17 outubro, 2024

Penumbra

Da junção do latim "paene", que significa quase, com "umbra,ae", sombra.
O que significa?
1. Ponto de transição da luz para a sombra. 2. [Física] Estado de uma superfície incompletamente iluminada por um corpo luminoso cujos raios são em parte interceptados por um corpo opaco.
Sinônimos: meia-luz; lusco-fusco; crepúsculo.


Quando a fonte a que o objeto estiver exposto for extensa, haverá a formação da sombra e o surgimento de um contorno mais claro ao redor da sombra denominado de penumbra. Na sombra, não existem pontos com luz, é uma região completamente escura. Enquanto a penumbra surge apenas quando a fonte luminosa é extensa, sendo uma região onde alguns pontos possuem luz.
P.S. Antumbra
[Astronomia] Região de sombra de um corpo celeste para além do fim da zona cônica da umbra, onde a fonte de luz é parcialmente ocultada. Para um observador localizado na antumbra, o eclipse solar é anular.


16 outubro, 2024

Upgrade dos 7 pecados capitais

Registrados por Santo Agostinho (354 - 430), os 7 pecados pecados capitais vêm passando por atualizações ao longo dos séculos. Não na lista deles em si, mas na forma como são ilustrados.

O Twitter (atual X), numa destas, figura como IRA nos 7 pecados capitais da internet.

15 outubro, 2024

FACETRUMP

DONALD É TODO AMOR
Amor à grana.
Amor ao poder.
Amor a si mesmo.

HEIL, VANCE!
"Eu estava errado em chamar Trump de Hitler da América, mas agora percebi que nós dois podemos ser o Hitler da América juntos."
(A crueldade de Trump é estúpida e oportunista. A crueldade de Vance é pensada e intencional.)

DONALD:
(falando) Eu quero ver Biden na prisão!!!
BIDEN:
(pensando) O que faz Donald pensar que eu vou vê-lo na prisão?

EU CHEQUEI!
O interessante sobre os imigrantes é que, sem eles, nem Trump nem Vance teriam esposas.
Melania é eslovena e Usha é filha de imigrantes indianos.
(Se a mãe e os avós paternos de Trump não tivessem imigrado para os EUA, nem Trump seria americano.)

INVASÕES À PARTE
"Eu me dou muito bem com Putin. Eu entendi; eu entendo completamente o que está acontecendo. (Ucrânia) era a menina dos olhos dele; ele costumava falar sobre isso. Mas eu disse: 'Você não vai entrar', e ele não entrou."

Medida Provisória

Adam Douglas Thompson, The New Yorker
Trad.: PGCS

14 outubro, 2024

McLean e a Guerra

Em 1861, um merceeiro americano chamado Wilmer McLean teve o azar de haver construído sua casa muito perto do local em que aconteceu o primeiro combate da Guerra Civil Americana. Um projétil de canhão atravessou a lareira e um pedaço de granada passou pelo telhado, destruindo a mesa de jantar.
Perturbado, McLean decidiu livrar-se de sua casa. Vendeu-a, e mudou-se para mais longe (foto) no campo, tentando afastar-se da guerra e para proteger sua família e seus bens. A nova residência era num lugar chamado "Appomattox Court House"
Em 8 de abril de 1864, um mensageiro enviado pelo general do Sul, Robert E. Lee, bateu à porta de McLean. Ele pedia para se encontrar com o general do Norte, Ulysses S. Grant, em sua casa. McLean concordou, relutantemente.
E Lee rendeu-se a Grant no salão de frente da casa de McLean, pondo assim fim à Guerra Civil.
"A guerra começou em meu quintal e acabou em minha sala de estar", disse Wilmer McLean. Uma distinção muito invulgar e uma das mais estranhas coincidências da história.
N. do E.
Uma guerra a gente sabe onde começa? E onde acaba?

13 outubro, 2024

Piano e churrasco

"Seu" Chopin, não vá pensar
Que estou a me aproveitar
De seu nome e sua projeção
Mas a sua cooperação
Valoriza este churrasco meu.


Ed Chung, 
Toque agora "Smoke gets in your eyes". Nunca lhe pedi nada antes. (PGCS)

12 outubro, 2024

Ary Christoni de Toledo (1937 - 2024)

Morreu aos 87 anos em São Paulo-SP, neste sábado, o humorista Ary Toledo. Ele fez carreira na televisão e no rádio contando piadas e histórias engraçadas.
O velório será hoje no Ossel Memorial, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, a partir das 19 horas. Ele será cremado.
Dois sucessos dele:
"PAU DE ARARA" (Comedor de Gilete), de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes;
http://youtu.be/c9RD8rmow1s?si=1z_0TzjOlpxZSr9r
"ROSINHA", do próprio humorista. (O final desta letra é surpreendente. Ou não, em se tratando de Ary Toledo.)
http://www.letras.mus.br/ary-toledo/451784/

A mais antiga corrida de escadas

Na última quinta-feira (10), o Empire State Building (ESB) sediou sua 46ª Corrida Vertical (Run-Up). Em várias baterias designadas, mais de 650 corredores de todo o mundo subiram os 1.576 degraus do edifício para alcançar a linha de chegada no icônico 86º andar do Observatório.
Ryoji Watanabe, do Japão, ficou em primeiro lugar na Elite Masculina com o tempo de 10:34, logo à frente de Wai Ching Soh, da Malásia, em segundo lugar, e Fabio Ruga, da Itália, em terceiro.
Monica Carl, da Alemanha, ficou em primeiro lugar na bateria da Elite Feminina com o tempo de 13:30, à frente de Yuko Tateishi, do Japão, em segundo, e Verena Schmitz, da Alemanha, em terceiro.
Mais informações sobre a Corrida Vertical do ESB podem ser encontradas aqui.

