25 dezembro, 2025

"O Beijo da Vida"

A cópia desta foto ("The Kiss of Life"), tirada em 1967 por Rocco Morabito, do Jacksonville Journal, mostra o eletricista J.D. Thompson realizando respiração boca a boca em seu colega Randall G. Champion.
O colega havia sofrido uma eletrocussão e estava inconsciente, pendurado em um poste de eletricidade.
Thompson, treinado em procedimentos de emergência, manteve Champion vivo até a chegada de ajuda.
Sobrevivendo ao acidente, Randall G. Champion viveu até 2002.
Quanto a esta fotografia, além de seu valor jornalístico (que conferiu na categoria o Prêmio Pulitzer de 1968 ao fotógrafo Morabito), imortalizou o ato de heroismo do eletricista Thompson.

24 dezembro, 2025

Mr. Grinch

O Grinch é uma criatura verde, peluda e notoriamente mal-humorada, da clássica história do Dr. Seuss, "Como o Grinch Roubou o Natal!", de 1957, que vive isolado no Monte Crumpit com vista para a alegre Whoville e que despreza o Natal, tentando arruiná-lo roubando presentes, apenas para descobrir o verdadeiro significado do feriado quando seu coração cresce três vezes, levando à sua transformação.
Ele apareceu em adaptações especiais. Em desenhos animados (narrado por Boris Karloff, em 1966, e com a voz de Benedict Cumberbatch, em 2018) e em "Ilumination", um filme com atores reais (estrelado por Jim Carrey, em 2000), tornando-se um ícone natalino amado, embora inicialmente vilão. 
O filme "Como Grinch Roubou o Natal" (2000) tornou-se a segunda maior bilheteria de um filme natalino de todos os tempos, atrás apenas de "Esqueceram de mim"(1990).
Arco narrativo
Irritado com as festas barulhentas dos Whos, especialmente com seus cânticos natalinos, Grinch planeja acabar com o Natal. E disfarça-se de Papai Noel para roubar todos os enfeites natalinos e as comidas de Whoville. Mas, ao ouvir os Whos cantando alegremente, apesar de não terem presentes, seu coração se enche de alegria, e ele retribui tudo, juntando-se aos Whos para o banquete.


Mr. Grinch, 20 anos depois
Em 2006: Se o vir trate com seriedade. Mesmo o Natal precisa de contraditório.
Em 2026: Verde e salgado, exatamente como seus pistaches.

23 dezembro, 2025

Abelhas realocadas

Uma mulher na Cornualha, Reino Unido, está resgatando enxames de abelhas de chaminés, telhados e até mesmo de subestações elétricas, cuidando delas e restaurando suas energias.
A empresa de resgate de abelhas de Molly Earl, a Bees Off, já realocou cerca de 250 colônias desde 2020,  com uma taxa de sobrevivência de 98 por cento. 
Esta paixão de Molly transforma potenciais perdas em prósperas colmeias.
Sua recompensa?
Baldes de mel dourado. Um mel tão bom com o qual ela já ganhou prêmios!

22 dezembro, 2025

Continentes

Jon Pauluritis tem algumas reflexões pessoais, porém interessantes, sobre por que se diz que existem quatro, cinco, seis, sete ou "n" continentes, mas os especialistas não conseguem chegar a um acordo sobre um número. Portanto, pode ser considerada uma boa pergunta de curiosidades.
Geralmente quando falamos de 4, 5, 6 ou 7 continentes nos referimos a:
  • 4 continentes: África, Eurásia, América, Oceania
  • 5 continentes: África, Ásia, Europa, América, Oceania
  • 6 continentes: África, Ásia, Europa, América, Oceania, Antártida
  • 7 continentes: África, Antártida, Ásia, Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania
Para mostrar o caos classificatório, basta considerar uma forma de dividir o planeta, que possui nada menos que 11 continentes: África, Antártida, Ásia, Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania, Zelândia, Índia, Península Arábica e Groenlândia. A Zelândia , da qual você talvez nunca tenha ouvido falar, é um continente quase submerso que inclui a Nova Zelândia.
Tantos pedaços da Terra e uma classificação tão confusa! Geólogos e geógrafos certamente têm muito o que se entreter.

Extraído de: http://jonpauluritis.com/articles/why-are-there-still-7-continents/

21 dezembro, 2025

Mandinga

Uma das heranças islâmicas da cultura brasileira é a mandinga. Algo que hoje em dia é associado com feitiçaria, na verdade teve sua origem em uma pequena bolsa de couro, contendo versos do Alcorão, que era transportada por escravos muçulmanos. Remete ao povo Mandinga, da África Ocidental, que carregava costumeiramente esses amuletos (patuás).
No contexto da capoeira, mandinga representa a habilidade do capoerista em surpreender (enganar) o oponente, como uma espécie de "malícia de jogo". Esta "esperteza" é muito apreciada e consta na letra de diversas canções.
Significados de "Mandinga" em canções:

1. Magia e fé. Canções podem descrever mandingas como feitiços, rezas ou simpatias, muitas vezes para conseguir amor ou resolver problemas, como em "Mandinga", de Ataulfo Alves e Carlos Imperial, gravada por Clara Nunes.
http://youtu.be/CAE4dgPl4ZA?si=4NmZ2whti7BOhjyO


2. Capoeira. Na capoeira, mandinga é a malícia, a ginga, a esperteza para enganar o adversário, presente em pontos (cantigas) de capoeira, como em músicas sobre a Pomba Gira Rosa Caveira.

