

O Brasil participa da lista da Conservação Internacional com dois hotspots:
- o da Mata Atlântica (em que 93% da floresta já se foi);
- o do Cerrado, onde está a última fronteira agrícola do planeta e do qual fazem parte as cabeceiras das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, sendo elas: Amazonas/ Tocantins, São Francisco e Prata, sendo portanto, de grande importância para a segurança hídrica da região.

Página oficial da Conservation International

20 outubro, 2019

Asgardia: a primeira nação espacial?

Se o nome soa familiar é porque foi inspirado em Asgard, um dos reinos dos deuses na mitologia nórdica. Se essa máquina sair do chão, Asgardia se tornará o primeiro país no espaço, funcionando essencialmente como uma nação soberana com cidadãos que podem viver, trabalhar e seguir suas próprias regras e regulamentos.
Igor Ashurbeyli, o homem que lidera a iniciativa, quer garantir o reconhecimento das Nações Unidas para Asgardia. Está proposta para ser uma nação de exploração científica, livre de restrições geopolíticas.
Além disso, os futuros fundadores da Asgardia querem criar a nação espacial para que ela possa fornecer um escudo de alta tecnologia no espaço contra ameaças cósmicas e provocadas pelo homem e por efeitos naturais, tais como detritos espaciais, ejetos de massa coronal e colisões de asteroides.
Este projeto está pelo menos a algumas décadas de sua concretização e, caso venha a acontecer, fará de Asgardia a primeira nação no espaço.


Site oficial
A lista de futuros asgardianos com residência atual no Ceará tem 241 pessoas.

CLASSIFICADOS
Mars One

Museus dedicados a órgãos reprodutores

Museu dedicado ao pênis
Depois de décadas colecionando e catalogando órgãos reprodutores masculinos, o professor Sigurður Hjartarson decidiu abrir um museu para exibir sua coleção Em 1997, ele reuniu todo esse material - - 283 pênis de 93 espécies de animais - - em seu Museu Falológico da Islândia.
O museu começou a reunir turistas que também colaboravam com o acervo trazendo mais pênis de animais de presente para o professor.
Em 2004, Hjartarson e seu filho Hjörtur Gísli Sigurðsson mudaram a coleção para o local onde o museu funciona até hoje. Eles estimam que o espaço atraia cerca de 14 mil pessoas anualmente, sendo a maior parte do público formada por turistas estrangeiros.
Para visitar a atração, que fica em Reykjavík, capital da Islândia, é preciso contribuir com 1.250 coroas islandesas (o que equivale a pouco mais de 20 reais). Lá dentro, os turistas podem se perder entre as prateleiras que exibem os pênis das mais diversas espécies.
Entre os exemplares, é possível conferir os órgãos de baleias gigantes, porquinhos-da-índia, hamsters, coelhos, cavalos, elefantes e muitos outros animais. A maior parte dos pênis foi conservada em formaldeído, mas também é possível ver órgãos que foram preservados eretos.
Outro destaque do museu é o pênis humano. Hjartarson conta que buscou um exemplar do Homo sapiens por muitos anos. Durante esse tempo, alguns candidatos assinaram termos garantindo que doariam seus órgãos para o museu após a morte.
Mas, foi somente em 2011 que ele obteve o pênis do islandês Pall Arason, que faleceu com 95 anos. Apesar de ter ficado bastante feliz com a doação, o professor deseja ir além: "Eu ainda quero conseguir um exemplar humano melhor e mais atraente", revelou ele.
Fonte: Megacurioso

Museu dedicado à vagina
"Bem-vindo ao projeto de criar o primeiro museu de tijolos e argamassa dedicado às vaginas, vulvas e anatomia ginecológica", diz o site do The Vagina Museum, acrescentando: "Doe aqui para nos ajudar a abrir nossas primeiras instalações no Camden Market".
O Camden Market está em Londres, no Reino Unido, e seus organizadores contam com um projeto de crowdfunding para abrir o museu em novembro de 2019.
A pergunta mais frequente depois de "onde eu me inscrevo?" é "por que precisamos de um museu da vagina?".
Bem, se há um museu do pênis, então era só uma questão de tempo para que alguém começasse um museu da vagina.
A anatomia ginecológica é uma parte do corpo feminino, assim como qualquer outra parte. E, no entanto, está cercada de estigma e vergonha. Este é um terrível estado de coisas, uma vez que a anatomia ginecológica deveria ser celebrada - - por ser a parte do corpo que traz a vida ao mundo.
Aqui estão alguns exemplos de como estigmatizar a vagina pode afetar a sociedade:
https://www.vaginamuseum.co.uk/why



"O Museu não terá limite mínimo de idade, porque é sempre importante aprender sobre nossos corpos, não importa a idade. Será escolha dos pais e responsáveis ​​se vão trazer seus filhos."

19 outubro, 2019

Qual é a cor do cavalo branco de Kim Jong-un?

