23 setembro, 2018

A reviravolta do carma tecnológico

Watson-Watt é lembrado como o inventor do radar, pelo qual ele recebeu a patente em 2 de abril de 1935. Muitos anos depois, ele leu um poema em uma reunião científica em San Francisco sobre a estranha reviravolta do carma tecnológico que o levou a ser multado por excesso de velocidade no Canadá, em 1956.
Segundo relatos, ele disse ao agente que o multou: "Se eu soubesse o que você faria com isso, eu nunca o teria inventado".
Traduzido em versos heterométricos e sem rimas, eis o poema:
Pena que Sir Watson-Watt,
alvo estranho desta conspiração de radar
e assim, com outros que eu posso mencionar,
uma vítima de sua própria invenção.
Seu olho mágico que tudo vê
permitia que com nuvens os aviões voassem,
mas agora, com alguma ironia,
avistou o motorista em alta velocidade
e mordeu, sem dúvida com inteligência,
a mão que o criou.
Oh, Frankenstein que perdeu o controle
do monstro por ele criado,
com a solidariedade mais carinhosa,
mais esse "guincho pelo próprio petardo".(*)
Quanto a vocês, cientistas corajosos,
que podem estar pondo pregos em seus caixões,
particularmente aqueles cuja missão
lida no reino da fissão nuclear,
pausem e contemplem a trama do destino
e aprenda conosco o que é ser Watson-Watt.
(*) expressão idiomática de significado não sabido pelo tradutor (PGCS)
(http://pballew.blogspot.com.br/2018/04/on-this-day-in-math-april-6.html#links)

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