3. Resistência e cultura. Em músicas como a de Murica em "Mandinga" é um símbolo de resistência contra a opressão, valorizando a sabedoria popular e a identidade étnica.

20 dezembro, 2025

po.li.te.a.ma

n.m. Casa de diversões para vários gêneros de espetáculos.
Anagrama: epitálamo
Com o nome arcaico de Polytheama, foi cine-teatro em várias cidades do Brasil (Fortaleza-CE, Jundiaí-SP, Rio de Janeiro-RJ e Vitória-ES).
Localizado na Praça do Ferreira, em Fortaleza, o Cine-Theatro Polytheama foi inaugurado em 1911 e demolido em 1938, para dar lugar ao Cine São Luiz, hoje Cineteatro São Luiz. https://www.secult.ce.gov.br/2019/09/13/cineteatro-sao-luiz-homenageia-o-antigo-cine-polytheama-com-nova-faixa-de-programacao-de-cinema/
http://www.fortalezanobre.com.br/2013/10/cine-theatro-polytheama-1911.html
Inaugurado em 1911, em Jundiaí, o Cine Theatro Polytheama teve seu auge na década de 1920, quando foi considerado o maior teatro do Estado de São Paulo, com 2 920 lugares, superando até mesmo o Teatro Municipal de São Paulo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Polytheama_(Jundia%C3%AD)
No Rio de Janeiro, inaugurado em 1920, funcionou no Largo do Machado o Cine Teatro Polytheama, que chegou a ter 1 400 lugares. De 1934 até seu fechamento em 1980, esteve sob o comando de Luiz Severiano Ribeiro.
https://cinemagia.wordpress.com/2019/07/11/cinemas-antigos-polytheama-largo-do-machado-rj/
Em Vitória, inaugurado em 1926 num barracão de zinco no Parque Moscoso, funcionou até 1935 o Cine Politeama. O calor local era insuportável. Quando chovia o barulho da chuva batendo no telhado de zinco atrapalhava a sonoridade da exibição do filme. Antigos espectadores relatam também que se alguém se levantasse para ir ao banheiro, quando voltava não mais encontrava seu lugar vazio.
https://www.cinememoria.com.br/2012/07/cine-politeama.html
O Politheama é também um time criado por Chico Buarque na década de 1970, primeiramente como uma equipe de futebol de botão e que, posteriormente, ganhou os gramados como uma equipe de pelada. 
Estádio: Centro Recreativo Vinicius de Moraes - Recreio RJ
Hino completo
Politheama, Politheama
O povo clama por você
Politheama, Politheama
Cultiva a fama de não perder
O seu pavilhão
Tremula sempre de emoção
Ostenta o galhardão
De clube sempre campeão
Augusto e varonil
O nosso clube verde-anil
Nas glórias, nas glórias
Vitórias, vitórias
Na história do meu Brasil.

19 dezembro, 2025

Duas estórias de tolos e burros

A primeira estória é um conto popular iraniano e a segunda está em "Fantastic Fables" (1899), do jornalista e escritor estadunidense Ambrose Bierce.
1.
Certa manhã, o tolo acordou e pensou: "Tem uma coisa de que eu preciso, preciso de um burro."
Então ele saiu de casa e caminhou até chegar à cidade. Chegou à baia dos burros. Havia muitos burros. Alguns eram grandes e outros pequenos. Alguns tinham orelhas compridas e outros, muito curtas. Mas, entre eles, havia um burro com orelhas compridas, caídas e sedosas.
"Este é o burro certo para mim."
O tolo pagou ao dono da barraca de burros e levou o burro amarrado por uma corda pelas ruas da cidade, e lá estavam dois meninos.
"Nós podemos enganar aquele burro daquele tolo."
Um menino se aproximou, pegou a corda do pescoço do burro, colocou-a em volta do seu próprio pescoço e seguiu o tolo, que nem percebeu.
O outro menino levou o burro de volta à barraca para vendê-lo.
O tolo seguiu pelas ruas e, afastando-se da cidade, rumo à sua casa. E quando chegou lá, virou-se... "Uhhh! Quando o comprei, você era um burro. Mas agora virou um menino."
"É verdade, eu era um burro quando você me comprou. Mas, veja bem, antes disso eu era um menino. Eu era rude com minha mãe." E minha mãe dizia: "Se você for rude comigo de novo, que o diabo o transforme em um burro." E assim foi. "Mas agora que você me comprou, sou um menino novamente e pertenço a você."
"Você me pertence?", disse o tolo. "Eu não posso possuir um menino. Vá, vá, mas me prometa uma coisa: quando for para a casa da sua mãe, não seja rude com ela de novo."
O tolo dormiu naquela noite e, quando acordou de manhã, percebeu que ainda precisava de algo... Ainda precisava de um burro. Saiu de casa, pegou suas últimas moedas e caminhou até chegar à cidade. Andou pelas ruas até chegar à baia dos burros. E lá estavam todos aqueles burros, grandes e pequenos, alguns com orelhas maiores que outros. E, entre os burros, notou um com orelhas longas, caídas e sedosas. Ele conhecia aquele burro. Aproximou-se dele, levantou-lhe a orelha e disse: "Seu tolo, eu disse para nunca mais ser rude com sua mãe!"
2.
Um sábio, ao ver um tolo batendo em seu burro, disse:
"Abstenha-se, meu filho, abstenha-se, eu imploro. Aqueles que recorrem à violência sofrerão também com a violência."
"Isso", disse o tolo, castigando diligentemente o animal. "É o que estou tentando ensinar a esta fera — que me deu um coice."
"Sem dúvida', disse o sábio para si mesmo, enquanto se afastava. "A sabedoria dos tolos não é mais profunda nem mais verdadeira que a nossa, mas eles realmente parecem ter uma maneira mais impressionante de transmiti-la."