11 outubro, 2024

Resumos de livros

Milhares de livros resumidos em suas cinco ideias mais importantes, por Alvy
Esta ideia é intrigante mas ao mesmo tempo prática, e a sua implementação na forma de um site rápido e simples é muito eficaz. Chama-se BookPecker.com e envolve o uso de técnicas de IA para resumir livros inteiros em seus cinco pontos ou ideias mais importantes.
No total são atualmente 14.509 livros , organizados por categorias; negócios, saúde, computadores e tecnologia, história e biografias, ciências e matemática, política, filosofia... Eles também parecem organizados por popularidade, de modo que os mais conhecidos quase certamente estão lá.

Para dar um exemplo, "Wind, Sand and Stars" (Vento, Areia e Estrelas), de Antoine de Saint-Exupéry, encontra-se assim resumido:
Resumo
O livro é um livro de memórias que relata as experiências do autor como piloto de correio aéreo, voando em rotas perigosas pelo deserto do Saara e pela Cordilheira dos Andes. Reflete sobre a natureza da aventura, os laços entre os humanos e as profundas percepções obtidas através de encontros com o perigo, a solidão e a beleza do mundo natural.
Pontos-chave
1. Beleza e risco da aviação: o livro de memórias de Saint-Exupéry explora suas experiências como piloto postal, destacando a beleza, a liberdade e os perigos inerentes ao voo. A aviação serve como uma metáfora de vida.
2. A Importância da Conexão Humana: Saint-Exupéry enfatiza o valor das relações humanas, mesmo em isolamento ou perigo, como pode ser visto em suas interações com o povo beduíno.
3. O poder da natureza: O livro usa descrições vívidas da natureza para explorar temas de insignificância, solidão e sublime, sugerindo que enfrentar a indiferença da natureza pode aprofundar nossa compreensão da existência.
4. O significado do dever e da responsabilidade: Saint-Exupéry discute a importância do dever e da responsabilidade, como pode ser visto em seu compromisso com a entrega de correspondência e na história do piloto Guillaumet.
5. Busca por Significado: O livro explora questões existenciais sobre o propósito da vida e a busca por significado, sugerindo que ele pode ser encontrado nas conexões humanas, no dever, na responsabilidade e no confronto com a natureza.

10 outubro, 2024

A moça do tempo

Nossa previsão estendida inclui o aquecimento global e o fim catastrófico da raça humana.
Mas, para o fim de semana, o boletim humorológico indica céu ensolarado, temperaturas amenas e uma apatia geral em relação às preocupações com o meio-ambiente.
Com você, Bonner.

Pão que parece luva de forno

"Se eu tivesse de usar uma destas, teria fome a toda hora. E, à noite, em meus sonhos eu comeria minha própria mão."


Tenho certeza de que todos vocês conhecem o tipo de pão instantaneamente associado à França – a icônica baguete. Mas há mais nesta maravilha dos padeiros do que apenas o seu formato alongado distinto. É praticamente uma forma de arte que os franceses levam muito a sério. Eles adoram baguetes e o pão em geral, por isso não é surpresa que esse tesouro de farinha tenha se tornado parte da cultura meme.
Hoje, convidamos você a mergulhar em uma coleção desses memes de baguetes compartilhados por uma conta do Instagram chamada baguettes.in.unusual.places. Esta saborosa variedade de imagens varia de apetitosa a engraçada e totalmente absurda.
Ao passar por esses memes, não podemos deixar de nos maravilhar com a criatividade da mente humana e como algo tão básico como um pedaço de pão (desculpe… uma baguete) pode desencadear cenários tão divertidos e imaginativos.

08 outubro, 2024

O primeiro sutiã

Alice McFlurry, Mastodon
Quando eu tinha cerca de treze anos, todas as minhas amigas tinham ganho mamas e, consequentemente, sutiãs giros. Eu não tinha mamas, mas também queria um sutiã giro, por isso implorei à minha mãe que me comprasse um, e ela o fez.
Então, passei a ter um sutiã, mas não tinha muito o que pôr lá dentro. Por isso, comecei a experimentar enchê-lo com lenços de papel e meias, até que finalmente percebi que as ombreiras dos anos 80 da minha mãe seriam perfeitas. E roubei um par de ombreiras dela para pôr em meu sutiã.
Isto correu bastante bem durante uma semana, e eu estava a sentir-me muito bem. Até que ouvi minha mãe chamar-me do porão com um preocupado "Aaaaaaalice?".
Fiquei preocupada que ela se tivesse magoado, por isso corri ao porão, onde a encontrei de pé, a balançar o meu sutiã, abanando-o até que uma de suas ombreiras caiu.
Fiquei absolutamente mortificada, e o silêncio pareceu prolongar-se durante horas. Mas ela, em seguida, começou a rir-se com um olhar de "WTF (*), Alice, sua pequena esquisita".
Depois, finalmente, disse:
"Sabias que já fazem sutiãs com almofadas incorporadas, certo?"

