31 março, 2008

Os raios no Brasil

O grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) concluiu a integração de seu sistema que detecta as descargas atmosféricas no Brasil, o BrasilDat, com a conhecida plataforma Google Maps. Esta parceria vai permitir que, utilizando a ferramenta do Google, o Elat possa obter mais detalhes sobre a incidência de raios em qualquer região do Brasil.
A integração se dá por meio de um programa de computador (ainda não disponível para o público) que o interliga ao Google Maps. Nesse momento, só os pesquisadores do Elat vêm tendo acesso às informações do programa. É previsível que, entre os próximos interessados pelo acesso a este novo recurso tecnológico, estejam as empresas fornecedoras de energia elétrica, as de telecomunicações e as companhias de seguro.

30 março, 2008

Sinal Fechado numa Transversal do Tempo

- Tudo bem, eu vou indo, correndo
Pegar meu lugar no futuro. E você? (Paulinho da Viola)
- Fechado dentro de um táxi, numa transversal do tempo.
Acho que o amor é a ausência de engarrafamento. (João Bosco / Aldir Blanc)
- Pra semana... o sinal...
Eu procuro você... vai abrir... (Paulinho da Viola)
- Mas espero... como se houvesse um sinal
Sem sair do amarelo. (João Bosco / Aldir Blanc)


ELIS, ELIS

29 março, 2008

Os tempos mudam

-
Fonte: Web

Do vinho para a água

Numa cidade do interior cearense um padre celebrava uma missa de domingo.Vinha assolando a região uma forte estiagem. Por este motivo, o padre anunciou durante o sermão que estava a pedir a São José chuva, muita chuva...
Ouvindo isto, alguém comentou em voz alta:
- Pede, mas não vem.
Um comentário que deixou irritadíssimo o celebrante. A ponto de este ameaçar em retirar o incrédulo da igreja... chamando a polícia.
- Ah, esta vem!
E foi assim, com estas palavras, que o incômodo fiel pôs um fim em sua intervenção. Nisso, já tratando de deixar o recinto por iniciativa própria.

Contada por Moacir Soares Pinto.

28 março, 2008

O rolo que deu rolo

Levado pelo clínico Eduilton Girão, um dia fui conhecer o Arquivo Nirez. Estimo que possa ter sido há uns vinte anos; numa manhã de sábado, certamente. O jornalista Blanchard Girão e o Sr. Ferrer, de Oeiras - Piauí, foram as outras agradáveis companhias do grupo que se formou para visitar este museu no bairro Rodolfo Teófilo.
O próprio Nirez, como é conhecido Miguel Ângelo de Azevedo, foi quem nos ciceroneou na inesquecível incursão que fizemos àquele mundo de sons, imagens e objetos da comunicação.
Pensar que tudo começou por volta de 1958. Quando Nirez passou a colecionar os seus primeiros discos de cera, os quais constituem a base do acervo que reúne na casa de n° 560 da rua Prof. João Bosco (onde ele até hoje reside). E que, com o passar do tempo, foi o acervo expandido para outros campos como fotografias, rótulos, revistas e objetos diversos.

No Arquivo do Nirez tive a oportunidade de conhecer, entre outras coisas, um rolo fonográfico. Trata-se de uma peça cilíndrica que traz um registro musical, sendo do tempo em que não havia o disco de cera. Com o advento deste, o rolo saiu de cena. Entre os vários motivos, por ser menos prático do que o disco. O rolo fonográfico, por exemplo, não permitia a feitura de cópias. Assim, cada um deles era gravado isoladamente, com o cantor e a orquestra a se esfalfarem para obter a tiragem de... um só exemplar.
Pois bem, ganhando ou adquirindo (não recordo o detalhe) o tal rolo, Nirez precisou remetê-lo. do Rio de Janeiro para Fortaleza. E, para tanto, procurou os serviços de uma companhia aérea bastante conhecida.
No balcão da companhia, por ser de praxe, uma funcionária pediu a identificação do objeto. E fez as anotações.
Tempos depois, em Fortaleza, ao conferir a raridade que em boa hora conseguira para o acervo do museu, Nirez ficou surpreso. Com o nome que constava no aviso de remessa desse objeto: rolo pornográfico.

27 março, 2008

"Em Louvor aos Homens e às suas Idéias"

O novo livro de Marcelo Gurgel, cuja noite de autógrafos será hoje.

