23 janeiro, 2018

Da ciência ao tricô

"Na ciência tentamos informar as pessoas, de um modo que seja entendido por todos, alguma coisa que ninguém sabia até então. Na poesia fazemos exatamente o oposto."
Paul Dirac (1902 - 1984), físico inglês conhecido por seus trabalhos em mecânica quântica. Em 1933, ele compartilhou o Prêmio Nobel de Física com o físico austríaco Erwin Schrödinger. Ele é o autor da frase que transcrevi acima.
Uma das anedotas com Dirac (das quais há muitas):
Paul Dirac falava de física com Peter Kapitza enquanto Anya, a esposa do amigo, entretinha-se com tricotar. Algumas horas depois que deixou a casa dos Kapitza, ele retornou, muito animado. "Você sabe, Anya", disse ele, "vendo a maneira como você estava fazendo aquele suéter, eu me interessei no aspecto topológico do problema. Então descobri que há outra maneira de fazê-lo, e que existem apenas duas maneiras possíveis. Uma é a que você estava usando, a outra é assim..." E passou a demonstrá-la, usando os seus longos dedos. "Ora, a sua maneira 'recém-descoberta' já é bem conhecida das mulheres", discordou Anya,  "e não é outra senão o "purling".
Gravura: Beeton's Book of Needlework (de Isabella Beeton). Instrução nº. 291 - Purling
Ver também:
Cu de pinto, instrução citada em A RENDA DE BILROS, postagem de "Linha do Tempo". Fonte original: "A Praia da Pipa do tempo dos meus avós" (ISBN 978-85-908458-1-2), de Ormuz Simonetti.

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Paul Dirac é também o citador disto:
"O matemático joga um jogo no qual ele mesmo inventa as regras enquanto o físico joga um jogo no qual as regras são fornecidas pela natureza, mas à medida que o tempo passa torna-se cada vez mais evidente que as regras que o matemático acha interessantes são as mesmas que a natureza escolheu."

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