(*) É a abreviação para a expressão em inglês "What the Fuck", gíria muito utilizada para alguém que não compreende alguma coisa.

Ver também: O sutiã

07 outubro, 2024

Falcões Noturnos

Sobre este quadro, Nighthawks (Falcões Noturnos), Edward Hopper lembrou que "inconscientemente, provavelmente, eu estava pintando a solidão de uma cidade grande".
Em um restaurante aberto a noite toda, três clientes sentam-se no balcão em frente a um garçom, cada um parecendo perdido em pensamentos e desligado um do outro. A composição é bem organizada e parca em detalhes: não há entrada no estabelecimento, nem escombros nas ruas. Através de formas geométricas harmoniosas e do brilho da iluminação elétrica da lanchonete, Hopper criou uma cena serena, bela, mas enigmática. Embora inspirada em um restaurante que Hopper viu na Greenwich Avenue, em Nova Iorque, a pintura não é uma transcrição realista de um lugar real.


Infelizmente, não consigo encontrar uma fonte viável sobre a autenticidade da citação. Ainda assim, eu rio ao lembrar deste pequeno boato, que colhi ao pesquisar Edward Hopper durante uma pesquisa noturna na Internet:
7 de junho de 1942. Edward Hopper completa uma de suas pinturas mais conhecidas, a seminal Nighthawks. Quando questionado por um repórter do Chicago Tribute sobre o significado filosófico por trás do restaurante não ter saídas claramente visíveis, Hopper respondeu: "Merda. Porra. Eu fiz de novo. Droga. Porra. De novo não. Eu fiz de novo. Merda". E bateu o chapéu na perna. (TheGayestAgenda, Reddit)

06 outubro, 2024

Para Chicólatras

BAMBINO A ROMA, por Chico Buarque. Nova incursão de Chico Buarque por sua história familiar, agora na Roma dos anos 1950. Leque de impressões de uma infância vivida e imaginada, a obra tem nas memórias do autor a matéria-prima para sua ficção. Companhia das Letras

Sobre o livro:
Via San Marino, 12. No primeiro andar do prédio baixo e amarelo, o menino traça rotas no mapa-múndi que cobre a parede do quarto. A náusea sentida durante a navegação do Brasil à Itália ficara para trás e as viagens cartográficas vão sendo deslocadas, em escala menor, para os percursos pelas ruas de uma cidade a ser descoberta. Reminiscências diversas compõem esse trajeto: as primeiras manifestações do desejo; as partidas no gol a gol com Amadeo, o filho do quitandeiro; a escola e suas fugas; cartas, bilhetes e romance, toda uma escrita endereçada a Sandy L., sua paixão juvenil; a dor da apendicite.
Em sua bicicleta niquelada com pneus brancos, Chico Buarque faz o zigue-zague por Roma, solta às vezes a mão do guidom e ensaia um equilíbrio fino entre lembrança e imaginação. Nesse passeio delicado, vislumbres da relação com o pai, a mãe e os irmãos somam-se às experiências formativas projetadas por um narrador às voltas com o passado.

PARA SEGUIR MINHA JORNADA, por Regina Zappa. Biografia ilustrada de Chico Buarque revista e ampliada com imagens exclusivas em comemoração aos 80 anos do artista. Editora Nova Fronteira

Sobre o livro:
Regina Zappa nos dá o retrato mais completo e autêntico desse personagem que vem nos emocionando, acolhendo e representando com poderosos hinos políticos e sociais e tantas trilhas sonoras capazes de embalar antigos e futuros amantes. Sua vida é documentada aqui com manuscritos, reportagens, entrevistas, relatos e fotos, que são verdadeiros registros de época, pois as histórias ― de Chico e do Brasil ― se conjugam. Prefaciado pela cantora Mônica Salmaso, que acompanhou Chico em sua última turnê, este livro-almanaque vai deleitar o leitor com imagens raras de todas as fases da vida e da obra desse genial e inigualável artista brasileiro.

TROCANDO EM MIÚDOS - SEIS VEZES CHICO, de Tom Cardoso. Editora Record

Sobre o livro:
Um ensaio jornalístico dividido em seis capítulos: "Política", "Literatura", "Fama", "Polêmicas", "Censura e autocensura" e "Futebol". Para tanto, Tom Cardoso consultou extensa biografia, ouviu a discografia do cantor (ao longo da carreira, Chico gravou 37 álbuns de estúdio e nove ao vivo) e pesquisou entrevistas antigas em dezenas de livros, jornais e revistas.