Sobre o livro:
"São trinta registros expressivos de nomes, nos quais se incluem médicos, religiosos, advogados, engenheiros, jornalistas etc., que se destacram, em recentes décadas, nos seus diferentes campos de atividades, notando-se que a maioria deles teve ou tem inserção no ensino superior, concorrendo, assim, com seus saberes para a formação de novas gerações de profissionais."

Sobre o autor:
É médico, economista, professor universitário, pesquisador e polígrafo. Reside em Fortaleza.

Data: 27 de março de 2008, às 19h30.
Local: Centro Cultural Oboé. Rua Maria Tomásia, 531 - Fortaleza.

O autor e o livro serão apresentados pelo médico e membro da Academia Cearense de Letras Dr. Lúcio Alcântara.

Importante - A renda bruta do lançamento do livro será revertida para as ações sociais da "Casa Vida", mantida pela Rede Feminina do Instituto do Câncer do Ceará.

26 março, 2008

Aforístico

-
Afora a hipocondria uma doença nunca vem só.



E o especialista que vai tratá-la, idem.

PGCS

25 março, 2008

Giga & Nano Associados

Acaba de estabelecer-se nesta cidade a Giga & Nano Associados, uma empresa destinada a prestar serviços de consultoria em duas importantes áreas do conhecimento humano: Macroeconomia e Nanotecnologia.
Por causa de seus objetivos reconhecidamente dicotômicos, a empresa necessita de freqüentes reuniões entre os membros da diretoria. Com a finalidade de manter a sintonia fina entre as duas áreas em que a empresa atua.
A fotografia mostra os dois diretores da empresa no indispensável cavalete das reuniões.

24 março, 2008

Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose

Escolheu-se 24 de março para ser o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose. Uma data a ser trabalhada, em escala mundial, na conscientização e mobilização das pessoas sobre a questão da tuberculose. Uma doença que permanece como um dos grandes problemas de saúde pública, principalmente nos países do terceiro mundo.
Foi nessa data, em 1882, que Robert Koch anunciou para a comunidade científica a descoberta do bacilo da tuberculose. Na época, a doença era responsável por uma em cada sete mortes que aconteciam no continente europeu. E o cientista alemão Koch, ao identificar o bacilo da tuberculose, abriu o caminho para o diagnóstico e o tratamento efetivo da enfermidade.

Tuberculose no Brasil
Eis alguns de seus números no País:
- 60 milhões de pessoas infectadas.
- 90 mil casos notificados por ano (para uma estimativa de 116 mil casos por ano, o que pode inclusive estar a indicar falhas no diagnóstico e dificuldades de acesso da população ao sistema de saúde).
- 8 por cento de abandono de tratamento no País (há cidades em que esse abandono ultrapassa os 30 por cento).
- 6 mil mortes por ano.

23 março, 2008

Três brasileiras

A propósito da nota anterior.
Há alguns dias foram adiconadas no Youtube dois vídeos, com a Camerata Villa-Lobos e o Quarteto de Cordas executando as seguintes músicas:
"As Pastorinhas" (de Noel Rosa e João de Barro) - no vídeo 1
"Ave Maria no Morro" (de Herivelto Martins) - nos vídeos 1 e 2
"Prelúdio para Ninar Gente Grande" (de Luís Vieira) - no vídeo 2
Ei-los:



Uma sinfonia do morro

Meu caro Roberto Dallossi, 1972 – 74 foi o período em que residi no Rio, ao qual só retornei em 2002 para uma breve estada na cidade. Já ouvi “Ave Maria no Morro” nas gravações de Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves, Trio Irakitan, Ângela Maria, João Gilberto e, por último, Andréa Bocelli. Com este cantor italiano, como resultado de uma busca que fiz no YouTube, da qual resultou a postagem de 8 de dezembro de 2007 no Blog. Infelizmente, não disponho de informações sobre as versões orquestradas – nacionais ou estrangeiras – que possam existir para este clássico de Herivelto Martins.

