31 dezembro, 2016

Na lata - II

Quero agradecer ao coral que esteve em minha residência, fazendo uma apresentação especial na véspera de Natal.
Seus integrantes estão todos convidados para o Ano-Novo.

Ideia: @Logan

Bônus: crushed can art

05/01/2017- Jaime Nogueira disse ...
QUANDO CHEGAR A VONTADE DE ABRIR AQUELA LATINHA, LEMBRE-SE DA INCRÍVEL JORNADA DE UM BARRO VERMELHO AOS LINGOTES DE ALUMÍNIO...
Fundamentos e Aplicação do Alumínio (Manual da Abal)

Poema do Fim do Ano

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano

Mora uma louca chamada Esperança:

E quando todas as buzinas fonfonam

Quando todos os reco-recos matracam

Quando tudo berra quando tudo grita quando tudo apita

A louca tapa os ouvidos

e

atira-se

e – ó miraculoso voo! –

Acorda outra vez menina, lá embaixo, na calçada.

O povo aproxima-se, aflito

E o mais velhinho curva-se e pergunta:

– Como é teu nome, menininha dos olhos verdes?

E ela então sorri a todos eles

E lhes diz, bem devagarinho para que não esqueçam nunca:

– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…

"Poemas para a Infância" (Mario Quintana – Poesia Completa, Editora Nova Aguilar, 2005)

Madame Wu e o experimento de fim de ano

Jenifer Ouellette, GIZMODO
1º de janeiro de 2016
A maioria de nós recebe o ano novo com a família e os amigos. A ciência, entretanto, não tira férias – nem os cientistas responsáveis ​​por grandes experimentos em curso. Um dos mais famosos exemplos históricos disso é o caso da física Chien-Shiung Wu — muitas vezes chamada de "Madame Wu" — que desistiu de passar a virada com seu marido na década de 1950 para provar que a natureza é ligeiramente canhota.
Por muito tempo, os físicos pensaram que, quando se trata das leis da Física, a natureza não tem preferência de direita ou esquerda. Isso significa que o nosso mundo deveria ser praticamente idêntico a sua imagem espelhada. É uma forma de simetria. Matematicamente, ela é conhecida como paridade, e deveria ser conservada em todos os processos subatômicos. E é, de fato, pelo menos para o eletromagnetismo e para a força nuclear forte. Vários experimentos mostram que as coisas eram exatamente desse jeito.
Mas em 1956, dois teóricos americanos de origem chinesa enviaram um pequeno artigo para o periódico Physical Review, questionando se a paridade seria conservada em interações nucleares fracas. Tsung-Dao Lee e Chen Ning Yang tinham até mesmo algumas ideias de como poderiam testar sua hipótese, e convenceram Wu — que se especializou em experimentos de interação fraca na Universidade de Columbia — a trabalhar no projeto.
Wu, por sua vez, se tornou parceira de físicos do que era então o National Bureau of Standards, em Washington, DC, já que eles tinham as instalações certas para fazer as medições de precisão necessárias. (O órgão é agora conhecido como NIST, ou Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia.)
Os experimentos cruciais foram realizados no NBS entre o Natal e o Ano Novo de 1956 — em grande parte porque Wu percebeu a importância fundamental que eles poderiam ter, e ela queria se antecipar a todos os outros.
Ela deveria acompanhar o marido em uma viagem para a China; eles tinham até mesmo reservado passagens no navio Queen Elizabeth. Em vez disso, ela ficou para trabalhar nos experimentos, e seu marido viajou sem ela.
Wu e seus colegas usaram átomos de cobalto-60 mantidos em campos magnéticos a temperaturas muito baixas. Os núcleos de cobalto-60 têm uma rotação intrínseca — o equivalente quântico ao momento angular, como um pequeno giroscópio, exceto que é mais uma propriedade da partícula do que uma rotação real. Eles também emitem partículas beta à medida que decaem.
A ideia era usar os campos magnéticos para orientar os núcleos, fazendo com que todos girassem na mesma direção, e, em seguida, contar quantos elétrons foram emitidos para cima e para baixo, depois do decaimento dos núcleos. Se a paridade fosse conservada, deveria haver números iguais.
Para surpresa de todos, não havia números iguais de partículas beta emitidas em ambas as direções. A natureza, ao que parece, é "uma canhota semi-ambidestra", mostrando uma ligeira preferência pela esquerda.
A queda da paridade foi um resultado tão importante e emocionante que alguns físicos não acreditaram em um primeiro momento. Wolfgang Pauli, que recebeu o Nobel de Física em 1945, supostamente exclamou "Isso é um absurdo total!" quando ouviu falar sobre isso. Houve pressa para replicar o experimento. Os resultados foram confirmados e a conservação da paridade foi, sem dúvidas, violada. Até mesmo Pauli estava convencido.
Lee e Yang receberam o Prêmio Nobel de Física no ano seguinte. No que é amplamente percebido dentro da comunidade da física como uma injustiça, Madame Wu não foi incluída no prêmio, apesar de ter sido seu conhecimento sobre experimentos que ajudou a provar a hipótese de Lee e Yang.
Ela teve uma carreira científica bastante destacada, no entanto. E, definitivamente, teve muito a comemorar na virada de 60 anos atrás.
http://gizmodo.uol.com.br/madame-wu-e-o-experimento-de-fim-de-ano-que-mudou-a-fisica-para-sempre/

31/12/2016 - 10:00
O BLOG ENTREMENTES ALCANÇA A MARCA DE 900 MIL VISUALIZAÇÕES

30 dezembro, 2016

Índice de calor e sensação térmica

Como calcular online o índice de calor e a sensação térmica em sua cidade
Site: EPAGRI/CIRAM do Governo de Santa Catarina
Exemplo: Cidade, dia e hora: Fortaleza, 30/12/2016 07:00
Índice de calor
O índice de calor ou heat index, em inglês, é a temperatura sentida devido a combinação entre a temperatura aparente do ar e a umidade relativa do ar.
Temperatura 27°C
Umidade relativa 72%
Resultado 29°C
Sensação térmica
A sensação térmica ou wind chill, em inglês, é a temperatura aparente sentida pela pele exposta, em virtude da combinação entre temperatura do ar e velocidade do vento.
Temperatura 27°C
Velocidade do vento 18 km/h
Resultado 25°C
Dica enviada pelo colaborador Jaime Nogueira

Amor moderno

Estas são as 36 perguntas que farão você se apaixonar. Este questionário faz parte de um experimento de 1997 sobre como criar intimidade em casais. O estudo terminou com o casamento de dois dos participantes. Voltou a ganhar importância depois de um artigo publicado no "The New York Times".
Mandy Len Catron publicou em 2015 o artigo To Fall in Love With Anyone, Do This, no The New York Times, no qual narrou como se apaixonou com a ajuda de 36 perguntas elaboradas pelo psicólogo Arthur Aron.
Embora a escritora tenha usado as perguntas de Aron para se apaixonar e para que se apaixonassem por ela, Aron colocou-as em seu estudo como uma ferramenta para gerar intimidade, não necessariamente amorosa, de forma gradual. O objetivo era ajudar os psicólogos a criar uma relação próxima no contexto de um laboratório, de modo que fosse possível manipular e estudar as variáveis desta relação.
Quando Aron testou o questionário, distribuiu alguns dos participantes em casais de homens e mulheres. Um dos casais que participou e se conheceu neste estudo acabou se casando seis meses mais tarde. Segundo explicou Aron à revista Wired, em 2010, “a última vez que entrei em contato com eles, ainda estavam juntos”.
Quer dizer, é possível que este questionário, criado para que as pessoas se abram aos poucos, realmente funcione. Nós o reproduzimos a seguir se alguém quiser testá-lo (sob sua responsabilidade). O estudo original exige que se trate de alguém completamente desconhecido. Recomenda-se empregar 45 minutos: quinze para cada conjunto de 12 perguntas, embora tanto Mandy Len Catron quanto estes dois voluntários do The Guardian precisaram de mais tempo. Os participantes devem ler em voz alta uma pergunta cada um, embora os dois devem responder todas.
Quando terminarem o questionário, os dois devem se afastar e responder às perguntas feitas pelos pesquisadores.
No estudo original não se menciona a necessidade de olhar nos olhos durante quatro minutos ao terminarem, mas não é desaconselhável: funcionou para Mandy Len Catron.