O líder da Coreia do Norte subiu a cavalo o monte Paektu, que é a montanha mais alta do país.
Quando Kim Jong-un sobe esta montanha  de 2.750 de metros, tida como sagrada pelos norte-coreanos, é porque ele está em busca de alguma inspiração. A agência de notícias estatal KCNA escreveu que por trás desse gesto há uma "grande operação para maravilhar novamente o mundo".
A aventura gerou uma série de fotos do mandatário montado a cavalo, em meio a uma paisagem de neve. E os internautas foram rápidos em transformar essas fotos em memes.

Kim com Putin (sem camisa)

A rosa-de-Jericó

Um dos itens do acervo do Museu Comendador Ananias Arruda, em Baturité-CE, é uma rosa-de-Jericó. Este exemplar (foto) foi colhido pelo próprio Ananias Arruda, em julho de 1925, em uma peregrinação que fez à Palestina.

Mas o que é a rosa-de-Jericó?
Também conhecida como a flor da ressurreição (Selaginella lepidophylla), é uma planta do deserto que cresce no Oriente Médio e na América Central. Enquanto o ambiente apresenta um mínimo de condições, estas plantas vivem e reproduzem-se como qualquer outra planta, crescendo de forma exuberante e muito rapidamente. Mas, nos períodos em que a terra fica seca e a umidade relativa do ar chega perto de zero, a flor da ressurreição se encolhe toda, formando uma bola que é como vai sobreviver por um longo período sem água. Como não está mais enraizada (suas raízes se soltaram do "corpo") e suas folhas estão secas e enroladas, elas podem ser transportadas pelo vento por quilômetros e quilômetros no deserto, até que encontre um ambiente úmido. Então, em contato com a umidade, a bola abre suas folhas secas e rapidamente "retorna à vida". Clique no link acima para assistir ao vídeo.
Ver também: 
O ruibarbo do deserto - A tamareira da Judeia

18 outubro, 2019

Aula de fotografia - 19

COMO TIRAR FOTOGRAFIA A BORDO

A reputação do gato preto

por Amanda Foreman, The Wall Street Journal
18 de outubro de 2018
O que o gato preto fez para merecer sua reputação de símbolo do mal?
Não foi sempre assim. De fato, as primeiras interações entre humanos e gatos foram benignas e baseadas em conveniência mútua. A invenção da agricultura no período neolítico levou a excedentes de grãos, que atraíram roedores, que por sua vez motivaram os gatos selvagens a se aproximarem dos humanos na esperança de pegar o jantar. A domesticação logo se seguiu: o gato de estimação mais velho do mundo foi encontrado em um túmulo de 9.500 anos em Chipre, enterrado ao lado de seu dono humano.
No entanto, como os antigos egípcios perceberam, mesmo quando domesticados, o gato mantém sua independência. Os egípcios eram fascinados por opostos divinos e simetrias cósmicas, e viam esse tipo de dualidade no gato - um predador feroz que também era um guardião leal. Várias divindades egípcias foram retratadas em forma parcialmente felina, incluindo Bastet, que era uma deusa da violência, bem como da fertilidade. Uma de suas cores sagradas era a preta, que foi como o gato preto alcançou seu status especial.
Os egípcios foram únicos em sua extrema veneração de gatos, mas não estavam sozinhos em considerá-los como tendo uma conexão especial com o mundo espiritual. Na mitologia grega o gato era um familiar de Hecate, deusa da magia e feitiçaria. O animal de estimação de Hecate já havia sido uma criada chamada Galanthis que, por ser rude, foi transformada em um gato como punição pela deusa Hera.
Quando o cristianismo se tornou a religião oficial de Roma em 380, os gatos foram associados ao paganismo e à feitiçaria. Além disso, a independência do gato sugeriu uma rebelião intencional contra o ensino da Bíblia, que dizia que Adão tinha domínio sobre todos os animais. A reputação do gato piorou durante a era medieval, quando a Igreja Católica lutou contra heresias e dissidentes. Em 1233, o papa Gregório IX emitiu uma bula papal, "Vox in Rama", que acusava hereges de usar gatos pretos em suas orgias sexuais noturnas com Lúcifer - que era descrito como meio gato na aparência.
Na Europa, um número incontável de gatos foi morto na crença de que eles poderiam ser bruxos disfarçados. Em 1484, o papa Inocêncio VIII ventilou as chamas do preconceito contra o gato com sua bula papal sobre feitiçaria, “Summis Desiderantes Affectibus”, que afirmava que o gato era "o animal favorito do diabo e de todas as bruxas".
A Era da Razão deveria ter resgatado o gato preto de seu status de pária, mas as superstições são difíceis de morrer. (Quantos prédios modernos faltam no 13º andar?). Os gatos tinham muitos fãs fervorosos entre escritores do século 19, incluindo Charles Dickens e Mark Twain. Mas Edgar Allan Poe, o mestre do conto gótico, atuou ao contrário: em sua história de 1843, "O gato preto", em que o espírito de um gato morto leva seu assassino à loucura e à destruição.
Portanto, tenha pena do pobre gato preto, que, por culpa própria, deixou de ser um instrumento do diabo para ser a ferramenta conveniente de um escritor de terror.

