11 março, 2013

Porcos em chamas

Elefantes já foram tanques de guerra. Suas peles duras e blindadas a flechas e seu tamanho gigante faziam deles instrumentos perfeitos para penetrar nas linhas inimigas. Em 331 aC, Alexandre, o Grande, andava tão nervoso com os paquidermes do exército persa que fez um sacrifício aos deuses na noite que precedeu uma batalha. A reputação do poder dos elefantes só aumentou quando, em 218 aC, Aníbal partiu para atacar Roma com uma armada de ferozes elefantes. A "elefantaria" parecia invencível. Se os elefantes foram os primeiros tanques do mundo, os porcos em chamas foram os primeiros mísseis anti-tanque do mundo. Banhados em alcatrão e ateados fogo, os suínos eram soltos para causar estragos ao inimigo. De acordo com o historiador romano Plínio, o Velho, a arma funcionava porque os "elefantes se assustam com os guinchos dos porcos". E há outros relatos de como os porcos flamejantes foram brilhantes. Em 266 aC, a cidade grega de Megara rechaçou os macedônios, sob o comando de Antígono, utilizando porcos em chamas após mergulhados em resina. Os elefantes de Antígono fugiram aterrorizados diante da "brigada bacon". A maioria das batalhas, no entanto, destacou os graves inconvenientes de tais churrascos táticos. Como o tempo de vida dos porcos flamejantes é muito curto, o seu alcance era inferior a 400 metros. Isso significava que o inimigo praticamente tinha que estar em cima para que os porcos pudessem fazer efeito. Os mísseis suínos também não tinham um bom sistema de orientação, o que lamentavelmente os deixava imprecisos. Apesar de dirigidos para as linhas inimigas, muitas vezes correndo ao bel-prazer (sic), eles provocavam incêndios no próprio lado.

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