22 março, 2008

O estilo é o sexo

Uma equipe de pesquisadores concebeu um algoritmo que tem a propriedade de predizer, com 80 por cento de acerto, qual é o sexo do autor de um texto. Para chegar a esse algoritmo, a equipe fez a análise computadorizada de cerca de 600 documentos publicados e encontrou que determinadas palavras, nesses documentos, eram empregadas com diferentes freqüências conforme os sexos de seus autores. Identificadas essas palavras-chave, foi a seguir construído o algoritmo, que é aplicável apenas na língua inglesa.
O "Gender Genie", que funciona com uma versão simplificada do sistema, permite que o leitor faça também seus testes. Como o que eu fiz ao inserir, no box disponibilizado pelo Bookblog, o abstract (resumo) de um documento publicado. Por sinal, o resumo do artigo que descreve a criação do algoritmo e que foi escrito por Shlomo Argamon do "Instituto de Tecnologia de Illinois", Estados Unidos, e colaboradores da "Universidade de Bar-Ilan", Israel.


Com o escore 266 x 40, deu que Shlomo Argamon escreve feito homem.

21 março, 2008

Da arte de escrever cartas

Fortaleza, 1991

1. CARTA AO LÚCIO OU A PAZ DE CRIANÇA DORMINDO
Habitante da Caio Cid, fui surpreendido pela notícia de que você, Lúcio Brasileiro, o morador mais ilustre desta rua, poderia mudar de endereço. E tudo porque, ultimamente, o cronista amigo vem tendo sérias dificuldades para conciliar o sono. Por conta de uma vizinhança recém-instalada que, entre os membros da família, inclui a presença de um bebê choramingas. Do tipo que, obviamente, ignora onde acaba o "delezinho" direito de chorar e começa o "seuzão" direito de dormir.
Bem, apesar de existir em minha casa uma criança da categoria descrita, prima facie livro a cara da bichinha. Por não atinar como o seu choro possa , ainda que asas do vento o carreguem, atravessar quarteirões até chegar ao 373 da Caio Cid. A guriazinha, acredite, tem choro apenas para acordar a mãe, o pai em segunda instância, e somente. Agora, que o choro é reiterativo "pacas", aí é outra conversa. Mas, que me faz tombar às mãos um tempo adicional, isso faz - e esta carta é uma prova de como ele está sendo bem utilizado!
Alguém, de um modo absolutamente ferino, já definiu o bebê como um ser com uma buzina em cima e um cano de escapamento embaixo. Quanto à buzina, haja engenho e arte para encontrar o respectivo modus desligandi. Mamadeira, troca de fraldas, chupeta, espasmo-silidron, canções de ninar... E, como a coisa é mesmo aleatória, o jeito é usar o processo das tentativas. Que só chega a um bom resultado quando a criança já chorou um tempão.

Continue a leitura da carta no Preblog.

2. CARTA AO NENO OU A CONVENÇÃO DA FAMÍLIA SILVA
Dias atrás, você, Neno, formulou esta pergunta: "Onde será realizada a Convenção da Família Silva?" De fato, no tocante à escolha de um local adequado, face ao gigantismo da família não há muitas opções. E se é que a convenção vai realmente ser realizada, coisa que eu ponho em grande dúvida. Pois, na qualidade de membro nato desta família, não fui até o momento avisado a respeito do inaudito encontro. Nem qualquer Silva que eu conheça.
Mas... vamos e venhamos que a convenção possa acontecer. No Maracanã, Praça da Apoteose, Parque do Anhembi, em qualquer desses locais... Ora, é piada! O Maracanã, por exemplo, só dá para abrigar - mal e mal - a "Convenção das Ovelhas Negras da Família Silva". E não me parece boa idéia um encontro que prestigie apenas o segmento recessivo da família. Por ser este parte que não representa bem o todo.
Pois é, há mais Silva no país do que supõe a vã demografia, ó Neno. Mesmo não contando os ricos, os doidos e os mortos da Silva, porque aí já passa a ser exagero. Tenho a certeza de que Deus, quando andou animando Abraão com aquela história de que o patriarca hebreu ia deixar uma grande descendência, era na família Silva que Ele estava pensando. E, agora, está aí a mega-família ajudando o Brasil a crescer... um Uruguai a cada ano. Em termos populacionais, bem entendido.
Em nosso país, nenhum programa de controle populacional funciona sem a adesão da família Silva.

Continue a leitura da carta no Preblog.