29 dezembro, 2016

A Miséria Crônica e a Crônica da Miséria

por Fernando Gurgel Filho
Apesar da degradação econômico-financeira do País, creio que isto não é o mais pernicioso para o bem-estar futuro da sociedade, pois é uma situação passageira e reversível. Desde que sejam aplicadas políticas públicas adequadas que, infelizmente, o governo atual não quer e não tem condições de adotar.
O que nos parece de uma intensidade de destruição nunca vista é a degradação moral e ética das classes mais representativas e consideradas cultas de nossa sociedade. Essa degradação, aliada à ignorância e à visível desinformação desse imenso contingente de analfabetos letrados, é que pode ser fatal para o País e levá-lo a situações irreversíveis de atraso e miséria.
Apenas um exemplo simples de ignorância e desinformação, entre milhares e milhares de outros exemplos muito piores: dia de Natal, ambiente de fraternidade, solidariedade entre as pessoas e "otras cositas e milongas" do gênero, um amigo - desses bem posicionado na vida, tido como tendo bom conhecimento acadêmico, bom pai de família, cheio de boas intenções - dispara uma imagem de uma enxada roçando o mato com os dizeres de que aquilo, "há cerca de 40 anos era uma excelente Bolsa Família" e que sustentava e alimentava muita gente.
Ora, além de desconhecer totalmente as condições medievais, insalubres e cruéis em que vive o pai de família que trabalha na roça, desconhece ainda um mínimo de economia e de sociologia para endossar tal afirmativa de forma tão leviana. E o mais espantoso: revela claramente uma face desumana, insensível e totalmente contrária ao que este mesmo amigo apregoa em seus relacionamentos pessoais.
Isto é assustador e pode nos levar ao fundo do poço, porque este tipo de ignorância e desinformação é encontrado em parcela significativa de nossa sociedade e, o que é pior, mesmo não sendo o caso do amigo citado, é que vem ancorado numa dose cavalar de falta de ética e de moral e, portanto, de muita má intenção para com os mais desassistidos e para com os que mais precisam de políticas públicas que garantam um futuro promissor para todo o País.
Não sei como, esse pessoal todo imagina um País seguro, saudável e próspero com um nível de exclusão social altíssimo como o do Brasil.
Ou, quem sabe?, estão esperando que o próximo Papai Noel traga segurança, educação e saúde em seu trenó. Não entendem que, do jeito como agem, mesmo se Papai Noel existisse e pudesse trazer, seria abatido, por eles mesmos, antes de cruzar a fronteira.
Conclusão: a miséria crônica tem cura, basta um Estado Social atuante, mas a miséria é perpetuada pela atuação da própria sociedade, principalmente quando o Estado é fascista ditatorial.

A neta de Zuenir

Minha neta Alice, de cinco anos e meio, disse que as duas únicas pessoas famosas na família são ela e o avô. “Mas meu avô só é famoso porque fala de mim”. Ela sabe das coisas.

Zuenir Ventura é jornalista.

http://jornalggn.com.br/noticia/o-risco-de-saturar-por-zuenir-ventura

Mortes bizarras na Grécia Antiga

  1. O filósofo grego Empédocles acreditava que não era humano, mas que era um deus grego. Para provar isto aos céticos, ele prometeu saltar em um vulcão e voltar ileso. Mas ele só conseguiu cumprir a primeira metade de sua promessa.
  2. Ésquilo, o pai da tragédia grega, morreu quando uma águia que voava confundiu a sua careca com uma pedra. A águia, numa tentativa de quebrar o casco de uma tartaruga que levava, arremessou o quelônio sobre a sua cabeça.
  3. Diz-se que Chrysippus, um grego de vida estoica, morreu em 203 a.C. de um ataque de riso causado por um burro bêbado que tentava comer figos.
Fonte: Neatorama

28 dezembro, 2016

RIP, Canales

O texano Leonso Canales liderou um movimento em seu país para substituir "hell" (inferno) por "heaven" (céu) na palavra "hello". Para ele, diabos, esta saudação que cheirava a enxofre deveria ser mudada para "heaven-o".

Foi uma campanha de décadas. E Canales faleceu em 2014 sem ver o sonho de sua vida realizado.
N. do E.
Não há nenhuma ligação etimológica entre "hell" e "hello".

Hello, Canales

A confiança é tudo!

Alguns professores de uma faculdade de engenharia foram convidados a entrar em um avião.
Após todos se acomodarem nos assentos, eles foram informados de que o avião havia sido construído por seus alunos.
Os professores se levantaram e correram desesperadamente para fora do avião.
Somente um deles continuou sentado em seu lugar. Quando lhe perguntaram o motivo de tanta calma, ele explicou:
"Sei da capacidade dos meus alunos e, se foram eles que construíram este avião, tenho total confiança de que não vai dar nem a partida…"
(fazendo a ronda na internet)

Bon mot
Confiança é como borracha. Fica menor a cada erro cometido.

27 dezembro, 2016

Acidente no show dos crocodilos

Durante um espetáculo no Samphram Crocodile Farm, em Banguecoque, Tailândia, houve um acidente terrível quando um homem enfiava a mão na garganta de um enorme crocodilo..
Uma câmera registrou toda a cena.


A temerária pesca de piranhas

O grande "trollador"

J. P Cuenca, The Intercept_Brasil
O sorriso forçado causado pela contração involuntária dos músculos faciais chama-se ríctus. Nada que não seja familiar, temos visto bastante essa expressão facial cretina. Ela pode aparecer em cadáveres, em doentes de tétano, nas vítimas do gás do riso criado pelo vilão Coringa e em presidentes ilegítimos. Esse riso postiço, que faz as extremidades da boca levantarem-se num arco perverso, é chamado desde a antiguidade de "sorriso sardônico".
Vale ir à origem da expressão, criada por Homero no século VIII A.C. Ele contava a história de um povoado fenício na ilha da Sardenha cujos habitantes mais velhos, sem condições de se sustentar, eram assassinados com uma poção da planta Oenanthe crocata. (Ainda não era possível emplacar uma reforma da previdência como hoje planeja o governo.) Conhecida por "nabo do diabo", a erva da Sardenha tem folha semelhante à salsa e é extremamente tóxica – sua natureza exata é uma uma descoberta científica recente, de 2009. Os envenenados por ela apresentam o mesmo sorriso bizarro e irônico no rosto, daí a descrição do poeta grego.
A palavra "sardônico", para a tristeza dos habitantes da bela ilha italiana, ficou assim associada a sarcasmo, zombaria e malícia. Ao longo da história da arte, a humanidade tentou representar o mesmo sorriso espasmódico em caricaturas grotescas (penso na fase negra de Goya ou em alguns detalhes infernais de Bosch) e, em todo o esplendor de sua ambiguidade, em obras como a "Mona Lisa" e a "Dama com arminho" de Leonardo.
Mas é cerca de 2.800 anos depois da invenção do termo que o riso sardônico ganha sua forma definitiva ao retratar um personagem onipresente: o trollador da internet. Criada pelo artista Carlos Ramirez em 2008, a imagem do trollface virou um hit instantâneo. A estética de MS Paint e seu traço grosseiro e infantil foram no nervo do zeitgeist da zoeira – quando cada um é um assediador moral em potencial projetando seus traços sociopatas via internet, milhões se sentiram representados pelo bonequinho sacana e seu sorriso de desprezo.

26 dezembro, 2016

O menor boneco nanofabricado do mundo

Um boneco "de neve" realmente minúsculo foi criado usando três microesferas de sílica, um rosto esculpido com um feixe de íons, e com braços e nariz de platina. Tendo menos de 3 micra de altura, este"snowman" foi fabricado na Western University, em Ontário, Canadá, utilizando litografia por feixe de elétrons.

http://nanofabrication.tumblr.com



A busca ativa de vida extraterrestre


Tentar entrar em contato com hipotéticas civilizações extraterrestres, através do envio de transmissões de rádio ao espaço, é imprudente, não científico, antiético e potencialmente catastrófico. Assim, sem rodeios, é como um grupo de astrônomos do SETI (Search for ExtraTerrestrial Intelligence at UC Berkeley) diverge de seus colegas que se dedicam a buscar contato com civilizações extraterrestres,
O debate destaca um cisma crescente entre dois ramos da SETI.
De um lado estão os astrônomos que realizam a busca ativa de civilizações extraterrestres. Para isso, defendem o envio de mensagens de rádio para o espaço exterior, a fim de estabelecer contato com alguma hipotética civilização alienígena.
Até agora, a busca passiva de vida extraterrestre não conseguiu encontrar qualquer evidência científica.
Do outro, estão aqueles que argumentam que o fato de buscar ativamente  uma espécie alienígena cientificamente superior, com a ideia de que ela será benevolente e moralmente inclinada a ajudar a humanidade em nossos problemas, trata-se de uma suposição infantil e muito perigosa. Se a história do nosso próprio planeta nos ensinou alguma coisa, é que, quando uma civilização tecnologicamente superior entra em contato com uma forma mais primitiva de civilização, a segunda geralmente é subjugada ou exterminada.

