– Quem estará nas trincheiras a teu lado?
– E isso importa?
– Mais do que a própria guerra.
(Ernest Hemingway)
Há uma história antiga, dizem que originada na Primeira Guerra Mundial, de que três soldados não deviam acender seus cigarros no mesmo fósforo (e os fósforos, ainda mais secos, eram artigo raro naquelas trincheiras úmidas e lamacentas) porque o terceiro a fazê-lo morreria. É que no primeiro o inimigo se alertava; no segundo, mirava e, no último, atirava.
"O odor fétido nos penetra garganta adentro ao chegarmos a nossa nova trincheira, a direita dos Éparges. Chove torrencialmente e nos protegemos com o que tem de lonas e tendas de campanha afiançadas nos muros da trincheira. Ao amanhecer do dia seguinte constatamos estarrecidos que nossas trincheiras estavam feitas sobre um montão de cadáveres e que as lonas que nossos predecessores haviam colocado estavam para ocultar da vista os corpos e restos humanos que ali haviam." (Memórias do veterano Raymond Naegelen, que lutou na região de Champagne)
O ciclista vencedor do Tour de France de 1909, François Faber (foto), estava em uma trincheira na Primeira Guerra Mundial quando soube que sua esposa havia dado à luz uma filha. Não se contendo de alegria, ele irrompeu em aplausos, e um franco-atirador alemão o acertou.
"Em tempo de guerra todo buraco é trincheira." (anônimo)
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