A suástica ou cruz gamada é um dos amuletos mais antigos e universais, sendo utilizada pela humanidade desde o Período Neolítico. Em tempos diferentes, tem sido encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Dos índios Hopi aos astecas, dos celtas aos alemães, dos gregos aos hindus.
A ubiquidade deste símbolo pode ser explicada por ser um sinal muito simples. A suástica é um desenho repetitivo a respeito da qual existem duas hipóteses sobre a origem e difusão:
- ter-se desenvolvido isoladamente nas diversas culturas;
- ter-se difundido a partir de uma única cultura.
Em favor da segunda hipótese, o casal William Thomas e Kate Pavitt especulou que a presença da suástica em diversas culturas mundiais (Índia, África, América do Norte e do Sul, Ásia e Europa) estaria apontando para uma origem comum, possivelmente da Atlântida.
Os nazistas adotaram a suástica como símbolo da "identidade ariana". A suástica nazista tem os braços apontados para o sentido horário, ou seja, indo para a direita, e roda a figura de modo a um dos braços posicionar-se no topo.
Na arte e escultura budistas, a suástica representa a harmonia universal e o equilíbrio dos opostos. O símbolo virado à esquerda (卍) representa amor e piedade; voltado para a direita (卐) é força e inteligência. Em razão da associação da suástica voltada para a direita com o nazismo, a suástica budista, fora da Índia, tem sido, desde então, utilizada apenas em sua forma virada para a esquerda.
A suástica sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus adversários.
No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas constitui crime, de acordo com a lei 9.459, de 1997, como dispõe o parágrafo primeiro do seu artigo 20:
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
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