18 dezembro, 2025

A revolução do radiocarbono

Faz parte da natureza do homem começar com o romance e evoluir para a realidade.
~ Ray Bradbury
A datação por radiocarbono, também conhecida como datação por carbono-14 (¹⁴C), é um método utilizado para determinar a idade de materiais que contêm carbono e que foram originados a partir de seres vivos. Ela é amplamente usada em arqueologia, geologia, paleontologia e outras ciências para datar objetos ou eventos que ocorreram nos últimos 50.000 a 60.000 anos.
Como funciona?
  • Formação do Carbono-14: O carbono-14 é um isótopo radioativo produzido na atmosfera quando nêutrons cósmicos interagem com o nitrogênio-14 (¹⁴N).
  • Absorção pelos seres vivos: Plantas absorvem ¹⁴C durante a fotossíntese, e animais o incorporam ao se alimentar dessas plantas. Enquanto o organismo está vivo, a proporção de ¹⁴C em seu corpo permanece constante.
  • Decaimento radioativo após a morte: Quando o organismo morre, ele para de absorver ¹⁴C, e o isótopo começa a decair em nitrogênio-14, com uma meia-vida de 5.730 anos.
  • Medição do ¹⁴C residual: Cientistas medem a quantidade restante de ¹⁴C em uma amostra e comparam com a quantidade original para calcular há quanto tempo o organismo morreu.
Mas um dos usos mais inesperados e reveladores da datação por radiocarbono foi localizar uma civilização inteira no espaço e no tempo.
Em 1960, meses antes de Libby receber o Prêmio Nobel por seus estudos sobre o radiocarbono, o explorador norueguês Helge Ingstad e a arqueóloga Anne Stine Ingstad (que eram casados) descobriram os restos de construções nórdicas em Terra Nova — uma evidência surpreendente de que a civilização viking havia chegado aos limites da América do Norte, justificando o feito das sagas islandesas que os historiadores consideravam uma hipérbole mítica.
Quando examinaram três amostras de madeira que apresentavam as marcas de uma tempestade cósmica: um pico do isótopo carbono-14 de um evento solar ocorrido no ano 993. Eles contaram progressivamente a partir do pico nos anéis das árvores até a casca, o que lhes deu o número de anos entre a tempestade cósmica e o corte da árvore. Isso lhes indicou que as árvores haviam sido cortadas em 1021, dando-lhes o único ano seguro para o qual sabemos que os nórdicos categoricamente tinham que estar presentes na borda da América do Norte.


Atualmente, não há dúvidas sobre a chegada de viquingues (vikings) à América e o estabelecimento em ilhas da Groenlândia e Terra Nova (atual Canadá), onde se encontra o povoado de L'Anse aux Meadows, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Eles exploraram e colonizaram diferentes áreas do Atlântico Norte, que incluíam a ilha da Groenlândia, o litoral do Canadá e possivelmente os Estados Unidos a partir do século X. A colonização viquingue da América não teve o efeito desestabilizador das seguintes vagas da colonização europeia da América, mas pode ser vista como um prelúdio à colonização em grande escala empreendida a partir da primeira viagem de Cristóvão Colombo.

17 dezembro, 2025

Compilando...



Cercado por vários volumes, ele está compilando um. No qual não haverá uma linha sequer de sua autoria.
~ de Tony Johannot para "Le diable boiteux", de Alain-René Lesage, Paris: 1840

Compilar significa reunir ou organizar informações, textos ou dados de diversas fontes em um único documento ou obra.

