31 maio, 2009

Os braços de Blackman Cruz


Em sua loja virtual, o comerciante de curiosidades Blackman Cruz colocou à venda um par de braços esculpidos em madeira.
Em tempo
Esse par de arandelas, que estava na seção de luminárias da loja, acaba de ser vendido. Sem a intermediação do blog EntreMentes.

Trilhos urbanos

São percorridos por um trem que não atrapalha por muito tempo os negócios dos feirantes. 
Ô trem bão!



30 maio, 2009

Por etapas

Olhos de peixes:
(imagem: smash!ng apps)

a etapa seguinte será a de melhorar a boca.

Uma flor de casa

Como se fosse um girassol, a casa (na fotografia ao lado) gira sobre uma base circular para acompanhar o movimento do sol, daí o seu nome Villa Girasole. Ela fica nas proximidades da cidade de Verona, Itália. Nessa casa, construída em 1935, há dois motores a diesel que realizam em 9 horas e 20 minutos a rotação completa da casa que pesa 1.500 toneladas.

29 maio, 2009

Como eu vejo

A Terra 
Apesar de chover dentro e da umidade que apresenta em certos locais (na Atlântida, por exemplo) ainda é um bom lugar para se morar. Não sei de ninguém na Terra que, em gozo das faculdades mentais, tenha dado o seu quarto-e-sala de entrada na compra de um apartamento novo em Vênus.

Nuvens

Em pequenino eu achava que os santos moravam nas nuvens. Cada santo em sua nuvem, conforme a importância. Se o santo era proeminente, a nuvem idem, de modo a traduzir o seu prestígio. Até chegar ao humílimo santo na humilíssima nuvem. Em outras palavras, esse mundo velho sem porteira, mundo cheio de desigualdades sociais, tinha o seu "repeteco" lá nos páramos, achava eu. Nos dias de hoje, chamo isso de visão antropomórfica dos seres celestiais. Ah!, mas eu punha os santos nas nuvens, conquanto não fossem elas negras!... As nuvens negras, esclareço aqui, eram só para os santos mutuários do Banco da Nublada Habitação. De santinho-do-pau-oco para baixo.
Um que destoava era São Jorge. No mister de aporrinhar o dragão, o santo inglês morava no local de trabalho. Na Lua, dindinha Lua. Desanuviado por convicção, o santo pelejador ainda mora lá. Fosse nefelibata, a sua inseparável lança teria virado um para-raios. Mas, raios! Por que santo (afora São Jorge), depois de uma existência terrena agoniada, escolhe ir morar numa nuvem a um pulo daqui? E por que, cargas d'água (ô expressãozinha apropriada!), após sofrer o diabo nas mãos dos dioclecianos da vida, santo resolve ir morar numa nuvem a um tiro de canhão daqui? Quando há os anéis de Saturno...
Eram perguntas da mente infantil jamais respondidas. E viver nas nuviosas fofuras... para santo tinha lá suas vantagens. Primeiro, não havia a monotonia da paisagem; segundo... Espere aí, a monotonia da paisagem talvez seja melhor do que esse eterna-metragem sensaborão. Da Terra para santo ver. Aliás, desde as famosas estripulias do Barão Vermelho que morar nas nuvens só apresenta desvantagens. O avião supersônico, o canhão a laser, o satélite "xeretão" e agora essa mania salobra da nucleação artificial. Eta costumezinho bobo! Como era antes: dia da faxina, a santarada em mutirão, São Pedro ao comando... "Hora de esgotar, pessoal!" E a chuva benfazeja caía sobre as plantações.
Quantas vezes eu me recostei na relva para apreciar o pleomórfico espetáculo! Sopradas pelo artífice vento, as nuvens a formarem enxundiosas figuras de... 


Ops! Termine a leitura de minha crônica 
(publicada em 1987 no DN - CULTURA) agora no Preblog.

28 maio, 2009

Os mundos de Fingerman

Duas israelitas contracenam os corpos com as divertidas imagens em movimento que elas criam com os dedos. Clique sobre o endereço do site para assistir ao espetáculo.


Uma sugestão enviada por Marcelo Gurgel em cujo blog as postagens colocadas hoje são:
"Turma Dr. José Carlos Ribeiro: uma justa homenagem" 
Sobre este médico cearense que, em 1948, foi um elemento-chave na criação da então Faculdade de Medicina do Ceará e que foi também o principal articulador da organização do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, do que resultou, merecidamente, ter ele sido o CREMEC nº 1.
"Desiderata"
Um texto para a reflexão, escrito em 1927 pelo poeta e advogado Max Ehrmann.

A síndrome de Münchhausen

A síndrome de Münchhausen é uma doença psiquiátrica em que o paciente, de forma compulsiva, deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, sem que haja uma vantagem óbvia para tal atitude que não seja a de obter cuidados médicos e de enfermagem.
Nessa síndrome, a pessoa afetada exagera ou cria sintomas nela mesma para ganhar atenção, tratamento e simpatia. Em casos extremos, uma pessoa com esta síndrome (seus portadores costumam desenvolver algum grau de conhecimento sobre a medicina) consegue produzir sintomas para operações desnecessárias. Por exemplo, ao injetar na veia um material infectado que, por lhe causar uma infecção, possa prolongar a estada no hospital. Ou, ainda, ao praticar alguma forma de auto-mutilação.
A história clínica que o doente apresenta é inicialmente plausível, embora depois se verifique ser falsa. Ao ser desmascarado, ele abandona a instituição em que está internado para reaparecer na sala de emergência de outro hospital. 
Um portador dessa síndrome pode ser extremamente dispendioso para um sistema de saúde. Há o relato de um paciente  que custou ao serviço de saúde britânico 4 milhões de dólares, nos 50 anos em que se sumeteu a 400 operações de diversos portes, em 100 diferentes hospitais nos quais usou 22 nomes.
Observação - De forma diferente da hipocondria, o paciente com Münchhausen sabe que está exagerando, enquanto o hipocondríaco acredita que está de fato doente.

O epônimo
A denominação eponímica para essa síndrome foi dada por Richard Asher em 1951. Inspirado no Barão de Münchhausen, um tipo criado em histórias escritas pelo humorista Rudolf Erich Raspe (1737-1794), a partir de incidentes compilados em várias fontes, dentre as quais as inacreditáveis narrativas de Hyeronimus Karl Friedrich von Münchhausen, um oficial alemão que serviu no exército russo. 

P.S.>
Na CID-10 (versão 2008) a síndome de Münchhausen corresponde ao código F68.1.

