26 março, 2017

A Revolução Pernambucana de 1817 vira HQ

Pouco antes de se tornar oficialmente independente de Portugal, o Brasil abrigou, durante 74 dias, uma pequena república libertária e abolicionista, muito diferente da monarquia absolutista vigente.
Único movimento separatista do período colonial que ultrapassou a fase conspiratória, a Revolução Pernambucana de 1817 é pouco conhecida entre o grande público. Mas isso pode, aos poucos, mudar. Desenhista da Marvel e da DC Comics, o pernambucano Thony Silas acaba de lançar A Noiva, uma história em quadrinhos sobre a revolta republicana, que está completando 200 anos.
Conhecido por desenhar super-heróis como Homem-Aranha, Batman, Super-Homem e Mulher Maravilha, Silas adaptou seu traço e sua paleta de cores para contar a história do amor proibido entre Maria Teodora, filha de um rico comerciante português, e Domingos Martins, um dos principais líderes da revolução, conhecido com Leão Coroado. O casamento dos dois acabou sendo um dos momentos mais emblemáticos da revolução de 1817.
"Topei com a história por acaso durante um projeto de restauração de pontos históricos de Recife", conta Silas. "E, de imediato, a sensação que eu tive foi de uma frustração muito grande por não ter conhecido a história antes e ter podido produzir algo sobre ela já há muito tempo."
O roteiro, assinado por Eron Villar, é baseado no livro do jornalista Paulo Santos Oliveira, também pernambucano, A noiva da revolução, lançado há dez anos.
"Não é que a Revolução de 1817 não seja estudada por grandes historiadores; ela o é. Mas o conhecimento ficou restrito à academia", diz Oliveira. "O povo não tem a menor ideia do que aconteceu."
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(matéria sugerida por Jaime Nogueira)

Ver também: A República do Crato.

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