Designado pela expressão latina Lex Parsimoniae (Lei da Parcimônia), o princípio é enunciado como entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem (as entidades não devem ser multiplicadas exceto por necessidade). Mas a Navalha de Occam não é uma lei da ciência – não afirma o que é certo e errado sob qualquer hipótese e não defende que a resposta mais complexa deve ser sempre refutada.
Na verdade, a navalha corta hipóteses que costumam ser criadas para complicar ainda mais as teorias, reforçando nossas crenças ou negando nossas contradições. Ela defende que o melhor é partir da hipótese mais simples – ela, quase sempre, será a verdadeira. O termo surgiu do pressuposto de cortar toda hipótese excedente, que não contribui em nada para uma teoria simples e eficaz.
A denominação da Navalha de Occam surgiu por volta de 1850, em alusão a William de Ockham (Guilherme de Occam), filósofo inglês e frade franciscano nascido no vilarejo de Ockham. O pensador desenvolveu o princípio no século 13, mas a ideia não era inédita: ela aparece em escritos de Aristóteles, por volta de 350 a.C.
Frustra fit per plura, quod fieri potest per pauciora. É inútil fazer com mais o que pode ser feito com menos.
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