27 maio, 2009

Terapia das ITRs

Na noite de ontem (26), um grande número de médicos esteve reunido no auditório da churrascaria "Sal e Brasa", em Fortaleza, para participar de uma atualização em "Antibioticoterapia das Infecções do Trato Respiratório (ITRs)".
Os palestrantes foram o Prof. Dr. Eduardo Alexandrino Servolo Medeiros, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e o Prof. Dr. Miguel Abidon Aidé, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Na condução dos debates com o público convidado, atuou como moderador o Prof. Dr. Marcelo Alcântara Holanda, pneumologista cearense.
O evento, que corresponeu às expectativas dos participantes, recebeu o patrocínio do Laboratório Aché. 

"Pensar de forma global. Decidir de forma local."

Fotos raras

:-)
A fotografia que me deu mais trabalho para conseguir foi: "uma rede de dormir preta". Inclusive eu tive de pesquisá-la como black hammock. Se não tivesse dado certo, o meu Plano B seria: "uma rede de dormir com uma preta".

26 maio, 2009

Uma cena forte



Prepare-se para ver uma cena forte.

Os adultos saíram de casa e deixaram uma indefesa criança com um pitbull. E o que aconteceu está sendo mostrado (na fotografia) para que sirva de alerta a todos os pais.

Eu avisei, não foi?

Com licença para mudar

O britânico David Fearn mudou oficialmente seu nome para:
James Dr No From Russia with Love Goldfinger Thunderball You Only Live Twice On Her Majesty's Secret Service Diamonds Are Forever Live and Let Die The Man with the Golden Gun The Spy Who Loved Me Moonraker For Your Eyes Only Octopussy A View to a Kill The Living Daylights Licence to Kill Golden Eye Tomorrow Never Dies The World Is Not Enough Die Another Day Casino Royale Bond

Com 69 palavras - que citam os títulos de 21 filmes - é atualmente o nome mais longo no registro de pessoas do Reino Unido.
Adivinhem de quem ele é fã?

25 maio, 2009

Sob controle

Que é dicotomia?

Um de seus significados é o de ser uma proposição que se divide em duas, subdividindo-se cada uma destas em outras duas, e assim sucessivamente.
Eis um exemplo de dicotomia:
"Por que preocupar-se? Só existem duas coisas que devem preocupar: ou você está Bom ou está Doente. Se está Bom, então não há com que preocupar-se. Mas se você está Doente, há duas coisas que podem acontecer: ou você Cura ou você Morre. Se Curou, nada mais há com que preocupar-se. Se Morre, duas coisas podem acontecer: ou vai para o Céu ou para o Inferno. Se vai para o Céu, parabéns. Nada mais há com que preocupar-se por toda a eternidade. Mas, se você for para o Inferno, então, com certeza estará tão ocupado cumprimentando e apertando mãos de tantos amigos e conhecidos que não lhe sobrará tempo algum para preocupar-se."
Extraído da crônica "O colecionador de provérbios", que se encontra no livro "Palavras que valeram a pena - volume 2", do médico Dr. Antero Coelho Neto, a quem agradeço a atenção de me ter enviado um exemplar do referido livro. O Dr. Antero é autor de uma vastíssima obra escrita que abrange as áreas de saúde, educação, planejamento estratégico, literatura (poesias) e longevidade e qualidade de vida. Além disso, dirige o IQVida cuja homepage pode ser acessada aqui.

24 maio, 2009

Um mapa-múndi com botas e sapatos

A aparência de bota que a Itália apresenta pode ter dado a Emad Hajjaj a idéia para desenhar um mapa-múndi à base de botas e sapatos.
E tem tudo a ver as figuras que ele, que é cartunista de um jornal jordaniano, o Al-Chad, usou para representar em seu mapa os continentes e os países de nosso planeta.

  • Os Estados Unidos da América, por uma bota de caubói.
  • A Rússia, o Canadá e a Groenlândia, na qualidade de regiões de clima frio, por botas de pelúcia. A Rússia, por um par de botas (uma européia, outra asiática); o Canadá, por um par de botas (com o estado norte-americano do Alasca sendo a ponta de uma delas) e por um patim de gelo (fragmentado como é o seu arquipélago); e a Groenlândia, por uma bota verde (essa ilha, que pertence à Dinamarca, é chamada de Greenland em inglês).
  • O Japão, por um tamanco típico do país.
  • A América do Sul, por uma chuteira... como a traduzir sua paixão pelo futebol.
  • E assim por diante

O Francisco

Paulo,
Ao mencionar meu pai (postagem de 17/05), devo-lhe um agradecimento duplo: pela gentileza e pela lembrança de desencavar um texto que fiz há tempos. Mando pra você uma cópia que se aplica a todos que tiverem a sorte de ter um pai maravilhoso.
Nelson Cunha

"Cavalgava sobre seus ombros, abraçando-lhe a cabeça. Era todo o mundo de uma criança de sete anos: uma cabeça de pai molhada pelo sereno da madrugada. Guardo ainda o seu cheiro de bilhantina misturado ao das  velhas candeias  de Ouro Preto-MG.
Escuto minha mãe dizendo:

- Cunha ! Põe este menino no chão, está fingindo dormir para ser carregado.
Ele, fingindo acreditar, resistia, e ofegante subia as ladeiras desfrutando daqueles momentos tão íntimos: um filho melosamente abraçado ao pai. Em casa retirava-me os sapatos, ajeitava-me o cobertor  e abaixando-se dizia-me no ouvido:
- Sei que estás acordado.    
E, em seguida, o beijo de boa noite.
O menino endiabrado às vezes esgotava sua paciência e levava boas chineladas, que começavam fortes e terminavam leves e arrependidas, quase carícias. O estalo do chinelo ia se calando diante do bater surdo do coração sensível do pai amoroso. Entristecia-se. Procurava os cantos e punha-se a me fitar de longe. São esses singelos e mágicos momentos que fazem a vida valer a pena.
Certa vez, foi do Ceará ao Rio de Janeiro por terra, quando eram de terra as estradas do Brasil. Queria assistir a formatura do filho de seu irmão Meton, a quem devia o apoio que tivera na adolescência. Fora internado às custas do seu irmão no Colégio Batista de Cachoeiro de Itapemirim-ES. Para ele, um telegrama só era pouco para demonstrar que não há distância que separe o homem honrado da sua dívida.
Uma montanha de afeto e gratidão.
Sempre apaixonado pelos irmãos e sobrinhos. Nos últimos tempos, com a aposentadoria, vivia para os Cunhas sob o olhar já menos enciumado de Lindaura conformada de que aquele homem  tinha uma missão terrena a cumprir. Mostrar que este mundo tem lugar para a bondade.  
No Golpe militar de 1964 foi chamado para ser o interventor em Crateús-CE onde serviu ao Exército. Recusou! Depois o ouvi dizendo:
- Lá fiz grandes amigos e não queria perdê-los. 
Sabia que o poder político quase sempre substitui as  amizades. Troca-se ouro velho por latão novo.
Ninguém lhe resistia. O bom humor era seu visgo. No quartel, o militar mais querido e respeitado. Era seguido como se andasse armado de bolinhas de pão. Os soldados passarinhos lotavam a sua ante-sala.
Parecia um confessionário e ele um Francisco.
Os seus últimos momentos foram  angustiados: recostado no alpendre lá de casa, desfalecendo-se,  faltava-lhe o ar expulso dos pulmões já inundados de sangue. O seu olhar pedinte dizia para minha mãe:
- Quero ficar um pouco mais nesta festa, não me deixe ir embora.  
Mamãe apenas lhe estendeu a mão e esperou o inicio daquela que seria a única segunda vida de todos. A  memória.
Esses Franciscos, pais de venturosos filhos, vivem dentro dos que os amaram em vida. Cinco anos passados, a sua lembrança me comove e choro.
Esse é meu pai, um anjo, Francisco."

