24 janeiro, 2014

Uniões perfeitas - 2

Uma tradicional pergunta francesa:
Se o cabo de uma certa faca for substituído sempre que estiver desgastado, e sua lâmina for substituída sempre que se torna inútil, isso faz a faca se tornar imortal?
Em 1872, no conto "Une fantaisie du docteur Ox" Jules Verne menciona uma curiosa tradição de matrimônio dentro da família Van Tricasse:
"Desde 1340, tem invariavelmente acontecido que um Van Tricasse, quando fica viúvo, torna a se casar com uma Van Tricasse mais jovem do que ele, que, se tornando, por sua vez, uma viúva, casa-se novamente com um Van Tricasse mais jovem do que ela, e, assim por diante, sem interrupção na continuidade, de geração para geração. Cada um morre, por seu turno, com uma regularidade mecânica. Assim, a digna Madame Brigitte Van Tricasse tem agora o seu segundo marido, e, a menos que ela viole os seus deveres, precederá o marido - dez anos mais jovem do que ela - no outro mundo, para dar lugar a uma nova Madame Van Tricasse."
Isso é uma série de casamentos distintos ou uma união imortal?

Jules Vernes era um tanto profético. O que só aumenta a suspeição de que ele possa ter plagiado em tempos pretéritos o meu Uniões perfeitas.

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