Trata-se de uma planta nativa da Ásia, habitante de cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade. É enraizada no fundo lodoso por um rizoma vigoroso, do qual partem grandes folhas arredondadas, sustentadas acima do espelho de água por longos pecíolos. Produz belas flores de cor branca, rosa ou azul, com muitas pétalas. Durante a noite, essas pétalas se fecham e a flor submerge; com os primeiros raios de sol, a flor-de-lótus reaparece sobre a água, abrindo suas pétalas novamente.
A planta é capaz de manter sua temperatura corporal entre 30 e 35 graus, não importando a temperatura externa. Isso é raro no reino vegetal, e somente outras três espécies apresentam esta capacidade.
No mundo oriental, sua simbologia está associada à pureza espiritual e ao renascimento. Uma das flores mais belas, a flor-de-lótus nasce em meio à lama, inspirando um caminho de purificação e de transcendência em relação ao que é considerado impuro no mundo. No budismo, Buda é representado em estátuas sobre uma flor-de-lótus, remetendo justamente a essa ideia da transcendência do mundo comum (representado pela lama, pelo lodo) a ser obtida pela iluminação.
O efeito lótus
A ideia de autolimpeza vem de uma característica da flor-de-lótus, que nunca permanece suja. Microestruturas existentes em sua superfície fazem rolar gotículas de água, eliminando dessa forma toda sujeira sobre suas folhas. Este efeito vem sendo aplicado em diversos materiais industrializados como tecidos, papeis etc.
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