Fonte: Almanaque Cultural Brasileiro
Na grota funda (1930)
Ary Barroso e J. Carlos
Na grota funda,
na virada da montanha,
só se conta uma façanha
do mulato da Raimunda.
Matou a nega
com um pedaço de canela
e, depois, sem mais aquela
foi juntá c'uma galega.
Ela morreu
na virada da montanha,
vai havê outra façanha
esse mulato vai sê meu!
Esse mulato
vai fazendo o que ele qué,
já matou duas muié
porque bamba ele é de fato.
Se não morreu,
vou mansá esse cachorro,
na virada, ali do morro,
esse mulato vai sê meu. (fim)
Ary Barroso e J. Carlos
Na grota funda,
na virada da montanha,
só se conta uma façanha
do mulato da Raimunda.
Matou a nega
com um pedaço de canela
e, depois, sem mais aquela
foi juntá c'uma galega.
Ela morreu
na virada da montanha,
vai havê outra façanha
esse mulato vai sê meu!
Esse mulato
vai fazendo o que ele qué,
já matou duas muié
porque bamba ele é de fato.
Se não morreu,
vou mansá esse cachorro,
na virada, ali do morro,
esse mulato vai sê meu. (fim)
No rancho fundo (1930)
Ary Barroso e Lamartine Babo
No rancho fundo,
Bem pra lá do fim do mundo,
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade.
No rancho fundo,
De olhar triste e profundo,
Um moreno canta as mágoas
Com os olhos rasos d'água.
Pobre moreno,
Que, de tardee no sereno,
Espera a lua no terreiro,
Tendo um cigarro por companheiro.
De um aceno,
Ele pega na viola
E a lua por esmola,
Vem pro quintal desse moreno.
No rancho fundo,
Bem pra lá do fim do mundo,
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia. (. . .)
Ary Barroso e Lamartine Babo
No rancho fundo,
Bem pra lá do fim do mundo,
Onde a dor e a saudade
Contam coisas da cidade.
No rancho fundo,
De olhar triste e profundo,
Um moreno canta as mágoas
Com os olhos rasos d'água.
Pobre moreno,
Que, de tardee no sereno,
Espera a lua no terreiro,
Tendo um cigarro por companheiro.
De um aceno,
Ele pega na viola
E a lua por esmola,
Vem pro quintal desse moreno.
No rancho fundo,
Bem pra lá do fim do mundo,
Nunca mais houve alegria
Nem de noite, nem de dia. (. . .)
A história de como o violão de João Gilberto salvou a vida de Jards Macalé
Certo dia, em idos dos anos 70, o cantor/compositor Jards Macalé estava deprimido e pensando em suicídio. O jornalista @fdvives conta, nesta thread, como a sensibilidade e os acordes de João Gilberto o fizeram mudar de ideia.
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