Em um levantamento que fizemos no Tradukka, encontramos:
"Brasil" (em português, catalão, espanhol, galês, indonésio, norueguês e maia); "Brazil" (em inglês, bósnio latino, croata, fijano, malaio, sérvio latino e vietnamita); "Brésil" ( em francês e malgaxe); "Brezil" (em haitiano); "Brasile" (em italiano); "Il-Brazil" (em maltês). Nestas línguas a diferença é mínima, apesar da confusão que criamos para eles com a nossa instabilidade gráfica."Breziliya"(no turco) e na maior parte das línguas eslávicas - Brazylia (em polonês), "Brazília" (no eslovaco), Brazílie (em tcheco) e por aí segue - mas não sei como eles fazem para diferenciar "Brasil" (país) de "Brasília" (capital)."Pasila" (em samoano) e "Palasila" (em tonga) são as grandes exceções.
Não incluímos nesse levantamento as línguas dos países que adotam outros alfabetos (como o cirílico, o árabe e o grego). E louve-se o exemplo do Japão que converteu a pronúncia de "Brasil" em "Burajiru". Bem, é o que era possível para eles.
Durante muito tempo, em documentos oficiais, Brasil foi escrito com "z" porque era a letra com o som exato da pronúncia /brazíl/. Obedecia-se a uma Gramatica Fonética, onde se escrevia conforme se pronunciava. O "s" poderia gerar uma pronúncia /brassil/ dependendo do dialeto ou da língua. Então, cada país do mundo lusófono estabeleceu a grafia que mais lhe agradou. E "Brazil, meu Brazil brazileiro", viveu essa loucura até 1911, quando Portugal convencionou que Brasil, com "s" era mais bonito. No Brasil (veja só), "Brazil" virou "Brasil" só no Acordo Ortográfico de 1945.
Um comentário:
Obrigado por esclarecer os fatos! Eu via documentos do Império e da República Velha onde se grafava "Brazil" e me perguntava quando o referido topônimo começou a ser escrito com a letra "s". Agora está explicado.
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