O sexo consentido com aliens |  Como ocultar o nosso planeta dos aliens

25 dezembro, 2016

O tempo voa [cada vez mais]

Fez parecer que o último ano foi mais curto do que o anterior?
É que a percepção do tempo pelo cérebro também muda à medida que alguém envelhece, fazendo parecer que o tempo esteja passando cada vez mais rápido.
Esta linha do tempo interativa, de Maximilian Kiener, com base em uma teoria do filósofo Paul Janet, permite que, ao rolar o seu mouse, você entenda o conceito de comparar o tempo relativo com o tempo absoluto.
Em outras palavras, quanto mais tempo você está vivo, menor se torna um ano com relação a sua vida. Por exemplo, quando você tem 5 anos, um ano é 20 por cento de sua vida. No entanto, quando você tem 50, um ano é apenas 2 por cento.
Portanto, se o seu tempo parece estar passando mais rápido do que costumava passar, você não está louco, está apenas ficando mais velho. Aproveite cada bom momento que você puder porque há uma boa chance de que esses momentos também passem rapidamente.

Um astro do barulho

Se pudéssemos ouvir o som emitido pelo Sol, viveríamos sob um ruído contínuo que, após haver percorrido 150 milhões de quilômetros, chegaria a nosso planeta com a intensidade de 100 dB.
Para fim de comparação, equivaleria a ouvirmos continuamente o som de uma broca elétrica.
A situação lembraria muito aquela do "Planeta do Sol Berrante", com Rick e Morty.


(O Sol berra por que está sendo queimado vivo?)

Por sorte, o som não se propaga no vácuo.

24 dezembro, 2016

Contos de fadas NRA e Papai Noel

Contos de fadas reescritos com mais armas e menos derramamento de sangue
A introdução de armas no mundo dos irmãos Grimm reduz drasticamente as taxas de mortalidade, de acordo com um estudo - bem, OK, de acordo com um par de histórias publicadas pela NRA.
Até agora, existem apenas dois pontos de dados. E eles são imaginários. Mas a linha de tendência é clara: Nos contos de fadas reimaginadas da NRA, colocando rifles nas mãos de crianças cria-se um mundo mais seguro.
Tomem, por exemplo, Little Red Riding Hood. Na versão original, uma menina e sua avó são ambas devoradas pelo lobo. Um lenhador com um machado mata o lobo e rasga-o salvando as duas mulheres.
Na reescrita da NRA , Red passeia pelo bosque com um rifle nas mãos, afastando o lobo ao longo do caminho. E na casa da avó, a situação foi concluída, sem uma única bala disparada.
"O lobo se inclinou, com as mandíbulas bem abertas, em seguida, parou de repente. Aqueles grandes ouvidos ouviram o som inconfundível da segurança de uma arma sendo engatilhada. Aqueles grandes olhos olharam para baixo e viram que a avó tinha um scattergun apontado diretamente para ele. Ele percebeu que a avó não tinha sido afastando dele, ela vinha em direção a ele, com espingarda em punho para proteger a si mesma e sua casa."
"'Eu não acho que eu vou ser comida hoje", disse a avó, "e você não vai estar comendo alguém de novo". A avó manteve a arma apontada para o lobo, que estava com muito medo de se mexer. Em pouco tempo, ele ouviu uma voz familiar "Vovó, eu estou aqui!" Red espreitou a cabeça na porta. O lobo não podia acreditar em tanto azar. Oh, como ele odiava quando as famílias aprenderam a se proteger!
O lobo é levado pelo caçador a um fim indefinido, mas desagradável.
A série NRA tem inspirado algumas críticas, como o Washington Post observou : grupos de defesa do controle de armas criticaram-lo para o avanço da cultura da arma.
Mas a NRA é bastante clara sobre a sua própria intenção: As histórias são com etiquetas "Fun Friday" e "Just for fun" no site.
http://www.npr.org/sections/thetwo-way/2016/03/25/471726704/nra-rewrites-fairy-tales-with-more-firearms-less-bloodshed
http://www.nrafamily.org/
http://www.nrafamily.org/articles/2016/1/13/little-red-riding-hood-has-a-gun/ (c/ imagem)

Se cuida Papai Noel
Isso me fez pensar:
É muita tolice da parte de Papai Noel.
Viajar à noite, carregando esses bens tão valiosos... Principalmente sabendo que tem de passar por certas regiões frequentadas por caçadores de cervos.
Não sei como ele ainda está vivo.

No Acta
por Luis Cláudio Correia (*)
Papai Noel baseado em evidências
Publicado In: Medicina Baseada em Evidências, 24/12/2015
Na verdade, todo mundo acredita em Papai Noel, mesmo aqueles que fingem não acreditar.
Feliz Natal a todos.
(*) Luis Cláudio Correia é Professor Livre Docente em Cardiologia, Doutor em Medicina e Saúde e Professor Adjunto da Escola Bahiana de Medicina

No EM
por Fernando Gurgel
Hõ, hô, hô - A lenda de Papai Noel
Data da publicação: 21/12/2015

Os 7 Perpétuos no Natal

por Marcelo Naranjo

  1. Panetone
  2. Peru
  3. Pernil
  4. Passas
  5. Papai Noel
  6. Parentes
  7. Pavê (ou Pacumê)

N. do E.
Os Perpétuos (Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio) são um grupo de seres que personificam vários aspectos do universo na série de história em quadrinhos Sandman, de Neil Gaiman. Eles existem desde a aurora dos tempos e acredita-se que estão entre as criaturas mais poderosas (ou, pelo menos, influentes) do universo Sandman, desempenhando papel central ao longo da história, em que Sonho é o protagonista.
Os Perpétuos são uma família pouco convencional de sete irmãos. Em suas formas mais comuns, todos têm a pele branca (apesar de Destruição, Delírio e Destino serem bem menos pálidos que os outros) e a maioria tem cabelos negros, mas as aparências e personalidades variam bastante. Eles têm algum controle sobre os conceitos que representam mas, da mesma forma que os deuses retratados em Sandman, também são modelados a partir de expectativas e crenças subconscientes dos seres humanos. Em particular, a aparência de Sonho varia bastante, dependendo do observador.
Embora seja perdida na tradução em português, há uma aliteração interessante nos nomes da família dos Perpétuos: todos eles, no inglês original, começam com "D" (Destiny, Death, Dream, Destruction, Desire, Despair, Delirium/Delight). Existe inclusive a suspeita de que outros conceitos importantes, como Tempo, tenham ficado de fora da lista dos Perpétuos por não haver nenhuma palavra equivalente (em inglês) com "D" inicial. WIKIPÉDIA

23 dezembro, 2016

A armação de Mae

Em 1934, depois de receber cartas com extorsão, chantagem e ameaças de sequestro, Mae West aprendeu a manejar uma Tommy. Tinha fotos tiradas de si mesma para provar isso.

"Machine Gun" Mae: "Isso é uma pistola em seu bolso, ou só está feliz em me ver?" 

A armação funcionou, e as cartas ameaçadoras pararam de chegar.
Bem, por precaução, o FBI designou guarda-costas para acompanhá-la durante algum tempo.