(https://mastodon.social/@oldbookillustrations/114775892090813091)

16 dezembro, 2025

Oração da paciência

Santa Padroeira da Paciência Ilimitada.
Deusa do Grande Lago Tranquilo.
Dê-me percepção para reconhecer a ignorância.
Empreste-me a calma para responder cada vez como se fosse a primeira.
Deixe-me ver o "não saber" como uma oportunidade de aprender.
Deixe-me nunca esquecer que eu também posso ser ignorante.
Que eu não esqueça de agradecer meus professores.
E de ensinar sem bater, gritar ou chorar.
(Não é uma oração tão boa, mas acho que é um começo.)
Fonte: Mastodon
(a ser incluída na próxima edição do Breviário)

15 dezembro, 2025

Oxigênio vs. Ozônio

Sua respiração fica mais fácil depois de uma tempestade. O ar está limpo e carregado de frescor. Esta não é apenas uma imagem poética. Trovões resultam na formação de gás ozônio na atmosfera, e é esse gás que faz o ar parecer mais limpo.
Ozônio é essencialmente oxigênio. A diferença é que a molécula de oxigênio contém dois átomos do elemento, enquanto a molécula de ozônio contém três. O2 e O3, um átomo a mais ou um átomo a menos de oxigênio, isso deveria fazer uma grande diferença? Faz uma diferença muito grande: ozônio e oxigênio são substâncias completamente diferentes.
Sem oxigênio não há vida. Por outro lado, o ozônio em grandes concentrações mata todos os seres vivos. É um agente oxidante extremamente poderoso, perdendo apenas para o flúor. Ao se combinar com substâncias orgânicas, o ozônio as destrói imediatamente. Quando atacados pelo ozônio, todos os metais, exceto ouro e platina, se transformam rapidamente em seus óxidos.
É uma farsa! Assassino de todos os seres vivos, o ozônio também promove a vida na Terra de muitas maneiras. Esse paradoxo é fácil de explicar. As radiações solares não são uniformes. Elas contêm os chamados raios ultravioleta. Se todos eles atingissem a superfície da Terra, a vida na Terra seria impossível, pois esses raios carregam uma quantidade imensa de energia e são fatais para os organismos vivos.
Felizmente, apenas uma fração muito pequena dos raios ultravioleta do Sol atinge a superfície da Terra. A maioria deles perde sua força na atmosfera a uma altitude de 20 a 30 quilômetros. Nesse nível da camada de ar que envolve nosso planeta, há uma grande quantidade de ozônio, que absorve os raios ultravioleta.
A propósito, uma das teorias atuais sobre a origem da vida na Terra relaciona o surgimento dos primeiros organismos à época da formação da camada de ozônio na atmosfera. Mas as pessoas também precisam de ozônio na Terra, e em grandes quantidades. Elas, e principalmente os químicos, precisam desesperadamente de milhares e milhares de toneladas de ozônio.
A indústria química aproveitaria com prazer o impressionante poder oxidante do ozônio. Os trabalhadores da indústria petrolífera também se curvariam ao ozônio. O petróleo de muitos campos petrolíferos contém enxofre. Óleos ácidos, como são chamados, causam muitos problemas, por exemplo, por corroerem rapidamente equipamentos, como, por exemplo, fogões de caldeiras em usinas de energia. Com o ozônio, esses óleos poderiam ser facilmente liberados do enxofre, e o enxofre removido poderia ser utilizado para dobrar ou até triplicar a produção atual de ácido sulfúrico.
Bebemos água clorada. É inofensiva, mas seu sabor é inferior ao da água de nascente. A água potável tratada com ozônio é absolutamente livre de bactérias patogênicas e não tem sabor desagradável.
O ozônio pode renovar pneus velhos de automóveis e branquear tecidos, celulose e fios. Ele pode fazer muitas outras coisas. E é por isso que cientistas e engenheiros estão trabalhando no projeto de ozonizadores industriais de alta capacidade.
É isso que é o ozônio! O3 não é menos importante que O2. A filosofia formulou há muito tempo o princípio dialético da transição da quantidade para a qualidade. O exemplo do oxigênio e do ozônio é uma das manifestações mais vívidas da dialética na química.
Existe outra molécula conhecida pelos cientistas, composta por quatro átomos de oxigênio, o O4. No entanto, esse "quarteto" é muito instável e quase nada se sabe até agora sobre suas propriedades.
https://todayinsci.com/stories/story014.htm. Ver +

14 dezembro, 2025

Café para a estrada

Se a sua ideia de “café para a estrada” se limita a beber café quando você dirige um carro na estrada, este estudo de pesquisa pode expandir seu horizonte mental:

Efeitos de reologia e microestrutura de resíduos de borra de café na modificação de ligante asfáltico”, Mingjun Xie, Linglin Xu, Kai Wu, Yutong Wen, Hongmi Jiang e Zhengwu Jiang, Materiais de baixo carbono e construção verde, vol. 1, n.º 1, 2023, artigo 3.

