31 agosto, 2009

No ar

Há alguns anos alguém criou este troço chamado air guitar. Que consiste em tocar guitarra... sem ter a guitarra. Com o praticante a fazer gestos, muitas vezes exagerados, como se estivesse a solar uma música de heavy metal, por exemplo. E isto para um público que, pasmem vocês, em geral se entusiasma com ele.
Não se sabe muito bem como o fenômeno começou, uns falam que teria sido em clubes londrinos.
O blog El Mundo Está Loco tem uma teoria para explicar a sua origem:
Começou quando um guitarrista - que estava a tocar de verdade - teve o seu instrumento subtraído por alguém que entrou em cena. Mas o guitarrista, de tão drogado que estava, nem deu pela coisa. E continuou a "tocar" para uma audiência que, igualmente drogada, continuou a incentivá-lo. Terminando esse memorável concerto com o guitarrista detido numa delegacia (até que ficasse bom da tendinite).
E o que parecia uma zombaria de dimensões cósmicas virou um fenômeno de massa. Assim é que, desde 1996, acontece anualmente um campeonato em que são escolhidos os melhores "aeroguitarristas" do mundo.
O gênero, além de tudo, serviu de fonte inspiradora para um outro fenômeno: o air sex. Que surgiu recentemente no Japão, o país que, segundo dizem, reúne o maior número de parafilias por metro quadrado.
No air sex, que é também uma espécie de performance, o adepto pratica suas fornicações com o ar. Ou, para não parecer que está maluco, com alguma mosca imaginária.

Pesquisando no YouTube, os interessados podem encontrar muitos vídeos relacionados com "air guitar" e "air tube".

30 agosto, 2009

Volver a los 63

Neste vídeo, o músico e artista plástico Sinval Fonseca aparece tocando guitarra, contrabaixo e bateria. E ainda cantando, a várias vozes, a canção "Bolinha de sabão", antigo sucesso do Trio Esperança (outros hits do mesmo grupo foram também "Festa do Bolinha" e "Filme triste", versão brasileira para "Sad movies").
Obviamente, Sinval precisou fazer várias gravações com a música a fim de que o vídeo, graças a um trabalho de edição, mostrasse este resultado.
"Bolinha de sabão", composta por Orlan Divo e Adilson de Azevedo e lançada em 1963, baseia-se numa ideia das mais interessantes, apesar de verbalizada de uma forma extremamente simples - com excesso de verbos, inclusive.
Fez parte do universo musical de minha adolescência.


29 agosto, 2009

Chicago Vice

Sinopse
Estados Unidos, 1954. Rip Altman é um dos homens de ouro da polícia de Chicago. Logo no início da história, ele aparece desmantelando uma rede de prostituição - sem tocar nas camas! Em razão disso, é promovido em periculosidade de trabalho. E recebe a incumbência de vigiar, noite e dia, os passos de Carmine. O mafioso Carmine que, com mãos de ferro e pés de barro, controla toda a famiglia Gambino. Altman nisso é inexcedível. Gruda. Segue Carmine em todos os passos, só o perdendo de vista nos momentos em que o chefão mafioso planta bananeira. Pelas tantas, o homem da lei surpreende Carmine num descampado, encosta-o num canto de parede... É quando o mafioso se confessa arrependido da vida de lenocínio, pistolagem, tráfico de drogas etc. E diz que vai largar tudo para ficar apenas na extorsão. Convencido da regeneração de Carmine, Altman fica seu amigo e até aceita comer com ele uma pizza de cogumelos, decerto alucinógenos. E que tem efeitos inclusive sobre o cérebro do roteirista pois, daí para frente, o filme se mostra pouco compreensível. Fosse projetado ao contrário, talvez as coisas fizessem sentido, se encaixassem...

Um concurso para zilionários

Numa de suas brincadeiras satíricas, a revista Spy promoveu o concurso de "Zilionário Mais Barato da América". Não disponho da informação sobre o ano em que isso aconteceu, mas calculo ter sido aí pelo final da década de 80 (a revista foi publicada de 1986 a 1998 nos Estados Unidos).
O concurso
A revista enviou cheques de 1 dólar e 11 centavos a 58 norte-americanos "ricos e famosos". Sacaram os cheques 26 deles. A estes, a Spy mandou novos cheques de 64 centavos, alegando ter ocorrido "erro de computador". E os novos cheques remetidos foram sacados por 13 dos involuntários candidatos ao título. E estes últimos, na condição de finalistas da competição, ainda receberam da revista mais uma leva de cheques, dessa vez de 13 centavos.
Os vencedores
A Spy declarou vencedores do "Zilionário Mais Barato da América" os empresários Donald Trump e Adnan Khashoggi (ex-comerciante de armas) cujas empresas descontaram todos os cheques do concurso.