Citações de Mae West: 1 e 2

Última linha, última gota

Victor Hugo escreveu "O Corcunda de Notre-Dame" sob enorme pressão financeira, deixando a sua mesa apenas para comer ou dormir.
Finalmente, sua filha Adèle escreveu:
"Em 14 de janeiro, o romance terminou. E o frasco de tinta que Victor Hugo comprou ao iniciar a obra terminou junto; ele chegou, no mesmo momento, à última linha e à última gota."
Ler também: Nenhum dia sem uma linha

22 dezembro, 2016

Pedro Pintor

Em 1964, o jornalista sueco Åke Axelsson pagou um tratador de zoológico para dar pincel e tintas a um chimpanzé de 4 anos chamado Peter. Então, ele escolheu as melhores pinturas de Peter e exibiu-as na Gallerie Christinae, em Gotemburgo, Suécia, dizendo que elas eram obras de um artista francês, até então desconhecido, chamado Pierre Brassau.
O crítico de arte Rolf Anderberg, do Göteborgs-Posten, assim escreveu:
"Brassau pinta com movimentos poderosos, mas também com determinação clara. Suas pinceladas são de uma furiosa meticulosidade. Pierre é um artista que produz com a delicadeza de um bailarino."
Após Axelsson revelar a farsa, e Anderberg sustentou que os trabalhos de Peter eram "ainda as melhores pinturas da exposição".

Foto: Peter (aka "Pierre Brassau"), em 1964. In: Wikipedia

Os cigarros de cravo da Indonésia

Os kreteks são cigarros aromatizados e também conhecidos como cigarros de Bali, devido à origem da Indonésia.
Diferenciam-se do cigarro comum pela adição de 30-40% de cravo à mistura de tabaco. Quando esse cigarro é fumado, a queima do cravo produz um som característico ("crec-crec") que deu origem ao nome.
Os cigarros do tipo kreteks produzem teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono maiores que os cigarros comuns. A queima do cravo também produz diversos compostos tóxicos. Além disso, o eugenol, que é um composto muito presente no cravo, possui um efeito anestésico, que faz com que o fumante inale mais profundamente a fumaça. E por isso, causam danos graves à saúde. Diversos estudos científicos tem demonstrado que a incidência de câncer é maior nos fumantes de kreteks do que nos fumantes regulares.
Fumantes de kreteks tem também risco maior de desenvolver asma e infecções respiratórias que fumantes de cigarros convencionais. Como o cravo contem grande quantidade do composto eugenol, que tem um efeito anestésico, os fumantes tendem a aspirar maior quantidade de fumaça.
Referências Bibliográficas
1.HEALTH CANADA. Clove and Herbal Cigarettes. Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/hecs-sesc/tobacco/prof/cessation_ program/other_opt_en.html#10.
2.MALSON, JL, et. all. (2003). Clove cigarette smoking: biochemical, physiological and subjective effects. Pharmacol Biochem Behav. 2003:74;739–745.
3.HEALTH CANADA. Clove and Herbal Cigarettes. Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/hecs-sesc/tobacco/prof/cessation_program/other_opt_en.html#10
4.AMERICAN CANCER SOCITY. The Tobacco Atlas. Disponível em: http://www.tobaccoatlas.org/typesoftobacco.html
5.LAVOIE, E.J. (1989). Toxicity Studies on Clove Cigarrete Smoke and Constituens of Clove: Determination of the LD50 of Eugenol by intratracheal Instillation in Rats and Hamsters. . Archieves of Toxicology 63:1-6, 1989.
6.CLARK, G.C. (1989). "Comparasion of kretek (clove cigarette) smoke with that of American cigarrete smoke", Archives of Toxicology 63:1-6. Disponível em: http://www.gethealthyclarkcounty.org/tobacco/bidis-kreteks.html

Vídeo

21 dezembro, 2016

Palavras ao vento

Três pilares importantes da estrutura social brasileira, construída com muito sacrifício, têm sido debatidos de forma estéril, talvez por utilizarem argumentos intencionalmente deturpados. Para mim, esses três pitares são as estruturas: política, tributária e previdenciária.
Não precisamos falar de educação, saúde e segurança porque, resolvida a equação estrutural acima, esses outros três pilares saem automaticamente fortalecidos, desde que as necessárias reformas política, tributária e previdenciária sejam feitas de forma a evitar TODAS as distorções que hoje corroem suas bases.
Mas, dentro deste contexto de debate distorcido, onde parece prevalecer o "precisamos fazer alguma coisa" dentro de um espírito de "mudar tudo para que tudo permaneça como está" vemos propostas que afetam apenas a parte mais frágil da sociedade, justamente aquela que deveria ter seus direitos defendidos de forma mais firme pelos que se dizem "seus representantes".
Mas essas frases/pensamentos são recorrentes desde a Independência, passando pela Lei Áurea, Proclamação da República até chegarmos à Ditadura de 1964. E desaguam sempre no mesmo mar de sofrimento dos trabalhadores e dos cidadãos que precisam do amparo social que lhes é devido legalmente e que lhes é negado todo dia, toda hora, todo segundo, em todas as instâncias mantidas com a suada contribuição da mesma sociedade que é desassistida sistematicamente.
Então, o que esperar? Tomem nota: reforma política que atendam aos interesses das classes dominantes; reforma tributária que penalize o contribuinte assalariado em benefício dos rentistas; e, reforma previdenciária apenas para fazer caixa às custas do trabalhador, seja ele da iniciativa privada ou servidor público.
E, se puderem, Feliz 2017 pra vocês também.

Fernando Gurgel Filho

Quanto custa uma pérola de sururu?

Respondendo a uma pergunta de Kaka Andrade.
Kaka,
A pérola sempre foi muito apreciada ao longo da história da humanidade.
Um exemplo disso foi o fato de que, no apogeu do Império Romano, quando a febre das pérolas estava no auge, Júlio César, conhecido por suas conquistas amorosas, ofereceu a Servília Cepião uma pérola no valor de seis milhões de sestércios.
Uma pérola de ostra, Kaka. Irritada com um cisco na algibeira, uma ostra gerou aquela pérola maravilhosa para Servília Cepião.
Fosse uma pérola de sururu não teria aberto o caminho do sucesso para Júlio César. Nem as pernas da cortesã.
Quem foi Servilia Cepião
Servília Cepião foi uma patrícia romana, [carece de fontes] descendente de Caio Servílio Ahala, [carece de fontes] amante de Júlio César, esposa de Décimo Júnio Silano [carece de fontes] e de Marco Júnio Bruto, o Velho, [carece de fontes] com quem teve Bruto. [carece de fontes],
Ela era também irmã de Quinto Servílio Cepião [carece de fontes] e meio-irmã de Marco Pórcio Catão Uticense (Catão, o Jovem) [carece de fontes] e Pórcia Catão. [carece de fontes]
Sua filha, [carece de fontes] Júnia Segunda, meio-irmã de Bruto, foi casada com o triúnviro Lépido [carece de fontes], com quem teve um filho, Marco Emílio Lépido Menor, [carece de fontes] executado por planejar o assassinato de Otaviano. [carece de fontes]
Outra filha, [carece de fontes] Júnia Tércia, meio-irmã de Marco Júnio Bruto [carece de fontes] e sobrinha de Catão, o Jovem, casou-se com o senador Caio Cássio Longino. [carece de fontes]
Marco Júnio Bruto e Caio Cássio Longino foram os assassinos [não carece de fontes] de Júlio César.

20 dezembro, 2016

Método contraceptivo


Novos símbolos para a matemática

O site  Math with Bad Drawings está sugerindo alguns novos símbolos que a matemática deveria adotar com urgência. Um deles, por exemplo, é o que está sendo mostrado abaixo para significar:

igual, eu acho, quero dizer, realmente deveria ser igual...



19 dezembro, 2016

Ceia de Natal

Cães e gato dão-nos uma lição de como devemos nos comportar à mesa durante a ceia de Natal.



A contraditar: o uso dos smartphones, o roubo dos talheres etc.

Paisagens antropomórficas

Antes do Renascimento, as paisagens eram usadas principalmente como um pano de fundo na definição do cenário para a arte figurativa. Árvores, campos, montanhas e mares tempestuosos estavam presentes apenas para adicionar alguma verossimilhança à atividade humana contida no quadro. Era como se uma paisagem não fosse nada sem a narrativa humana.
Mas isso foi  mudando gradualmente. E a pintura de paisagens tornou-se então uma forma artística própria.
Durante o período de transição entre as duas formas, houve momentos em que a arte figurativa e o desejo de retratar en passant a paisagem se uniram em gravuras e pinturas antropomórficas.
Estas imagens geralmente mostravam um rosto escondido na paisagem, como a sugerir que a importância do terreno era moldada pela forma como os seres humanos o usavam. Isso foi particularmente verdadeiro para uma variedade de artistas do século 17, na Holanda, ao produzir um trabalho em que cabeças humanas gigantes parecem crescer para fora das paisagens.

