O Prêmio Doublespeak foi criado em 1974 pelo Conselho Nacional de Professores de Inglês dos Estados Unidos. Como a entidade define, trata-se de uma “homenagem irônica a oradores públicos que perpetuaram uma linguagem grosseiramente enganosa, evasiva, eufemística, confusa ou autocentrada”.
Nesses 40 anos, a lista de premiados incluiu Bushs pai e filho, Bill Clinton, o Departamento de Estado norte-americano, Ronald Reagan, a indústria do tabaco, a Exxon e a Associação Nacional do Rifle.
A CIA também foi agraciada com a honraria por anunciar que não iria mais usar o termo “matar” em seus relatórios. Em seu lugar, entraria a expressão “privação ilegal ou arbitrária da vida”.
Ainda com a palavra o jornalista Paulo Nogueira, diretor-adjunto do excelente Diário do Centro do Mundo:
É preciso criar algo parecido aqui. O Prêmio CPBD, Conversa Para Boi Dormir. O primeiro vencedor é relativamente batata. Marina Silva. Pelo conjunto da obra e, especialmente, por seu último artigo na Folha. É um texto que cabe na definição de George Orwell em um ensaio: feito para dar “aparência de solidez a vento puro”.
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