16 outubro, 2021

Marrom Múmia

Há mais de 100 anos, o historiador de artes Edward Waldo Forbes iniciou uma busca mundial por cores. Com mais de 3.000 amostras de materiais (entre pós, insetos, plantas e outras fontes), Forbes conseguiu montar uma coleção inigualável de pigmentos, como se fosse uma biblioteca de cores, hoje conhecida como The Forbes Pigment Collection. O acervo pertence ao Harvard Art Museums, e traz estudos de corantes de todas as tonalidades, incluindo matizes metálicas e fluorescentes.
Marrom Múmia
As antigas múmias foram usadas para o reaproveitamento do linho, sua transformação em papel e até como, digamos, combustível fóssil. Sua transformação em pigmento talvez seja o reuso mais místico – sim, a etiqueta da amostra ao lado identifica: "Pigmento betuminoso de múmias embalsamadas com asfalto", e foi produzida prensando corpos mumificados. Sua origem advém de diversos experimentos realizados em uma busca obsessiva pelo belo e distinto marrom dos mestres Rembrandt e Ticiano.
No entanto, até onde os químicos de arte sabem, não foram identificadas pinturas que usaram o Marrom Múmia – há apenas histórias e amostras, como a da coleção. A busca continua, pois atualmente a equipe do Museu está examinando uma pintura de Juan Pantoja de la Cruz, pintor da corte espanhola, antes de Diego Velázquez, que afirmou em seus diários haver usado o Marrom Múmia em sua obras.

Fonte: A breve história (louca) por trás das 8 cores mais raras do mundo, FTC

TudoPorEmail informa que essa cor foi descontinuada em 1964, quando o fabricante ficou sem o "ingrediente principal".

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