28 agosto, 2009

Um deus dormiu lá em casa - 1

No existir monótono do ser humano, e tornado ainda mais infeliz pelos projetos não realizados, tudo seria bem mais venturoso se súbito um deus aparecesse. Eu não falo de um deus bíblico, muito poderoso, mas de um deus em carne e osso, não preocupado com a espiritualidade. Apenas capaz de transformar algum sonho em realidade, porque instrumentalizado se achasse para isso. Embora coubesse também ao eleito: abrir a porta, recebê-lo cordialmente (não se desleixando nos detalhes exigidos em cada situação) e indicar-lhe o quarto de dormir.
Eis a experiência - inesquecível - vivida pelo primeiro dos quatro eleitos que aqui deram seus testemunhos.


Beto, 23, aficionado por automóveis - "A vida toda eu quis ter um carro, mas cadê a grana para isso? Sou franco. Por diversas vezes, cheguei a pensar em puxar um, sair rodando por aí... Mas, seria uma fria, meu irmão. Chega a polícia, me engaveta e, o que é pior, daí para frente sou um cara marcado. Por isso, meu consolo era imaginar que um dia a coisa ia mudar. E como foi que mudou. No dia em que eu estava folheando a 'Quatro Rodas', me babando todo de um Comodoro 88 com opcionais. Entrou um cara meio parrudo, cabelo curtinho, em minha casa. Todo sujo de graxa, me pediu água para beber e lavar as mãos. Dei-lhe água para uma e outra coisa, e disse-lhe também que sentasse um pouco. O homem era um cegonheiro, desses sujeitos que transportam veículos das fábricas para as revendedoras. Na porta, estava lá o seu 'caminhãozinho' que não me deixava mentir. Parara por causa de prego. Como eu sempre guardo em casa uma pinga da boa, indo com o jeitão dele ofereci-lhe uma dose... no capricho. O homem ficou doido. Me disse que nunca havia provado cachaça igual. Aí, mandei ver outra, outra e outra. E ficamos amigos. Pelas tantas, sabendo da minha fissura ele me ofereceu a chave de um Monza, para que eu desse umas voltinhas. Saí no carro, né? E ele ficou em casa bebendo da 'branquinha'. E cada dia eu saía num carro diferente, que o gente boa me facilitava. Desde que não lhe faltasse a 'maldita'. Enquanto ele lá mamava, eu rodava com a minha gata. Oito dias, oito carros, até que a polícia apareceu para estragar tudo... a mando dos patrões dele. Mas não peguei cana, né? Não havia roubado nada. Pois é, deus dormiu lá em casa um... não, oito dias, mas para ver que nem ele é perfeito. Eu tinha que pagar o combustível que botava nos carros."

27 agosto, 2009

Espinhela caída

A espinhela é a denominação vulgar do apêndice xifóide, um prolongamento cartilaginoso que fica na porção inferior do osso esterno. E a espinhela caída, segundo a crença popular, seria o relamento dessa estrutura de modo a causar, no portador da anormalidade, um debilitamento acompanhado de dores vagas propagantes do tórax ao abdome e vice-versa.
É uma moléstia vaga, talvez imaginária, e para a qual os compêndios médicos não dedicam sequer um verbete.
E só muita reza para curar o que a gente nem sabe se existe.

Arte sobre foto de Catherine Krulik

26 agosto, 2009

O recall de Adão

O sétimo dia não foi de completo descanso para o Criador. Constatado um certo problema, Ele teve que revisar a versão beta de Adão (PGCS).

Com o final feliz

É uma história como muitas outras. A diferença é que é contada através de emoticons.


25 agosto, 2009

Onde está Belchior?


Não cometa o mesmo erro da equipe de produção do Fantástico.
Para encontrar o cantor ignore as pessoas que estão no primeiro plano da cena. E valorize o detalhe do bigode.

Uma mensagem para o futuro

Eis um projeto em sintonia com o mundo de hoje.
Você manda um e-mail para si mesmo e não o recebe de imediato. Vai recebê-lo somente no futuro, em uma data que você mesmo determinar.
E tem mais! Dentre as mensagens enviadas através deste projeto, o FutureMe, aquelas consideradas como as 200 melhores vão fazer parte de um livro, o "Dear Future Me".
Dica
Não enviar a sua mensagem para um futuro muito remoto pois, com o passar do tempo, aumenta-se o risco de não conseguir localizá-la.

24 agosto, 2009

Jack Palance

Um dos personagens do filme "Bagdad Cafe" (post de ontem), foi desempenhado por Jack Palance, nome artístico de Vladimir Palahniuk. Nascido em Pennsylvania, Estados Unidos, no seio de uma família de origem ucraniana, Palance ficou conhecido por seus frequentes papéis de vilão em filmes de western.
Em 1992, quando recebia um Oscar por sua atuação no filme "Amigos, Sempre Amigos", ele surpreendeu a audiência ao fazer flexões de corpo - com apenas um braço (na imagem), mesmo já tendo 73 anos na época.
No Brasil, seu maior sucesso não esteve relacionado aos filmes em que ele atuou, mas sim por ter sido Jack Palance o apresentador da série "Acredite se Quiser" (Ripley's Believe it or Not), exibido semanalmente pela antiga TV Manchete nos anos 80 e 90.