Gatos e religião: 1 e 2

17 outubro, 2019

O mapa das poltronas com bebês

O mapa de assentos da Japan Airlines mostra onde estão os bebês do voo ;-)
Isto porque a companhia aérea criou um recurso novo em seu sistema de reservas – o "Baby Seat Map". Através dele, é possível visualizar, no mapa das poltronas, quais lugares estarão ocupados por bebês menores de 2 anos. O que permite, segundo a empresa, que os demais passageiros "reservem seus lugares mais estrategicamente. Via Blue Bus

Good stuff, Japan Airlines. So it's kind of like Minesweeper but with babies. @Satonegi


Tradução - Muito bom, Japan Airlines. É como Campo Minado, só que com bebês.

Sobre o dente-de-leão

Ler 1.º: A física secreta das sementes do dente-de-leão [imagem]

O poeta e artista inglês William Blake não era fã do reducionismo de Isaac Newton. A verdadeira descoberta e, portanto, o conhecimento, insistia Blake em seu poema "Augúrios da inocência", era para ser encontrado no cotidiano, onde um mundo poderia ser visto em um grão de areia e um céu em uma flor selvagem.
Hoje, sabemos de estados exóticos de matéria que podem retardar a grande velocidade da luz para uma mera corrida. E astrônomos identificaram mais de 3.800 planetas em mais de 2.800 sistemas estelares distantes: uma incrível taxa de descoberta, já que a primeira detecção confirmada de um planeta orbitando outra estrela similar ao Sol foi tão recente quanto 1995.
Nada disso deveria nos cegar para o fato de que - como Blake sugeriu - algumas das descobertas mais surpreendentes vêm do mundo do familiar. Ninguém visitou um exoplaneta, mas a maioria das pessoas sabe como é um dente-de-leão. Esta flor (Taraxacum officinale) é encontrada em todo o mundo. E, como muitas crianças descobrem para seu deleite, quando um dente-de-leão põe sementes, a flor (na verdade, centenas de pequenas florzinhas) se transforma em uma massa de sementes. E cada semente permanece suspensa de um talo semelhante a um paraquedas - facilmente transportada por uma lufada de ar.
[https://www.nature.com/articles/d41586-018-07032-6]

O dente-de-leão está por todas as partes em pastagens, prados e em terrenos baldios, e é tão abundante que os agricultores consideram-na uma planta daninha e problemática. Embora suas flores sejam mais visíveis nos meses iniciais do verão, ela pode ser encontrada em floração e, consequentemente, também dispersando suas sementes quase o ano todo.
O dente-de-leão ocupa um lugar importante entre as plantas produtoras de mel, pois fornece quantidades consideráveis ​​de pólen e néctar no início da primavera, quando a colheita das abelhas nas árvores frutíferas está quase no fim.
Pequenas aves gostam muito das sementes do dente-de-leão e os porcos devoram toda a planta avidamente. As cabras comê-lo-ão, mas as ovelhas e o gado não se importam, embora se diga que ele aumenta o leite das vacas quando ingerido por elas. Cavalos se recusam a tocar nesta planta, não apreciando seu suco amargo. É um alimento valioso para os coelhos.
As folhas secas de dente-de-leão também são usadas como ingrediente em muitas bebidas digestivas ou dietéticas e cervejas de ervas. Dandelion Beer é uma bebida fermentada rústica comum no Canadá. Em Berkshire e Worcestershire, as flores são usadas na preparação de uma bebida conhecida como Dandelion Wine. As raízes torradas são largamente usadas para produzir o café Dente de Leão, sendo primeiramente limpas a fundo, depois secas com calor artificial e levemente assadas até ficarem com o tom de café, quando são moídas e ficam prontas para o uso.
[https://botanical.com/botanical/mgmh/d/dandel08.html]

OK, vamos pegar um dos aspectos mais prementes, o seu nome "Dandelion". É uma corrupção em inglês do nome francês para esta planta: "dent de lion", que significa "dente de leão", uma referência às serrilhas parecidas com dentes nas folhas da planta. Também era conhecido como dente de leão em outras línguas europeias baseadas no latim, de modo que a corrupção inglesa pode ter evoluído separadamente várias vezes.
Seu nome científico é Taraxacum officinale, como foi dito . Acredita-se que o nome do gênero "Taraxacum" tenha sido derivado de uma palavra persa para a planta: "tarashaquq". Foi reconhecido e usado por farmacêuticos persas por volta de 900 d.C. (obrigado, Wikipedia). O nome da espécie, "officinale", deriva do latim " officina", que é escritório, armazém ou farmácia. Atribui-se ao Dandelion múltiplas propriedades medicinais.
Espécies exóticas invasoras têm uma grande vantagem sobre as espécies nativas, sejam elas vegetais ou animais, principalmente porque as espécies invasoras ou introduzidas geralmente chegam em uma nova terra sem seus predadores, pragas ou doenças a reboque.
A guerra contra os dentes-de-leão é uma guerra que não se pode vencer. Estas plantas estão aqui para ficar. Através do desenvolvimento de práticas de cuidado ambientalmente saudáveis, podemos limitar as populações de Dandelions, que são agora parte de nossa paisagem. E lembre-se, é apenas uma plantinha, não é a segunda vinda de Satanás. Respire fundo, relaxe e aproveite mais o seu gramado. A vida é muito curta para ficar transtornado por uma pequena planta.
[http://www.naturenorth.com/summer/dandelion/Dandelion2.html]