O QUE NÃO TEM CENSURA NEM NUNCA TERÁ - CHICO BUARQUE E A REPRESSÃO ARTÍSTICA DURANTE A DITADURA MILITAR, de Márcio Pinheiro. Editora LPM

Sobre o livro:
Márcio Pinheiro relata os muitos apuros enfrentados por Chico durante a ditadura. Entre outros perrengues, o cantor teve música censurada (pelo menos umas dez, como "Apesar de Você" e "Cálice"), foi obrigado a viver no exílio (em Roma, entre janeiro de 1969 e março de 1970), precisou compor sob pseudônimo (Júlio César Botelho de Oliveira, o Julinho da Adelaide)

05 outubro, 2024

Na bucha

bucha, sf: 1. pequena peça de madeira ou de plástico que se coloca no orifício de uma parede para prender ou pendurar algo pesado por meio de prego, parafuso etc. 2. (vegetal) espécies do gênero Luffa da família Cucurbitaceae, provavelmente originária da Índia.


Sua principal utilização é como esponja de banho e de limpeza doméstica. Destaca-se por representar uma alternativa para substituir como esfoliativo as esponjas sintéticas derivadas do petróleo, por ser a bucha um produto natural e biodegradável.
Expressão "na bucha" (momento cultural):
No momento exato em que algo acontece; imediatamente. Exemplo: responder na bucha.
É o contrário de só ter uma boa resposta para dar algum tempo depois. L'esprit de l'escalier como dizem os franceses. 

04 outubro, 2024

Bacon Furacão

(nos Tadunidos)
Eu mantenho um bacon pré-cozido em minha geladeira, que eu chamo de Bacon Furacão.
Quando o furacão chegar, coloco o bacon no bolso.
Então, se eu for enterrado em uma pilha de escombros, os cães de busca me encontrarão primeiro.

- Isso é corrupção ativa!

03 outubro, 2024

O azul do céu

A publicação de 1931 do astrônomo e físico inglês James Jeans, "Why the Sky Is Blue" (Por que o céu é azul), se tornou um clássico da ciência desde que foi publicado pela primeira vez em uma série de palestras. Em apenas quatro parágrafos e uma analogia surpreendentemente detalhada mas simples, Jeans mostrou a milhões de estudantes uma compreensão do azul celestial do céu comparando-o com algo familiar, não substituindo a poesia da natureza por jargões e diagramas científicos. Assim, ele nos explica o processo pelo qual as ondas de luz azul se espalham acima de nós.
Porém, mais de cem anos antes, um cientista já havia criado uma ferramenta bem interessante dentro desse tema; neste caso, ele tentou mostrar como o céu é azul. O cianômetro de 1789, do físico suíço Horace Bénédict de Saussure (1740-1799) era "um círculo de amostras de papel tingidas de azuis cada vez mais profundos, do branco ao preto" e incluía 53 tons em sua interação mais avançada, pretendendo mostrar como a cor do céu muda conforme sua elevação. A ideia era fazer experimentos e catalogar as cores do céu.
Mas como medir o "azulado"? Usando suspensões de azul da Prússia, o papel tingido de Saussure formava quadradinhos de cada tom que ele conseguia distinguir as nuances. Assim, eram reunidos em um círculo de cores numerado que podia ser erguido até a distância padrão do olho – e o quadrado correspondente estabelecia o grau de azul.
O fascínio de Saussure com o azul do céu começou quando ele era um jovem estudante e viajou para Mont Blanc e ficou impressionado com o cume. Ele então sonhou em escalá-lo, mas em vez disso usou a riqueza de sua família para oferecer uma recompensa à primeira pessoa que pudesse. Vinte e sete anos depois, o próprio Saussure subiu ao topo com uma equipe, em 1786, carregando consigo "pedaços de papel de diferentes tons, para se erguer contra o céu e combinar com sua cor".


Mas após sua invenção, o cianômetro rapidamente caiu em desuso, como Maria Gonzalez de Leon aponta. "Afinal, pouca informação científica foi dada". Porém, dizem que Horace confiou em seu cianômetro pelo resto de sua vida.
A ferramenta, no entanto, acompanhou o famoso geógrafo Alexander von Humboldt também através do Atlântico, "para o Caribe, as Ilhas Canárias e a América do Sul", onde Humboldt "estabeleceu um novo recorde, no 46º grau de azul, para o céu mais escuro já medido" no cume da montanha andina Chimborazo. Este seria um dos únicos usos notáveis ​​do artifício poético. Quando a verdadeira causa do azul do céu, a dispersão da luz, foi descoberta décadas depois, na década de 1860, o círculo azul de Saussure já havia caído na obscuridade.
O cianômetro está agora em exibição no Museu de História da Ciência de Genebra, perto da sobrecasaca de Saussure e dos muitos instrumentos que ele levou para o topo do Mont Blanc no início de agosto de 1787. Mesmo em uma vitrine de vidro, os pequenos quadrados azuis não perderam em nada do seu brilho.
Fonte: Carol T. Moré, FTC Mag

02 outubro, 2024

Bantustões

Como foram apelidadas as áreas negras que o governo sul-africano criou no século 20 para sustentar o apartheid, a política de segregação racial do país.
Eram dez os bantustões, sendo quatro declarados "independentes": Botsuana, Ciskei, Transkei e Venda.
A partir de 1994, esses estados fantoches deixaram de existir, marcando o fim de mais de 300 anos de domínio dos brancos.
Uma estratégia de dominação que, em seu devido tempo, o resto do mundo se recusou a apoiar. Nem mesmo Israel, um aliado próximo do regime do apartheid, reconheceu essas "pátrias". Embora tenha adotado mais tarde na Palestina os fundamentos dessa repudiada estratégia.

