05 agosto, 2018

A despedida

 O Prof. António Pereira, de Brejos do Azeitão, Portugal, tem uma história para contar sobre um poema que marcou sua vida: "A despedida", do poeta português António Correia de Oliveira (São Pedro do Sul, 1879 — Esposende, 1960).
Perdi "A despedida" de vista e, nos últimos 20 anos, fiz várias tentativas para a reencontrar, sobretudo na internet, pois mantive na memória a maior parte do texto.Ontem, lembrei-me de voltar às pesquisas e, com surpresa, encontrei-o no Instagram da vistosa atriz brasileira Isis Valverde, que não conhecia. A jovem transcreve o poema da minha infância/juventude, mas não identifica o autor, o que levou os leitores a atribuir-lhe a autoria.Seja como for, o importante é que posso partilhar um das mais bonitos e simples poemas de amor que conheço:
Três modos de despedida
Tem o meu bem para mim:
«Até logo», «até à vista»
Ou «adeus» – É sempre assim.

«Adeus» é lindo, mas triste;
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.

«Até logo» é já mais doce;
Tem distância e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.

Vale mais «até à vista»,
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista» lembra voltando,
Meus olhos fitos nos teus.

Três modos de despedida
Tem, assim, o meu Amor;
Antes não tivesse tantos!
Nem um só… Fora melhor.

In http://portuguesemforma.blogspot.com.br/2018/01/a-despedida-antonio-correia-de-oliveira.html

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