Nelson,
Também tive a sorte. Com outro anjo, Luiz.
Um abraço em você, filho de Francisco.
Paulo Gurgel

23 maio, 2009

Petrobrax

Ocorreu este fato algum tempo atrax. Aí pelo ano de 2000, quando o Brasil era governado por um ferrabrax com mania de privatização.
Prestex a entrar na fila da privatização, uma empresa estatal livrou-se dela, pasme-se, a partir de uma questão de somenox. Relativa ao próprio nome que, por evocar o do Brasil, era considerado nacionalista demaix pela cúpula da estatal. 
Antes de passar a empresa ao controle do capitalismo apátrida, cabia rebatizá-la com um nome primeiro-mundista. Um nome ao estilo da Exxon, por exemplo.
E a empresa, então presidida pelo Sr. Henri Reichstul (foto), contratou a UND SC Ltda para que "estudasse" a adequação do nome. Que foi a seguir proposto pela contratada, com o novo logotipo incluído, pelo módico custo de 700 mil reais. O TCU, aliax, andou suspeitando que o valor, ao ser barganhado pela contratante, tenha passado de 1 milhão de reais.
E, para complicar, o desfecho da história não foi tão simplex assim. Porque o povo brasileiro, apox desaprovar o novo nome que estava sendo proposto, deu um vade retro, satanax para esta e outras futuras intenções contra a empresa. De forma que continuou tudo como dantex no quartel de Abrantex.
O diabo, porém, é que ainda existia uma dívida de 700 mil reais com a UND SC Ltda. E quem ia honrar (força de expressão) com esse compromisso?
Ora, o tesoureiro Brás, ao tempo em que se chamou Brax, foi ele que pagou a conta. Para acertar com a gente no final.

A esperança de óculos

Morreu nesta semana (dia 21, à noite), aos 61 anos, o músico José Rodrigues Trindade, o Zé Rodrix. Ele formou ao lado de Luiz Carlos Sá e Gutemberg Guarabyra o famoso trio Rodrix, Sá e Guarabyra, que teve uma forte atuação no segmento rock rural.
No pot-pourri apresentado neste vídeo, com os companheiros Sá e Guarabyra, Rodrix é o que canta "Casa no Campo" (composição sua e de Tavito), que foi também um dos grandes sucessos da cantora Elis Regina.

22 maio, 2009

USB conquista o mundo

Em poucos anos de sua invenção os conectores USB conquistaram o mundo da informática. Explorando esse fato, o Worth1000 promoveu uma competição sobre o tema com o título USB Conquers The World.  
Uma das imagens mais interessantes vistas no site é esta (ao lado), remetida pelo participante Kemuri. Um presumível fã dessas conexões, Kemuri assim legendou a sua imagem: 
"Existe modo melhor de alimentar uma forma de vida?"

Salve a inflação brasileira!

"Em casa que tem inflação 
todos brigam e ninguém tem razão."

(provérbio modificado)

A verdade é que tratamos mal a inflação. No pressuposto de que ela é a causa de todos os nossos males, inclusive os que vivem malocados, e lhe descemos a ripa sem contemplação. A inflação enquanto bode expiatório. Enquanto isso, na escolha do atual sumo bode da expiação, os brasileiros estamos de novo sendo incompetentes. Em não reparando na grossa blindagem dele. E quanto mais lanhamos o bode, mais ele come das nossa hortaliças. A ponto de nos esquecermos até da velha saúva de guerra. A saúva, quem diria?
Volta e meia, os economistas trancafiam a inflação num secreto porão do Planalto. E tome pancada, choque, pau-de-arara, leito de Procusto (ou será de pró-custo?) ao som de umas horríveis lambadas do Pará. Finda a sessão, em que estado pensam vocês se achar a inflação? Estropiada, com um dígito a menos? Caindo pelas tablitas? Nada disso. Ela se encontra tinindo nos cascos, se como a houvessem tratado a pó do guaraná (legítimo). Numa palavra, rejuvenescida. Em condições de enfrentar o senhor ministro da Fazenda e do Brinquedo.
O senhor ministro da Fazenda e do Brinquedo, que já tem caçado muito urso no invernadouro, tem lá sua estratégia. Põe a inflação a hibernar. Mas, é bom que se recapitule aqui a fisiologia de um ser que hiberna. Primeiro, ele come feito um danado para estocar gordura. Segundo, hiberna. Terceiro, ele desperta com uma fome descomunal. Fome ortodoxa, saiam da frente se isto for possível. E, o que é pior, pega o país bem no rigor da entressafra.

Para ler a crônica toda acesse o Preblog. Em 1987, quando ela foi escrita, o Ministro de Estado da Fazenda era o senhor Dilson Funaro, um empresário do ramo dos brinquedos (Fábrica Trol). Publicada no JAMB e no DN Cultura, a crônica passa agora para a blogosfera na companhia de um bode mal-humorado e sem barbicha.

21 maio, 2009

O abafador

21/05/2009 - O médico e escritor Miguel Torga refere em "Alma-Grande", em "Novos Contos da Montanha", a figura do abafador: o homem que, nas aldeias, abreviava a vida do moribundo.
"Entrava, atravessava impávido e silencioso a multidão que há três dias, na sala, esperava impaciente o último alento do agonizante, metia-se pelo quarto adentro, fechava a porta, e pouco depois saía com uma paz no rosto, pelo menos igual à que tinha deixado ao morto."
Como o abafador executava o seu trabalho?
Na estória de Miguel Torga, esganando o moribundo com as mãos e pressionando-lhe o peito com o joelho. Ou, segundo a descrição de Aurélio Buarque de Holanda em seu dicionário, sufocando-o com o emprego de almofadas. Acrescentando, ainda, o dicionarista que o abafador só aceitava atuar "se o moribundo já tivesse se confessado e comungado".
Link para a leitura de Novos Contos da Montanha.

