Tartarugas não se destacam pela velocidade, mas elas são surpreendentemente perspicazes.
Apesar de a literatura científica indicar que os répteis apresentam resultados fracos quando submetidos a testes cognitivos, Anna Wilkinson (foto) resolveu checar essas informações.
Encorajada pelo que ela via Moisés, sua tartaruga de estimação, fazer no dia a dia.
Wilkinson e seu orientador Geoffrey Hall criaram, então, um labirinto radial de testes para a tartaruga, semelhantes aos que são usados para estudos cognitivos em roedores. Colocado no centro do labirinto, Moisés rapidamente aprendeu a percorrê-lo em busca do alimento, de modo a evitar os "braços" já visitados do labirinto. Se novas dificuldades eram acrescentadas aos testes, a tartaruga aperfeiçoava a estratégia de obter resultados favoráveis.
Os pesquisadores ficaram interessados em saber por que os répteis haviam se saído tão mal em estudos cognitivos anteriores. Um olhar mais atento sobre os relatórios, mostrou-lhes o motivo: tinham sido realizados a temperaturas baixas, o que deixava os animais de sangue frio mais lentos. Moisés, por sua vez, foi testado a 29 °C, uma temperatura próxima a de seu habitat na América Central e América do Sul. E a temperatura mais quente, acelerando o seu metabolismo, tornou Moisés mais animado e apto para conquistar um labirinto.
Cold-blooded cognition: Tortoises quick on the uptake, por Jeff Hecht
In: NewScientist
In: NewScientist
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