23 agosto, 2009

Tributo a "Bagdad Cafe"

O filme
Numa estrada (Route 66) localizada no meio do deserto de Mojave, a caminho de Las Vegas, encontra-se um lugar estranho chamado Bagdad Cafe, misto de lanchonete e motel. É lá que vai parar a alemã Jasmin (Marianne Sägebrecht), depois de uma discussão com o marido à beira da estrada. Inicialmente, ela desperta suspeitas na dona do local, a irascível Brenda (CCH Pounder). Mas, aos poucos, vai conquistando a simpatia dos clientes e dos hóspedes do Bagdad Cafe, como Rudy Cox (Jack Palance), um pintor em crise. Com o tempo, Jasmin transforma o Bagdad Cafe num lugar mágico, onde cada um pode ser feliz à sua maneira.
A canção
É "Calling You", de Bob Tolson, interpretada por Jevetta Steele. Com algumas cenas do filme "Bagdad Cafe" (Out of Rosenheim), um cult movie em que "Calling You" é a música tema.


"A desert road from Vegas to nowhere
Someplace better than where you've been
A coffee machine that needs some fixing
In a little cafe just around the bend.

I am calling you
Can't you hear me
I am calling you.

Hot dry wind blows right through me
Baby's crying and I can't sleep
But we both know a change is coming
It's coming closer
Sweet release.

I am calling you
I know you hear me
I am calling you"

22 agosto, 2009

Lanches divertidos

O britânico Mark Northeast resolveu criar esculturas com comidas para convencer um filho de 4 anos a provar alimentos que ele se recusava a comer.
Como esta simpática "lagarta" (imagem) cujo corpo é formado por pequenos sanduíches. Elazinha, ao ser comida, faz com que a criança vá se familiarizando com os sabores do tomate e do pepino, vegetais colocados como cabeça e patas da "lagarta", respectivamente.

Bem, não há dúvida que Mark vem fazendo upgrades para o bom e velho "aviãozinho".

A senha

:-)

21 agosto, 2009

Que é, afinal, um "clec"?

Deixemos que Eno Wanke, o grande divulgador do gênero, nos "explique" o significado.
"Clec é um substantivo masculino singular. Bastante singular, até. Embora sendo um germanismo (vem do alemão Kleck) não adianta ir procurar-lhe o significado na língua original.
Os clecs não foram inventados. Como Adão já encontrou os animais no Paraíso, o autor já os encontrou perambulando por aí, sem nome. E, ainda como Adão nomeou seus irmãos irracionais, assim o autor resolveu batizá-los de clecs.
Os clecs são frases surrealistas, brincam de ser trocadilhos, são também afirmações perplexas, negativas enfaticamente positivas, minicontos, minicrônicas, que mais? Não se sabe. São tudo e não são nada. São mil, são uma coisa só. Procedem do futuro, do passado, do presente instável.
É preciso prescrutar-lhe o mistério. Revelam o quê? A sabedoria ou a ignorância do autor? São conscientes ou subconscientes? Ou estão apenas cientes de existirem.
Ah, perguntas! Por que insistir? Os clecs não respondem perguntas nem fazem perguntas. Eles apenas são. São o quê? Pois clecs, oras!"

Leite Derramado

Aqui não se trata de uma referência ao último romance do Chico Buarque. É o título de uma recente postagem do blog Frases Ilustradas, em que uma frase de Eno Teodoro Wanke é transcrita sob uma belíssima ilustração de Ceó Pontual (como todas as que ele desenha para o seu blog).
A frase citada é a seguinte:
“Mesmo depois do leite derramado é importante pensar que a vida continua e a vaca não morreu.”
Eno Teodoro Wanke (Ponta Grossa, PR, 28 de junho de 1929 – Rio de Janeiro, RJ, 28 de maio de 2001), que foi um engenheiro da Petrobrás e poeta, teve uma forte presença no cenário literário brasileiro a partir de 1960. Escrevia principalmente minicontos, trovas e clecs, muitos clecs (como ele chamava os seus pensamentos humorísticos). A frase que foi citada por Ceó é um destes. Eis outros exemplos de seus clecs:

"Quando um adjetivo mente, ele, por castigo, vira advérbio. Folha que se desprende da árvore não volta nunca mais. Melhor perder o trem do que perder a linha. O sol nasce para todos, mas a maioria prefere dormir um pouco mais."