14/01/2021 - Atualizando ...
O cartunista Laerte vê a "crise do oxigênio" em Manaus:

Nas chuvas com trovoadas

Apenas porque chove não quer dizer que você tenha de sair sem a sua espada.
Aí estão três combinações de espadas com guarda-chuvas, produtos da criatividade de Bruce e Stephanie Tharp, de Materious.


Sigmund Freud sustentava que a agressividade é um instinto humano fundamental, sendo a sua inibição necessária à vida em sociedade. Daí a utilidade destes "espada-chuvas" que, além da proteção que conferem contra a chuva, possibilitam instrumentalizar o instinto da agressividade. Equipando o portador (um cidadão polido mas eventualmente contrariado) de uma arma urbana com o refinamento que se espera de um gentleman.

20 maio, 2009

Referenciação de publicações eletrônicas

As formas de divulgação de informações científicas por meios eletrônicos são válidas e amplamente aceitas pela comunidade científica. Mas os documentos que se encontram nesses meios (como, por exemplo, os arquivos de hipertexto da internet), caso sejam utilizados como fontes de trabalhos impressos, necessitam de ser adequadamente citados.
Para tanto, além dos elementos de uma citação convencional, devem estar presentes em sua referenciação os elementos identificadores da mídia eletrônica em que o documento foi publicado (inclusive com a data em que foi consultado). Assim, transcreve-se com exatidão cada caractere - letra, algarismo, sinal de pontuação e espaçamento - de seu endereço eletrônico (URL), a fim de que o documento possa ser localizado e recuperado pelos leitores interessados.
Usando-se esta nota num exemplo de referenciação: 

SILVA, P.G.C. Referenciação de publicações eletrônicas. Disponível em: http://blogdopg.blogspot.com/2009/05/referenciacao-de-publicacoes.html. Acesso em 20 jan 2009.

Carga pesada


19 maio, 2009

Uma estante humana



É a reprodução de uma fotografia que saiu recentemente no Blog do Mesquita. Ela retrata seis mancebos despidos numa operação de acoplamento para montar uma estante humana.
Qual o resultado prático disso?
Aparentemente nenhum. E prefiro não comentar a respeito do que eles podem estar usando como separadores de livros.

Itapiúna - CE

Demóstenes e Heráclito

Demóstenes foi um grego que punha pedrinhas na boca em seus treinos à beira-mar (apenas nessas solitárias situações) para se tornar um grande orador.
Heráclito, que é grego tão-somente no prenome, usa sempre um ovo na boca quando discursa, dá entrevista ou faz aparte. O demo diabo é que Heráclito, ao final de suas falas, não consegue se conter. E, qual uma insaciável cobra papa-ova, engole o que colocou na boca.
Daí se achar fartamente explicada a atual imagem do senador.

18 maio, 2009

O flautista de Hamelin

Em 1284, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.
Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusou-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram seus opulentos habitantes e seus repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por suas sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança. 
Conto do folclore alemão, Irmãos Grimm, Wikipedia.

Ontem                                                            Hoje

17 maio, 2009

"Índios Tabajaras"

Muçaperê (Tianguá - CE) e Erundi (1918, Crato - CE) eram índios da tribo Tabajara. Em 1933, esses dois irmãos cearenses migraram a pé para o Rio de Janeiro. E, numa caminhada que durou três anos, a dupla entrou em contato com violeiros e cantadores das regiões pelas quais passaram. No Rio de Janeiro, onde a seguir fixaram residência, eles se registraram com os nomes de Antenor e Natalício, respectivamente. Mantiveram, porém, o nome de "Índios Tabajaras" para suas apresentações e gravações de discos.
O repertório da dupla ia do gênero popular (apresentado em trajes indígenas) ao erudito (apresentado com smokings). Os "Índios Tabajaras" residiram por alguns anos nos Estados Unidos, onde alcançaram grande sucesso, e fizeram excursões musicais em diversos países da América Latina, da Europa e Japão. 
Ouvidos pelo violonista espanhol Andrés Segovia (1893 - 1987), receberam do pai do violão erudito moderno o seguinte elogio:
"Os Índios Tabajaras tocam vertiginosamente com dedos ligeiros e obedientes."
Vídeo: os irmãos "Índios Tabajaras" em "Hora Staccato", do violinista romeno Grigoras Dinicu
O assunto entrou na pauta de EntreMentes assim que recebi um CD com 24 músicas gravadas pelos "Irmãos Tabajaras". Enviou-me o CD o colega Nelson José, um mineiro que é filho de pai cearense. E, ao publicar esta nota, eu rendo minha homenagem a seu pai (que nasceu na mesma região do índio Muçaperê), o Sr. Cunha, o inesquecível pai do colega Nelson.

16 maio, 2009

Tauromaquia




"Que venga el toro"
Esta fotografia foi batida durante a aula prática que encerrou um curso para toureiros amadores na Catalunha.

Delírio


"Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!

Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci...."
Quem o internauta acha que é o autor deste soneto?
a) Vinicius de Morais
b) Carlos Drummond de Andrade
c) J.G. de Araújo Jorge
d) Olavo Bilac
Ver a resposta em Comentários.

15 maio, 2009

Qual é o melhor fio dental?

Segundo JV, no divertido Blog do dentista, é aquele feito com a lã da cabeça das ovelhas dos Alpes Suíços
Se bem que esta ilustração (aqui reproduzida do citado blog) dá a entender que... 

as fornecedoras do fio são também as principais beneficiadas.

O pacto

"Cervantes não matou a cavalaria.
- Matou uma forma de cavalaria." 
Monteiro Lobato

