Tradução: Augusto de Campos
Música: Péricles Cavalcanti
Voz e violão: Caetano Veloso
Deixa que minha mão errante adentre
atrás, na frente, em cima, em baixo, entre
Minha América, minha terra à vista
Reino de paz se um homem só a conquista
Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério
Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão, meu selo gravo
Nudez total! Todo o prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. Como encadernação vistosa feita
Para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe.
Aqui, o poema inteiro (Elegia: indo para o leito) traduzido, ou melhor, transcriado por Augusto de Campos. Publicado em Sempre um Papo c/ áudio.
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