Nesse estudo, os autores relatam que a borra de café resultante de produtos da indústria cafeeira quando incorporada a ligantes asfálticos melhora o desempenho destes.

Bônus: "One more cup of coffe", uma canção de Bob Dylan a respeito do café na estrada.


One more cup of coffee for the road
One more cup of coffee 'fore I go
To the valley below.
Mais uma xícara de café para a estrada
Mais uma xícara de café antes que eu vá
Para o vale abaixo.

13 dezembro, 2025

O verde de Scheele

Em 1775, investigando as propriedades químicas de uma substância que continha arsênico, o químico sueco Carl Wilhelm Scheele (imagem) produziu um pigmento que ficou conhecido como verde de Scheele.


No processo de produção dessa substância, ele envenenou-se-se até a morte aos 43 anos.
Infelizmente, essa não foi a única vida que o verde de Scheele ceifaria. Na Europa, a cor era amplamente utilizada em decoração. De fato, um estudo realizado na Inglaterra no final do século XIX indicou que quatro em cada cinco papéis de parede continham verde de Scheele. Pesquisadores da época notaram que, quando o papel de parede ficava úmido, exalava um odor "semelhante ao de rato", que causava doenças e mortes.
E, na década de 1930, cientistas confirmaram que o cheiro era um gás letal produzido por um fungo presente no papel de parede.
Curiosamente, o verde de Scheele pode ter contribuído para a morte de Napoleão Bonaparte. Durante os últimos anos de sua vida, Napoleão viveu exilado em Santa Helena, uma ilha úmida na costa oeste da África. Seu quarto tinha papel de parede verde-brilhante, e o ar em Santa Helena era úmido o suficiente para o desenvolvimento de fungos. Em 2001, cientistas analisaram amostras do cabelo de Napoleão e descobriram níveis de arsênico até 38 vezes maiores que o normal.
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ARSÊNIO (o elemento químico) e ARSÊNICO (o nome popular de um composto dele) são a mesma coisa no uso comum, mas tecnicamente o termo "arsênico" refere-se mais especificamente ao trióxido de arsênio (As2O3), o famoso "veneno branco", que é o composto mais tóxico do elemento químico Arsênio (As).

12 dezembro, 2025

Cordel e cordelistas

 A Literatura de Cordel é um gênero literário popular no Brasil, especialmente no Nordeste, caracterizado por sua forma rimada e sua apresentação em folhetos de papel.

Os poemas, escritos em versos, geralmente narram histórias, lendas, fatos históricos e acontecimentos do cotidiano.

Essas histórias são impressas em pequenos folhetos com xilogravuras, que eram tradicionalmente pendurados em cordas ou barbantes, daí o nome "cordel".

As ilustrações não apenas embelezam os folhetos, mas também ajudam a contar a história, sendo parte integral da experiência do cordel.

A origem da Literatura de Cordel remonta à tradição oral dos trovadores medievais na Europa, principalmente em Portugal e na Espanha.

Esses trovadores recitavam suas poesias em feiras e mercados, transmitindo histórias e notícias. Com a colonização essa tradição foi trazida para o Brasil, onde se adaptou e evoluiu.

O cordelistas, como são chamados os autores de cordel, eram frequentemente viajantes que levavam seus folhetos para vender em feiras, festas e outros eventos, disseminando assim suas histórias por todo o país.

Eles, muitas vezes, são também repentistas, capazes de criar e recitar versos improvisados.

A métrica mais comum usada nos cordéis é a sextilha, que consiste em estrofes de seis versos, geralmente com sete sílabas em cada verso, e rimas alternadas. 

Ao registrar histórias e lendas transmitidas de geração em geração, o cordel contribui para a preservação da memória cultural de um povo.

Ao utilizar uma linguagem simples e temas acessíveis, o cordel estimula a leitura e a escrita, especialmente entre as camadas humildes da população.

As obras de cordel podem abordar uma grande variedade de temas, desde histórias de reis e rainhas até aventuras de cangaceiros, romances e críticas sociais.

Existem inúmeros cordelistas famosos, como o paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado o "pai do cordel", e Patativa do Assaré, um dos maiores poetas populares brasileiros.

Ao longo do tempo, a Literatura de Cordel ganhou reconhecimento e valorização, sendo estudada em universidades e apreciada por um público mais amplo.

