Em novembro de 1970, a maior parte da redação de "O Pasquim" foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação pela subsequente perda do interesse de seus leitores.
Mas, durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada — até fevereiro de 1971 — "O Pasquim" foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e outros intelectuais.
As prisões continuariam nos anos seguintes. E o hebdomadário havia sido, acrescente-se aqui, alvo de dois atentados a bomba, uma em março de 1970, a outra em maio. Na década de 1980, as bancas que vendiam jornais alternativos como "O Pasquim", "Opinião" e "Movimento" passaram também a ser alvos de atentados a bomba.
Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim. [WIKI]
Abaixo, a história da canção de Jorge Ben que, por ter o refrão mencionado no balão de fala de Dom Pedro, causou a prisão da maior parte da redação de "O Pasquim". "Uma coisa é certa: lá dentro deve estar muito mais engraçado do que aqui fora”, que foi como alguém comentou numa edição remanescente do semanário.
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