Num albergue postado no caminho de Málaga achavam-se dois cavaleiros andantes. Era sexta-feira, dia em que os paladinos não andavam à cata de aventuras, porque nesse dia da semana descansavam os mouros. Sem mouros com que pelejar, não havia muito o que fazer. Só pernas pro ar, que de ferro já bastava a armadura de cada um.
Damiano e Cosmião chamavam-se. Formavam uma dupla inseparável, na base do "só-vou-à-liça-se-você-for" (mesmo porque o rocim era único). Batendo-se contra o inimigo comum, Damiano se expunha para proteger Cosmião; este, por sua vez, não ficava atrás e fazia o mesmo com relação a Damiano. A única - e não honrosa - exceção foi quando tiveram pela frente Conan, o Bárbaro. E isto porque nossos herois ficaram escondidinhos como lagartos. Em duas palavras, deu Itararé.
O bate-papo estava assaz medieval, quando Cosmião introduziu uma ideia caprichosa. Mudando do vinho para a água, como observou um aldeão que depois virou mosto. Cosmião, a voz estentórea para que o amigo bem o ouvisse, falou:
- Nossa amizade, ó Damiano, não padece dúvida. Contudo, deveríamos vitalizá-la através de algo assim como... um pacto de sangue.
- De onde tiraste tal ideia, amigo Cosmião?
- Bem... alhures, os cavaleiros leais assim procedem.
- Ora, o rosário de nossas pelejas contra meio mundo já é a prova cabal da lealdade de um para com o outro. Então, para que o pacto de sangue?
Pequeno desencontros entre os dois amigos por vezes ocorriam. Mas que eram resolvidos com uma curta oração do "Breviário do Cavaleiro Andante", que um puxava e que o outro respondia:
- Cada um quer dar a vida pelo outro.
- Só não o conseguindo pela incompetência dos adversários.
- Amém. 
Até que houve a aquiescência de Damiano. Afinal, o rito de sangue proposto por Damião não era algo completamente esquipático. Para quem já se encontrava na "ônzima" caneca de vinho, minha senhora, pelo menos não era.
E Cosmião fez o celebrante:
- Vê, Damiano, coloquei minha mão sobre a távola. Agora, com a palma de tua mão cobre o dorso da minha para que, em seguida, eu as transfixe com o punhal. O sangue ao correr selará a nossa eterna amizade. Ou vais correr tu?
Damiano não correu. Porém, não suportou bem ver o "sangue do seu sangue" a correr da mão cravada pela lâmina. E fez uma séria acusação contra o amigo: que Cosmião agira em benefício próprio, botando a mão a jusante para pegar menos punhal. Mas isto não tem a menor influência, torquiu Cosmião, tem, retorquiu Damiano. Nesse tem-não-tem, Cosmião acionou o punhal novamente. Só que, desta vez, no coração do pobre Damiano.
Morto Damiano, Cosmião deu às de vila-diogo. E passou a vaguear pelas faldas de Sierra Nevada. A mão ferida, pensada com unguentos de rosmaninho, sarou logo. Mas... o que são os desígnios das Fúrias (as deusas romanas da Vingança), minha atenta senhora. Algum tempo depois, o errante cavaleiro Cosmião adoentou e morreu. De icterícia catarral, um mal a ver com o sangue do pacto.
Publiquei esse meu conto no DN - CULTURA em 1987.

14 maio, 2009

Olhos vermelhos

Não quero aqui me referir aos olhos de uma pessoa acometida por uma afecção ocular. Com esta acepção, é assunto que transfiro à experiência de meu colega Nelson Cunha, oftalmologista em João Monlevade - MG. Estou a me referir ao "efeito olhos vermelhos", o qual é comumente observável em fotografias de pessoas e animais. Como resultado da inoportuna (do ponto de vista estético) reflexão do flash da câmera quando incide em assaz vascularizadas retinas.
É bem mais provável encontrar olhos vermelhos em fotos tiradas no escuro, onde as pessoas estavam com as pupilas totalmente dilatadas, do que naquelas obtidas em locais difusamente iluminados. E isto já passa a ser uma dica de como reduzir a ocorrência do indesejável fenômeno. Outro macete é utilizar um flash afastado da objetiva, o que muitos dos atuais modelos compactos de câmeras não possibilitam fazer. Com flash externo, quando este é disponível, pode-se inclusive apontá-lo para o teto, numa técnica de iluminação indireta, a fim de reduzir a ocorrência de olhos vermelhos.
Felizmente, há muitos programas (o PhotoShop é o mais conhecido) que ocultam esse efeito a posteriori. Portanto, não há necessidade de medidas radicais como, por exemplo, a de somente se deixar fotografar de olhos fechados.

"Versinho paraguaio"

"À beira de um LAGO
uma criança brinca de LEGO
com cara de nem te LIGO
mas vai descobrir logo, LOGO
que é filha do ex-bispo LUGO!"
De Beto Santos, publicado no blog Comentando. Ô raça!

13 maio, 2009

O sumiço dos anéis de Saturno

Vão-se os anéis e fica o planeta?
Não. Pois se trata de um falso sumiço dos anéis, ocasionado pela atual inclinação do planeta com relação à Terra, o que aliás acontece ciclicamente.
Saturno realiza em 30 anos uma volta completa em torno do Sol, sendo que, a cada 15 anos, a visão de seus anéis por um observador terrestre se reduz a um quase imperceptível traço que divide o planeta em dois hemisférios. Explicado esse fenômeno pelo ângulo de observação que se tem da Terra com relação a Saturno.
Agora, inicia-se mais um dos períodos em que se vai ter a impressão do "desaparecimento" de seus anéis, com o auge desse fenômeno a se verificar em 4 de setembro.
Ler mais em Ig Educação.
Desculpe o auê
Da cantora Rita Lee ao anunciar que vai "roubar os anéis de Saturno". Pois não vai ser ela a responsável pelo sumiço deles, ainda que falsa e temporariamente.

Um pouco de mamba?

É um slideshow a respeito de um dos grandes dilemas da medicina.

12 maio, 2009

Amigos para sempre








Fonte: Web

O direito à fama

Cita-se, com grande frequência, esta frase de Andy Warhol:
"In the future everyone will be famous for fifteen minutes." No futuro todo mundo será famoso por quinze minutos.
Contudo, descubro que antes dessa célebre citação, o carioca Lima Barreto (caricatura) já havia escrito o seguinte:
"mas, ao que parece, a figura de seu tempo que mais impressionou foi a de um pequeno poeta, que nunca teve seu quarto de hora de celebridade e hoje está totalmente esquecido." (Ao se referir a um personagem menor de seu romance "Clara dos Anjos".)
Andy Warhol viveu nos Estados Unidos, de 1928 a 1987. Filho de pais eslovacos, com suas pinturas, serigrafias e colagens baseadas em temas do cotidiano e artigos de consumo, ele foi a figura maior da chamada pop-art. Lima Barreto viveu no Brasil, de 1881 a 1922. Mulato, pobre, com estudos interrompidos, alcoólatra e com várias internações psiquiátricas, Lima Barreto por seu talento ombreou-se ao grande Machado de Assis na crônica e no romance. Este seu romance, o "Clara dos Anjos", foi escrito em 1921.

11 maio, 2009

Vale o que está no Scribd

O Scribd é um desses locais em que podemos armazenar nossos documentos digitalizados (textos, fotografias, slides etc), com a alternativa de torná-los acessíveis a todos. Quando assim colocados uma coisa é certa: dentro de pouco tempo serão, vistos por milhares de leitores em todo o mundo.
Como está a acontecer com meus documentos que se acham no Scribd. Em numero de 113, eles acabam de ultrapassar - em conjunto - a marca de 300.000 mil acessos (apenas no último dia 4 foram 1.834) com quase 8.000 downloads recebidos.