(Extraído de um material de divulgação da Secretaria de Cultura do Ceará)

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido por Patativa do Assaré (1909 - 2002). Nasceu no município de Assaré, no Estado do Ceará. Ele começou a compor e a  recitar poesias ainda jovem, inspirado pelas histórias e cantorias tradicionais do sertão nordestino. Seus versos frequentemente abordavam temas como a vida no sertão, as dificuldades enfrentadas pelos agricultores, as injustiças sociais e a luta por melhores condições de vida. Dentre suas obras mais conhecidas estão: "Triste Partida", que foi musicada por Luiz Gonzaga e se tornou um clássico da canção nordestina, e "Vaca Estrela e Boi Fubá", que Patativa apresentou em show no Theatro José de Alencar, em 1980, e que Fagner editou em LP pela CBS. https://youtu.be/mdYqWeR6ZuI?si=Q1u7suKWOaQq_03o

11 dezembro, 2025

Uma maneira chocante de lidar com os alunos travessos

Em outubro de 1924, o professor de ciências de uma escola de Barnesville, HT Opsahl, um ex-militar de 25 anos, ordenou que o perturbado aluno Earl Tenneson se sentasse em uma cadeira de madeira na sala de aula. O adolescente obedeceu e logo sentiu uma descarga elétrica a percorrer o corpo.


Opsahl (às vezes escrito como Upsahl em relatos de jornais contemporâneos) tinha uma baixa tolerância a maus comportamentos. E, pelo que se sabe, em algum momento de seu magistério, teve a ideia de instalar uma barra de metal em uma das cadeiras de madeira da sala de aula. Essa barra podia conduzir a eletricidade gerada por uma bobina de Tesla.
De acordo com Opsahl, a cadeira foi originalmente concebida como um experimento científico, a qual, mais tarde, foi transformada num móvel de punição para alunos travessos . (Uma régua sobre os nós dos dedos foi considerada muito banal.)
Earl foi para casa e contou ao pai, Fred Tenneson, que seu professor o havia condenado à cadeira. E o pai, por sua vez, procurou a polícia para prender Opsahl sob a acusação de agressão.
Embora eletrocutar uma criança parecesse algo que resultaria numa suspensão para um professor, Opsahl ficou livre para retornar ao trabalho assim que pagasse uma fiança de US$ 2.000.
Opsahl tinha sua própria perspectiva: a cadeira apenas proporcionava uma "sensação de formigamento", disse ele. Se os braços do aluno se soltassem dos apoios, poderia haver faíscas, mas "o aluno não se machucaria". A voltagem não era maior do que a usada pelos médicos da época para tratar reumatismo.
Fred inclusive alegou que seu filho havia chegado em casa com queimaduras graves nas pernas, causadas pela cadeira. Mas, ao analisar o caso, o promotor WG Hammett não encontrou evidências de lesão corporal. Na audiência de Opsahl, este pediu ao juiz que rejeitasse as acusações. O juiz concordou.
Opsahl permaneceu em Barnesville, carregando entre os alunos a reputação de ser alguém cujas aulas de ciências exigiam decoro. Poucos anos depois, mudou-se para Fargo, Dakota do Norte, onde continuou a lecionar ciências — presumivelmente sem quaisquer experimentos adicionais com eletricidade.


Os castigos corporais na escola antiga (no Brasil), Linha do Tempo

10 dezembro, 2025

A economia (de uma forma econômica)

É uma disciplina complexa e controversa. Desentendimentos acalorados entre economistas já inspiraram a seguinte observação:
Economia é o único campo em que duas pessoas podem dividir um Prêmio Nobel por dizerem coisas opostas.
Os prêmios de 1972 concedidos a Myrdal e Hayek vêm à mente, assim como os prêmios de 2013 a Fama e Shiller.
Um gráfico do Pixabay:
https://quoteinvestigator.com/2025/07/08/economics-opposite/

09 dezembro, 2025

Conteúdo sempre verde

De"evergreen content", termo em inglês que significa "conteúdo sempre verde". É aquele conteúdo que permanece fresco, relevante e valioso para o público por um longo período de tempo, assim como as árvores perenes que mantêm suas folhas verdes durante todo o ano.
Em outras palavras, é um conteúdo atemporal.
Não está preso a uma data, tendência ou evento específico e sua utilidade não "expira". É continuamente relevante, pois responde a perguntas e necessidades que as pessoas terão hoje, no próximo ano e daqui a cinco anos. As pessoas sempre estarão procurando por aquele assunto em mecanismos de busca como o Google.
Exemplos práticos 
São a melhor forma de entender o conceito. "Como ferver um ovo": as pessoas sempre vão querer saber a respeito disso. "Como trocar um pneu furado": o método básico não muda. "Dicas para escrever um bom currículo": embora os formatos possam evoluir, os princípios fundamentais (clareza, objetividade) permanecem. "O que é a Teoria da Relatividade?": um conceito científico fundamental. Assim por diante.
Por que o conteúdo sempre verde é tão valioso?
É a "máquina de tráfego" de um blog. Um único "post evergreen" pode atrair visitantes todos os dias, durante anos, sem nenhum esforço adicional de divulgação. Os mecanismos de busca amam (e vasculham) o conteúdo sempre verde. Entendem que ele é perene e continuamente útil, o que pode ajudar a postagem a "rankear" bem nos resultados de pesquisa. E estabelecem autoridade. Conteúdos fundamentais e profundos posicionam você como uma referência no assunto.
Uma ressalva importante: a "podagem" 
Mesmo o conteúdo perene pode precisar de uma manutenção ocasional, um processo chamado de "atualização" ou "podagem". Essa atualização é geralmente muito mais rápida do que escrever um post a partir do zero e pode revitalizar o conteúdo para o Google, fazendo-o "rankear" novamente. 
Em resumo, o conteúdo duradouro é a espinha dorsal de um blog sustentável e bem-sucedido. São os pilares de conteúdo que garantem um tráfego consistente e estabelecem o grau de autoridade no longo prazo.