Dente-de-leão, portanto, é o nome vulgar de várias espécies pertencentes ao gênero botânico Taraxacum, das quais a mais disseminada é a Taraxacum officinale. É uma planta medicinal herbácea conhecida no Brasil também pelos nomes populares: papai-careca, amor-de-homem, vovô-careca, amargosa, alface-de-cão ou salada-de-toupeira.
Em Portugal, também é conhecido por quartilho, taráxaco ou amor-dos-homens. E as crianças conhecem a planta pela designação "o-teu-pai-é-careca?" como resultado de um jogo infantil que supostamente mostraria se o pai de outra criança, a quem se faz a pergunta, seria careca ou não, depois de soprar os frutos desta planta que, ao serem levados pelo vento, deixam uma base semelhante a uma cabeça careca. Ou, ainda, por "avô-careca", outro nome também  associado também à brincadeira infantil.
[https://pt.wikipedia.org/wiki/Taraxacum]

Uma semente dessa planta foi parar dentro do ouvido de uma garotinha chinesa. Os pais da menina a levaram ao hospital, depois de notar que ela tinha queixas relacionadas ao ouvido, e os médicos ficaram espantados ao encontrar um dente-de-leão em processo de germinação no canal auditivo da criança.
[https://www.megacurioso.com.br/bizarro/40707-voce-nao-vai-acreditar-nas-esquisitices-que-ja-foram-encontradas-em-ouvidos.htm]

16 outubro, 2019

Coringa, um personagem complexo

Coringa: 5 perguntas importantes que o filme não responde de propósito
por Pablo Miyazawa — 15/10/2019
Polêmicas à parte, Coringa não é um produto fácil de digerir. Em entrevistas recentes, o diretor Todd Phillips e o protagonista Joaquin Phoenix têm feito questão de não esclarecer as muitas pontas soltas deixadas pelo filme. E talvez essa natureza ambígua e nebulosa esteja de perfeito acordo com um personagem complexo como o "Palhaço do Crime", que tão bem personifica caos, intriga e contradição. Assim mesmo, há questões importantes deixadas sem resposta pelo longa-metragem que instigam uma reflexão mais aprofundada.
Será que essas pontas soltas serão atadas algum dia?

5 - O Batman "está" no filme?

O artigo de Miyazawa, em AdoroCinema, contém spoilers de "Coringa". Não o leia se ainda não tiver assistido!

Há um Coringa na multidão

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17 novembro 2019
(agência Reuters)
"Coringa" está perto de ultrapassar US$ 1 bilhão em bilheteria global
Graças a um orçamento de produção modesto estimado em cerca de 60 milhões de dólares, "Coringa" também é o filme baseado em HQ mais lucrativo de todos os tempos. "Realização absolutamente arrebatadora para um filme classificado como R (restrito) com um orçamento moderado e sem lançamento na China", escreveu Pandya, no Twitter.

Como fazer fogo com um limão

Uma continuação de: Limões, limonada etc.

Se a vida lhe deu limões, comece um incêndio.



O sistema mostrado no vídeo acima produz uma tensão elétrica em torno de 5 volts.

Ingredientes:
1 limão (*)
6 clipes de cobre
6 pregos
1 pedaço de arame
lã de aço
palha seca ou papel higiênico

(*) Assim como outras frutas cítricas, o limão é facilmente encontrado na tundra.

15 outubro, 2019

HEGEMÔNICA

(https://br.pinterest.com/pin/757378862312010853/)

O Cebolinha usa sapatos. Mônica, Magali e Cascão, que andam descalços, não têm dedos nos pés. Por que só o Chico Bento tem esse privilégio? A explicação é simples.

