Na barraca de praia, enquanto cumpria a sentença ditada pela vacina, ouvia o grande clássico do verão, PQP - http://youtu.be/IpSlphRPC1E (212 mil acessos) - que era cantado bem alto, "em mil autifalantes", para a distração de crianças, adolescentes, adultos, velhos e afins.
Em outra barraca tocava outro clássico que repetia o refrão: "enfia, enfia, enfia...". Não sei se enfiaram, mas depois tocou mais um grande clássico da praia. Que não vou repetir, quem quiser vá lá ouvir.
Terminada a abstinência, chamei o garçom.
- Por favor, pode trazer uma caip...
Temporada fraca, o garçom, apesar do bom humor, não deixou nem terminar o pedido. Creio que queria desabafar. Passou a contar a história de um turista, muito machão, zagueirão violento, batedor de baba - traduzindo: jogador de pelada de praia - e que gostava de tomar umas caipirinhas. Tomava muitas. O problema era que, a partir da quarta, o rapaz ficava literalmente de quatro e dava em cima de todos os homens que passavam por perto. Dai pra frente soltava a franga e os gritinhos histéricos. Bem ao ritmo das músicas que estavam no ar.
- O senhor queria o quê, mesmo?
- Ahn, uma cervejinha, por favor.
Melhor tomar esses sucos de milho que dizem ser cerveja. Sei lá se o problema não é com os limões da praia. Ou seria com a cachaça?
Daí pra frente a gozação foi total.
- Garçom, meu cunhado quer tomar umas quatro caipirinhas hoje.
- E aí, já tomou quantas caipirinhas hoje?
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