18 dezembro, 2016

O "holeworm" do violão

Em sua página no Google+, John Walkenbach mostra um novo recurso instrumental que eu julgo ser oportuno divulgá-lo para os violonistas.
Vou chamá-lo de "holeworm" do violão. É uma espécie de buraco que a gente pode fazer no braço do violão (na figura abaixo, ele é mostrado na quarta casa).
Para quê, perguntarão alguns?
O buraco servirá de atalho para o dedo mínimo da mão esquerda, naqueles instantes em que o instrumentista precisar fazer alguns acordes mais críticos.


Agora, permanece sem solução como dar um aproveitamento digno para o dedo mínimo da mão direita.

No Google+
– Now, remains unresolved as to give a decent use for the little finger of my right hand. ~ PGCS
– Short cuts and cheating can hurt you in the long run! ~ Tsangrong n

O calcanhar de Aquiles | Uma guitarra com atalho e novos ângulos

♪Natal Diferente♪

"... não tem ceia
nem vinho nem bacalhau.
pra quem tem samba na veia
isso é normal."
(Arlindo Cruz e Sombrinha)

16 dezembro, 2016

Jantar com os astros

Sobre como Neil deGrasse distrairia Isaac Newton, Albert Einstein e Carl Sagan se eles fossem jantar juntos
Gostaria eu mesmo de cozinhar o jantar para eles, de servir-lhes meus melhores vinhos e de fazê-los provar muitos pratos diferentes, que incluem massas, arroz, milho, peixe, aves, cordeiro, carnes de boi e de porco, seguidos de frutas e um prato de queijo.
Newton vai perguntar se eu sou o rei do meu país. E eu vou responder que a agricultura e a distribuição de alimentos já percorreram um longo caminho desde seus dias. De modo que, agora, pessoas comuns – mesmo as pessoas que seriam seus servos – podem comer como a realeza.
Nós teríamos que explicar a Newton sobre todos os avanços científicos e tecnológicos na sociedade que suas descobertas geraram. Por que não há cavalos que puxam essas carruagens de metal? Por que não há chama no dispositivo de iluminação? Etc. Nos dias de Newton não tinham sido desenvolvidos os conceitos de átomos, energia, eletricidade e motores. Depois, digo-lhe que também voamos com centenas de pessoas ao mesmo tempo pelo ar, a 500 milhas por hora e a 30.000 pés de altitude, cem mil vezes por dia. E digo-lhe que já viajamos para a lua nove vezes. Digo-lhe aos poucos, senão sua cabeça explode. (Você pode supor que essa empreitada vai levar vários jantares.)
Para Einstein vou dizer que tudo o que ele previu tornou-se realidade.
Quanto a Sagan, vou contar a ele que continuei seu legado, criando um follow-on do Cosmos, em 2014, para o seu original de 1980. Por tudo o que sei de seu caráter, ele ficaria muito feliz ao saber disto.
www.npr.org/sections/thesalt
Tradução: PGCS

O sal que está no seu prato
"Com exceção de sal, tudo o que comemos e que tem valor nutricional já foi vivo ou foi secretado por algo que estava vivo." – Neil deGrasse

Luiz Sá - Curta de animação

MAIZENA70 disse...
Paulo:
Parabéns pela iniciativa de registrar o trabalho do chargista mais querido do Brasil, que encantou gerações com seu humor e fazendo escola para futuros cartunistas. LUIZ SÁ era festejado pelos espectadores do cine jornal ATUALIDADES ATLÂNTIDA quando fazia desenhos apresentando o resultado do campeonato de futebol. o público delirava numa explosão de risos.
14 de dezembro de 2016



Luiz Sá (Fortaleza, Ceará, 1907 - Niterói, Rio de Janeiro, 1979) foi um caricaturista brasileiro, criador dos personagens Reco-Reco, Bolão e Azeitona que, durante anos, apareceram na revista infantil O Tico-Tico.Foi também responsável pela criação de uma série de curtas de animação que ficou perdida por anos, As Aventuras de Virgulino
Seu desenho era caracterizado pelo uso quase exclusivo de linhas curvas, o que conferia a seus personagens o aspecto de "bonecos redondos". Por volta de 1950, Luiz Sá ilustrou panfletos educativos e relacionados com a saúde, publicados pelo então Ministério de Educação e Saúde, como a ilustração (não disponível na internet) que fez para o texto "Quem come a galope, o intestino entope."

15 dezembro, 2016

Sonhos

UM SONHO NÃO SE QUESTIONA.
A GENTE ACREDITA NELE ATÉ ACORDAR. [PGCS]

A mochila salva-vidas

Em muitos lugares do mundo, as crianças têm de enfrentar longas distâncias para chegar à escola, deslocando-se através da selva e cruzando rios em áreas de fortes chuvas. No entanto, esses rios são imprevisíveis e, às vezes, tornam-se caudalosos muito rapidamente.
Apenas na Colômbia, nos últimos 5 anos, mais de 10.000 crianças morreram afogadas quando iam à escola.
A mochila salva-vidas é o resultado da colaboração entre a Cruz Vermelha colombiana e a marca de suco Luki. Uma ideia que foi desenvolvida a fim de ajudar as crianças a chegar em segurança à escola.



Foi projetada e fabricada de tal modo que, caso aconteça de uma criança cair na água, a mochila mantenha (à maneira de um colete salva-vidas) a criança flutuando. A mochila também serve para levar o material escolar, o que idealmente deveria ser a única função.


Slideshow CRIANÇAS QUE VÃO À ESCOLA

14 dezembro, 2016

No céu tem pão?

Escrevi o texto abaixo em agosto de 2005, indignado contra práticas que corrompem toda a sociedade e as instituições brasileiras. À época, acreditava que as investigações e as punições iriam finalmente alcançar aqueles que realmente roem as entranhas da sociedade, roubando-a sistematicamente e deixando à míngua aqueles que não dispõem do mínimo para sobreviver. Onze anos se passaram, as investigações se aprofundaram, mas, infelizmente, seletivas e eivadas de cunho apenas político, o que está levando o País a situações cada dia piores. E os Anselmos ainda almejam por um pedaço de pão, aqui ou no céu. Pão que, a julgar pelo andar da carruagem, nunca adormecerá sua fome.
Fernando Gurgel
"Mãe, no céu tem pão?"
Quando li a frase acima pela primeira vez, citada em um poema de Soares Feitosa, em seu Jornal da Poesia (http://www.jornaldepoesia.jor.br/francisco.html), fiquei chocado e sempre que a leio me dá um nó no peito e fico muito revoltado contra este estado de coisas.
Pensei que era criação do poeta e fiquei imaginando o que ele poderia ter visto que levou-o a imaginar uma cena tão cruel como aquela. Infelizmente, a vida sempre supera a ficção e a frase saiu da boca de um ser humano. Uma criança nos estertores da morte por inanição e o fato pode ser comprovado facilmente através de pesquisa na internet.
Como exemplo, cito um relato da Vara da Infância e Juventude de Belo Horizonte que diz ser "do pequeno Anselmo, de apenas 4 anos de idade, da Favela de Pirambu, em Fortaleza, no Ceará, que delirando de febre, nos estertores da morte, com os olhos súplices, sussurrava: "Mãe, no céu tem pão?"
Pois é, são dos pequenos Anselmos espalhados por este triste solo e que morrem sonhando com aquilo que para nós são migalhas e que para eles é um sonho cada dia mais irrealizável.
Nem se compara aos nossos sonhos e fantasias do dia a dia. Sonhos que pensamos poder realizar através de nossa luta para possibilitar o tão sonhado pão para todos. E o nosso sonho para que isto aconteça é muito mais simples de se tornar realidade, pois depende apenas de homens com vergonha na cara e honestidade em todas as suas ações. Só isso.
Sempre achei, portanto, que apropriação de dinheiro ou utilização indevida de bens públicos deveriam ser equiparados a crimes hediondos, pois esta prática resulta nas mesmas consequências de atos cometidos por assassinos em série e, o que é pior, de forma lenta e cruel.
O dinheiro que falta, tirado do erário, é o mesmo que falta para evitar que milhares morram sem ter um pão seco. É o mesmo que falta para evitar mortes a rodo em filas de hospitais públicos. É o mesmo que falta para o saneamento básico de favelas imundas onde a doença está presente em cada residência insalubre.
Mas um País tão grande, governado por pessoas tão pequenas, tornou-se tão vulnerável quanto um castelo construído com peças de dominó onde a peça defeituosa abala todo o conjunto. E, neste caso, com o agravante de que o construtor reluta em jogar no lixo as peças que comprometem a estrutura.
Não sabemos quem são os bandidos que solapam nossas instituições. Porém, sabemos que são como um tiro certeiro no sonho dos que acreditaram que, afinal, as coisas poderiam mudar para melhor.
Não sabemos, também, o tamanho das irregularidades cometidas e onde acontecem/aconteceram, mas, pelos relatos - infelizmente, muito seletivos e pouco confiáveis - são atos desonestos e que comprometem a credibilidade de todo o sistema, impedindo que este País mude sua face tão desumana com tranquilidade.
Se este castelo desabar, muitos Anselmos ainda terão que sonhar, na hora da morte, com um céu cheio de pães enquanto seus pais ainda sofrerão muito até morrerem à míngua nesta terra cheia de cães.
Com a falta de credibilidade vigente e com as leis frouxas que temos, as poucas esperanças que temos, de vermos punições exemplares e isentas de cunho político, talvez não se concretizem. Porém, quando formos votar novamente, por maiores que sejam nossos interesses envolvidos, por favor, pensem apenas na frase do pequeno Anselmo para tentar banir os desonestos da vida pública.
E tenham sempre isto em mente: políticos e servidores públicos desonestos estão cometendo crime hediondo.

