19 agosto, 2009

A vacina contra o pneumococo na criança

A partir de 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, gratuitamente, a todas as crianças com até um ano de idade uma vacina contra o pneumococo, uma espécie de bactéria que provoca pneumonia, bronquite, meningite, sinusite e otite média.
Estima-se que, com a inclusão da vacina no calendário básico de vacinação das crianças, aconteça no Brasil uma redução de cerca de 10 mil mortes por ano em todas as faixas etárias. Visto que, com a imunização das crianças contra o pneumococo, por resultar disso uma diminuição na circulação ambiental da bactéria, o efeito positivo da vacinação poder ser observado também entre os adultos.
Esta medida a ser implantada resulta de um acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK). E o convênio prevê ainda a transferência de tecnologia para a Fiocruz, a qual, no futuro, assumirá a produção desse imunizante no território nacional.
Pelo acordo oficializado, o governo brasileiro se compromete a adquirir cerca de 13 milhões de doses por ano da vacina da GSK, a Synflorix, até que a mesma possa ser plenamente produzida em uma fábrica a ser construída no campus da Fiocruz, uma situação que só deve se verificar em 2017.
Segundo o Ministério da Saúde, essa quantidade é suficiente para imunizar todas as 3,2 milhões de crianças nascidas a cada ano no país, que precisarão receber doses aos dois, quatro e seis meses de idade. Uma quarta injeção, de reforço, deve ser aplicada até o 12º mês de vida.
A nova vacina, que protege contra dez sorotipos do pneumococo, deverá ser mais eficaz do que a vacina heptavalente, que é atualmente encontrada nas clínicas particulares. E, ao incluí-la em seu calendário básico de vacinações da criança, o Ministério da Saúde atende a antigas reivindações de sociedades brasileiras especializadas como a de pediatria e a de alergia e imunologia.

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