Campanha Nacional da Voz

A voz é instrumento de trabalho de grande parte da população. São considerados "profissionais da voz" os professores, leiloeiros, cantores (na imagem ao lado: Fagner em fôlder da campanha), atores, advogados, telefonistas, recepcionistas, radialistas e líderes políticos e religiosos, entre outros.
Acha-se em curso no país, ao longo deste ano, a Campanha Nacional da Voz - 2009, destinada a esclarecer a população sobre a importância dos cuidados com a voz e da necessidade da realização de exames em caso de surgimento de determinados sintomas.

Cuidados com a voz
  • Usá-la no volume normal articulando bem as palavras
  • Ingerir líquidos em boa quantidade à temperatura ambiente
  • Não fumar
  • Evitar bebidas alcoólicas
  • Evitar alimentos que causem azia e refluxos estomacais
  • Evitar ambientes com poeira, mofo e odores irritantes
  • Não falar excessivamente e não gritar (principalmento quando estiver gripado ou com alguma crise alérgica respiratória)
  • Tratar adequadamente estes últimos problemas
Atenção a estes sintomas
  • Rouquidão persistente
  • Perda da voz
  • Pigarro
  • Dor ou ardência na garganta
  • Dificuldade para engolir
  • Dificuldade para respirar
Fonte: ABLV

10 maio, 2009

Adultério de sultão

... é com o harém alheio (PGCS).

"Mr. Cumbanchero"

Presente numa cerimônia na Casa Branca, na década de 1960, o porto-riquenho Rafael Hernandez  foi saudado pelo Presidente Kennedy como "Mr. Cumbanchero". Uma referência a uma de suas composições, "El Cumbanchero", que vinha fazendo sucesso em escala mundial por estar incluída no repertório das grandes orquestras da época.
No vídeo abaixo, o norte-americano Todd Taylor executa no banjo a inesquecível composição de Rafael Hernandez.

P.S.>
Traduzindo-se do espanhol, cumbanchero é alguém que gosta de se divertir e de levar uma boa vida.

09 maio, 2009

Pra não dizer que não falei de flores

Quando alguém fala em flores o que logo nos vem à mente? Rosas, em primeiro lugar. Depois: margaridas, antúrios, girassóis, cravos, violetas, lírios... Provavelmente, não nos lembraremos das flores que se tranformam em frutas, mesmo sendo estas tão presentes em nosso dia-a-dia.
Pois estas últimas flores podem ser tão belas quanto aquelas que foram citadas (que, em virtude da maior aceitação, encontram-se à venda nas floriculturas). É o que nos mostra Luciano Rocha, em seu blog Vida & Arte, no qual organizou uma galeria com as imagens destas... FLORES QUE NINGUÉM VÊ.
Um exemplo: a flor da laranjeira

O aniversário de Matheus

Aviso
Uma nota sobre a festa de aniversário de meu neto Matheus (foto) encontra-se publicada no blog Família Gurgel Carlos.

Clique aqui

Queima de original

Ao criar a capa do livro "Elaboração de Memorial"(imagem ao lado), o arte-finalista Toni Rodrigues estava realmente inspirado. Ateou fogo em páginas do texto original, apagando-o a seguir, para depois escanear os papéis chamuscados.
O propósito do arte-finalista, ao apelar para a pirotecnia descrita, era dar um ar de envelhimento à capa do livro.
Essa e outras histórias do gênero são contadas por meu irmão, o autor do livro em questão, no Blog do Marcelo Gurgel

O Memorial é requisito em concursos públicos, com vistas à admissão de docentes nas Universidades, substituindo o tradicional Curriculum Vitae. E foi para atender às frequentes solicitações de colaboração que Marcelo Gurgel decidiu organizar um Memorial Modelo, o assunto deste livro.

08 maio, 2009

O xixi no banho

O site www.xixinobanho.org.br foi criado para isso mesmo. Incentivar as pessoas a fazerem xixi durante o banho, substituindo o uso da privada em suas necessidades miccionais. O motivo alegado para essa campanha é o desperdício de água por descargas a mais nos vasos sanitários. Calculado pelo site em torno de 12 litros diários, um volume de água que cada pessoa passaria a poupar diariamente assim que optasse por fazer o xixi no banho.
Salvador Nogueira, no site G1, argumenta que, com a adoção dessa prática, vai haver necessidade de um tempo extra no chuveiro para o tal xixi. O que aumentaria, por conta do chuveiro, as perdas de água em cerca de 9 litros diários. E que, montada a equação final (12 -9), restariam apenas 3 litros diários de água não desperdiçada. Já o biomédico Roberto Figueiredo, o popular Dr. Bactéria, ouvido pelo G1, prefere questionar a prática proposta por meio de argumentos ligados à higiene.
É claro que a campanha xixi no banho, promovida por uma ONG ambientalista, tem objetivos mais amplos. "O que a gente quer é provocar, é mexer com a consciência das pessoas", como afirma Malu Ribeiro, coordenadora da rede de águas da SOS Mata Atlântica. E que, se há um reparo a ser feito pelo blog, relaciona-se com o próprio site da campanha. É bem criativo, porém é meio lento para abrir suas páginas (o que resulta em desperdício de energia).