Ainda guardo todos os livros autografados que dele recebi pelos Correios. São onze livros de clecs e minicontos, dois de trovas ("A Trova Literária", um clássico sobre o assunto, e "Antologia da Trova Escabrosa") e ainda um livreto, intitulado "A Ortografia Que Nos Atormenta", no qual Eno Wanke faz uma defesa da ortografia fonética para a nossa língua.

20 agosto, 2009

A Liberdade guia...

O POVO, no famoso quadro(*) do pintor francês Eugène Delacroix.

( *) reproduzido na capa do recém-lançado romance MAQUIS
do médico cearense Marcelo Gurgel

OS LEGUMES, na recriação bem humorada da chinesa Ju Duoqi.

19 agosto, 2009

Um show de arrepiar

Se Tony Ramos não aderiu a esta prática foi por arbítrio próprio e não por falta de matéria prima.


A vacina contra o pneumococo na criança

A partir de 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, gratuitamente, a todas as crianças com até um ano de idade uma vacina contra o pneumococo, uma espécie de bactéria que provoca pneumonia, bronquite, meningite, sinusite e otite média.
Estima-se que, com a inclusão da vacina no calendário básico de vacinação das crianças, aconteça no Brasil uma redução de cerca de 10 mil mortes por ano em todas as faixas etárias. Visto que, com a imunização das crianças contra o pneumococo, por resultar disso uma diminuição na circulação ambiental da bactéria, o efeito positivo da vacinação poder ser observado também entre os adultos.
Esta medida a ser implantada resulta de um acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK). E o convênio prevê ainda a transferência de tecnologia para a Fiocruz, a qual, no futuro, assumirá a produção desse imunizante no território nacional.
Pelo acordo oficializado, o governo brasileiro se compromete a adquirir cerca de 13 milhões de doses por ano da vacina da GSK, a Synflorix, até que a mesma possa ser plenamente produzida em uma fábrica a ser construída no campus da Fiocruz, uma situação que só deve se verificar em 2017.
Segundo o Ministério da Saúde, essa quantidade é suficiente para imunizar todas as 3,2 milhões de crianças nascidas a cada ano no país, que precisarão receber doses aos dois, quatro e seis meses de idade. Uma quarta injeção, de reforço, deve ser aplicada até o 12º mês de vida.
A nova vacina, que protege contra dez sorotipos do pneumococo, deverá ser mais eficaz do que a vacina heptavalente, que é atualmente encontrada nas clínicas particulares. E, ao incluí-la em seu calendário básico de vacinações da criança, o Ministério da Saúde atende a antigas reivindações de sociedades brasileiras especializadas como a de pediatria e a de alergia e imunologia.

18 agosto, 2009

Pequenas alegrias

Aproveite as pequenas alegrias da vida.
Prazer comedido é prazer em dobro, além de ser mais em conta (PG).

Os carneiros de Panúrgio

Aparecem numa passagem de "Pantagruel", do escritor francês Rabelais (apud Raimundo Magalhães Júnior).
Panúrgio ia num navio cheio de carneiros. E, num certo momento, atirou à água um deles, que balia e assim chamava a atenção dos demais. Logo, os outros, balindo com igual entonação, começaram em fila a saltar a amurada e a se atirar na água, seguindo o companheiro. Era impossível detê-los. Por que o natural dos carneiros é seguirem todos o primeiro, a qualquer parte onde se vá.
Aplica-se muito o episódio à política, em que não raro há um Panúrgio que habilmente encaminha o "rebanho" no sentido dos seus desejos.

Les moutons de Panurge

17 agosto, 2009

O crime do malaio

O malaio Raj, 27, trabalhava como diretor de logística para transporte de produtos com alta demanda e grande margem de lucro. Em outras palavras, era um traficante de drogas.
Em 2003, quando ele foi preso, encontrava-se transportando 166 quilos de maconha e 1,7 quilo de ópio bruto.
Apesar dos esforços que existem em muitas partes do mundo para descriminalizar a maconha, na Malásia a pena para quem a trafica é a morte por enforcamento.
Preso em flagrante, o caso parecia uma moleza para a acusação.
O único problema era que existiam dois Rajs: Sathis Raj e Sabarish Raj, que eram gêmeos idênticos, e eles decidiram complicar a vida dos promotores.
Inquiridos sobre "quem fez?", cada um apontou o dedo para o outro, a fim de borrar a linha de separação entre o Raj do Bem e o Raj do Mal.
(Nenhum dos Rajs usava um cavanhaque, por exemplo, que permitisse fazer a distinção.)
Funcionou?
Aqui está o que só dá certo com gêmeos idênticos. Mesmo que um deles tenha sido detido em flagrante, tudo o que você tem a fazer é deixá-los juntos - e não vigiados - numa sala por rápidos 30 segundos, para você não saber mais quem é quem.
E, por conta disso, foram libertados. Não havia mais como descobrir quem era o culpado.

