17 outubro, 2014

Roscas

Achille Varzi C. , que é professor de Filosofia na Universidade de Columbia, Nova Iorque, tem interesse nas implicações filosóficas de buracos e vazios, o que o levou a uma investigação única sobre um subconjunto especial de entidades com buracos - ou seja, os donuts.
"Um donut sempre vem com um buraco. Se você acha que tem exceção, pode simplesmente não ser um donut. Não ser um donut, por definição. Rosquinhas sem buraco são como quadrados redondos ou maridos solteiros - algo sem sentido conceitual. Então, quando você compra um donut, você realmente compra duas coisas: o material comestível, mais o pequeno pedaço de vazio no meio. A compra é uma operação casada. Você não pode simplesmente pegar o donut e deixar o buraco na mercearia. Em outro sentido, no entanto, você pode querer insistir em que o material comestível é tudo o que existe - e que,portanto, o buraco é nada!"
Nas dez páginas de Doughnuts, o seu ensaio publicado em 2001, o professor Achille analisa os buracos das rosquinhas sob os mais diversos ângulos. Ele não só examina a topologia da rosquinha simples, como também introduz outras rosquinhas teoricamente possíveis: donuts com entalhes, bifurcados e com cavidades complexas e extravagantes.

O caso jelly donut
Popular em diversos países, o jelly donut não tem o buraco no meio. Se o tivesse, não haveria lugar para colocar a geleia. Recheado e polvilhado com açúcar, esta variedade de "rosca" lembra o nosso sonho.

A evolução das rosquinhas

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