Um esqueleto para Michael Jackson

O cantor Michael Jackson, já conhecido por suas extravagâncias, arranjou mais uma. Ele quer montar uma câmara de horrores em sua casa de Los Angeles. Quer uma câmara toda repleta de crânios e esqueletos disformes assim como uma biblioteca de compêndios médicos sobre doenças estranhas. Para completar a tétrica coleção, está lhe faltando, porém, o mais ambicionado troféu. O esqueleto de John Merrick, o homem-elefante.
Os restos mortais de John Merrick não se encontram num campo-santo qualquer. Tampouco num cemitério de elefantes. Repousam num hospital de Londres, onde se prestam ao ensinamento médico. Quer dizer, não repousam. O esqueleto é famoso por suas grandes deformidades. Uma coluna vertebral retorcida que sustenta (haja Atlas!) um crânio descomunal. Muitas outras alterações também enfeavam o pobre John Merrick. No entanto, por terem sido das partes moles, voltaram ao pó.
Um milhão de dólares não fez com que o esqueleto humano mudasse de proprietário! Perdão, de intermediário! E olhem que o hospital londrino tem sérios problemas de caixa. Está no osso. Mesmo assim não vende os restos de Merrick. Principalmente para Michael Jackson que os deseja ter para o seu deleite. Como a um brinquedinho articulado. Não são ossos de borboleta (ninharia) a soma oferecida pelo cantor, mas o hospital não vende o esqueleto. Razões morais são alegadas.
O esquésito (a palavra existe) Michael Jackson está para lá de "Merrickesh"! Será que ele deseja fazer o Príncipe Hamlet, o craniólogo, em sua tragédia de dúvida e desespero? Androginia dá dúvida, mas desespero só às vezes. Ou será que ele pretende copiar da pretendida ossatura apenas um novo passo de discothèque? Pois, literalmente, JM é espelho de MJ. Nesta hipótese, fãs do mundo inteiro, sacudi-vos! Nada tendes a perder, senão o vosso suor! Michael contasse com o esqueleto, então o balanço seria tremendo.
Imagino que um anjo torto, desses que vivem à sombra, haja lhe aparecido e dito: "Vai, Máiquel, ser musicólogo na vida..." E Michael Jackson foi sê-lo, só que no Museu da Teratologia. O museu, ô Michael, se ainda não tem o horrífico estandarte, eu aproveito para sugerir um deles. Um que tenha uma caveira a encimar duas tíbias cruzadas. Não, MJ, os velhos bucaneiros não cobram direitos autorais.
E quem não se recorda de Michael Jackson em seu videoclipe mais famoso? No qual ele aparece dançando ao lado de hediondas criaturas da noite, recém-saídas de suas tumbas etc. É Michael Jackson em seu elemento. E quem não sabe de seu hábito, meio believe it or not, de dormir numa esquife hiperbárica? Como se isso lhe prolongasse a vida. Pois bem, qualquer semelhança com o hábito de um certo conde da Transilvânia não é mera coincidência...
Dear Michael Jackson: Venham de lá esses seus ossos que eu quero apertá-los. Mas... se, numa dessas contorções que você tanto gosta de fazer, o seu esqueleto, vai, assume uma posição bem bizarra de não mais voltar ao normal, hein? E, tempos depois, aparece outro excêntrico querendo comprá-lo, hein, hein?
Já sei, meu tangará, são os ossos do ofício.

Texto que eu escrevi em 1987 para o DN CULTURA. Ars longa...

07 maio, 2009

Em tempo real

Eis como alguém, em casa ou no trabalho, pode se informar - em tempo real - sobre os horários de chegada e de partida dos voos de passageiros nos principais aeroportos do país.
Em seu website, a Infraero apresenta a página VOOS ONLINE em que os horários - previstos e confirmados - para esses voos podem ser consultados na telas dos microcomputadores.
Considerando que a Infraero administra 67 aeroportos, onde se concentram 97 por cento do transporte aéreo regular do país, apenas esses dados já apontam para o grande tamanho do público a ser atendido por essa modalidade de informação.
E eis como as consultas podem ser feitas: por aeroporto, por companhia aérea e por número do voo.

Uma dica que me foi enviada pela jornalista Mirna Gurgel.

Navegando na canção

Enfim, eis o instrumento ideal para a gente navegar por tantas canções do gênero:
"Planeta Água", de Guilherme Arantes
"Águas de Março", de Tom Jobim
"Riacho do Navio", de Luiz Gonzaga
"O Barquinho", de Menescal e Bôscoli
"Mucuripe", de Belchior e Fagner

Mostrado nesta imagem do TrendHunter Magazine: um bote - em forma de violão - que pertence ao cantor australiano Josh Pyke. Nele, o cantor singra as águas da Baía de Sidney para promover sua canção "Make You Happy".

06 maio, 2009

Discursos de posse

Em artigo publicado no Diário do Nordeste, o advogado Paschoal Savastano cita dois dados curiosos referentes a discursos de posse na Presidência dos Estados Unidos da América:
O menor discurso, com 130 palavras, foi o de George Washington(1); o maior, contendo cerca de 8.000 palavras, foi o de William Henry Harrison(2).
A longa oração de Harrison, numa noite fria e tempestuosa, resultou em que ele contraísse uma gripe. E a gripe, por ter evoluído para uma pneumonia, um mês após levou a óbito o nono presidente norte-americano.

Comentários
(1) Sem dúvida alguma, George Washington foi um precursor do Twitter.
(2) William Harrison não levou a sério a maldição que existe contra os oradores prolixos, na qual o articulista e eu acreditamos piamente. Tanto é que nessas poucas linhas, ainda que não estejam destinadas a um discurso, já vou tratando de colocar um ponto final.

A gripe dos três porquinhos

"A gripe suína... ela é transmitida dos porquinhos para as pessoas só quando eles espirram... ou quando a pessoa chega lá perto do nariz do porco... portanto, uma providência elementar é não ficar perto de porquinho algum."
Depois de uma aula de vigilância epidemiológica dessas, o Brasil ficou pequeno para comportar tanta sapiência.
Por isso, o nome certo é José Erra para dirigir a Organização Mundial de Saúde.


Plataforma do candidato
Ele, que já foi o "melhor ministro da Saúde do mundo", como diretor-geral da OMS vai acabar com essa história de gripe A(H1N1). Volta a ser gripe suína para que continue atualizada a "inexegível" revista Recreio, da Editora Abril S.A. E para que os três porquinhos quando gripados não virem comida de lobo.

05 maio, 2009

A cara da família

Sem citar a fonte da pesquisa, HypeScience diz que somos mais amigáveis com as pessoas parecidas (fisicamente) conosco. Sentimo-nos mais altruístas, de acordo com o artigo do site, em relação às pessoas que têm características físicas semelhantes às nossas. Isto porque, no passado, nossos ancestrais assumiam que pessoas parecidas pertenceriam à mesma família.

"TUTTI BUONA GENTE"
Itapiúna - CE

O corpo humano não é automóvel...

Mas apresenta motor, capuz, transmissão, freio, plaqueta, calota, juntas, eixo, suspensão e potência.
  • Motor. Um nervo chamado motor ocular externo, o qual contribui para os movimentos dos músculos da órbita do olho.
  • Capuz. O espermatozóide tem um capuz formado quando, no estágio final da gametogênese, o aparelho de Golgi migra em direção ao núcleo.
  • Transmissão. Como a chamada transmissão neuromuscular, que é a transmissão do impulso nervoso ao músculo.
  • Freio. Diversos órgãos do corpo humano são dotados de freios. Debaixo da língua existe uma prega, que é o freio da língua. No prepúcio, a pele que recobre a glande, também existe o freio do pênis.
  • Plaqueta. No sangue existem as plaquetas, células que tomam um importante papel no mecanismo da coagulação.
  • Calota. Na cabeça existe a calota craniana.
  • Juntas. Os ossos do esqueleto humano são presos uns aos outros por meio de articulações ou juntas.
  • Eixo. É nos ossos que encontramos eixo. Existe, por exemplo, o eixo da pelve.
  • Suspensão. Na mulher, quando esta deixa de apresentar os fluxos menstruais.
  • Potência. No homem, significando a sua capacidade de manter relações sexuais.
(resumido do texto que foi publicado em "O Corpo Humano É Engraçado",
de Daniel Walker, eBooksBrasil.com)

