Pedaços de alcatrão encontrados no Norte da Europa, com marcas de dentes, mostram que o ser humano já mascava por volta de 7.000 a.C. Os usuários desse alcatrão se situavam, principalmente, na faixa etária de 6 - 15 anos (o que não difere muito da atualidade). Mais tarde, mascaram os antigos gregos uma resina oriunda da aroeira. E, estabelecendo-se na América, os colonos da Nova Inglaterra adquiriram dos nativos o costume de mascar, neste caso a resina de abeto.
A encarnação moderna da goma de mascar, na verdade, vem de um erro de engenharia. No século 19, em busca da fabricação da borracha, industriais viram um futuro promissor no látex coletado de uma árvore no Yucatán. Em 1869, Antonio López de Santa Anna, um presidente mexicano exilado nos EUA, fez vir de seu país uma tonelada do material e contratou um inventor, Thomas Adams, para trabalhar no processo de vulcanização. O único problema foi que o processo não funcionou. E, com a falha do projeto, Adams ficou com o restante do material.
Embora não servisse para produzir pneus, Adams notou que o material tinha algumas qualidades notáveis. Quando a resina secava, por exemplo, era insolúvel em água e bastante plástica. Por que ele, então, resolveu colocá-la na boca, quem é que sabe? Mas o que sabemos é que ele patenteou o seu material para mastigar em 1871. Adicionado de sabores, passou a ter mais aceitação do que uma parafina adoçada que era vendida com a mesma finalidade. Algum tempo depois, um tal Wrigley, com o marketing certo, fez o mundo consumir a goma de mascar famosa.
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