08 dezembro, 2025

Na Penitenciária Green Haven

Um dos crimes mais lembrados do século XX foi o assassinato do cantor John Lennon, morto por Mark David Chapman no dia 8 de dezembro de 1980. Chapman está em prisão perpétua desde então e, em uma audiência de liberdade condicional (a 14ª pela qual ele passou), o assassino falou sobre sua motivação para o crime.
Ele afirmou que teria cometido o crime para "ser alguém". Chapman contou que estava em um ponto muito baixo de sua vida naquela época e que encontrou "um propósito" no crime. Durante o depoimento, ele também se desculpou pelo sofrimento causado aos fãs e amigos do músico, mas o comitê não considerou suas palavras convincentes.
O pedido de liberdade condicional foi negado pelo comitê e Chapman segue cumprindo sua pena na Penitenciária Green Haven. Ele está com 70 anos.
Arquivo
O assassinato de John Lennon
A busca destrutiva da notoriedade

07 dezembro, 2025

Trapos e farrapos

(sinônimos que rimam)

Meu vício é você, de Adelino Moreira
c/ Nelson Gonçalves
Boneca de trapo, pedaço da vida / Que vive perdida no mundo a rolar / Pedaço de gente que inconsciente / Peca só por prazer e vive para pecar.
http://youtu.be/FhQBx2Y5VqM?si=_Ft9WJm3YpZIDIm0

Farrapo (1953), samba-canção de Paulo Borges
(mesmo autor de "Cabecinha no ombro")
Farrapo / Tua vida é um trapo / [...] / Farrapo / Tu que foste tão guapo.
http://youtu.be/svYtFt8uuvE?si=eW6t-7FMIkXMfQas

Trapo de gente, de Ary Barroso
c/ Roberto Luna
Saía comigo, bebia comigo / Depois se entregava a um amigo / Trapo de gente / Sem alma e sem coração.
http://youtu.be/SlOz9pTCMcg?si=M9QCm3MgQ5wlKjaf

Amor de trapo e farrapo, de Paulo Vanzolini
c/ Nelson Gonçalves
Amor de trapo e farrapo / Tudo errado mas tão gostoso / Que dá arrepio na espinha /Amor de galo de rinha.
http://youtu.be/VQ8lg4jIKCk?si=Vqu8ljeukGMQHIm_

Ponto de Maria Farrapo, de José Carlos Mello
c/ Juliana Passos
Quem foi que disse que meu trapo não é de lei / Trapo é trapo eu sou farrapo / Eu sou mulher de um grande rei
http://www.cifraclub.com.br/juliana-d-passos-e-a-macumbaria/ponto-de-maria-farrapo-trapo-de-lei/letra/

Maria Rosa, de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves
c/ Paulinho da Viola
Vocês estão vendo aquela mulher de cabelos brancos / Vestindo farrapos, calçando tamancos / Pedindo nas portas pedaços de pão? / … / Os trapos de sua veste não é só necessidade / Cada um representa para ela uma saudade / De um vestido de baile ou de um presente, talvez / Que algum dos seus apaixonados lhe fez.
http://youtu.be/7yssgiJfN60?si=99ajniatuzrXfOCv

De conversa em conversa, de Lúcio Alves e Haroldo Barbosa
c/ Doris e Lúcio (vídeo)
Nosso viver não adianta / É melhor juntarmos nossos trapos / Arrume tudo que é seu / Que eu vou separando os meus farrapos.

06 dezembro, 2025

Coexistência ou contraste?

Esta ilustração mostra um pombo-correio com um ramo de oliveira no bico. Símbolo de paz e da esperança, ele está a voar em meio a uma formação de drones.


Coexistência ou contraste entre um elemento natural representativo da paz e a moderna tecnologia da guerra?

05 dezembro, 2025

Não é defeito beber

Décimas de autoria de um poeta popular desconhecido:

Bebe o chefe de polícia,
Particular, escondido,
Algum padre, por sabido
Bebe oculto a tal patrícia.
Também já tive notícia,
Ou por outra, ouvi dizer
(Foi tanto que pude crer
Um dito de certa gente)
Que bebe algum presidente.
Não é defeito beber.

No sítio bebe o major
Bebe em casa o coronel
O sargento e o furriel
Bebem no Estado Maior.
Quem quiser beber melhor
Vá na venda e mande encher,
Tome o que lhe parecer
Até matar o desejo.
Segundo o gosto que vejo,
Não é defeito beber.

