21 agosto, 2009

Que é, afinal, um "clec"?

Deixemos que Eno Wanke, o grande divulgador do gênero, nos "explique" o significado.
"Clec é um substantivo masculino singular. Bastante singular, até. Embora sendo um germanismo (vem do alemão Kleck) não adianta ir procurar-lhe o significado na língua original.
Os clecs não foram inventados. Como Adão já encontrou os animais no Paraíso, o autor já os encontrou perambulando por aí, sem nome. E, ainda como Adão nomeou seus irmãos irracionais, assim o autor resolveu batizá-los de clecs.
Os clecs são frases surrealistas, brincam de ser trocadilhos, são também afirmações perplexas, negativas enfaticamente positivas, minicontos, minicrônicas, que mais? Não se sabe. São tudo e não são nada. São mil, são uma coisa só. Procedem do futuro, do passado, do presente instável.
É preciso prescrutar-lhe o mistério. Revelam o quê? A sabedoria ou a ignorância do autor? São conscientes ou subconscientes? Ou estão apenas cientes de existirem.
Ah, perguntas! Por que insistir? Os clecs não respondem perguntas nem fazem perguntas. Eles apenas são. São o quê? Pois clecs, oras!"

2 comentários:

Alessandro disse...

Será que Millor, como aquele personagem do Moliere, andou fazendo clec esse tempo todo sem saber? :^)

Paulo Gurgel disse...

Tem razão, Alessandro:
Millôr e muitos outros sempre fizeram "clecs". Embora designassem estes por outros nomes.
Um abraço.