Conhece este profissional?

Dica: ele trabalha num famoso restaurante como "sopavisor".

01 outubro, 2024

A cadeia alimentar segundo o trumpismo

Tradução: PGCS

Uma estratégia central de Donald Trump, tanto como candidato quanto como presidente, tem sido fabricar medo e desprezo em relação a migrantes sem documentos (entre outros grupos). Esta estratégia globalizou-se, ao ser replicada com pequenos ajustes em outros países, inclusive no Brasil.

30 setembro, 2024

O resgate de Atahualpa

Em 1531, Francisco Pizarro liderou 168 soldados espanhóis e duas dúzias de cavalos na conquista de Cajamarca, a então capital do Império Inca, onde hoje é o Peru. Os Incas, com um enorme exército, inicialmente não os viram como uma ameaça, até ficarem conhecendo a superioridade das espadas de aço dos espanhóis. E o monarca do império, Atahualpa, foi capturado e confinado em uma sala do complexo real.
Sem saída e com o seu império em jogo, Atahualpa começou a oferecer tesouros por sua libertação. Disse-lhes que daria ouro suficiente para encher a sala em que estava, além de prata suficiente para encher aquela sala duas vezes. E os espanhóis, que estavam muito abertos à ideia da indenização, garantiram que as obras de arte em ouro e prata fossem esmagadas e derretidas para maximizar as capturas.


Demorou dois meses para trazerem tanto ouro e prata para a sala. E o resgate acabou sendo estimado em 6 mil quilogramas de ouro e o dobro disso em prata, o que valeria hoje cerca de meio bilhão de dólares.
(http://www.neatorama.com/2024/02/12/The-Largest-Ransom-Ever-Paid/)

29 setembro, 2024

Santa Morena

É uma valsa de Jacob do Bandolim inspirada na sonoridade das músicas espanholas.
Alessandro Penezzi e seu filho Alex são super "afiados" nessa música que executam em dueto.
Como Marcos Kaiser e Flavio Rodrigues, há muito tempo, queriam gravar juntos essa música (que une o flamenco com a música brasileira), então convidaram os Penezzi.
Para surpresa do grupo, Marcel Powell (filho do grande violonista Baden Powell) estava de passagem em São Paulo no dia da gravação! Deu-se então um jeito para ele passar na casa de Marcos Kaiser, e Marcel aprendeu essa música em dez minutos a fim de gravar "Santa Morena" com os companheiros.

28 setembro, 2024

Miniluas

A Terra terá uma segunda lua por cerca de dois meses este ano, quando um pequeno asteroide começar a orbitar nosso planeta. O asteroide foi descoberto em agosto e está programado para se tornar uma minilua, girando em torno da Terra em forma de ferradura de 29 de setembro (amanhã) a 25 de novembro.
Pesquisadores do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System, um sistema de monitoramento de asteroides financiado pela NASA, avistaram o asteroide usando um instrumento em Sutherland, África do Sul, e o rotularam como 2024 PT5.
Cientistas da Universidade Complutense de Madri monitoraram a órbita do asteroide por 21 dias e determinaram seu caminho futuro. O 2024 PT5 é do cinturão de asteroides de Arjuna, que orbita o Sol, de acordo com o estudo publicado em Research Notes of the AAs.
Mas a atração gravitacional da Terra atrairá o 2024 PT5 em sua direção e, assim como a nossa Lua, ele orbitará nosso planeta — mas apenas por 56,6 dias.
Enquanto outros objetos não-Terra (non-Earth objects), ou NEOs, que antes entraram na órbita da Terra, e alguns não completaram revoluções em torno da Terra; alguns, no entanto, o fazem e se tornam as chamadas miniluas.
Um asteroide chamado 2020 CD3 ficou preso à Terra por vários anos antes de deixar a órbita do planeta em 2020, e outro chamado 2022 NX1 se tornou uma minilua da Terra em 1981 e 2022 e retornará novamente em 2051.
2024 PT5, que é maior do que algumas das outras miniluas, também retornará à órbita da Terra — em 2055.
A gravidade da Terra o puxará para sua órbita e o asteroide terá energia geocêntrica negativa, o que significa que não pode escapar (por um certo período) da atração gravitacional da Terra. Ele orbitará ao redor da Terra em forma de ferradura antes de retornar à energia heliocêntrica, o que significa que girará ao redor do sol novamente, como os outros planetas e NEOs em nossa galáxia.
Mesmo depois de deixar a órbita, ele permanecerá perto da Terra por alguns meses, fazendo sua maior aproximação em 9 de janeiro de 2025. Logo depois, ele deixará a vizinhança da Terra até que seu caminho o coloque de volta em nossa órbita daqui a 30 anos.
http://www.cbsnews.com/news/earth-second-mini-moon-2024/. Tradução: PGCS (os grifos são nossos).