16 agosto, 2009

Palavronas

Atualmente, a mais longa palavra em língua inglesa é... pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis. Que designa uma rara doença pulmonar causada pela inalação prolongada de poeiras de cinzas vulcânicas.
Foi criada em 1935 por Everett M. Smith mediante a combinação de termos gregos e latinos:
pneumon (pulmão) + ultra (além) + mikros (pequeno) + skopein (examinar) + silicium (rocha) + vulcanus (vulcão) + kónis (poeira)
Com 45 letras, pneumonoultramicroscopicsilicovolcanoconiosis ao ser criada destronou electrophotomicrographically.
Em língua portuguesa a palavra mais longa é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que designa o portador dessa doença. Com 46 letras, ela ganhou o seu registro no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa em 2001. Outras idiomas, porém, utilizam-se de formas simplificadas para designar a doença: neumoconiosis (em castelhano), pneumoconiose (em francês), pneumoconiosi (em italiano) e Staublunge (em alemão, quem diria?).

Na ilustração: a deusa havaiana Kilauea
Comentários
Doctoreverettmsmith, ao criar a sua palavra de 45 letras, pensou certamente em entrar para a história da língua inglesa. Tirando inclusive proveito de que era ele o presidente da National Puzzlers' League naquela época. Quanto a Houaiss, ao incluir uma palavra de 46 letras em seu dicionário, pode ter sido uma provocação a Aurélio.

15 agosto, 2009

Me arde o "oi"

É uma versão "mineira" (criada em Goiás) para o sucesso internacional "We are the world". Este vídeo relaciona, de uma forma divertida, doenças e incômodos que o fumo provoca nas pessoas - com ênfase para as irritações oculares.
Com o objetivo de abrir os olhos dos fumantes, peço ao oftalmologista mineiro Nelson Cunha (o vídeo é especialmente para ele) que insira na caixa de comentários um apanhado das afecções oculares causadas ou agravadas pelo hábito de fumar.


"Me arde o "oi"
Me arde o ouvido
"Ocê" vai pitando
E o mundo vai ficando
Bem mais poluído."

O cumprimento saudável

Nestes tempos gripais o que um brasileiro deve fazer para se proteger da doença?
Seguir as orientações das autoridades de saúde, que estão sendo amplamente divulgadas pela mídia, tais como:
- evitar as aglomerações humanas;
- usar a máscara facial nos locais de risco;
- passar álcool gel nas mãos de acordo com a necessidade;
- e substituir o aperto de mãos ocidental pelo cumprimento à moda indiana.
A bem da verdade, esta última ainda não figura no rol das medidas oficialmente divulgadas. Mas se encontra no bojo da Campanha Cumprimento Saudável que o deputado Wilson Picler (PDT-PR) pretende lançar.

Namastê, deputado. Eu sei de onde Vossa Excelência foi tirar essa idéia.


14 agosto, 2009

"Rifoneiro"

"O ventre em jejum, não ouve a nenhum.
Vontade de rei, não conhece lei.
Não faz por nenhum, quem faz por comum.
Deus diz: faze tu, que eu te ajudarei.
A mau falador, discreto ouvidor.
Faze pé atrás, melhor saltarás.
Deseja o melhor, espera o pior.
Madruga e verás, trabalha e terás.
A quem Deus quer bem, ao rosto lhe vem.
A quem medo hão, o seu logo dão.
Além ou aquém, ver sempre com quem.
Dois lobos a um cão, bem o comerão.

Comer e coçar, é só começar.
Faz bem jejuar, depois de jantar."

É um soneto em "estilo inglês" que foi composto por Glauco Mattoso em 1977.
Para fazê-lo o autor teve que garimpar, no meio de milhares de frases do adagiário vernacular, 14 provérbios que...
  • fossem decassílabos,
  • rimassem entre si
  • e rimassem com seus hemistíquios (hemistíquio é a primeira metade de um verso), o que aqui só não aconteceu em seu 4º verso.
Além disso, na chave de ouro do soneto, ele se utilizou de provérbios que dão feedback ao provérbio do primeiro verso.
"Um trabalho de relojoeiro, daqueles que só a santa paciência de um humorista seria capaz."

13 agosto, 2009

Anos bissextos

Quiz
O ano bissexto (com um dia a mais) acontece de quatro em quatro anos. Como exemplos foram bissextos os anos 2000, 2004 e 2008. Isto posto, responda qual dos seguintes anos deverá ser um ano bissexto?
a) 2100
b) 2200
c) 2300
d) 2400
e) todos os anos acima
Abaixo, confira se acertou.

Resposta
Cada ano tem, exatamente, 365,242199 dias. Para compensar esse “excedente”, foi criado o ano bissexto, com um dia a mais, que acontece de quatro em quatro anos. Porém, para se aproximar ainda mais do número real, o ano bissexto só acontece nos anos seculares (anos terminados em "00") que são divisíveis por 400. Portanto, 2100, 2200 e 2300 não ganharão um dia adicional, apenas 2400.