👨‍🏫Dia do Professor

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor." ~ Paulo Freire

Criação da data
Em 14 de outubro de 1963, o então presidente João Goulart assinou o Decreto nº 52.682 que criou o feriado escolar do Dia do Professor no Brasil.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45837273


Homenagem de Braulio Bessa, em Poesia com Rapadura
https://twitter.com/MariaLamedia/status/1051833536767021057
Vídeo: https://globoplay.globo.com/v/7083859/

Aplicando teste ...
Aluno: Professor, é em dupla?
Professor: Sim. Você e Deus.
Aluno: Mas eu sou ateu.
Professor: Lascou. Vai ter que fazer sozinho.
Os 20 professores mais engraçados do Brasil, BuzzFeed

Frases e bordões do Professor Girafales
"Eu já tive alunos bons, regulares, ruins, péssimos e o Quico. Mas não se preocupe, é provável que haja piores."
"Por que causa, motivo, razão ou circunstância?"
"Por que os animais não comem com o rabo? Porque não podem tirar o rabo para comer."
"Enquanto tiverem os livros nas mãos, serão pessoas honradas, serão gente de bem. Em outras palavras, serão como eu."
http://blogdopg.blogspot.com/2016/06/professor-girafales.html

14 outubro, 2019

Pole dance (2)

Em português: dança do cano, do poste, do mastro, da barra americana etc.


— Uau, isto é como um homem deve fazer pole dance!

Misto de dança e esporte, pole dance também caiu no gosto de alguns insetos.

Da invenção da pólvora ao uso dos canhões

Alexandre da Macedônia, general de extraordinária habilidade, talvez um dos melhores estrategistas de todos os tempos, revolucionou a arte da guerra no seu tempo, tornando as suas falanges mais agressivas com lanças de 4 metros e diminuindo as suas armaduras, o que permitia aumentar a mobilidade dos seus homens, e utilizando pela primeira vez a cavalaria, reforçada por armaduras, com lanças e espadas, que envolvendo os seus opositores pelos flancos os posicionava ao alcance das suas falanges apeadas.
Mas as táticas e a mestria de Alexandre, usadas como referência durante vários séculos, tornaram-se completamente obsoletas no século XIV, quando a pólvora começou a encher os campos de batalha de fumo. Com a introdução e utilização da pólvora ao serviço dos exércitos, as táticas forçosamente tiveram de se adaptar às novas circunstâncias e danos, agora infligidos à distância. As armaduras, outrora tão úteis, tornaram-se completamente devassáveis e portanto inúteis para fazer face ao novo poder de destruição resultante da aplicação da pólvora.
O aparecimento da pólvora e das primeiras armas de fogo
A descoberta da pólvora tem sido consensualmente aceite na comunidade científica como originária da China no século IX. Descoberta pelos alquimistas chineses na busca do elixir da imortalidade, a pólvora resultou de séculos de experimentação. A palavra chinesa para "pólvora" significa “fogo da Medicina”, estando a primeira referência às propriedades incendiárias da pólvora descrita num texto "taoista" (真元妙道要略) de meados do século IX:
"... aquecidos juntos, enxofre, realgar (derivado do ácido sulfúrico) e salitre com mel originaram chamas e fumo, de tal forma que as suas mãos e rostos foram queimados, e até mesmo toda a casa ardeu."
Nos séculos que se seguiram, foram descritos uma variedade de objetos propulsores criados pelos chineses, incluindo lança-chamas a pólvora, foguetes, bombas, entre outros. Os primeiros projéteis apareceram por volta de 904-906 – "flying fires".


No entanto, o primeiro registo do uso da pólvora ao serviço de um exército como propulsora de lanças foi descrito em 1232 na batalha de Kai-Keng entre a China e a Mongólia. Os mongóis após o combate criaram os seu próprios modelos e pensa-se terem sido uns dos responsáveis por sua disseminação pela Europa, a par de Roger Bacon, que importou e melhorou a formula da pólvora – descrita no seu livro "De nullitate magiæ" publicado em 1216 .
Os primeiros objetos propulsores de projéteis eram constituídos por um tubo de bambu preenchido por pedras ou outros objetos de arremesso onde uma mistura de salitre, enxofre e carvão em contato com o fogo criava um escape de gases responsável por expelir os objetos. Os dispositivos que utilizavam as propriedades propulsoras e explosivas do novo composto são mencionados pela primeira vez num manuscrito datado de 1326, em que se descreve um canhão em forma de vaso, capaz de disparar um projétil de ferro em forma de seta.
A introdução da pólvora na Europa rapidamente se fez acompanhar da sua utilização para fins bélicos. No século XIV surgiram os primeiros canhões de bronze e a sua consequente evolução deu origem a armas cada vez mais pequenas, capazes de serem transportadas e utilizadas por um só homem, as chamadas armas de fogo de roda de mecha – arcabuzes e mosquetes – que vieram revolucionar toda a tática militar de então.
A primeira arma de fogo individual usada na Europa teve origem na Hungria, com o nome de arcabuz, sendo que um em cada três soldados do exército austro-húngaro possuía um arcabuz. No final do século XV as armas de fogo eram apenas um complemento aos besteiros, mas em 1550 a sua importância estratégica tinha suplantado o uso da besta como arma principal de guerra, quer nos campos de batalha europeus quer nos do Novo Mundo. O mosquete, que sucedeu ao arcabuz, foi uma das primeiras armas de fogo usadas em larga escala pelos soldados de infantaria entre os séculos XVI e XVIII. A arma era carregada pela boca com pólvora e por aí era igualmente colocado o projétil. O sistema de disparo consistia em mechas incendiárias. O alcance máximo que um mosquete poderia alcançar era de cerca 90 a 100 metros.
A Batalha de Crécy – 26 de agosto de 1346
Segundo relatos da época, os canhões foram usados pela primeira vez na Europa, nos campos de Crécy, pelas tropas inglesas durante a Guerra dos Cem anos. A Batalha de Crécy teve lugar a 26 de Agosto de 1346 e foi o primeiro grande confronto da Guerra dos Cem Anos, entre os exércitos de Filipe VI, da França, e Eduardo III, da Inglaterra, que terminou com a vitória dos ingleses.