Dicas de português (G1): minilua ou mini-lua?
Hoje em dia, oficialmente, vale o que foi proposto no novo acordo ortográfico. No caso do elemento MINI, a regra é a que se segue: só devemos usar o hífen se a palavra seguinte começar por H ou VOGAL IGUAL: mini-hotel, mini-hospício, mini-internato. Nos demais casos, devemos escrever sem o hífen.  Assim sendo, o correto é minidicionário, minirreforma, minissaia e minilua.

27 setembro, 2024

Captura de dados

Um argumento convincente de que as práticas extrativas dos gigantes tecnológicos de hoje são a continuação do colonialismo – e um guia crucial para a resistência coletiva.
Grandes empresas de tecnologia como Meta, Amazon e Alphabet têm acesso sem precedentes à nossa vida quotidiana, recolhendo informações quando verificamos o nosso e-mail, contamos os nossos passos, fazemos compras online e vamos e voltamos do trabalho. Os acontecimentos atuais são preocupantes – tanto a mudança de proprietários (e nomes) de empresas tecnológicas de milhares de milhões de dólares como as preocupações regulamentares sobre a inteligência artificial sublinham a natureza abrangente da vigilância das Big Tech e a influência que tais empresas exercem sobre as pessoas que utilizam as suas aplicações e plataformas.
Como mostram os confiáveis especialistas em tecnologia Ulises A. Mejias e Nick Couldry neste livro revelador e convincente, esse vasto acúmulo de dados não é o estoque acidental de uma indústria em rápido crescimento. Assim como as nações roubaram territórios em busca de minerais e colheitas ilícitas, riqueza e domínio, as empresas tecnológicas roubam dados pessoais importantes para as nossas vidas. É apenas no quadro do colonialismo, argumentam Mejias e Couldry, que podemos compreender todo o alcance deste roubo.
Tal como a apropriação de terras do passado, a apropriação de dados de hoje converte os nossos dados em matéria-prima para a geração de lucro empresarial contra os nossos próprios interesses. Tal como o colonialismo histórico, as atuais empresas tecnológicas conceberam uma forma extrativa de fazer negócios que constrói uma nova ordem social e económica, leva à precariedade do emprego e degrada o ambiente. Estes métodos aprofundam a desigualdade global, consolidando a riqueza empresarial no Norte Global e elaborando algoritmos discriminatórios. Prometendo conveniência, conexão e progresso científico, as empresas de tecnologia enriquecem ao nos encorajar a renunciar a detalhes sobre nossas interações pessoais, nosso gosto por filmes ou música e até mesmo nossos registros médicos e de saúde. Temos alguma outra escolha?
"Data Grab" (Captura de dados) afirma que sim. Para desafiar esta nova forma de colonialismo, precisaremos de aprender com formas anteriores de resistência e trabalhar em conjunto para imaginar formas inteiramente novas. Mejias e Couldry compartilham histórias de eleitores, trabalhadores, ativistas e comunidades marginalizadas que se opuseram com sucesso a práticas tecnológicas inescrupulosas. Uma discussão incisiva sobre a mídia digital que transformou nosso mundo, "Data Grab" é leitura obrigatória para qualquer pessoa preocupada com privacidade, autodeterminação e justiça na era da Internet.
http://press.uchicago.edu/ucp/books/book/chicago/D/bo216184200.html
http://mastodon.social/@remixtures@tldr.nettime.org/111883964021431338

26 setembro, 2024

Chapéus e capacetes de papel alumínio bloqueiam?

De um ponto de vista rigoroso, parece que bloqueiam alguns raios alfa, ultrassons (além de 20 kHz) e alguns outros tipos de ondas eletromagnéticas, embora dependa das frequências e se elas não são muito curtas ou muito longas. 
Para outras comprimentos de onda necessita-se de uma gaiola de Faraday, que apresenta uma blindagem maior e mais elaborada.
"Bloqueiam, bloqueiam a chuva, as ofertas de emprego e as propostas de casamento", disse uma das pessoas pesquisadas, com razão. Há um estudo empírico bastante lendário e engraçado feito por alunos do MIT de 2005: sobre a eficácia dos capacetes de folha de alumínio. A foto pode lhe parecer familiar porque se tornou memética. Curiosamente, os seus resultados indicam que os chapéus amplificam algumas bandas de frequência e cancelam outras.


No The Atlantic, explicaram que é um tanto irônico que entre as frequências amplificadas estejam as de 1,2 e 2,6 GHz, que são utilizadas para GPS e telefonia móvel. Então, quem colocar um chapéu desses para bloquear os sinais que o governo estaria enviando, arrisca-se sobretudo a revelar sua posição. E, de quebra, tornar mais fácil para eles interferirem em sua "comunicação mental" ou no quer que alguém acredite estar circulando invisivelmente pelo ar.
A tudo isso, devemos acrescentar que eles também bloqueiam a luz solar (ou seja: dão sombra), o que inclui o bloqueio da frequência ultravioleta (UV), de modo a protegê-lo do bronzeamento excessivo, o que tem lá sua utilidade.