Porque hoje é quinta...


É no quinto frasco que está
a quintessência.

12 agosto, 2009

Rutilismo e dor

Um artigo recém-publicado no JADA (The Journal of the American Dental Association), com repercussão no site BBC Brasil, sugere que os indivíduos ruivos são mais sensíveis à dor do que os demais indivíduos. O que faz com que os ruivos sejam menos assíduos nos consultórios odontológicos e com que, quando se submetem a procedimentos dentários, venham a necessitar de doses maiores de anestésicos locais.
A explicação está relacionada ao gene MC1R (responsável pela produção de melanina) do cromossoma 16 que, nos indivíduos ruivos, por causa de uma mutação genética, produz uma outra substância que lhes confere a cor avermelhada aos cabelos.
É também devido a essa variação no gene MC1R que os ruivos apresentam seus receptores cerebrais com maior sensibilidade para a dor.
À consideração de JV, do Blog do Dentista.

O lixo e a sombra

Uma pilha de lixo vista diretamente é só uma pilha de lixo. Em condições planejadas e sob iluminação, amontoados de lixo podem projetar imagens surpreendentes numa tela ou parede.
Não é de hoje que os artistas britânicos Tim Noble e Sue Webster exploram esse filão.
Confiram no slideshow.

11 agosto, 2009

Anjo e Demônio

NOVA VERSÃO

Itapiúna - CE

Como o cavalo do inglês

Faminto, sem alimento, condenado a morrer de fome, submetido a provações.
Trata-se de alusão a uma velha história do folclore europeu, comum a muitos países, segundo a qual um homem avarento e estúpido, resolvera ensinar seu cavalo a viver sem comer. Infelizmente, queixava-se ele, tivera má sorte, pois o bicho, já quase habituado ao jejum morrera de um mal misterioso, deixando-o a pé.
Aplica-se como advertência às soluções arbitrárias e disparatadas às economias, feitas à custa da supressão das coisas essenciais e com violação das próprias leis da natureza.
No Brasil, tal estupidez, não se sabe bem porquê, é atribuída a um inglês. Talvez, como sugeriu Raimundo Magalhães Jr. em seu "Dicionário de Provérbios, Locuções...", pela observação das extremadas preocupações que os ingleses têm com a economia.

10 agosto, 2009

Dimorfismo sexual

Considera-se haver dimorfismo sexual quando os indivíduos do sexo masculino e feminino de uma espécie se apresentam com características físicas não sexuais marcadamente diferentes. Essas diferenças, em muitos casos, estão relacionadas com a reprodução, já que os indivíduos das espécies dimórficas usam essas características físicas para disputarem parceiros ou mesmo para impressioná-los.
Exemplos claros de dimorfismo sexual podem ser observados em leões (cujo macho possui uma juba, ausente na fêmea), mandris (cujo macho possui a face intensamente colorida), cervos (cujo macho possui uma galhada, ausente na fêmea) e em muitas espécies de aves.
Na Natureza, em questão de dimorfismo sexual, nenhuma espécie foi tão radical quanto a Bonnelia viridis. Neste tipo de verme marinho (no desenho ao lado), a fêmea apresenta um corpo pigmentado que, na fase adulta, mede cerca de 15 centímetros (não computado o tamanho de uma longa tromba que ela usa para se alimentar de detritos orgânicos no fundo do mar), enquanto o macho é não pigmentado e plano, mede de 1 a 3 milímetros e vive sobre ou dentro do corpo da fêmea.
O dimorfismo sexual na Bonellia não é de natureza genética. Quando a larva eclode do ovo, se este ainda está no corpo materno, dá origem a um verme macho; se este, porém, já se encontra no ambiente origina outra fêmea.

09 agosto, 2009

O realismo mágico de Rob Gonsalves

O realismo mágico é uma corrente artística que tende a mostrar o mundo sob uma visão otimista. E que pretende ver e fazer ver que o comum e o cotidiano apresentam um componente estranho, atemporal e fantástico.
Dali foi o mestre, muitos foram os seus discípulos, como é o caso do canadense Rob Gonsalves que une a imaginação à realidade para nos oferecer um mundo de sonhos, jogos e ilusões.
Em postagens anteriores, já mostrei reproduções de quadros de Rob. Hoje me decidi por inserir no blog um vídeo, no qual aparece uma grande parte de sua obra.
Olha-o, se quer seguir sonhando e vagando por um mundo de fantasia em busca do sentido mágico das coisas.


08 agosto, 2009

O poder da pontuação

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. A seguir escreveu isto:
"Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres"

Morrendo antes de pôr a pontuação, a quem deixava ele a sua fortuna?
Logo apareceram aqueles que haviam sido por ele citados.

