04 novembro, 2017

Erros na previsão do futuro da inteligência artificial


por Rodney Brooks
A crença de que máquinas inteligentes virão a dominar a humanidade baseia-se em extrapolações erradas, imaginação ilimitada, argumentos de fé e outros erros comuns que nos distraem dos modos mais produtivos de pensar a respeito do futuro da inteligência artificial (IA).
Estamos inundados da histeria sobre o futuro da inteligência artificial e da robótica. Uma histeria para o poder que elas alcançarão, a velocidade com que elas farão isso e suas consequências no mercado de trabalho.
Recentemente, vi uma história que dizia que, entre 10 e 20 anos, os robôs teriam ficado com a metade dos empregos que existem hoje. Havia até um gráfico para provar os cálculos. Esta afirmação é absurda (eu tento manter uma linguagem profissional, mas às vezes custa). Por exemplo, o texto parece dizer que, nos EUA, de um milhão de trabalhadores da manutenção de edifícios e terrenos restarão apenas 50 mil nesse prazo, porque os robôs assumirão seus empregos. Quantos robôs estão atualmente operando nesses empregos? Zero. Quantas demonstrações realistas de robôs que trabalham neste campo existem? Zero.
Histórias semelhantes aplicam-se a todas as outras categorias onde é sugerido que veremos o fim de mais de 90% dos empregos que atualmente exigem a presença (física) de pessoas em alguma etapa em particular.
As previsões errôneas geram medos sobre coisas que não acontecerão, seja a destruição em larga escala de empregos, a singularidade ou o advento de uma IA com valores diferentes dos nossos que poderiam tentar nos destruir. Precisamos lutar contra esses erros. Onde nascem essas falhas? Eu vejo sete razões comuns.

Prossiga lendo em: Los siete grandes errores de quienes predicen el futuro de la inteligencia artificial

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