Extraído de: "As Primeiras Lesões por Armas de Fogo – novo paradigma para o cirurgião militar – Ambroise Paré"
Autores: Miguel Onofre Domingues Madalena Esperança Pina
Rev. Port. Cir. no.23 Lisboa dez. 2012
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-69182012000400013

13 outubro, 2019

Como identificar um bot

Fábio Malini, da Universidade Federal do Espírito Santo, descreve algumas características de contas falsas em redes sociais usadas para influenciar a opinião pública.

Muitas mensagens
O primeiro ponto é: elas publicam muito, centenas de mensagens por dia.

Softwares de gerenciamento
O controle da atividade nunca é feito diretamente pelo site ou aplicativo da rede social, que permite o login em apenas uma conta. Os criadores usam sofwares de gerenciamento, como o Hootsuite. E essa informação é visível nos metadados das mensagens.

Sem interação
A maioria dos textos publicados pelos bots são retweets ou compartilhamentos de terceiros, e por serem automatizados, eles nunca interagem com outras pessoas em conversas.

Monotematização
Normalmente, os bots tratam de apenas um tema. Se for para vender um serviço, vai fazer publicações apenas relacionadas a esse serviço. Se for político, vai publicar mensagens apenas do seu campo.

[https://oglobo.globo.com/economia/como-identificar-um-bot-21498117]



"Essa gente", o novo romance de Chico Buarque

O romance "Essa gente" é o novo livro do artista depois de ganhar o Prêmio Camões. Segundo anúncio feito na última quinta-feira (10), pela Companhia das Letras, a obra será lançada no dia 14 de novembro.
"Essa gente", retrata o Brasil de hoje e esbarra em traços da biografia de Chico, através da história de um escritor que está em decadência emocional e criativa e enfrenta problemas na hora de criar uma nova narrativa, vendo seus relacionamentos desabarem, ao mesmo tempo em que o Rio de Janeiro também desaba.
O nome do personagem é Manuel Duarte, sobrenome que lembra foneticamente o Buarque, de Chico.

Leia também a resenha de "Essa gente", por Sergio Rodrigues.

Obra literária
Em 1966, Chico publica em O Estado de S.Paulo o conto "Ulisses", incorporado depois no primeiro livro chamado "A banda" que trazia os manuscritos das primeiras canções. Em 1974, sai a novela pecuária "Fazenda Modelo". Em 1979, é editado "Chapeuzinho amarelo" e, em 1981, "A bordo do Rui Barbosa", poema da década de 60 ilustrado por Vallandro Keating. A partir do início dos anos 1990, Chico tem alternado a produção musical com a literária: "Estorvo" (1991), "Benjamim" (1995), "Budapeste" (2003), "Leite derramado" (2009), "O irmão alemão" (2014) e agora "Essa gente" (2019). Em 1965, Chico musicou o poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto. Desde então, sua presença no teatro brasileiro tem sido constante. Escreveu quatro peças: "Roda Viva", "Calabar" (com Ruy Guerra), "Gota d'água" (com Paulo Pontes) e "Ópera do Malandro".

12 outubro, 2019

A casa da árvore de Trumpinho

Trumpinho, com a ajuda de alguns amiguinhos, terminou a construção de uma casinha de madeira numa árvore do gramado da Casa Branca. Ontem, o garoto de dez anos proibiu, por tempo indeterminado, que qualquer menino do Brazil entrasse na OCDE (que é como ele chama a tal casa da árvore).


"Não tenho a menor ideia de quem são esses meninos. Com que brinquedos eles brincam? Gostam de arminhas como nós? Eles sabem fritar hambúrgueres? Talvez alguns meninos sejam do bem, mas não quero arriscar que um menino do mal apareça", declarou Trumpinho, através de um copo de plástico conectado por treze pés de fio a outro copo de plástico, ao ser entrevistado por Petúnia, do blog EntreMentes.
Enquanto a casa da árvore estava em construção, Trumpinho teria prometido a entrada de um pequeno grupo de brasileirinhos, sob a condição de apresentar certidão negativa para crimes ambientais. No entanto, uma vez que os aspirantes a companheiros de brincadeira não cumpriram esta exigência, Trumpinho adiou a permissão de entrar para as calendas hebraicas.