25 setembro, 2024

Cozer e coser

"Cozer" e "coser" são duas palavras com a mesma leitura, mas com grafias e significados diferentes. "Cozer" significa cozinhar, preparar os alimentos por meio do fogo, enquanto "coser" é sinônimo de costurar.
Vale ressaltar que os dois verbos não são defectivos, ou seja, possuem todas as conjugações (modos, tempos e pessoas), algumas até bem feinhas.
Uma dica mnemônica é lembrar-se do seguinte:
"Cozer", assim como "cozinhar", escreve-se com "Z". E "coser", tal como acontece com "costurar", escreve-se com "S".


O termo popular inglês "bunny boiler" (caldeira de coelho), frequentemente usado para descrever uma mulher rejeitada e obcecada, deriva da cena do filme "Atração Fatal" em que se descobre que Alex (personagem de Glenn Close) cozinhou o coelho de estimação da família de Dan (Michael Douglas, quem mais?), seu amante por uma noite.

24 setembro, 2024

Et caterva

"Caterva", em latim, era uma turba, um grupo desordenado de soldados. Aplicava-se o termo a batalhões de bárbaros. Tácito, por exemplo, falava em "catervas Germanorum" (catervas dos germanos).
Caterva, sf. Conjunto de animais ou coisas; reunião ou grupo de pessoas.
Catervagem, grande quantidade de coisas
No Nordeste, catrevagem é um monte de coisas imprestáveis. Diz-se que fulano tem um monte de catrevagens em casa. Coisas em desuso e sem serventia; restos de coisas velhas reunidas em determinado lugar; mulher feia e magra (xingamento).
"Et caterva" é uma maneira pejorativa de dizer "et alii". Significa "e os comparsas", "e o bando restante" e por aí vai.

pão... salsicha... kETChup?

23 setembro, 2024

A máquina de escrever de quatorze toneladas

Em 1915, na Exposição Internacional Pan Pacific, em São Francisco, a Underwood Typewriter Company apresentou uma enorme máquina de escrever de quatorze toneladas. Com quase seis metros e meio de largura e quase cinco metros e meio de altura, esta Underwood tornou-se um prodígio da engenharia, um feito inesquecível na história das máquinas de escrever. Não é de surpreender que os planos para construir a máquina levaram um ano para serem desenvolvidos, e mais um ano se passou até que ela fosse construída.
As pessoas fotografadas na exposição parecem liliputianas ao lado da imensa engenhoca.


Eram necessários um papel medindo três metros por três metros e meio e uma fita de trinta metros de comprimento para escrever uma mensagem para os espectadores. E, de acordo com a revista Printer's Ink, a máquina funcionava com a energia gerada por três motores de um único cavalo.
O destino dessa máquina de escrever é incerto. Parece que, durante a Segunda Guerra Mundial, a Unverwood foi vendido como sucata ao Exército dos Estados Unidos, embora não haja nenhuma evidência confiável para provar isso. De forma que o destino final deste colosso da engenharia, que se tornou parte da cultura popular, permanece, até hoje, um mistério.

Extraído de: https://lapiedradesisifo.com/2023/05/18/que-fue-de-la-maquina-de-escribir-de-catorce-toneladas/

22 setembro, 2024

A história de "Lapinha"

Baden Powell, em 1968, já desfrutava de bastante prestígio, principalmente por suas parcerias com Vinícius de Moraes. No entanto, relata o blogueiro Luís Pini Nader, "queria sangue novo para um novo festival, a I Bienal do Samba. Foi à casa do primo, João de Aquino, e roubou-lhe o parceiro, o precoce e já maduro letrista Paulo César Pinheiro, então com 16 anos e ainda imberbe".
Baden mostrou-lhe um samba de roda que aprendera na Bahia com seu amigo e capoeirista, Canjiquinha. O tema havia sido composto pelo lendário Mestre de capoeira Besouro Cordão de Ouro, famoso tanto por suas composições quanto pela coragem de enfrentar a polícia e revoltar-se contra os desmandos dos senhores.
Paulo César Pinheiro já havia lido no romance "Mar Morto", de Jorge Amado, algumas histórias do Mestre capoeirista que voava como um besouro para escapar da polícia.
Percebendo que o momento era propício para aquele resgate, os compositores fizeram uma segunda parte para a música do Besouro (Quando eu morrer me enterrem na Lapinha / Calça culote, paletó almofadinha), exaltando o homem que, mesmo só contra o erro lutava e, ante a derrota, não se conformava. E assim nasceu "Lapinha", (*) uma das mais brilhantes parcerias da música brasileira.
Inscrita no festival, por absoluta ignorância dos organizadores, "Lapinha" quase foi desclassificada por plágio. Obviamente, tratava-se de uma citação literal, uma homenagem explícita ao canto do Besouro, sem a malícia que caracterizaria o plágio.
Depois de alguma argumentação, a canção pôde seguir no festival, defendida por Elis Regina, Mussum e "Os Originais do Samba" (vídeo), até ser premiada com o 1.º lugar.
Dentre os argumentos utilizados para convencer os organizadores a manterem "Lapinha" no páreo, estaria o fato de outra canção do Besouro ter sido citada numa música de Noel Rosa.
Eis os versos do Besouro: "Quando eu morrer, disse Besouro/ Não quero choro nem vela / Também não quero barulho / Na porta do cemitério / Eu quero meu berimbau / Eu quero meu berimbau / Com uma fita amarela / Gravado com o nome dela".
Qualquer semelhança com "Fita Amarela" não é mera coincidência. Ao que se saiba, no entanto, o Poeta da Vila jamais foi acusado de plágio.
N. do E.
(*) Lapinha, também bairro de Salvador, reduto de capoeiristas e sambistas na década de 1920.
http://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_lblYFZNe9bvRUXYLYNlhL4t3BHkLqKVOs (playlist do álbum Capoeira do Besouro) 
Trecho do espetáculo "Besouro Cordão de Ouro", gravado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro: http://youtu.be/Zj4nDthW23w?si=7_GlM5TRYFe-n50l (vídeo)
"Besouro", o filme completo (2009): http://youtu.be/NhrSIxqDSEw?si=fz-XedQOyVWovrZf (vídeo)

