O impacto do meteorito em Cheliabinsk (a 1493 km de Moscou), no dia 15 de fevereiro de 2013, teve a atenção quase que imediata da mídia. Dezenas de motoristas russos capturaram o meteorito cruzando o céu em suas câmeras nos carros e jogaram os vídeos na rede.
O amor dos russos pelas câmeras de bordo atraiu atenção mundial na época. Os estrangeiros estavam surpresos com a quantidade de câmeras nos veículos e se perguntavam se os motoristas no país eram obrigados a ter os equipamentos.
Não, não são. Mas elas são muito populares.
A principal razão para se ter uma câmera veicular (dashcam) na Rússia é para se defender de certos problemas no trânsito. As câmeras fornecem provas de vídeo sobre acidentes, fraudes de seguros e corrupção policial. E essas provas são importantes, pois muitos golpistas tentam enganar os motoristas para pegar o dinheiro deles. Por exemplo, pedestres podem se jogar nos capôs dos carros para fingir terem sido atingidos. Ou um carro na frente pode engatar a marcha-ré para provocar um acidente.
"Você pode entrar no carro sem as calças, mas nunca sem a câmera" disse Aleksêi Dozorov, um ativista dos direitos dos motoristas, numa entrevista em que ele recordou situações das quais se livrou por tê-las gravado com a câmera do carro.
As câmeras de bordo estão ganhando popularidade em muitas partes da Ásia, na Europa (particularmente em França), na Austrália e nos EUA. Elas são proibidas por lei na Áustria, onde o seu uso acarreta pesadas multas. Na Suíça, a sua utilização é fortemente desencorajada por violar o princípio da privacidade.
A raiva das ruas
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