O inimigo que pode não estar lá

Você sabe como os seres humanos tendem a ver os rostos em tudo, mesmo quando não há um?
É porque estamos todos andando por aí, com esses hipersensíveis detectores de rostos em nossas cabeças, que fica muito fácil de nos depararmos com tantos falsos positivos. A detecção de rostos foi e é uma parte fundamental para os seres humanos sobreviverem.
E assim com relação aos inimigos: sabermos que alguém está atrás de nós é uma habilidade extremamente importante para nós. Embora, às vezes, isso nos leve a falsos positivos também. Agora, se tal acontece constantemente, chamamos o fenômeno de "paranoia".
Todo padrão "witch hunt" (caça às bruxas) é basicamente isso - - procurar desesperadamente um inimigo apenas por que você acredita que ele tem de estar lá.
Mas.
Ter em nosso cérebro detectores extremamente sensíveis ao inimigo faz sentido: Os inimigos são motivados a ocultarem-se e, por isso, precisamos de um esforço extra para localizá-los.

Pareidolias
1, 2, 3, 4 e Quem é o próximo?

13 dezembro, 2016

O colchão delator

"O preço da fidelidade é a eterna vigilância." – Millôr

Uma empresa espanhola criou um colchão de alta tecnologia para avisar o comprador se o seu parceiro está sendo infiel no leito conjugal, quando é deixado sozinho em casa (o parceiro, bem entendido).
O "Smarttress" parece com qualquer outro colchão, mas o fabricante diz que tem sensores escondidos para detetar movimentos suspeitos na cama. Se algoritmos baseados em pesquisas realizadas em movimentos sexuais indicam a ocorrência desses movimentos, o parceiro receberá um aviso pelo telefone celular.
"Si tu pareja no es fiel, al menos que lo sea tu colchón" (se o teu parceiro não é fiel, pelo menos que o teu colchão seja), é o slogan que está sendo usado pelo fabricante de colchões Durmet.
O fabricante diz que a tecnologia é tão avançada que o usuário será capaz de saber em tempo real em quais partes da cama está havendo mais atividade, dando-lhe uma imagem mental do que exatamente o seu parceiro está fazendo.
Aí poderia ser um excesso de informação.

Pole dance

Misto de dança e esporte, pole dance caiu no gosto de alguns insetos:


"Santa sensualidade, Batman!"

Em português: dança do cano, do poste, do mastro, da barra americana etc

O amor não faz perder a cabeça

12 dezembro, 2016

Inteligência aloprada

Durante a II Guerra Mundial, à medida que crescia a possibilidade de realizar uma invasão ao continente, os Aliados quiseram saber o número de tanques que a Alemanha estava produzindo. Eles pediram a seus serviços de inteligência que, pela espionagem nas fábricas alemãs e pela contagem dos tanques capturados e destruídos no campo de batalha, estimassem esse número. Mas os esforços da inteligência produziram estimativas contraditórias.
Então, eles recorreram à análise estatística.
Utilizando-se dos números de série dos tanques capturados e destruídos e de uma fórmula matemática, os estatísticos estimaram que os alemães teriam produzido 246 tanques por mês, entre junho de 1940 e setembro de 1942. Em completa contradição com o número informado pelos serviços de inteligência, que estimaram uma produção de cerca de 1400 tanques por mês.
Quando, no após a guerra, os Aliados capturaram os registros de produção na Alemanha, eles descobriram que tinham produzido 245 tanques por mês durante o citado período, Quase exatamente o que os estatísticos previram e menos de 20 por cento das estimativas feitas pela inteligência.

The German Tank Problem, Futility Closet

Os três estágios de aceitação do Papai Noel






1 - Indiferença

2 - Terror

3 - Alegria

11 dezembro, 2016

Noites estreladas e um autorretrato de Van Gogh

A reprodução sobre a água de dois quadros do célebre pintor holandês:


Música de fundo: Sonata ao Luar (Beethoven)

Tudo a ver
Vídeo da Escola de Belas Artes da UFMG sobre a arte do papel marmorizado.

Noites estreladas: 1 e 2
Autorretratos de Van Gogh

Monólogo, por Barão de Itararé

Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...
- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente. E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.
Charge: veio daqui
Tirei a rolha da primeira garrafa è despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.
Extraí a rolha da segunda garrafa e procedi da mesma maneira, com exceção de um copo, que virei.
Arranquei a rolha da terceira garrafa e despejei o uísque na pia, com exceção de um copo, que empinei.
Puxei a pia da quarta rolha e despejei o copo na garrafa, que bebi.
Apanhei a quinta rolha da pia, despejei o copo no resto e bebi a garrafa, por exceção.
Agarrei o copo da sexta pia, puxei o uísque e bebi a garrafa, com exceção da rolha.
Tirei a rolha seguinte, despejei a pia dentro da gar­rafa, arrolhei o copo e bebi por exceção.
Quando esvaziei todas as garrafas, menos duas, que escondi atrás do banheiro, para lavar a boca amanhã cedo, resolvi conferir o serviço que tinha feito, de acordo com as ordens da minha mulher, a quem não gosto de contrariar, pelo mau gênio que tem.
Segurei então a casa com uma mão e com a outra contei direitinho as garrafas, rolhas, copos e pias, que eram exatamente trinta e nove. Quando a casa passou mais uma vez pela minha frente, aproveitei para recontar tudo e deu noventa e três, o que confere, já que todas as coisas no momento estão ao contrário.
Para maior segurança, vou conferir tudo mais uma vez, contando todas as pias, rolhas, banheiros, copos, casas e garrafas, menos aquelas duas que escondi e acho que não vão chegar até amanhã, porque estou com uma sede louca ...
(Grato a Jaime Nogueira pelo envio deste monólogo.)

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.