20 março, 2008

Cupuaçu e cacau

-É o cupuaçu (Theobroma grandiflorum) um fruto típico da região amazônica. Sua polpa apresenta propriedades alimentícias e sua casca pode ser utilizada na adubação. Desde 1980, descobriu-se que é possível, a partir de suas amêndoas (sementes), obter-se um produto com sabor e textura semelhantes às do chocolate, o qual tem como matéria-prima o cacau (Theobroma cacao).
Este produto obtido das amêndoas do cupuaçu é viável do ponto de vista econômico. E, como apresenta mais proteínas e menos substâncias estimulantes do que o chocolate, poderá atrair consumidores por essas características também.
É o cupulate.

A Guerra do Iraque

Completa hoje 5 anos.
Tem a desaprovação de 66 por cento
dos norte-americanos.

Estão esperando o quê?

19 março, 2008

De monstro a Imperador

Em março de 1815, Napoleão Bonaparte fugiu da ilha de Elba, desembarcou na França e marchou com suas tropas para reconquistar o poder em Paris. Seus avanços até a capital francesa foram gradativamente informados à população pelo jornal “Le Moniteur”, com esta seqüência de manchetes:

Dia 9: O monstro fugiu do exílio.
Dia 10: O ogro desembarcou em Cabo Juan.
Dia 11: O tigre apareceu em Gap. Tropas chegam de todos os lados para deter-lhe a fuga. A miserável aventura acabará nas montanhas.
Dia 12: É verdade que o monstro adiantou-se até Grenoble.
Dia 13: O tirano agora está em Lyon. O terror apoderou-se de todos.
Dia 15: O usurpador arriscou-se a chegar a umas 60 horas da capital.
Dia 19: Napoleão adiantou-se em marchas forçadas, mas é impossível que alcance Paris.
Dia 20: Napoleão chegará amanhã aos muros de Paris.
Dia 21: O Imperador Napoleão está em Fontainebleau.
Dia 22: Ontem à tarde, Sua Majestade o Imperador entrou solenemente em Paris e chegou ao Palácio.

Homem dormindo

-Fotografaram e chamaram-no de Bob Esponja, ô raça!

17 março, 2008

Furto de mel

Na Macedônia, um urso foi julgado – à revelia – por furto de mel.
Cansado de proteger as suas colméias das investidas de um urso, um apicultor da cidade de Bitola, Macedônia, denunciou o intruso à Justiça. E, com o ganho desta questão, deverá receber uma indenização de cerca de US$ 3,5 mil.
A ser paga pelos cofres públicos já que o animal, além de não ter dono, pertence a uma espécie protegida pelo Estado.

Fonte: BBC

Na blogosfera - 23

Aqui agradeço Nonato Albuquerque por ter anunciado, em sua Antena Paranóica, o lançamento de “Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores”, livro escrito por meu irmão Marcelo Gurgel. Digo que correspondeu a todas as expectativas o referido evento, o qual aconteceu na noite de 13/03, no bairro Otávio Bonfim. Aos interessados neste livro (como Dionedie que comentou em seu blog), informo que o autor fez uma doação de 200 exemplares à Paróquia de Nossa Senhora das Dores (que aplicará a renda bruta a ser com eles obtida em suas obras sociais).
Em tempo
Agendada para 27/03, às 19h30, no Centro Cultural Oboé, a noite de autógrafos do mais novo livro de Marcelo Gurgel: “Em Louvor aos Homens e às suas Idéias”. Nesta obra, Marcelo traça os perfis de trinta pessoas que, em recentes décadas, foram ou são personalidades de destaque no Estado do Ceará.

16 março, 2008

Buena Vista Social Club

O grupo musical cubano, num especial momento, apresentando “¿Y tú qué has hecho?”, uma de suas melhores canções.
Com Rubén Gonzáles (ao piano), Ibrahim Ferrer (em pé, cantando) e o lendário Compay Segundo (em pé, cantando e tocando violão), entre outros grandes nomes da música cubana.
No vídeo, é também visto o norte-americano Ry Cooder (sentado, tocando violão) que, à frente do projeto “Buena Vista Social Club”, promoveu em 1996 o merecido ressurgimento do grupo.



En el tronco de un árbol una niña
Grabó su nombre henchida de placer
Y el árbol conmovido allá en su seno
A la niña una flor dejó caer.

Yo soy el árbol conmovido y triste
Tu eres la niña que mi tronco hirió
Yo guardo siempre tu querido nombre
¿Y tú, qué has hecho de mi pobre flor?

