22 abril, 2015

A redescoberta do Brasil

De nau a pior
Os brasileiros não conseguiram repetir (1) em 2000 o que os portugueses fizeram em 1500. O governo federal e um grupo de empresas investiram 3,5 milhões de reais na construção de uma réplica incrementada com motores e camarotes da nau capitânia (2) usada por Pedro Álvares Cabral.
O objetivo (3) era fazer a viagem entre Salvador e Santa Cruz Cabrália, a tempo de participar da festa dos 500 anos.
Um festival de defeitos fez com que a embarcação voltasse rebocada para o porto de origem.
A caravela pifou, Rafael Greca foi demitido, (4) índio apanhou no dia de sua festa. (5) Nem carnavalesco teria imaginação para esse enredo.
N. do E.
(1) Como farsa.
(2) Não era a frota portuguesa completa.
(3) O objetivo de Cabral era ir de Portugal à Índia.
(4) O ministro Greca, do Esporte e Turismo do governo FHC, já estava marcado para a demissão, desde que começaram os rumores sobre uns negócios esquisitos com bingos.
(5) Quando aqui desembarcaram há 500 anos, os portugueses não evitaram o contato físico com os índios. E com as índias, principalmente. Cinco séculos depois, as autoridades de Brasília jogaram gás lacrimogêneo na turma da tanga para mantê-la a distância.
O jogo dos 7 erros segundo VEJA
Revista Veja, 03/05/2000

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