Leia também:
O discurso otimista do Barão e O Duque que virou Barão

10 dezembro, 2016

Furacão sobre Cuba

"E os jovens e os velhos retomavam em silêncio ou em conversas sussurradas o antigo sonho cubano: chegaria o dia em que a ilha seria governada por homens honestos, austeros, incorruptíveis? Por que, apesar da constante e muitas vezes brutal renovação dos quadros políticos, isso nunca acontecia?
Ora, enquanto meditava no México sobre o exército cubano, o exilado havia compreendido as verdadeiras razões da corrupção em Cuba.
As colônias, pensava, pelo menos têm uma vantagem sobre a semi-colônia: a corrupção não existe, pela inexistência de políticos a corromper. Compram-se reizinhos - que não passam de traidores. Mas, por isso mesmo, a semi-colônia é uma mistificação, porque sua verdade secreta é a colonização. Portanto, todas as palavras mentem, torna-se necessário transpor para uma linguagem democrática as transações coloniais: chamar "livre contrato" aquilo que, na verdade, se chama "obrigação unilateral".
Deste modo, a tarefa do "governo" semi-colonial, mesmo quando honesto - isto é, nos seus primeiros meses - já é falsear o idioma, desvirtuar as palavras de seu povo. Trai pela própria natureza: inscrita nas coisas, a traição o espera. Quando percebe isso, cansado de se vender graciosamente e contra a vontade, corajosamente se compenetra - e exige uma remuneração."
...
"Não, pensava Fidel Castro, os cubanos não nascem ladrões e perdulários. A corrupção nasce da impotência e, esta, de uma soberania fantasma que mascara a dependência absoluta de nossa economia." In: "Furacão Sobre Cuba", de Jean-Paul Sartre
Fernando Gurgel

O casal Sartre com Fidel
Entre fevereiro e março de 1960, pouco mais de um ano após a revolução que derrubou Fulgencio Batista, o casal de filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir passou um mês em Cuba. O simpatizante do comunismo Sartre já havia rompido com o partido, ao qual nunca se filiou, e publicado "O Fantasma de Stalin", espécie de manifesto de seu anti-stalinismo e ao mesmo tempo de seu anti-imperialismo. "Éramos muito difíceis de classificar. De esquerda, mas não comunistas", escreveu Simone em "A Força das Coisas", terceiro volume de sua autobiografia.
A estadia rendeu um livro, "Furacão sobre o Açúcar", publicado no Brasil como "Furacão sobre Cuba" pela Editora do Autor no mesmo ano, enriquecido com depoimentos de Rubem Braga e Fernando Sabino sobre suas viagens à ilha. Uma joia que merece reedição. Sartre estava, então, totalmente embevecido com os jovens revolucionários barbudos e cabeludos que haviam tomado o poder na ilha caribenha. Anos mais tarde, em 1971, ele e Simone romperiam com Fidel Castro diante da prisão do poeta Herberto Padilla.
Cynara Menezes, blog Socialista Morena

A discagem automática na telefonia

Se você é um agente funerário em Kansas City, em 1878, e descobre que a mulher de um concorrente trabalha como operadora da central telefônica da cidade e que ela está desviando suas chamadas de negócios para o marido, o que isso significa?
Você dispor de três campos potenciais de ação:

  1. Entrar em contato com a companhia telefônica para tentar que ela demita a operadora.
  2. Processar por danos a operadora e seu marido.
  3. Revolucionar a telefonia inventando um sistema automático de comutação telefônica que permite as pessoas ligarem diretamente entre si, e desse modo eliminar a necessidade de um operador de central telefônica.

Almon Brown Strowger [foto] foi de 3.

O blog 99% Invisível mostra como Strowger desenvolveu o protótipo do equipamento que possibilitou o início da discagem automática (livre de operador) na telefonia.

09 dezembro, 2016

Briga de bar

"Nunca vi uma briga de bar envolvendo pessoas que estivessem bebendo vinho. Cerveja, sim. Destilados, sim. Mas vinho, não." ~ NeilDeGrasse Tyson, no Twitter

Réplica - Como grande cientista que é, Neil sabe que um relato de casos não é o melhor da evidência científica.
O começo da briga | Como ganhar uma briga de bar

Kafka e a boneca: a difusão da perda


Franz Kafka encontrou uma menina no parque onde ele gostava de andar diariamente. Ela estava chorando. A menina havia perdido sua boneca e estava desolada.
Kafka se ofereceu para também procurar a boneca. E combinou encontrar-se com a menina no dia seguinte, no mesmo local.
Não encontrando a boneca, ele resolveu escrever uma "carta da boneca". Para ler quando eles se encontrarem novamente.
"Por favor, não chore mais, eu saí em uma viagem para ver o mundo. Vou lhe escrever as minhas aventuras".
Este foi a primeira de muitas cartas. Sempre que os dois se encontravam, ele lia para ela essas cartas cuidadosamente escritas que contavam as aventuras imaginárias da boneca amada. A menina sentia-se consolada.
Quando os encontros chegaram ao fim, Kafka a presenteou com uma boneca. Ela, obviamente, parecia diferente da boneca original.
Uma carta anexa explicava o motivo da transformação: "as minhas viagens me mudaram..."
Anos mais tarde, a menina (agora crescida) encontrou mais uma carta, numa fenda que passara despercebida na boneca de substituição. Uma carta que, em resumo, dizia: "cada coisa que você ama, você acabará por perdê-la, mas no final, o amor vai retornar de uma forma diferente".

http://www.huffingtonpost.com/may-benatar-phd-lcsw/kafka-and-the-doll_b_981348.html

08 dezembro, 2016

O dinheiro não se come

Talvez.
Uma petição que conta com mais de 70 mil assinaturas deverá ser entregue ao Banco da Inglaterra. Vegans e vegetarianos consideram inaceitável que o Banco continue a usar o sebo na produção das cédulas de 5 libras.
O Banco da Inglaterra ainda não se pronunciou sobre a petição. A questão veio à tona quando o Banco, respondendo a uma pergunta no Twitter, confirmou que os grânulos dos polímeros usados na fabricação dessas cédulas continham vestígios de sebo.


A gordura animal é também usada para fabricar velas (inclusive a vela de libra, que nada tem a ver com a moeda inglesa) e sabão.

Selfies, tubarões e perigos estatísticos

Tirar selfies é mais perigoso do que mergulhar em água com tubarões?
Este ano, por exemplo, houve mais mortes relacionadas com selfies (12) do que com tubarões (8).
É uma comparação engraçada, no entanto apresenta um erro básico. Pois não leva em consideração as frequências nesse par de situações.
Para calcular a probabilidade de morrer tirando uma selfie precisaríamos do resultado do número de selfies tiradas (imenso!) dividido por 12. Em seguida,  compará-lo com o resultado do número de mergulhos em águas infestadas por tubarões (não tanto!) dividido por 8.
Assim por diante, se queremos comparar o risco de morte por selfies com o de outras atividades consideradas "darwinianas". Como engolir espadas.

07 dezembro, 2016

Uma "fábrica" feita de Lego

Uma incrível "fábrica" em 20 módulos com guindastes, esteiras, elevadores, trem e caminhões – tudo feito de LEGO. E funcionando com total precisão, no melhor estilo Rube Goldberg.


Canto dos últimos partisans, por Franco Fortini

Sulla spalletta del ponte
Le teste degli impiccati
Nell'acqua della fonte
La bava degli impiccati.

Sul lastrico del mercato
Le unghie dei fucilati
Sull'erba secca del prato
I denti dei fucilati.

Mordere l'aria mordere i sassi
La nostra carne non è più d'uomini
Mordere l'aria mordere i sassi
Il nostro cuore non è più d'uomini.

Ma noi s'è letta negli occhi dei morti
E sulla terra faremo libertà
Ma l'hanno stretta i pungi dei morti
La giustizia che si farà.
Na amurada da ponte
A cabeça dos enforcados
Na água da fonte
A baba dos enforcados

No calçamento do mercado
As unhas dos fuzilados
Sobre a grama seca do prado
Os dentes dos fuzilados

Morder o ar morder as pedras
Nossa carne não é mais de homens
Morder o ar morder as pedras
Nosso coração não é mais de homens

Mas lemos nos olhos dos mortos
E sobre a terra a liberdade havemos de fazer
Mas estreitaram-na nos punhos os mortos
A justiça que se há de fazer.

Canto degli ultimi partigiani
(http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/02/ur-fascismo-o-texto-historico-de-umberto-eco-traduzido-para-o-portugues.html)

06 dezembro, 2016

O lançamento de um foguete na Austrália

Você sabia?
Não se gasta tanto combustível assim para lançar um foguete da Austrália para o espaço exterior. Os cientistas apenas soltam as amarras que prendem o foguete à plataforma de lançamento...
E ele cai para o espaço.

Black Santa

Pela primeira vez, o Mall of America, no Estado de Minnesota, tem um Papai Noel negro.
Para refletir a diversidade racial de seus clientes, o maior shopping dos Estados Unidos decidiu contratar Larry Jefferson (na foto), um veterano do exército, para fazer o papel que originalmente pertenceu a São Nicolau, um turco do século quatro.
Inconformados, alguns racistas locais esbravejaram:
"Como vou explicar um Papai Noel negro a meus filhos?"