Compositor: Eusebio Delfín

26/06/2012 - Atualizando...
¿Y tú qué has hecho? Buena Vista Social Club, para o amigo Paulo Gurgel

15 março, 2008

Fitas de máquina - 2

Crônica escrita em 1991 (também publicada no Preblog)

Coube a um brasileiro, o padre João Francisco de Azevedo, a invenção da máquina de escrever. Idealizado e construído à mão por ele, este invento figurou na "Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco", em 1861. Registro o fato porque muitos ignoram quem é o inventor e - mais ainda - que ele é brasileiro. Padre Azevedo, apesar de festejado em sua época pelo que fez, nenhum lucro material veio a auferir com o invento.
E a gente logo associa a máquina de escrever ao piano. Pois, como o instrumento musical, a máquina através de suas teclas produz uma espécie de música. Tlec, tlec, tlec... Só que bastante monótona a musiquinha, não acham? Uma tecla que aperto tem o som parecido com o da seguinte, assim por diante.... Máquina de escrever versus piano, eita comparação gasta e antiga!
Na época de sua invenção, eis como a "Revista Ilustrada" descrevia a máquina do Padre João Francisco de Azevedo:
"O sistema geral é quase idêntico ao dos pianos, isto é, por meio de um teclado, convenientemente adaptado, consegue-se transmitir ao papel os caracteres correspondentes, formando palavras, linhas, parágrafos, enfim, a escrita regular de uma ou mais páginas. O teclado está disposto em quatro pequenas carreiras, tendo cada tecla a indicação de uma letra; assim pois, tocando-se uma tecla, a letra correspondente vai imprimir-se num papel que envolve e desliza por um rolo no cimo do aparelho. Para a separação das palavras, basta tocar em uma pequena régua colocada ao fundo do teclado."
É... a máquina de escrever nem de longe tem os recursos do piano, instrumento que sola e harmoniza. Em compensação, ganha dele em materialidade. Pois, enquanto vou tlec-tlec-tlec solando, vou também com ela criando a própria "partitura".
Não fora assim, e pedindo vênia à minha "Olivetti" pelo que vou dizer, melhor seria compará-la a uma concertina de botão (PGCS).

@#$%^&*()_

Um intervalo para o leitor apreciar a “Mona Lisa”, na versão de Paul Smith.
Este artista utilizava a máquina de escrever para produzir seus incríveis desenhos. O título @#$%^&*()_ relaciona os caracteres que ele costumava usar no processo artístico.
Já foi assunto no Blog em 4 de setembro de 2007.

Link para a Fundação Paul Smith.

14 março, 2008

Fitas de máquina - 1

Crônica escrita em 1991 (também publicada no Preblog)

Não digo inseparável que é exagero, mas uma assídua companheira tem sido nos últimos anos a minha máquina de escrever. Pondo as palavras no papel, já tem conferido existência a contos, crônicas, clecs e poemas que, de outro modo, não fora ela, acabariam por certo caindo na vala do esquecimento. E, por isso, sou-lhe grato. Externando essa gratidão, via certas decisões inequívocas: não levar trabalho (literário) para o trabalho, não deixar a gravata enganchar no rolo da máquina, não aderir ao computador com impressora etc.
O fato é que comigo se passa o seguinte. Achar que um texto recém-concluído, desvirginando a brancura do papel, por si já se constitui um antegozo. Sim, porque o gozo propriamente dito dar-se-á apenas por ocasião da publicação. Ah, que bom se houvesse nesses casos a ejaculação precoce... Não ficando o autor à espera de uma publicação que tarda e, às vezes, nem sequer acontece.
Eis no que divirjo da poeta norte-americana Emily Dickinson: a publicação é parte necessária do destino de um escritor.
Mas, falando ainda da companheira, ela não é de ter muitas exigências. Quando apresenta algum defeito, disso se encarrega o especialista. No dia seguinte, lá estou eu com a máquina como se nada houvesse acontecido. Todo irrequieto, debruçado sobre ela, a escrever mil caracteres por hora. Esperem aí: mil é muito? é pouco? Não faço a menor idéia do que representa essa vazão datilográfica. Oscar Wilde se deu por satisfeito porque, ao longo de uma manhã, escreveu uma vírgula e, à tarde, a desescreveu.
Bem, nesse meu afã, somente uma coisa poderá me interromper. Haver chegado a hora de trocar a fita.
Meu Deus, como detesto o servicinho sujo! E fico a adiar o momento em que vou fazê-lo, mesmo sabendo que é apenas uma questão de tempo. Bater forte nas teclas ajuda um pouco, até certo ponto. Mas... quando a gente vai, descobre que tem de teclar duas, três vezes cada letra para que ela saia no papel, aí não dá mais. É fazer hoje o que devia ter sido feito ontem, anteontem... Meio parecido, aliás, com o que também acontece a meu violão. Apenas quando a pátina (gostaram?) já recobre as suas cordas, abafando-lhe o som, é que encordoamento novo ele recebe.
Máquina de escrever com fita nova está tudo resolvido. Não, não está. Por vezes, a fita substituta é tão ruim de tinta, que tudo continua como dantes. Com as letras sendo "anemicamente" impressas no papel, para desespero de quem, depois de tanta relutância, é que se abalançado havia a substituir a fita. Até que, consumidor logrado, sabem qual foi uma vez a minha reação? Escrever no ato um candente protesto ao fabricante - e com a fita de carregação ainda na máquina, esse o meu azar!... Porque o fabricante, obviamente, deve ter recebido a minha carta de reclamação... em branco.
E ficou o escrito pelo não escrito (PGCS).