04 maio, 2009

Sobre o báculo

Vara ou bastão, do latim baculum, a exemplo do báculo episcopal, o cajado que simboliza a autoridade dos bispos. Outro significado é o de osso do pênis, uma estrutura auxiliar à cópula que existe em muitas espécies de mamíferos.
É com esta última acepção que vou me referir ao báculo nas próximas linhas.
Os primatas em geral possuem o báculo, sendo os seres humanos a exceção. Os canídeos, os felídeos, os ursídeos, os roedores (excetuando-se os lagomorfos) e os quirópteros (morcegos) também o possuem. Está ausente nos equídeos e nos cetáceos (baleias e golfinhos).
Nos animais em que o báculo está ausente, como na espécie humana, a ereção depende inteiramente do enchimento dos corpos cavernosos pelo sangue.



O báculo do racum (representado o grupo no Brasil pelo guaxinim) tem sido usado como amuleto da sorte ou da fertilidade. No Alasca, emprega-se o termo oosik para se referir aos báculos de ursos, focas, morsas e leões-marinhos, os quais costumam ser vendidos aos turistas pelos nativos da região.
Ofertas
E, por falar em venda de báculo, o e-bay vem hoje com 20 ofertas. Aos interessados.

03 maio, 2009

O Amor Nos Tempos da Gripe

Poderia ser também o título de um romance de Gabriel García Márquez, o mestre do realismo trágico mágico.

Fotografia Página 12, via Blog Incidental

"Benzetacil"

É o nome comercial da penicilina G benzatina do laboratório Eurofarma. Nos velhos tempos, sob o nome de Benzetacyl, foi produzida em nosso país pelo laboratório Fontoura-Wyeth. No tratamento de infecções (dentre as quais, a sífilis) essa forma da penicilina já prestou inestimáveis serviços à Saúde Pública. Mas... quem não sabe da dor que a aplicação das injeções (nas nádegas, geralmente) desse antibiótico provoca localmente?
O compositor e cantor João Bosco é um dos que certamente carregam uma sofrida recordação a respeito. Daí ter composto esta música, "Benzetacil", com letra de Francisco Bosco. É uma gravação para a gente apreciar, não apenas o suíngue de João Bosco, como também as acrobacias musicais do gaúcho Yamandú Costa (o maior violão do Brasil), que acompanha o compositor mineiro neste vídeo.


(...)
Mas na verdade tenho que dizer
Tem uma dor tão vil
Que dói só de pensar
Você não sabe, amigo, o que é levar 
Um Benzetacil 
Naquele lugar
Ai, ai, ai…

02 maio, 2009

O gato que flutua

Garimpando na web encontrei uma demonstração prática de duas conhecidas "leis" que se anulam para fazer um gato flutuar.

Até Que A Morte Nos Una


Sinopse
Produção germânica de 1968. Depois de comover meia Alemanha (mais do que isso seria comoção internacional), o drama do casal Witz recebe enfim um tratamento cinematográfico justo. Ei-lo: Claus E. Witz e sua mulher, Helga, formam um par que vive às turras. Um dia, após uma acalorada discussão em que Claus chama Helga de ânfora etrusca, resolvem tirar férias conjugais. Em locais que facilitem o reencontro futuro entre ambos. Assim, ele vai para o Pólo Sul, ela, para o Pólo Norte. Apesar da dubla-bla-blagem que prejudica o filme, dá para ver como acaba. Claus compra um navio quebra-gelo polonês, de segunda mão, onde instala um cassino. E termina seus dias jogando paciência. Já Helga tem sorte diferente, o que não quer dizer melhor. Arranja emprego de foca correspondente do "Ice News". Mas morre ao querer documentar na íntegra uma aurora boreal. De fome e de frio. Com cortes nas cenas que interessam a Onã, o filme é recomendado a cursilhistas hesitantes.

01 maio, 2009

O pseudocaçador de cupins

O ongueiro Fernando Henrique Tinhoso (FHT), em discurso na Associação Comercial de $ão Paulo sobre a "cupinização", que, na opinião dele, sob o governo Lula vem se alastrando no Estado brasileiro, esqueceu-se de comentar en passant sobre uma baita térmita que, de 2003 para cá, vinha roendo o Erário, a R$  7, 6 mil mensais, no gabinete de um senador amigo dele.
E a térmita - que atende pelo nome de Luciana Tinhoso - nem precisava ir lá. Comia a sua "celulose" em casa mesmo. Até que as repercussões decorrentes de uma entrevista desastrada - concedida pela dita-cuja - obrigaram-na a que fosse bater asas noutro local.
Antes disso, no período de 1995 a 2002, na qualidade de Adjunta da Secretaria Geral da Presidência, a térmita Luciana alojara-se no madeirame do Palácio do Planalto, de onde ao sair ainda conservava os ares de rainha.
Agora, estando sem meios para a sua xilofagia, essa térmita (que, por uma razão paternal, FHT a protege da maledicência) espera certamente um contrato da Rede Globo para ir montar uma nova colônia na Espanha.

Porque é difícil batizar uma gripe

O termo "gripe suína" (swine flu, em inglês) tem recebido saraivadas de críticas. Em primeiro lugar, porque confunde as pessoas que, com medo dessa gripe, deixam de consumir a carne de porco (a qual não transmite a enfermidade). E isto particularmente desagrada aos criadores de suínos que veem suas vendas e suas ações nas Bolsas despencarem. Além disso, até o momento, nenhum porco foi identificado como foco da doença. O próprio vírus dessa gripe é uma mistura dos vírus suíno, humano e aviário. 
Outro argumento a ser levado em conta é o de que o termo "gripe suína" ofende a sensibilidade de muçulmanos e judeus. Para estes povos qualquer referência a porcos é considerada insultuosa.
Tem sido tradição uma grande gripe ser adjetivada conforme o país em que começou. No caso atual, portanto seria chamada de "gripe mexicana". No México, além dos primeiros registros dessa gripe, é onde atualmente se concentra o maior número de casos da doença. Mas equívocos podem acontecer. Como aconteceu com a pandemia de 1918, logo apelidada de "gripe espanhola", e que se constatou depois não ter começado na Espanha (nos Estados Unidos, mais provavelmente).
Agora, acaba de entrar na roda a idéia de nomeá-la "gripe H1N1", um jargão técnico. Mas será que vai pegar?