A primeira vez que Charles Davis viu uma Rafflesia, ele não podia acreditar que fosse real. Era um dia de calor sufocante no norte de Bornéu, em 1995, e Davis, então um estudante, estava coletando plantas no sopé do Monte Kinabalu. Ele estava estudando a diversidade de plantas, e essa flor, curiosamente emergindo de um emaranhado de cipós, parecia desafiar todas as regras.
Suas flores vermelhas e amarelas brilhantes podem crescer até 3 metros de diâmetro e pesar mais de 15 quilos. Mas, ao contrário da maioria das plantas, a Rafflesia não possui folhas, raízes ou caules. Ela nem sequer pratica a fotossíntese, o método básico de uma planta obter energia. Em vez disso, ela floresce sobre outras plantas, roubando-lhes os nutrientes. As Rafflesia são enormes parasitas.
Adicione-se à descrição o fato de que elas emanam um cheiro de carne podre com o qual atraem os insetos polinizadores. Mas não devem ser confundidas com a Amorphophallus titanum, que tem uma protuberância fálica gigante e que, como aquelas, também cheira muito mal. Ó FLOR!
Em 1818, o cirurgião naval e naturalista Joseph Arnold, um dos primeiros europeus a recolher a Rafflesia, a chamou de "o maior prodígio do mundo vegetal".
Atualmente, graças a estudos do DNA, sabe-se que a Rafflesia evoluiu de plantas com algumas das menores flores do mundo. E que, ao longo de 46 milhões de anos, ela aumentou o tamanho de sua flor em quase oitenta vezes. [condensado]
The Bizarre, Putrid Beauty of the Corpse Flower, Discover
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