13 março, 2008

Lançamento de livro

Nossos amigos e conhecidos estão sendo convidados para a solenidade de lançamento do livro "Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores", escrito por Marcelo Gurgel em homenagem ao Bairro de Otávio Bonfim. A obra e Marcelo (que completa hoje 55 anos de idade e de quem sou irmão) serão por mim apresentados.

Local: Centro de Formação Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora das Dores (antiga sede do Cine Familiar).

Data: 13/03 (hoje), às 19h30.

Não haverá vendas de exemplares, mas, de bom grado, aceita-se a doação de cestas básicas e produtos de cama e mesa, para a distribuição aos carentes assistidos pelas Pastorais da Criança e do Idoso em Otávio Bonfim.

12 março, 2008

O microscópio a olho nu

Em 1590, Hans Janssen e seu filho Zacharias, que eram fabricantes de óculos na Holanda, inventaram o microscópio. Em 1764, o holandês Leeuwenhoek, numa das versões que criou para o equipamento, foi o primeiro a utilizá-lo na observação microscópica de materiais biológicos.
O que a História não registra (nem poderia, pois aconteceu antes da dita cuja) é que cientistas pré-históricos já haviam conseguido criar o protótipo do microscópio. Se bem que o seu poder de ampliação não era lá grande coisa.

11 março, 2008

Pancadas de Molière

Uma expressão que pertence à linguagem do teatro. Para designar as batidas rápidas no tablado do palco, em geral feitas com um bastão de madeira, seguidas de três outras, lentamente compassadas, e que se destinam a avisar a plateia que...

o espetáculo vai começar.

Molière (1622 - 1673) - Comediógrafo francês (na ilustração). Como autor, diretor de companhia teatral e ator utilizou toda a gama de efeitos cômicos, da farsa mais bufa até a comédia mais requintada. Suas obras principais são as peças em que, combatendo um vício da alma ou uma extravagância do espírito, construiu personagens que se tornaram tipos eternos (a exemplo, Tartufo). Na última delas, "Le Malade Imaginaire" ("O Doente Imaginário"), em que satirizava as práticas médicas de sua época, quando atuava no palco Molière sofreu uma catastrófica hemoptise (de provável origem tuberculosa), da qual veio a falecer poucas horas depois.

10 março, 2008

Tudo na cama

- ouvir música
- ver vídeos
- jogar games
- navegar na internet
- ???
Para quem se deita sob o dossel da High Fidelity Canopy (Hi-Can), a cama futurista do designer italiano Edoardo Carlino.


09 março, 2008

Otávio Bonfim


"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
(...) E assim, chegar e partir"
(Milton Nascimento e Fernando Brant)

Um caso peculiar o nome deste bairro em Fortaleza, assim chamado por causa de uma estação da Rede Viação Cearense (RVC). Inaugurada no bairro em 31 de dezembro de 1922, com o nome de Otávio Bonfim (em homenagem a um engenheiro da RVC), a estação era a primeira parada do trem que, partindo da Estação Central de Fortaleza, fazia o percurso para o Crato.
Não demorou muito, o nome da estação ferroviária passou a ser também o nome do bairro. Um dia, porém, autoridades municipais mudaram o nome do bairro para Farias Brito: uma designação - oficial - que não “pegou”. Mas que serve de aviso para não se subestimar a "inércia mnemônica" de uma população, lá isso serve.