1) O sobrinho que fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A seguir, a irmã que pontuou assim:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) Depois, o padeiro que, discordando dos pretendentes anteriores, assim pontuou:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Por fim, os descamisados da cidade. E um deles, o mais esperto, optou por esta pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história
Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda a diferença!
Fonte: web

A teoria da queixada

Capistrano de Abreu, um dos maiores historiadores brasileiros, tinha um senso crítico exacerbado.
Corre a lenda que, no Seminário da Prainha, o queixo proeminente de um professor lhe teria inspirado a que formulasse a seguinte teoria matemática:
“Se Sansão com uma queixada de burro matou mil filisteus, quantos de nós não mataria o padre Fulano com a sua respeitável queixada?”
Foi expulso do Seminário por sua irreverência.

In: Sob as estrelas de Columinjuba, por Ana Miranda, O Povo, edição de 26/06/2009.

07 agosto, 2009

... y arriba el toro!

:-)

A entrevista do boi

A propósito de uma festa popular que, uma vez ao ano, acontece em 22 localidades do litoral catarinense, motivei-me a entrevistar o seu principal personagem, o boi. A Semana Santa já havia transcorrido e, nessa altura do calendário religioso, não mais ia ser fácil achar o propalado personagem. Pelo fato de ele já se encontrar reduzido a um montão de ossos. Então, apelei para uns amigos do Pantanal, um bairro de Florianópolis onde há um "repeteco" da farra do boi. Mais: fazem isto todo fim de semana. E eles, prestimosos, puseram o boi na linha (telefônica, graças a Deus).
Dou nome ao boi: Tatá. Dele ainda arranquei (epa!) outros dados individuais: idade (5 anos, mas não publique isto); raça (guzerá, é melhor que anote bovina); religião (budismo mitigado); e passatempo (todos, menos este). Em seguida, a entrevista.

Feita em 1988, encontra-se agora no Preblog.

06 agosto, 2009

Guillotin e seu invento



"A verdade, meu amor, mora num poço
É Pilatos lá na Bíblia quem nos diz
E também faleceu por ter pescoço
O inventor da guilhotina de Paris."

(Noel Rosa e Mário Reis)

Joseph Ignace Guillotin (1738-1814), médico e político francês, que esteve envolvido com a causa da Revolução Francesa, é principalmente lembrado por ter sido o inventor (ou o reinventor) de um instrumento destinado à execução da pena capital, a guilhotina, a qual inclusive recebeu seu nome.
Antes da guilhotina, quando a execução era levada a efeito com a espada ou com o machado, a mão do carrasco nem sempre era firme e certeira. E a vítima acabava sofrendo vários golpes antes de morrer, tendo a sua agonia prolongada. Foi para evitar o prolongamento de tais sofrimentos que o médico Guillotin, em 1789, propôs à Assembléia Nacional que adotasse o seu instrumento.
Entre 1792 e 1799, foram executados na guilhotina cerca de 15 mil condenados (2794 dos quais considerados "inimigos da Revolução"). O primeiro a ser decapitado foi o operário Nicolas Pelletier. Luís XVI, Maria-Antonieta, Danton, Lavoisier e Robespierre foram os seus decapitados mais célebres. Em 1977, o aparelho de cortar cabeças foi pela última vez acionado. E, com o fim da pena de morte na França, que foi abolida nesse país em 1981, saiu de cena definitivamente a guilhotina.
Costuma-se dizer (ver acima os versos da canção "Positivismo", de Noel Rosa e Mário Reis) que o inventor da guilhotina de Paris tenha sido guilhotinado, o que é um equívoco. Para o qual, talvez, deve ter contribuído a morte na guilhotina de outra pessoa de sobrenome Guillotin, um médico de Lion. Joseph Ignace Guillotin até esteve por algum tempo com o pescoço sob risco (ao ser preso por causa de uma carta enviada por um condenado), mas veio a falecer de causas naturais.
Quanto a seus atuais descendentes, já peticionaram ao governo francês por uma mudança no nome que designa a guilhotina - mas sem sucesso. Então, resolveram mudaram o nome da família.

05 agosto, 2009

Bom, mau e pior

Eis algumas diferenças entre BOM, MAU e PIOR:
BOM: Teu filho se tranca no quarto para estudar.
MAU: Tu encontras vídeos pornôs por lá.
PIOR: Tu apareces neles.
BOM: Teu marido entende de roupa feminina.
MAU: Ele usa tua roupa.
PIOR: A roupa fica melhor nele.
BOM: Tua mulher está grávida.
MAU: São trigêmeos.
PIOR: Fizeste vasectomia há anos.
BOM: Tua filha conseguiu um emprego.
MAU: O emprego é de prostituta.
PIOR: Ela atende teus amigos.
MUITO PIOR: Ela ganha mais do que tu.
Fonte: Internet

Blog Wars

Cá estamos nós, em nossos computadores, candidamente a despachar nossas postagens para sites e blogs. Enquanto ignoramos os sinais de que algo terrível já se aproxima da blogosfera.
Uma guerra que será... a madastra de todas as guerras: a Guerra Blogal.