Se a gente grande soubesse

Samba que concorreu ao I Festival Internacional da Canção (FIC), promovido em 1966 pela extinta TV Rio (as seis edições posteriores foram promovidas pela Globo), defendido pelo Quarteto em Cy junto com Bilinho, filho do autor, Billy Blanco. A primeira gravação foi feita ao vivo durante o certame, e editada no quarto dos seis LPs que a Secretaria de Turismo da então Guanabara lançou, fora do mercado, com a íntegra sonora desse FIC. A gravação de estúdio só viria no ano seguinte, 1967, pela Philips (selo Elenco), no compacto duplo n.º CED-6 e no LP "De marré de Cy".
~ Samuel Machado Filho



Se a gente grande soubesse (quanta paz)
o que consegue a voz mansa (o bem que faz)
como ela cai feito prece (e vira flor)
num coração de criança.
A gente grande que tira (sem pensar)
o meu brinquedo da mão (me faz chorar)
tirou de um músico a lira (sem saber)
interrompeu a canção. {bis}

De tanto não que eu escuto (não e não)
o não eu vivo a dizer (que confusão)
se eu não sossego um minuto (é natural)
eu não parei de viver.
A gente apenas repete (tal e qual)
tudo que escuta e que vê (não leve a mal)
pois gente grande eu queria (ser um dia)
todo igualzinho a você. {bis}

Um dos ícones da MPB, Blanco compôs mais de 500 músicas. Suas canções foram gravadas por cantores como João Gilberto, Elis Regina, Dick Farney, Lúcio Alves, Dolores Duran, Nora Ney e outros grandes nomes da MPB. Ele também fez parcerias com Tom Jobim (14), Baden Powell e Sebastião Tapajós, entre outros.
William Blanco Abrunhosa Trindade nasceu em 1924, em Belém. Formado em arquitetura, sempre gostou de tocar e compor músicas. Nos anos 50, já morando no Rio, se destacou por seus sambas e letras, tornando-se um dos precursores da bossa nova.
Entre seus grandes sucessos, estão "A banca do distinto", "Canto chorado", "Estatutos da gafieira", "O morro", "Pano legal", "Pistom de gafieira", "Mocinho bonito", "Samba triste", "Se a gente grande soubesse" e"Tereza da praia".

12 de outubro, Dia da Criança

11 outubro, 2019

A noite das luzes mortais

Comentando a nota A busca de vida nos planetas que brilham (blog EM, data: 10/10/2019), Fernando Gurgel citou este artigo: Bioluminescência: o incrível e raríssimo fenômeno que só acontece aqui em Goiás (site Curta Mais, data: 27/10/2015, upgrade: 12/01/2019), em que "cupinzeiros ficam cheios de pontos brilhantes durante à noite, criando um cenário mágico e de encher os olhos".
"A busca de vida...", na verdade, fala em fluorescência. Vejamos o que distingue a fluorescência da luminescência:
A fluorescência é o fenômeno pelo qual uma substância emite luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta, raios catódicos ou raios X. As radiações absorvidas (invisíveis ao olho humano) transformam-se em luz visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que o da radiação incidente. Este fenômeno ocorre usualmente em "tempo real", com o material fluorescente brilhando apenas enquanto exposto à fonte primária de energia.
Já a bioluminescência difere da biofluorescência (a fluorescência em um organismo vivo) por ser a produção natural de luz por reações químicas dentro de um organismo. Um vaga-lume e um tamboril são bioluminescentes.
Ainda há a biofosforescência que é semelhante à biofluorescência em sua exigência de comprimentos de onda de luz como um fornecedor de energia de excitação. A diferença aqui está na relativa estabilidade dos elétrons energizados.

Night of the deadly lights by Ary Bassous (Brazil). The Guardian

Em noites tranquilas e úmidas, os cupinzeiros do Parque Nacional das Emas, no cerrado brasileiro, brilham com estranhas luzes verdes. Estas são as iscas bioluminescentes das larvas de besouros que vivem nas camadas externas dos montes. Quando as condições são adequadas, eles saem de seus túneis. Acendendo seus "faróis", eles esperam as presas - geralmente cupins voadores que emergem para acasalar e procurar novos lugares para colonizar.