Estação Ferroviária Otávio Bonfim
Desenho a bico-de-pena do artista Tarcisio Garcia

07 março, 2008

O Paradoxo de Alceni

Edward A. Murphy era um dos engenheiros que trabalhavam na Força Aérea Americana (USAF), no ano de 1949, em experimentos que testavam a tolerância humana à aceleração. Um desses experimentos envolvia um conjunto de 16 acelerômetros, montados em diferentes partes do corpo de uma pessoa-teste. Havia duas formas pelas quais cada sensor podia ser colado em sua base e somente uma era a correta. Em completo desacordo com a lei das probabilidades, todas as 16 peças foram fixadas de maneira errada.
Foi quando Murphy criou a sua Primeira Lei, que dizia: “Se há duas ou mais formas de fazer alguma coisa e uma das formas resultar em catástrofe, então alguém a fará.” Dentro de meses a Lei de Murphy tinha-se espalhado por várias culturas técnicas ligadas à engenharia aeroespacial. Antes que se passassem alguns anos, muitas variações da lei foram criadas pela imaginação popular. Com a maioria dessas modificações sendo do tipo: "Se alguma coisa puder dar errado, ela vai dar errado da pior maneira e no pior momento, de modo que cause o maior dano possível."
No site de Wikipedia o leitor vai encontrar uma centena dessas leis de Murphy. O número delas, porém, é atualmente incalculável porque, enunciada a primeira lei, foi como se alguém desse o sinal para a criação de todas as demais. Para muitas pessoas em todo o mundo que, pegando o espírito da coisa, passaram então a elaborar novas “leis de Murphy”. Transformadas, assim, num contingente de neopensadores, no qual, certamente, andei algum tempo incluído. Por haver feito algumas dessas “leis de Murphy”, disfarçadas de enunciados, axiomas, corolários, princípios, comunicados, aforismas e... paradoxos.

06 março, 2008

Meio século da bossa

No último sábado (dia 1º), o Rio de Janeiro aniversariou. E, na mesma data, houve também outra grande comemoração na Cidade Maravilhosa: os 50 anos da bossa nova. Reunindo milhares de pessoas em um show musical, comandado por Miele e Thalma de Freitas, que aconteceu na Praia de Ipanema.
Nomes lendários da bossa nova como Roberto Menescal, Carlos Lyra, João Donato, Marcos Valle, Oscar Castro Neves, Zimbo Trio, Leny Andrade e Wanda Sá apresentaram-se para um público bastante empolgado. Além destes já citados, que são considerados integrantes de uma espécie de “núcleo duro” da bossa nova, outros artistas também prestigiaram o espetáculo com suas apresentações: Maria Rita, Joyce, Leila Pinheiro, Emílio Santiago e Fernanda Takai (do Pato Fu).
O vídeo traz cenas de palco e trechos de depoimentos feitos por diversos artistas nos bastidores do evento.



Fonte: Época / YouTube.

05 março, 2008

Previsão ou pós-visão do Word?

Agora falando sério. Quanto a estabelecer uma relação entre os atentados terroristas contra as torres gêmeas de NY e os caracteres existentes no Wingdings (Programa Word) para a expressão Q33 NY, não passa tudo de um conjunto de pseudo-evidências. Apesar de que eu já tergiversei sobre elas, dias atrás (01/01).
Senão, vejamos:
O Q traz a figura de um avião, certo, mas foram dois os aviões envolvidos nos atentados (um para cada torre).
O 3 é na verdade a representação de um documento de texto, dentro de uma seqüência em que o 1 é uma pasta, o 2 é um documento de canto dobrado (ver ilustração ao lado) e, por conseguinte, a simbologia relacionada com o número 33 não estaria a significar as torres do WTC.
O N como um símbolo da morte (caveira sobre ossos) é irretorquível.
Já a Estrela de Davi, que se relaciona com a letra Y, a sua decodificação fica ao arbítrio de quem interpreta a “previsão”. No caso, mais plausível teria sido a presença de outro símbolo (que corresponderia à letra Z no Wingdings), por evocar este último a crença dos autores dos atentados.
Em suma, são apenas algumas coincidências. Tornadas mais verossímeis por uma boa “forçação de barra” (PGCS).

