Desde o início do ano, policiais de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro vêm testando celulares com câmeras que, instalados no bolso da frente do uniforme, gravam e arquivam tudo o que é visto e ouvido durante o serviço. Batizada de Smart Policing, a ferramenta — um aplicativo para Android desenvolvido no Brasil pelo Instituto Igarapé com apoio do Google, que prestou consultoria técnica — foi apresentada ontem, durante um evento do Google Ideas, em Nova York.
O aplicativo é ativado assim que o policial inicia a patrulha, de carro ou a pé. Os vídeos são enviados para uma nuvem, podendo ser acessados pelo comando da PM sempre que necessário — ao vivo ou pela busca de imagens de arquivo. Para garantir o anonimato da comunidade, a ferramenta vai borrar os rostos captados pela câmera.
O programa será expandido em 2014, quando de 100 a 200 policiais usarão esta ferramenta, de custo relativamente baixo, cuja decisão de adotá-las em todas as UPPs caberá ao governo estadual. Já há iniciativas com tecnologia semelhante por parte da polícia de algumas cidades do Canadá. Em Nova York, a Justiça acaba de determinar que a gravação das operações policiais seja obrigatória.
Foto: Vanessa Coimbra, policial da UPP da Rocinha, fala no Google Ideas.
Isabel de Luca, Agência O Globo
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