Pois bem. Como vão explicar também um homem que viaja o mundo todo em 24 horas, num trenó sobrenatural puxado por renas voadoras, distribuindo presentes fabricados por elfos para todas as crianças que, monitoradas a partir do Polo Norte, mostraram ter sido bem comportadas o ano inteiro?
Ora, a cor da pele é a parte mais crível da história. PGCS

Fernando Gurgel disse...
Na Holanda, tem os ajudantes de São Nicolau (o nosso Papai Noel), que são chamados de Pedro Negro. É uma história meio racista, preconceituosa, mas os nativos de Holambra, em São Paulo, o homenageiam pintando-se de preto.
http://www.portaldeholambra.com.br/satildeo-nicolau.html
Veja ainda:
"Na Holanda, um escravo negro é um dos protagonistas de uma das festas tradicionais do país, mas a figura deixa as minorias do país em situação desconfortável. Uma falsa carta da ONU motivou protestos por parte dos apoiantes da tradição."
Extraído de: https://www.publico.pt/2013/10/31/mundo/noticia/natal-racista-da-holanda-recolhe-apoio-da-populacao-1610912
6 de dezembro de 2016 15:08

05 dezembro, 2016

A cidade em que todos vivem no mesmo prédio

Situado na costa sul do Alasca, Whittier é uma cidade com uma população de 220 ​​habitantes – com todos vivendo no mesmo edifício.
Construída após a Segunda Guerra Mundial, Torre Begich (foto), com 14 andares, inclui 150 apartamentos, correios, um supermercado, uma locadora de vídeos, o escritório do prefeito etc.
Somente a escola está em outra instalação, embora seja ligada ao prédio residencial por um túnel para que as crianças possam ir às aulas em mangas de camisa, mesmo no mais rigoroso inverno.


Microsiervos c/ vídeo
Whittier, el pueblo cuyos habitantes viven todos en el mismo edificio
Cribeo c/ vídeo
Hay un pueblo en Alaska donde todos los habitantes viven en el mismo edificio

Explicações reconfortantes

1
Um estudo, divulgado na publicação científica Journal of Topics in Cognitive Science, contradiz a opinião de que as conexões cerebrais são prejudicadas com o avanço da idade.
"O cérebro humano funciona mais devagar com a idade", afirma Michael Ramscar, responsável pelo estudo, "mas somente porque nós acumulamos mais informação com o passar do tempo."
O cérebro dos mais velhos funciona como se fosse um "disco rígido de computador" que, repleto de dados, demora mais tempo para acessar suas informações.
Portanto, essa lentidão não está associada a um declínio do processo cognitivo.
"Imagine alguém que saiba as datas de aniversário de duas pessoas diferentes e consiga lembrar-se delas de maneira quase perfeita.Você realmente diria que essa pessoa (que se lembra do aniversário de duas pessoas) tem memória melhor do que outra que sabe o aniversário de 2 mil pessoas, mas só consegue dizer a data certa uma vez a cada dez tentativas?", questiona Ramscar.
"Os cérebros das pessoas mais velhas não ficam mais fracos. Pelo contrário, eles simplesmente sabem mais.".
2
Sobre um conhecido teste de cognição que requer dos envolvidos lembrar-se de um par de palavras não relacionadas como, por exemplo: "gravata" e "biscoito":
Os jovens têm melhor desempenho nesse teste, mas pesquisadores acreditam que os mais velhos apresentam dificuldades em lembrar-se de pares de palavras não relacionados – como "gravata" e "biscoito" – porque eles aprenderam que essas palavras não estão associadas.
Para o professor Harald Baayen, que lidera o grupo de pesquisa Alexander von Humboldt Quantitative Linguistics, onde a pesquisa foi feita, "o fato de que os mais velhos acham difícil memorizar pares de palavras não relacionados do que jovens adultos demonstra simplesmente que os mais velhos têm um melhor entendimento da linguagem."
"Eles têm de fazer mais esforço para aprender pares de palavras não associados porque, diferentemente dos mais jovens, eles sabem muito mais sobre os critérios de associação entre palavras."
3
Mesmo quando as pessoas mais velhas se esquecem do que iam fazer em outra dependência da casa, esse esquecimento não é um problema de memória mas apenas uma forma que a Natureza encontrou para obrigá-las a fazer mais exercício físico. É isso!
Eu sei que tenho amigos a quem deveria mandar essas explicações reconfortantes mas, no momento, não consigo recordar os seus nomes. Por isso, agradeço a quem as envie a seus próprios amigos. Quem sabe eles também sejam os meus amigos.
Fonte: BBC Brasil, com modificação

04 dezembro, 2016

Desvendando Moro

por Rogério Cezar de Cerqueira Leite
O húngaro George Pólya, um matemático sensato, o que é uma raridade, nos sugere ataques alternativos quando um problema parece insolúvel.
Um deles consiste em buscar exemplos semelhantes paralelos de problemas já resolvidos e usar suas soluções como primeira aproximação. Pois bem, a história tem muitos exemplos de justiceiros messiânicos como o juiz Sérgio Moro e seus sequazes da Promotoria pública.
Dentre os exemplos se destaca o dominicano Girolamo Savonarola, representante tardio do puritanismo medieval. É notável o fato que Savonarola e Leonardo da Vinci tenham nascido no mesmo ano. Morria a Idade Média estrebuchando e nascia fulguramente o Renascimento.
Educado por seu avô, empedernido do moralista, o jovem Savonarola agiganta-se contra a corrupção da aristocracia e da Igreja. Para ele ter existido era absolutamente necessário o campo fértil da corrupção que permeou o início do Renascimento.
Imaginem só como Moro seria terrivelmente infeliz se não existisse corrupção para ser combatida. Todavia existe uma diferença essencial, apesar de muitas conformidades, entre o fanático dominicano e o juiz do Paraná - não há indícios de parcialidade nos registros históricos da exuberante vida de Savanarola, como aliás aponta o jovem Maquiavel, o mais fecundo pensador do Renascimento italiano.
É preciso, portanto, adicionar, um outro componente à constituição da personalidade de Moro - o sentimento aristocrático, isto é, a sensação, inconsciente por vezes, de que se é superior ao resto da humanidade e de que lhe é destinado um lugar de dominância sobre os demais, o que poderíamos chamar de "síndrome do escolhido".
Essa convicção tem como consequência inexorável o postulado de que o plebeu que chega a status sociais elevados é um usurpador e, portanto, precisa ser caçado. O PT no poder está usurpando o legítimo poder da aristocracia, ou melhor, do PSDB.
A corrupção é quase que apenas um pretexto. Moro não percebe, em seu esquema fanático, que a sua justiça não é muito mais que intolerância moralista. E que por isso mesmo não tem como sobreviver, pois seus apoiadores do DEM e do PSDB não o tolerarão após a neutralização da ameaça que representa o PT.
Savonarola, após ter abalado o poder dos Médici em Florença, é atraído ardilosamente a Roma pelo papa Alexandre 6º, o Borgia, corrupto e libertino, que se beneficiara com o enfraquecimento da ameaçadora Florença.
Em Roma, Savonarola foi queimado. Cuidado Moro, o destino dos moralistas fanáticos é a fogueira. Só vai sobreviver enquanto Lula e o PT estiverem vivos e atuantes.
Ou seja, enquanto você e seus promotores forem úteis para a elite política brasileira, seja ela legitimamente aristocrática ou não.
Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha de SP. Publicado em 11/10/16, na página de opinião da Folha.
Via Acesse Piauí.

O movimento STP

Ouvi dizer que o movimento Sociedade da Terra Plana está ganhando força em todo o Globo.


O velho e o halterofilismo

Kenneth Leverich é um halterofilista campeão. Ele é jovem e apresenta uma fantástica condição física.
No entanto, ele não parece jovem neste vídeo. Isso porque os maquiadores passaram 4 horas transformando-o em um "octogenário".
Então, Leverich foi para a famosa Muscle Beach, uma área de exercícios ao ar livre, na praia de Veneza, Califórnia, onde ele surpreendeu o público local com suas exibições de levantamento de pesos.


03 dezembro, 2016

O panetone: da Itália para o mundo

Origem
O panettone é um alimento tradicional da época de Natal, de origem milanesa, do norte da Itália. Várias lendas tentam explicar a sua origem. Com o tempo a receita foi sendo aprimorada e passou a ter várias versões.

Enquete
Qual panetone você prefere: de frutas cristalizadas ou com gotas de chocolate?



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