Atualmente, cerca de 12% do comércio mundial, aproximadamente um milhão de barris de petróleo e em torno de 8% do gás natural liquefeito fluem diariamente através da hidrovia.
No dia 23 de março, o cargueiro Ever Given, de 400 metros de comprimento, 59 metros de largura e 60 de altura, operado pela empresa Evergreen Marine de Taiwan, bloqueou o canal de Suez, após ventos fortes terem empurrado a embarcação diagonalmente na via navegável.
Na ocasião, mais de 300 embarcações ficaram em uma fila de espera em ambos os lados da hidrovia artificial, aguardando para entregar suas cargas da Europa à Ásia e vice-versa. O bloqueio do tráfego marítimo, que durou seis dias, gerou um custo total de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões), segundo o almirante Osama Rabie, chefe da Autoridade do Canal de Suez.
Este incidente ilustrou a necessidade de desenvolver uma rota marítima no Ártico. A Rota Marítima do Norte, que passaria ao longo do litoral setentrional russo, conectando o Atlântico ao Pacífico, e que conta com os portos de Murmansk, situado na parte europeia da Rússia, e Petropavlovsk no Extremo Oriente, na península de Kamchatka.
Os principais clientes desta rota seriam China, em primeiro lugar, e também Japão e Coreia do Sul, porque transportar mercadorias até os portos dos países do Sudeste Asiático já não seria rentável devido à longa distância a ser percorrida.
É um dos lugares mais inóspitos e inacessíveis do planeta. A Sputnik explica como esta via pode se tornar praticável, bem como quais são suas perspectivas.
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