12 fevereiro, 2021

O telefone vermelho da Guerra Fria

Era uma linha direta de comunicação entre o governo dos EUA e o da União Soviética durante a Guerra Fria.
A ideia de um meio de comunicação entre a Casa Branca, em Washington DC, e o Kremlin, em Moscou, surgiu após a Crise dos Mísseis Cubanos. Esse impasse militar, em outubro de 1962, quase provocou uma guerra nuclear – em parte, pela falta de diálogo rápido entre os dois governos.
Durante a crise, os Estados Unidos levaram quase 12 horas para receber e decodificar uma mensagem com três mil palavras de Nikita Khruschev, então secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, um tempo perigosamente longo em se tratando do risco de um confronto nuclear. Enquanto os Estados Unidos elaboravam uma resposta, uma mensagem mais dura a partir de Moscou foi recebida a seguir, exigindo que os mísseis americanos fossem removidos da Turquia.


Assessores da Casa Branca viram que a crise poderia ter sido resolvida mais rapidamente e até evitada, se a comunicação tivesse sido mais rápida. Em agosto de 1963 (57 anos atrás), uma linha direta de comunicação (também conhecida como Moscow-Washington Hotline) foi implantada entre os dois países.
O primeiro uso da linha foi em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, quando as duas superpotências se informaram sobre movimentos militares que poderiam ter sido provocativos ou ambíguos. De modo a evitar que, devido à proximidade da Frota do Mar Negro soviética com a Sexta Frota dos Estados Unidos no Mar Mediterrâneo, possíveis mal-entendidos ocorressem entre as duas potências.
Com o tempo, a linha foi substituído por tecnologias mais modernas, como transmissões via satélite.
Ironicamente,
não era um telefone
(e sim um teletipo, uma espécie de máquina de escrever eletromecânica conectada a uma linha telefônica)
e não era vermelho
(o apelido foi dado pela mídia).
Regatar: A caixa-preta dos aviões.

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