A Srta. Pockels escreveu:
Meu senhor,E a carta passava a descrever muitos dos resultados dos experimentos de John Strutt, acrescidos de conjecturas inéditas, e tudo a partir de observações feitas numa cozinha.
Por favor, desculpe por me aventurar a perturbá-lo com uma carta alemã sobre um assunto científico. Tendo ouvido falar das frutíferas pesquisas realizadas por você, no ano passado, sobre as propriedades superficiais da água, até agora pouco compreendidas, pensei que poderia lhe interessar o relato das minhas próprias observações sobre o assunto. Por várias razões, não estou em posição de publicá-las em periódicos científicos e, por isso, adoto este meio de comunicar-lhe a mais importante delas. Primeiro, vou descrever um método simples, que tenho empregado por vários anos, para aumentar ou diminuir a superfície de um líquido, em qualquer proporção, visto que sua pureza pode ser alterada ao bel-prazer. [...]
Felizmente para Pockels, Rayleigh era um cavalheiro no verdadeiro sentido da palavra, e enviou uma tradução inglesa da carta para a revista Nature, Juntamente com uma carta de apresentação em que pedia para publicá-la literalmente:
Ficarei muito grato se você puder encontrar espaço para a tradução que acompanha uma carta interessante que recebi de uma senhorita alemã que, com aparelhos caseiros, chegou a resultados valiosos quanto ao comportamento da superfície da água com impureza. A parte anterior da carta da Srta. Pockel cobre quase o mesmo fundamento de alguns dos meus recentes trabalhos e, em geral, harmoniza-se com eles. As seções posteriores me parecem muito sugestivas, levantando, se não respondendo plenamente, muitas questões importantes.A história, com alguns detalhes adicionais sobre a curiosidade da Srta. Pockel com o fluxo da urina, e sua relação com a descoberta da técnica de impressão a jato de tinta, podem ser lida no blog do Dr. Len Fisher, aqui.
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