O ingrediente oculto do talento

Sim, nos foi dito que, se trabalharmos duro, estudarmos e aprendermos o máximo de conhecimentos e habilidades que pudéssemos, e aplicarmos tudo isso em nossas vidas diárias, no trabalho, na escola e em outros aspectos da vida, então atingiríamos nossas metas e nos tornaríamos bem sucedidos.
Bem, nem sempre é esse o caso.
O propalado "Se você acredita, seu sonho se tornará realidade" é uma versão muito simplificada da realidade. A versão mais precisa é que, se você acredita e trabalha duro, estuda e faz tudo o que pode, então você pode ter uma probabilidade melhor de alcançar seus sonhos.
Mas não é garantia.
Os pesquisadores A. Pluchino, A.E. Biondo e A. Rapisarda, em seu recente artigo "Talent vs Luck: the role of randomness in success and failure" (Talento x Sorte: o papel da aleatoriedade no sucesso e fracasso) dizem que "o paradigma meritocrático dominante das culturas ocidentais altamente competitivas está enraizado na crença de que o sucesso deve-se principalmente, se não exclusivamente, a qualidades pessoais como talento, inteligência, habilidades, inteligência, esforços, intencionalidade, trabalho árduo ou tomada de riscos".
Não sorte.
O trabalho é acadêmico e inclui 23 páginas de análise e modelos. Mas, como um resumo de alto nível, dizem os autores, "é bastante comum subestimar a importância de forças externas em histórias de sucesso individuais".
Isso é sorte.
Como evidência, eles destacam que "a inteligência (ou, mais em geral, talento e qualidades pessoais) exibe uma distribuição Gaussiana entre a população, enquanto a distribuição de riqueza - frequentemente considerada um indicador do sucesso - segue tipicamente uma lei de poder (lei de Pareto), com uma grande maioria de pessoas pobres e um número muito pequeno de bilionários. Tal discrepância entre uma distribuição normal de entradas, com uma escala típica (o talento médio ou a inteligência) e uma distribuição invariante de escala de saídas, sugere que algum ingrediente oculto esteja trabalhando nos bastidores".

Leia mais sobre isso neste artigo de Greg McKenna, em The Business Insider.

10 outubro, 2019

Um relógio de números irracionais

Neste relógio de números irracionais todos as horas são valores aproximados. Elas estão muito perto da hora exata, mas obviamente nunca estão "no ponto".


Veja este slideshow para se atualizar em relógios incomuns.

A busca de vida nos planetas que brilham

Recentemente, pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, tiveram um novo insight que pode ser útil na árdua busca por vida alienígena. Eles imaginaram como organismos vivendo em mundos que orbitam estrelas anãs vermelhas sobreviveriam às intensas rajadas de radiação que, de tempos em tempos, elas ejetam em grandes erupções. Justamente por estarem submetidos a doses elevadíssimas de raios ultravioleta, tais seres iriam precisar de algum tipo de mecanismo protetor. E, para eles, a biofluorescência cairia como uma luva.
Além de blindá-los contra os efeitos nocivos da radiação, a reação luminosa pode se tornar tão forte durante as erupções a ponto de ser identificável mesmo de outro sistema solar. Basta ter um telescópio potente o bastante para captar o brilho. E, para nossa sorte, dentro de poucos anos, instrumentos desse porte estarão em funcionamento.
"É um jeito completamente novo de procurar vida no Universo. Apenas imagine um mundo alienígena brilhando suavemente em um telescópio poderoso", disse em um comunicado o astrônomo líder da pesquisa, Jack O’Malley-James, pesquisador do Instituto Carl Sagan, em Cornell. Os cientistas não precisaram ir longe para entender como seria esse brilho – é só olhar para corais que usam o mesmo mecanismo para suavizar a radiação ultravioleta do Sol.
Eles convertem os raios ultravioleta em luz visível, criando o belo efeito brilhante. "Essa biofluorescência pode expor biosferas escondidas em novos mundos através de seus brilhos temporários, quando a erupção de uma estrela atinge o planeta", disse a astrônoma Lisa Kaltenegger, do Instituto Carl Sagan e co-autora deste artigo publicado em 13 de agosto, no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Figura - Um exemplo de fluorescência de coral. As proteínas fluorescentes de corais absorvem a luz ultravioleta e a luz azul e reemitem-na em comprimentos de onda maiores (ver, por exemplo, Mazel e Fuchs, 2003). Imagem disponibilizada sob Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication.

Via MSN (condensado)

09 outubro, 2019

A figura excepcional de Halley

No decorrer de uma carreira longa e produtiva, o inglês Edmond Halley (1656, Haggerston - 1742, Greenwich) foi capitão de navio, cartógrafo, professor de geometria na Universidade de Oxford, vice-tesoureiro da Casa da Moeda Real, astrônomo real, editor de Isaac Newton e inventor do sino de imersão. Ele escreveu com autoridade sobre magnetismo, marés e os movimentos dos planetas e, afetuosamente, sobre os efeitos do ópio. Inventou o mapa do tempo e a tabela atuarial, propôs métodos para calcular a idade da Terra e sua distância do Sol, chegou a conceber um método prático para manter frescos os peixes fora da estação. 
Breve história de quase tudo, Bill Bryson

O interessante é que a única coisa que ele não fez foi descobrir o cometa que viu em 1682Esse cometa, que só recebeu o nome de Halley em 1758 (dezesseis anos após sua morte), era o mesmo que outros haviam visto em 1066, 1145, 1222, 1301, 1378, 1456, 1531 e 1607.
Contudo, no aparecimento de 1682, ele previu o retorno do cometa em 1758.

Slideshow ENCONTRO MARCADO