12 agosto, 2013

Sobre as Unidades de Polícia Pacificadora

Notícias de um condenado, por Cacá Diegues, Blog do NOBLAT
Graças a um secretário de estado com consciência social e o sentimento do mundo, o Rio de Janeiro adotou uma política de segurança pública com a ocupação permanente das favelas por tropas de policiais militares preparados para isso.
José Mariano Beltrame inventou as Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que já ocupam dezenas de comunidades cariocas das quais foram afastados os traficantes de drogas com suas armas de guerra.
Às UPPs devemos a contenção do crime organizado, a queda do número de homicídios nas favelas e o início de um exercício possível de cidadania por parte de sua população.
Bem antes dessa mudança, uma nova geração de moradores tomara consciência de que a favela não era o problema da cidade e sim o contrário — a cidade é que era o problema da favela. E começou a se manifestar em defesa de seus direitos e valores cidadãos, exigindo do estado saúde, educação, saneamento, emprego, segurança, cultura, enquanto prestava serviços diversos às suas comunidades.
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A UPP é uma mentira?, por Ruth de Aquino, ÉPOCA
Só os ingênuos, sem perspectiva histórica ou com má-fé podem proclamar que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é uma enganação para inglês ver. Que jovens de 18 anos de berço esplêndido confundam tudo, até entendo. Mas adultos que sobreviveram aos governos Garotinho e Rosinha e à última fase da prefeitura Cesar Maia só têm uma desculpa para dizer que a UPP é uma mentira: a pendenga partidária que desmerece tudo que vier de um adversário político. Quando bandeiras de partidos substituem os valores de nossa consciência, a vida e a inteligência naufragam.
Impossível não lembrar – a não ser que sejamos acometidos de uma amnésia oportunista – o pacote dos ex-desgovernos do Rio: a politização da política de segurança do Estado, os pactos sórdidos com traficantes, o descontrole no número de “autos de resistência” (eufemismo para extermínios nos becos por homens fardados), a absurda mortalidade de jovens favelados em brigas de gangues, o abandono total das favelas, que se espalhavam pelas matas e por áreas de risco.
Nossas favelas eram fortalezas do tráfico e do crime organizado, isoladas por barricadas. Havia o terror imposto aos moradores de bem, o aliciamento escancarado de garotos, a gravidez precoce de garotas encantadas pelos chefões, modelos de “heróis” armados e donos do pedaço. Jornalista só entrava ali após acordo prévio com o chefão ou assumindo risco de morte, como aconteceu com Tim Lopes.
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