Um explorador italiano, Cristóvão Colombo, tornou-se famoso por sua descoberta do Novo Mundo. Mas uma teoria histórica recente sugere que Colombo não nasceu em Gênova, na Itália, e sim que era um nobre português que adotou o nome quando se mudou para a Espanha — e o DNA de um esqueleto poderá provar isso.
A teoria de sua ascendência portuguesa foi apresentada pela primeira vez por Fernando Branco, professor de engenharia civil da Universidade de Lisboa, em um livro publicado em 2012. Branco observa que a história pessoal de Colombo nunca foi completamente compreendida, e afirma que seu nome e vida podem ter sido uma capa. Existem numerosas semelhanças entre a vida de Colombo e a de um Pedro Ataíde, este último supostamente morto em 1476 em uma batalha naval no Cabo de São Vicente. Mas Ataíde, que teria sobrevivido nadando até a costa do Algarve, pode ter-se renomeado com o nome de um soldado francês chamado Culon, um companheiro de luta naquela batalha, porque com o nome de Ataíde seria perseguido.
Branco diz, ainda, que as menções históricas a Colombo envolvem seu nado depois de um naufrágio; outros detalhes entre as vidas de Ataíde e Columbo também se correlacionam, e o próprio Colombo nunca assinou seu nome como tal.
Em 2006, pesquisadores espanhóis sequenciaram o DNA de Hernando Colón (ou Fernando Colombo), filho e biógrafo de Cristóvão Colombo. Os restos de Fernando são os únicos que até agora foram autenticados como um parente próximo do famoso explorador, e o DNA extraído dos ossos tem sido usado como uma forma de identificar onde o próprio Colombo foi enterrado.
Os antropólogos portugueses, liderados pela professora Eugenia Cunha, da Universidade de Coimbra, removeram o esqueleto de Ataíde do seu lugar de descanso na igreja da Quinta de Santo António da Castanheira, perto de Lisboa. Se a teoria de Branco estiver correta — e ela tem o apoio de alguns historiadores da Academia Portuguesa de História — a próxima análise de DNA deverá fornecer dados sólidos para respaldá-la. Mas se os ossos de António de Ataíde não estiverem bem conservados, ou se os resultados do DNA não forem conclusivos, os pesquisadores podem ter que voltar ao campo da hipótese para recompor a vida pregressa de Cristóvão Colombo.
Extraído de: DNA Testing Of Skeleton May Prove Christopher Columbus Was Really Portuguese, por Kristina Killgrove. In: Forbes
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