03 janeiro, 2019

Como limpar um espectógrafo

A marcha da ciência nunca avançou suavemente. Ao longo dos anos, foi marcada por episódios de drama e comédia, de fracasso e triunfo, por golpes de sorte ultrajantes, merecidos e não merecidos, e às vezes por tragédia humana. Viu amizades intelectuais profundas, bem como animosidades ferrenhas e, de vez em quando, atos de roubo e maldade, enganos e até mesmo uma fraude ou duas. Os cientistas se apresentam em todas as formas: o obsessivo e o diletante, o genial, o invejoso, o preternaturalmente brilhante e o lerdo (que, às vezes, vê mais no final), a mente aberta e o intolerante, o recluso e o arrivista.
Robert Williams Wood (2 de maio de 1868 - 11 de agosto de 1955) foi um físico experimental estadunidense. Em Researches in Physical Optics, de 1913, ele legou à posteridade o modo prático de como limpar um espectógrafo.
Espectrógrafo, para quem não está a fim de ler o artigo da Wikipédia, é o equipamento que realiza um registro fotográfico de um espectro luminoso.
Eis o sobredito legado de Wood:
"O tubo longo foi feito prendendo placas de oito polegadas, e foi pintado de preto por dentro. Alguns problemas foram causados por aranhas, que construíram suas teias em intervalos ao longo do tubo, uma dificuldade que eu superei enviando uma gatinha através dele e destruindo posteriormente as aranhas com fumaça venenosa." (How to clean a 40-foot spectrograph)
Mas esta foi a menor das façanhas dele. Em Eurekas and Euphorias, Walter Bruno Gratzer escreve que o o físico "iria alarmar os cidadãos de Baltimore cuspindo nas poças em dias úmidos, enquanto secretamente deixava cair um pedaço de sódio metálico, que explodiria em um jato de chamas amarelas".
(http://pballew.blogspot.com/2018/08/on-this-day-in-math-august-11.html#links)

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