por Nayan Seth, Li Jingy
Além das missões tecnológicas, cientistas ao longo dos anos pesquisaram a presença de minerais preciosos e energia inexplorada na Lua que poderiam ser usados na Terra.
Mas por que as pessoas continuaram trabalhando na exploração da Lua? Aqui pode estar a resposta.
Além de ajudar os seres humanos a estudar o mistério do sistema solar, a Lua atraiu a atenção global devido à presença de ricos recursos naturais em sua superfície e no núcleo.
Assim, é por vezes referida como o Golfo Pérsico do sistema solar. Os cientistas acreditam que a Lua está cheia de recursos como elementos de terras raras, titânio e urânio.
Mas o elemento mais importante é o hélio-3. (*)
O isótopo hélio-3 é extremamente raro na Terra, mas existe em abundância na Lua.
É emitido do Sol e transportado por todo o Sistema Solar por ventos solares, mas é repelido pelo campo magnético da Terra, com apenas uma pequena quantidade penetrando na atmosfera.
Mas para a Lua, onde o campo magnético é fraco e a atmosfera é extremamente fina, o Hélio-3 é depositado em quantidades significativas.
Acredita-se que o elemento seja um componente crítico no desenvolvimento de energia de fusão termonuclear controlada, um processo difícil, mas ainda possível.
Olhando para o potencial do hélio-3, os especialistas acreditam que 5 mil toneladas de carvão poderiam ser substituídas por apenas 40 gramas de hélio-3.
E apenas oito toneladas de hélio-3 em reatores de fusão forneceriam a energia equivalente a um bilhão de toneladas de carvão, reduzindo drasticamente os custos de transporte e protegendo o meio ambiente.
Em uma entrevista à BBC em 2013, o principal cientista chinês, Ouyang Ziyuan, estimou que os recursos de hélio-3 da Lua poderiam resolver a demanda de energia dos seres humanos por pelo menos 10 mil anos.
Mas ainda estamos a décadas de realmente fazer a mineração na Lua, retornando com suas riquezas e, finalmente, usá-las.
(*) O hélio-3, abreviado como He-3, é uma forma isotópica não-radioativa do hélio. Os núcleos de hélio-3 consistem em dois prótons, mas apenas um nêutron, em contraste com o átomo original de hélio, que possui dois prótons e dois nêutrons. Proposto como combustível de segunda geração para a fusão nuclear, o He-3 é dez mil vezes mais raro que o He-4 na Terra.
Na Medicina: Ressonância Magnética com Hélio Hiperpolarizado no acompanhamento dos resultados do tratamento da fibrose cística (a traduzir para publicação em Nova Acta)
https://askzephyr.com/helium-imaging-measures-cystic-fibrosis-treatment/
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