Um ano após a audiência com o rei, Wagner apresentou a aclamada ópera Tristan und Isolde (Tristão e Isolda) em Munique. Mas o comportamento extravagante e escandaloso do compositor desagradou o povo conservador da Baviera e Luís foi forçado a pedir a Wagner que deixasse a capital seis meses depois, em dezembro de 1865.
O interesse cênico de Luís não se limitava a Wagner. Em 1864, promoveu a construção de um novo teatro real, conhecido hoje com Staatstheater am Gärtnerplatz (foto), confiando a sua direção a Karl von Perfall em 1867.
Luís desejava levar a Munique o melhor do teatro europeu e, com o auxílio de Perfall, apresentou ao público bávaro obras de Shakespeare, Calderón, Mozart, Gluck, Ibsen, Weber e muitos outros. Também contribuiu para melhorar substancialmente o padrão de interpretação de obras de Schiller, Molière e Corneille.
Entre 1872 e 1885, o rei assistiu a 209 apresentações privadas (Separatvorstellungen) como único espectador, ou com um convidado, em dois teatros da corte, perfazendo um total de 44 óperas, sendo 28 de Wagner incluindo oito apresentações de Parsifal, 11 balés e 154 peças, num custo total de 97.300 marcos alemães.
Extraído da Wikipédia
Ver também: O CASTELO DE NEUSCHWANSTEIN
Apaixonado por música, "o rei dos contos de fadas" foi um ardente admirador do compositor Richard Wagner, cujas óperas mandou executar, só para si, mais de 200 vezes. Luís II sentava-se sozinho no camarote dos Wittelsbach no Teatro (que permanece até hoje à disposição da família).
Para criar um ambiente acústico adequado, soldados eram encarregados de simular o público. Não podiam virar-se em hipótese alguma, pois o rei queria ficar sozinho, sem ser observado. Os soldados sempre dormiam durante o "serviço". Mas roncar era estritamente proibido.
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