20 setembro, 2024

Chumbregâncias


Etimologia. Do sobrenome do militar alemão Friederich Hermann Schönberg, que reorganizou e comandou as tropas portuguesas na luta contra o domínio espanhol (1661-1668) e introduziu em Portugal diversas modas, tornando-se o árbitro da elegância lisboeta. Seu nome foi ridicularizado com o surgimento do termo "chumberga". Posteriormente, no Brasil, foi atribuída a alcunha de "Chumbergas" ao governador de Pernambuco (1664 — 1666), Jerônimo de Mendonça Furtado, por seus bigodes no estilo de Schönberg. Mendonça Furtado era acusado de uso imoderado de bebidas alcoólicas e comportamento indecoroso, sendo a ele associada a origem de termos como "chumbrega" ou "xumbrega", sempre com sentido pejorativo.

19 setembro, 2024

Bate & Debate

- Conheces o Mário?
- Que Mário?
- O Vieira...
- Que Vieira?
- O que (de)bate com a cadeira.

Cadeirada é como mesada. Uma e outra precisam ser dadas regularmente. @EntreMentes

E ...

CHEGA DE

Cigarras periódicas

São insetos que pertencem à ordem Hemiptera. Eis alguns fatos extraídos do Cicada Safari a respeito delas:
  • O que torna estas cigarras tão fascinantes é o seu longo ciclo de vida. Após a eclosão, as cigarras imaturas, chamadas ninfas, passam 17 ou 13 anos no subsolo alimentando-se de raízes, antes de emergirem (em maio, nos Estados Unidos) e se transformarem em cigarras adultas.
  • Grupos de cigarras que compartilham os mesmos anos de emergência são chamados de ninhadas. O número da ninhada é geralmente fornecido em algarismos romanos.
  • Existem três espécies de cigarras de 17 anos (Magicicada septendecim, Magicicada cassini e Magicicada septendecula) e quatro espécies de 13 anos (Magicicada tredecim, Magicicada neotredecim, Magicicada tredecassini e Magicicada tredecula). Mas nem todas as cigarras contam os anos corretamente.
  • As cigarras adultas não comem alimentos sólidos e só bebem líquidos para evitar a desidratação.
  • Somente as cigarras machos cantam. Eles têm estruturas produtoras de som em ambos os lados do abdômen.
  • As cigarras adultas não picam nem mordem os seres humanos e não transmitem doenças.
  • Os pesticidas não são eficazes no controle de cigarras periódicas. Eles não são pragas e não precisam ser mortas.
  • Os anos periódicos das cigarras são bastante benéficos para a ecologia da região. Sua emergência em túneis no solo atua como uma aeração natural do solo. O grande número de cigarras adultas proporciona uma bonança alimentar a todos os tipos de predadores, o que pode ter um impacto positivo nas populações destes últimos. A postura das fêmeas nas árvores é uma poda natural das árvores que faz com que a árvore produza mais flores e frutos no ano seguinte. Finalmente, depois que as cigarras morrem, seus corpos em decomposição contribuem com uma enorme quantidade de nitrogênio e outros nutrientes para o solo.

18 setembro, 2024

Heitor, a nuvem

Durante a Segunda Guerra Mundial, pilotos no norte da Austrália notaram que uma enorme tempestade se formava diariamente entre setembro e março nas Ilhas Tiwi, no Território do Norte. Atingindo regularmente alturas de 20 quilômetros, "Hector, the Convector" é uma das maiores tempestades do mundo. Este aglomerado de nuvens tempestuosas do tipo cumulonimbus é objeto de estudo por meteorologistas de várias partes do mundo, além de concentrar uma relativa estranheza – trata-se de uma nuvem que tem nome próprio.