Uma resposta firme não chegou até que o inglês John Michell descobriu um caminho. Pouco lembrado hoje, ele era na verdade um dos clérigos mais inteligentes do século XVIII. Como geólogo, astrônomo e matemático admirado por seus companheiros na Royal Society, de Londres, ele foi o primeiro em muitas coisas: o primeiro a sugerir que os terremotos se propagam como ondas elásticas através da crosta terrestre (ganhando o título de "O pai da sismologia moderna"), o primeiro a sugerir que muitas estrelas eram provavelmente emparelhadas como binários e o primeiro a imaginar uma estrela tão grande e maciça que nenhuma luz poderia escapar de seu intenso campo gravitacional - um sol negro, a versão "T" de um buraco negro.
Este pároco de West Yorkshire era um devoto da lei de gravitação de Isaac Newton, introduzida em 1687. Embora a lei tivesse encontrado grande sucesso na previsão dos movimentos de cometas e balas de canhão, em 1780 a atração gravitacional entre dois pequenos corpos em um laboratório não tinha sido demonstrado, de acordo com Russell McCormmach, autor do livro "Weighing the World" (Pesando o Mundo), de 2011. Em seu trabalho de longa data em geologia, Michell queria saber há décadas a densidade do nosso planeta - e, portanto, o seu peso. Assim, ele inventou um esquema para medir as forças gravitacionais de curto alcance e, neste processo, o peso da Terra. O aparelho projetado por Michell não era complexo, mas elegante (imagem). Na verdade, envolvia apenas quatro bolas de chumbo, uma haste móvel e um conjunto de fios, tudo enclausurado para evitar a interferência das correntes de ar.
Um modelo em escala 1:48 da balança de torção
construída por Henry Cavendish, em 1798.
Siga lendo este artigo, How to Weigh the World, de Marcia Bartusiak, no site NAUTIL.US.
Data da publicação: 06/03/2017. Data do acesso: 09/03/2017
PESANDO A TERRA (em slideshow)
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