Bebem os homens de estudo
Bebe o branco, o rico, o nobre
Bebe o negro, o cabra, o pobre
Bebe o cego, o mouco, o mudo
Os músicos bebem de tudo,
Sem em si nada temer:
De modo que pode haver
Alguém que não tenha falta:
Tudo sai nas rodas altas.
Não é defeito beber.

In: "Dicionário Folclórico da Cachaça"

04 dezembro, 2025

Prescrições culturais

Ir ao museu pode ser um remédio para combater o estresse e melhorar a qualidade de vida. Na Suíça, há médico dando prescrição para este tratamento (que não tem contra-indicação).

E melhor ainda: sai de graça. Se a pessoa tiver a receita nas mãos, o governo banca o ingresso.

Mesmo numa cidadezinha charmosa como NeuChâtel, em um país rico com a Suíça, os moradores podem precisar de "uma injeção de ânimo".

Como aconteceu com a paciente Benedict. A quem uma doutora local, em vez de lhe prescrever medicamentos, receitou-lhe umas visitas aos museus da cidade.

Arte faz bem a saúde, como concluiu um relatório da OMS publicado em 2019. Além de ajudar a distrair, minimizar os traumas e diminuir os declínios cognitivos, que o projeto ora descrito sirva de inspiração a outras cidades e países.


Apesar de sua população relativamente pequena (31 mil habitantes), Neuchâtel (antiga ilustração) tem vários e excelentes museus, especialmente o Latenium - um museu de arqueologia que retrata os tempos pré-históricos da região. Há, ainda, o "Homens" (museu etnográfico), um museu artístico e histórico, onde é possível ver um dos primeiros robôs feitos pelo homem, o "Jaquet-Droz" (datado de entre 1770 a 1774), o museu de História Natural e um teatro recente e muito ativo.

03 dezembro, 2025

Existe a combustão humana espontânea?

A combustão humana espontânea (CHE) é um fenômeno controverso e não comprovado cientificamente, no qual uma pessoa supostamente pega fogo sem uma fonte externa de ignição.
É quando o corpo de uma pessoa é encontrado queimado, enquanto o ambiente ao redor, e frequentemente as extremidades da pessoa, não estão queimadas. Dezenas, talvez centenas, de casos foram registrados durante os séculos XVII, XVIII e XIX, tanto que Charles Dickens incluiu o fenômeno em seu livro "Bleak House". Esses casos foram cobertos de forma sensacionalista na imprensa e frequentemente exagerados para causar impacto.
Casos famosos:
  • Mary Reeser (1951), uma idosa que foi encontrada carbonizada, com apenas um pé intacto, enquanto sua poltrona estava pouco queimada. Investigadores atribuíram ao caso o Efeito Pavio. Quando uma fonte de chama (como uma vela ou um cigarro) incinera a roupa e a gordura corporal da vítima.
  • Henry Thomas (1980), um homem que foi encontrado reduzido a cinzas em sua casa, mas o sofá onde estava quase não foi afetado.
Não é algo que o resto de nós deva temer. Nunca acontece em público e nunca no reino animal.
Apesar dos relatos históricos e dos casos misteriosos, a maioria dos cientistas e especialistas em medicina forense considera a explicação como resultado de causas naturais, embora incomuns.
Existem certas semelhanças nos casos documentados que dão aos cientistas uma pista. E o patologista forense Roger Byard disse que a combustão espontânea não acontece em animais porque "eles NÃO se enrolam em cobertores, bebem uísque e fumam".
Fontes: Neatorama e DeepSeek. Gravura: Phiz, 1853

02 dezembro, 2025

O tocador de triângulo

Por algum motivo não existe a função de tocador de triângulo na Orquestra Sinfônica das Bermudas.

Já no Nordeste brasileiro...

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01 dezembro, 2025

Batidas na porta

Um homem e sua esposa foram acordados às 3 da manhã por fortes batidas na porta. O homem se levanta e vai até a porta, onde um homem bêbado, parado sob a chuva torrencial, pede para ser empurrado.
"De jeito nenhum", diz o marido, "são 3 da manhã!"
Ele fecha a porta e volta para a cama.
"Quem era?" perguntou sua esposa.
"Só um cara bêbado pedindo um empurrãozinho", ele responde.
"Você o ajudou?" ela pergunta.
"Não. São 3 da manhã e está chovendo torrencialmente lá fora!"
"Bem, você tem memória curta", diz a esposa. "Não se lembra de uns três meses atrás, quando o carro quebrou e aqueles dois caras nos ajudaram? Acho que você deveria ajudá-lo, e deveria ter vergonha de si mesmo! Deus também ama os bêbados."
O homem retorna à chuva torrencial para fazer o que lhe foi dito.
Ele grita no escuro: "Olá, você ainda está aí?"
"Sim", responde ele.
"Você ainda precisa de um empurrão?", grita o marido.
"Sim, por favor!" vem a resposta da escuridão.
"Onde você está?" pergunta o marido.
"Aqui no balanço", respondeu o bêbado.