04 março, 2008

Na blogosfera - 22

A postagem “Que se pode fazer com o Sol?”, depois de iluminar este espaço, continuou o seu percurso no blog de Vicente Adeodato. A quem agradeço a atenção que dispensou ao “Astro-Rei”.
O tema de “Uma previsão do Word”, cuja fonte para o BPG foi o Blog do Nassif, já foi também dica do site Antena Paranóica do comunicador Nonato Albuquerque. Que não descarta a possibilidade de ter sido uma “estratégia”, construída por alguém no Word, após ocorridos os atentados terroristas de 11/09.

Links para as duas páginas neste blogroll.

Regra

É tudo o que resta depois que se suprime a exceção (PGCS).


Por se tratar de uma frase em estilo acaciano, recomendo ver outras do gênero em nossos arquivos de julho de 2007.

03 março, 2008

Os dez erros do estagiário

Para ajudar você a ser bem sucedido num estágio, evitando os erros que põem em risco o seu aprendizado e até uma possível chance de efetivação, Lílian Burgardt, da equipe do Universia, depois de conversar com especialistas no tema, elaborou uma lista com os dez maiores erros que podem acontecer a um estagiário:

1 - Acomodar-se.
2 - Entrar de “salto alto”.
3 - Abusar de linguagem vulgar.
4 - Prender-se ao estágio pela bolsa.
5 - Adotar postura inflexível.
6 - Ser individualista.
7 - Deixar o trabalho para depois.
8 - Ter receio de perguntar.
9 - Perder tempo na internet (Orkut, MSN etc).
10 - Fugir das responsabilidades

Link para o artigo completo.

02 março, 2008

"Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores"

Já concluído o novo livro do médico e escritor Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Trata-se de “Otávio Bonfim, das Dores e dos Amores: sob o olhar de uma família”. Um livro com o qual o meu irmão homenageia Otávio Bonfim, o bairro de Fortaleza em que nós, os Gurgel Carlos, vivemos por cerca de cinco décadas.
Com o lançamento previsto para 13/03, às 19h30, no Centro de Formação Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora das Dores (antiga sede do Cine Familiar), a obra em epígrafe vem a ser uma importante contribuição literária de Marcelo Gurgel à preservação da memória do mencionado bairro.
Até lá tornarei a escrever sobre o assunto.

Inesquecível!

O norte-americano Nat King Cole (1919 – 1965), cantor, músico e apresentador de televisão, algumas décadas atrás marcou época no mundo dos espetáculos.
Com sua voz bela e inconfundível, contribuiu para o sucesso mundial de músicas como "Mona Lisa", "Stardust", "Nature Boy" e "Unforgettable". E para a divulgação de outras, dentre elas algumas canções que incluía em seu repertório latino-americano, como "Ansiedad", "Quizás, Quizás, Quizás" e a brasileiríssima "Não Tenho Lágrimas".
Neste vídeo, a tecnologia de edição colocou Nat em dueto – póstumo – com sua filha Natalie, que é também cantora. Interpretando "juntos" a já citada canção "Unforgettable", de Irving Gordon.



UNFORGETTABLE

Unforgettable, that’s what you are
Unforgettable though near or far
Like a song of love that clings to me
How the thought of you does things to me
Never before has someone been more.

Unforgettable in every way
And forever more, that’s how you’ll stay
That’s why, darling, it’s incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too.

01 março, 2008

Uma previsão do Word

Esta eu li no Blog do Nassif.
A jornalista Alcinéa Cavalcante, usando o Microsoft Word como editor de texto, escreveu a expressão Q33 NY. A seguir, selecionou-a e mudou-a para a fonte Wingdings.
Veja o que ela encontrou:



Um resultado esquisito e surpreendente, pois Q33 NY era o endereço das torres gêmeas do World Trade Center.

Comentário do BPG
Se, até o momento, Bill Gates não foi convocado para depor é porque as autoridades norte-americanas ainda estão batendo cabeça.

Sacumé...

-

- Quando havia na porta só a fechadura original o carro foi arrombado. Aí, foi preciso colocar nele um reforço: à base de corrente e cadeado. Mas o resultado final foi muito bom. Além de ganhar uma proteção extra, o veículo até melhorou em seu aspecto estético...