04 agosto, 2009

A prova de uma amizade

Não sei porque duvidam do fato de o Presidente Serra ter sido amigo de Luiz Gonzaga, como ele declarou em sua recente visita a Exu, terra natal do grande compositor nordestino. O Presidente Serra não só foi amigo do Gonzagão, como o é de todos os nordestinos, os quais podem contar com ele para que possam viver dias melhores. Numa São Paulo de progresso onde não lhes faltem empregos de porteiros, ajudantes de pedreiro e garis.
A dificuldade para se acreditar em sua grande, sincera e profunda amizade ao sanfoneiro pernambucano pode ser, até certo ponto, compreensível. Pela carência de provas documentais. Algo assim como uma foto, uma reportagem, uma fita cassete ou um vídeo doméstico que o relacione, em algum momento do passado, ao velho e bom Lula. De modo a acabar com essa boataria de que tudo não passa de uma amizade póstuma.
Alguma prova que, ao surgir, fechasse logo a boca de seus detratores.
E... surgiu, finalmente. A amizade que, no tempo do onça, o Presidente Serra tinha ao Rei do Baião era tanta, que este até retribuiu compondo (com Humberto Bezerra) uma canção em sua homenagem. Confiram a seguir.

Clonagens fotográficas

Miss Aniela, nome artístico de Natalie Dybisz, é ao mesmo tempo modelo, fotógrafa e editora de seu próprio trabalho. Que consiste em fazer, em cada cenário por ela escolhido, fotografias de si própria em diversas poses.
Manipuladas a seguir, por diversas técnicas, essas fotografias apresentam um efeito de clonagem.
Algumas delas (da série Multiplicity) estão sendo divulgadas no BBC Brasil. E outras podem ser vistas em seu álbum no Flickr.

03 agosto, 2009

Conversa ao pé do ouvido

Precisando de algo? Fale em minha orelha direita


Nós, seres humanos, preferimos ser abordados por nossa orelha direita. Solicitados, através dela, para que realizemos uma determinada tarefa, também somos mais propensos a executá-la (do que se houvéssemos recebido a mesma solicitação através da orelha esquerda).
Numa série de três estudos, a respeito da orelha de preferência na comunicação entre os seres humanos, Luca Tommasi e Daniele Marzoli, da Universidade "Gabriele d'Annunzio", em Chieti, Itália, demonstraram a presença desse viés natural em decorrência da assimetria existente nos hemisférios cerebrais – com implicações para o comportamento humano.
Explica-se essa diferença pela dominância do hemisfério cerebral esquerdo (o qual recebe os estímulos do ouvido direito) no processamento das informações verbais.

02 agosto, 2009

It is up to you, Manhattan

A cena de abertura do filme "Manhattan", do cineasta Woody Allen, tendo como fundo musical a eterna "Rhapsody in Blue", de George Gershwin.
De+!


01 agosto, 2009

Nunca se sabe

Não, não é uma situação difícil de ocorrer. Uma mulher brasileira que, por haver desposado um homem indiano, tenha de ir morar na Índia. Com ele, aliás, com a familia dele, cujos costumes são bem diferentes dos nossos. A começar pela forma de se vestir.

Daí ser muito oportuno o blog já ir mostrando, à mulher brasileira, como é que se veste o tal sari.



Mais adiante, por uma questão de reciprocidade, EntreMentes pretende mostrar ao homem indiano como é que se coloca um abadá.

Lobato e Segall

1
Algum tempo após ter escrito o "No velório, só finório" é que tomei conhecimento de outro conto, de Monteiro Lobato, em que a idéia central foi semelhante. Trata-se de "Herdeiro de si mesmo", escrito por ele em 1939 e publicado em seu livro "Negrinha".
Sorte minha eu não ter lido o conto de Lobato antes. Saber que o assunto já fora abordado pelo genial escritor teria exercido um efeito perturbador sobre a minha inspiração. E eu não teria escrito o meu, provavelmente.
2
Ontem, para ilustrar o conto no blog, utilizei-me de uma reprodução de "Fim e Começo", de 1928, um óleo sobre tela de Lasar Segall. Em 1988, quando o conto foi publicado no DN - CULTURA, teve exatamente essa imagem como ilustração. Graças ao Google, consegui encontrá-la novamente.
Na obra de Segall os temas da doença e da morte são recorrentes. Segall desenvolveu toda uma série de trabalhos a partir de suas lembranças do pai morto. Neste trabalho, a imagem de um adulto está associada a de uma criança recém-nascida.