01 outubro, 2013

Coma os morangos

“Tempus fugit”. Portanto, “carpe diem”. O tempo voa. Então, colhamos o dia. Vivamos o momento, pois envelhecer é só canseira e enfado. É como a luz do crepúsculo, que vai se transformando rápida e melancolicamente, até o mergulho final na escuridão da noite. O pior da velhice, entretanto, é que as pessoas passam a nos tratar por diminutivos, como fazem com as crianças. “Você está doentinho?” “Quer um docinho?” É humilhante.
Essas imagens sobre o envelhecer são descritas pelo escritor, psicanalista e teólogo Rubem Alves (foto) em seu livro “Pimentas - Para Provocar Um Incêndio Não É Preciso Fogo” (Planeta), no qual trata dessa “fase crepuscular” da vida com poesia, ironia e melancolia. São 74 fragmentos sobre temas variados — educação, política, poesia, céu e inferno e passagens curiosas do Antigo Testamento — de um autor que completou 79 anos em setembro.
Ele soa um pouco triste ao telefone, falando da varanda de seu apartamento, na cidade de Campinas. “O tempo me foge. Não tenho mais tempo para escrever um romance. Não tenho mais tempo para escrever uma coisa com começo, meio e fim. ‘Pimentas’ é uma coleção de fragmentos - sou um retratista. Outra palavra que revela idade.”
Leia na íntegra - via ZGUIOTTO - a entrevista que Rubem Alves concedeu a Marília Camargo Cesar para a revista Valor (matéria enviada pelo colega Martinho Rodrigues).


O Dia do Idoso é comemorado no Brasil no dia 1º. de outubro.
Esta data já foi celebrada no dia 27 de setembro, porém, em razão da criação do Estatuto do Idoso, foi transferida para 1º. de outubro, o dia em que foi sancionada a Lei nº 10.741/2003.

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